Fotografia © Hagai Perets
No princípio era o turbilhão e depois uma Terra ainda em formação encontrou Thea pelo caminho. As peças do puzzle que explica a formação da Lua começam a encaixar
A tese da grande colisão para explicar a origem da Lua, o único - mas belíssimo - satélite natural da Terra, foi proposta nos anos 70 do século passado e apesar de alguns pequenos detalhes que nunca encaixaram lá muito bem, essa tem sido desde então a melhor explicação para a existência da Lua lá em cima, no panorama celeste da Terra. A novidade agora é a de que os mistérios que persistiam foram clarificados. As peças do puzzle, dizem os cientistas, parecem, finalmente, encaixar.
Um dos problemas com a ideia da grande colisão tinha que ver com o facto de os elementos químicos encontrados na geologia terrestre e lunar serem demasiado semelhante entre si. A questão era esta: se a Terra há 4,5 mil milhões de anos levou com um pequeno planeta em cima - chamaram-lhe Thea, a deusa grega que era a mãe da Lua -, as rochas lunares deveriam ter também a assinatura de Thea, mas o problema é que essa marca nunca se encontrou.
Por outro lado, bombardeadas por múltiplos meteoritos nessa época turbulenta da formação do sistema solar, tanto a Terra como o seu satélite natural deveriam evidenciar esses elementos diferenciados, algo que também nunca se apurou com absoluta certeza. Manteve-se assim por explicar esta semelhança estranha de composição química. Até agora.
fonte: Diário de Noticias
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