segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

FELIZ ANO NOVO!


A misteriosa floresta japonesa que se tornou um sucesso no Google Maps


São dois círculos gigantes formados com as árvores de uma floresta japonesa que se tornaram virais na Internet, com imagens impressionantes no Google Maps. Parece algo mágico, mas na verdade é apenas o resultado de uma experiência científica realizada há quase meio século.

As figuras geométricas foram descobertas recentemente através de imagens aéreas daquela floresta na província de Miyazaki, em Kysh, ilha do sul do Japão. A paisagem peculiar é formada por árvores "sugi", conhecidas mundialmente como cedros japoneses.

Segundo o jornal "El Mundo", estes círculos são resultado de uma experiência científica realizada em 1973 por investigadores do Ministério da Agricultura, Florestas e Pescas do Japão. Até então, o governo tinha desistido de uma parte da terra para a silvicultura experimental: plantar as sementes com incrementos radiais de dez graus para formar dez círculos concêntricos.

O objetivo passava por analisar se o espaço deixado entre cada árvore afetava o crescimento de cada uma delas. Como se pode ver, o resultado da experiência foi um sucesso e a teoria foi confirmada. O plano era concluir o projeto em cerca de cinco anos, mas os investigadores japoneses estão a considerar preservá-lo devido ao alto interesse que tem suscitado.


Tratadora morta por leão duas semanas após ser contratada


Uma estagiária recentemente contratada por um parque de vida selvagem foi morta por um leão, depois de o animal ter escapado da jaula onde estava na Carolina do Norte, EUA.

O leão atacou Alexandra Black, de 22 anos, enquanto o recinto onde o animal estava alojado era limpo, num centro animal no domingo.

A rapariga, que tinha acabado a licenciatura na Universidade do Indiana, estava a trabalhar num parque animal na Carolina do Norte há apenas duas semanas, explica a "Sky News", citando fontes próximas da família.

Num comunicado tornado público, a família descreve a rapariga como uma "linda jovem que tinha acabado de iniciar a sua carreira profissional". "É um terrível acidente e estamos todos de luto. Mas sabemos que morreu a fazer o que amava", acrescentaram.

A polícia adiantou que o animal foi morto a tiro depois de terem falhado as várias tentativas de o tranquilizarem.

Responsáveis pelo Conservators Center explicaram que abateram o leão para preservar os restos mortais da vítima. "Perdemos hoje uma pessoa e um animal. Hoje também perdemos um bocadinho de fé em nós próprios", lamentou um dos responsáveis pelo parque animal.


Dez sapos à boleia de um píton


O píton-táxi: dez sapos-boi à boleia da serpente © DR/Twitter Andrew Mock

Para fugirem a uma forte tempestade na Austrália Ocidental, dez anfíbios fizeram-no da forma mais eficaz: no corpo de uma serpente

ara fugirem a uma forte tempestade, que provocou a subida das águas de um lago, dez sapos-boi apanharam a boleia mais inesperada: um píton de 3,5 metros.

A cena, que tem tanto de fascinante como de arrepiante, foi testemunhada por Paul Mock, que mora com a mulher, Anne, e as filhas na remota cidade de Kununurra, na Austrália Ocidental, revelou o jornal inglês The Guardian.

Com uma precipitação intensa de 70mm, o lago inundou os refúgios desta espécie anfíbia, a Rhinella marina, originária da América Central e do Sul e que se tornou uma praga, depois de ter sido introduzida em 1935 no estado australiano de Queensland, para combater uma outra praga, o besouro-da-cana (Dermolepida albohirtum).


Preocupado com a queda abrupta de água, Paul Mock saiu de casa no meio da tempestade para ir ver o estado de uma represa nas proximidades de sua casa, quando se deparou com milhares de sapos-boi espalhados pelo campo, junto ao lago. "O lago estava tão cheio que encheu as tocas dos sapos nas margens e eles estavam todos sentados em cima da relva - milhares deles", contou ao Guardian Australia.

Foi então que Paul viu uma cena ainda mais estranha: uma serpente píton procurava também ela um lugar mais alto para se abrigar das águas - e seguia a toda a velocidade, com a estranha carga de dez sapos-boi.

"Achei fascinante que alguns destes répteis locais se acostumassem aos sapos e a não comê-los." O irmão de Mock, Andrew, publicou uma foto da cena no Twitter, provocando horror, espanto, mas também piadas sobre este novo serviço Uber.

fonte: Diário de Noticias

Transgénero já eram reconhecidos há três mil anos, diz estudo


Imagem retirada do Youtube

Artefactos funerários encontrados no sítio arqueológico de Hasanlu, no Irão, sugerem que existiam ofertas para homens, mulheres e um "terceiro género".

Enquanto vários países debatem o reconhecimento legal de uma terceira categoria de género, um novo estudo sugere que uma civilização persa abraçou a diversidade, há três mil anos, reconhecendo um terceiro género além do masculino e do feminino.

Segundo o jornal israelita Haaretz, esta teoria é baseada no estudo de artefactos encontrados nos túmulos de Hasanlu, um sítio arqueológico situado no noroeste do Irão.

Quando encontram restos humanos nas escavações arqueológicas, os investigadores atribuem-lhes um sexo - habitualmente masculino ou feminino -, de acordo com as características morfológicas do esqueleto ou dos objetos encontrados no enterro, explicou Megan Cifarelli, historiadora de arte do Manhattanville College (universidade liberal de artes perto de Nova Iorque).

Ao analisar 51 túmulos em Hasanlu, os investigadores procuraram descobrir quais os objetos que apareciam com mais frequência e o que poderiam significar. Agulhas, alfinetes de vestuário e joias eram encontrados, geralmente, juntos e associados a esqueletos femininos. Tal como os vasos de metal, as armas e as armaduras, que apareciam fortemente relacionados com restos mortais masculinos.

Combinação de artefactos

No entanto, o algoritmo usado pelos investigadores revelou um dado curioso: em 20% das sepulturas existia uma combinação de artefactos habitualmente associados ao sexo masculino e ao sexo feminino em esqueletos de ambos os sexos. Num dos túmulos masculinos, por exemplo, foi encontrada uma ponta de flecha - artefacto considerado masculino - e um alfinete de vestuário, que, afirma Megan Cifarelli, é o objeto "mais fortemente feminino que existe".

Numa outra sepultura, os investigadores encontraram uma lâmina e um copo de metal, ao lado de um alfinete e uma agulha, num esqueleto cujo sexo não pode ser identificado. Segundo Megan, tudo indica que o indivíduo realizava atividades tradicionalmente masculinas, mas também usava roupas femininas.

Em declarações ao Haaretz, a historiadora diz que existem mais do que duas categorias de artefactos funerários em Hasanlu, o que, segundo a especialista, indica que aquela sociedade reconheceu a existência de pelo menos três géneros.

Não existem certezas de que os artefactos realmente indicavam um género ou de que as ofertas não foram feitas ao acaso, mas Megan Cifarelli acredita que a identidade de género desempenhou um papel realmente importante na escolha dos artefactos.

"As categorias sociais que aparecem nos enterros são mais formais, menos individualizadas e geralmente conservadoras", diz a especialista, que considera existirem poucas hipóteses de uma mulher deixar cair os brincos acidentalmente na campa do marido, por exemplo. "[O enterro] é um momento para a família afirmar a identidade social da pessoa."

A investigação não oferece dados que permitam saber se o terceiro género era unicamente uma questão de identidade ou uma categoria social criada para pessoas com diferentes anatomias, como os intersexo.

Segundo os dados obtidos, 50% dos indivíduos sepultados eram homens, 20% mulheres e os restantes desconhecidos.

Na opinião de Megan, a arte de Hasanlu ajuda a suportar a sua teoria de reconhecimento de um terceiro género. Numa taça de ouro descoberta por arqueólogos, uma das figuras é um homem barbudo vestido com roupas femininas. Está sentado no chão, uma posição que, de acordo com a historiadora, estava reservada para as mulheres.


domingo, 30 de dezembro de 2018

Porque celebramos o Ano Novo a 1 de janeiro?


A decisão de começar o ano no dia 1 de janeiro foi tomada há dois mil anos, mas durante a Idade Média a passagem de ano chegou a celebrar-se no dia 25 de março.

Porque celebramos o início de um novo ano no primeiro dia de janeiro e não em março ou qualquer outro dia do calendário?

A decisão foi tomada há dois mil anos por Júlio César. O imperador romano criou o calendário juliano no ano 46 a.C. com base nos 365 dias que o sol demora a dar uma volta completa ao planeta Terra e escolheu janeiro para o começar.

A historiadora Diana Spencer conta à BBC que janeiro é um mês com um significado especial para os antigos Romanos. É o mês de Jano, deus das mudanças e transições, por isso a escolha era óbvia.

Representado com duas caras, uma a olhar em frente e outra nas costas, Jano é também associado ao passado e ao futuro, a entradas e saídas.


Foto: Quinn Dombrowski/Flicker

Janeiro também marca um novo começo depois do Solstício de Inverno, dia 21 de dezembro, o dia mais curto do ano.

Durante a Idade Média, muitos países cristãos consideravam que o dia 1 de janeiro tinha uma conotação demasiado pagã e passaram a celebrar a passagem para um novo ano a 25 de março, dia em que o anjo Gabriel apareceu à virgem Maria para lhe dizer que ia dar à luz o filho de Deus.

Com a adoção do calendário gregoriano, promulgado pelo Papa Gregório XIII a 24 de fevereiro do ano 1582, o dia 1 de janeiro voltou a ser o primeiro dia do ano.

Exceção feita a Inglaterra, país protestante, onde o dia 25 de março continuou a ser dia de passagem de ano até 1752, quando o parlamento decidiu alinhar o país com o resto da Europa.

fonte: TSF

sábado, 29 de dezembro de 2018

"Super Lua de sangue de lobo"? O ano começa com um eclipse total da lua


O eclipse total da Lua de 15 de junho de 2011

Designação que circula na internet não tem nada de científico. Estará relacionada com presságios. O eclipse total ocorre na noite de 20 para 21 de janeiro de 2019 e deixará a Lua em tom avermelhado.

Se gosta de fenómenos astronómicos, marque o dia 21 de janeiro na agenda. Ao olhar para o céu durante a madrugada, terá a oportunidade de assistir a um eclipse total lunar, que será acompanhado por uma super Lua. Há quem lhe chame "Lua vermelha de sangue de lobo".

Ao DN, Rui Agostinho, diretor do Observatório Astronómico de Lisboa (OAL), explica que o eclipse vai ocorrer "quando a Lua está no perigeu da sua órbita, o ponto mais próximo da Terra em fase cheia, o que dá uma super Lua". Desta forma, prossegue, estão conjugados todos os fatores para "um eclipse com uma lua grande e bonita".

O fenómeno será visível na Europa Ocidental, América e África. Embora Portugal seja um dos países privilegiados para observar o fenómeno astronómico, isso implica ter de ficar acordado até muito tarde ou sair da cama muito cedo. Por cá, adianta Rui Agostinho, a Lua entra na penumbra às 02.35 (da madrugada de 20 para 21 de janeiro), na umbra às 03.34, vai a meio do eclipse às 05.12 e sai da sombra às 06.50.


Imagem do Observatório Astronómico de Lisboa

Este fenómeno, conta o jornal espanhol ABC, é designado por algumas pessoas como "super Lua de sangue de lobo", o que estará relacionado com profecias que falam do fim do mundo. Uma designação que não terá nada de científica, e que o diretor do OAL desconhece.

A designação será baseada no facto de nos eclipses totais lunares a Lua parecer ter um tom vermelho-alaranjado. "Quanto mais a Lua estiver próxima da Terra durante o eclipse, maior é a refração dos raios vermelhos. Ou seja, estará numa zona de cor mais avermelhada do que quando o eclipse ocorre numa zona mais afastada da Terra", esclarece Rui Agosto. Talvez assim pareça mais avermelhada. "Mas não sei se temos memória visual para ver essas tonalidades".

Um eclipse total da Lua ocorre quando a Terra se encontra entre o Sol e a Lua de forma a projetar a sua sombra na Lua e a Lua atravessa completamente a sombra da Terra. De acordo com o OAL , isto acontece quando a Lua, em fase de Lua cheia, passa nos seus nodos ou na sua proximidade.

O tom avermelhado prende-se com o facto de a luz solar ser filtrada pela atmosfera da Terra, de modo a que sejam absorvidas as tonalidades azuis, prevalecendo as avermelhadas.


Investigadores encontraram o “pássaro mais raro” do mundo no Brasil


Depois de meses de busca sem frutos, um dos pássaros mais raros do mundo, que está em perigo de extinção, foi finalmente encontrado no Brasil.

O entufado-baiano ou bigodudo-baiano, como é conhecido a espécie Merulaxis stresemanni, é um pássaro de cauda longa e porte médio com filamentos na testa. Os cientistas pensam que há muito poucas criaturas desta espécie no mundo.

Duas observações de uma fêmea a 12 e 14 de dezembro deram esperança aos investigadores de que ainda não é tarde demais para salvar a ave da extinção total, já que a espécie está a diminuir rapidamente e o habitat da floresta tropical está a ameaçar todos os últimos indivíduos.

Encontrados apenas numa pequena região do leste do Brasil, os estufados-baianos foram vistos pela primeira vez na década de 1830. Mas, depois da observação inicial, só voltaram a ser vistos em meados do século XX. Depois disso, voltou a desaparecer e só foi observado outra vez em 1995 – o que mostra o quão rara esta espécie é.

Atualmente, os investigadores juntaram esforços e estão a focar-se no noroeste de Minas Gerais, onde se espera que a pequena população possa permanecer viva.

“Apesar de ficarmos aliviados com o facto de o estufado-baiano continuar a sobreviver, o futuro da espécie continua comprometido”, disse uma integrante da equipa de conservação, Amy Upgren, da American Bird Conservancy (ABC). “Ainda há muito trabalho que é preciso fazer para localizar indivíduos adicionais e proteger o habitat”.

A little haunting, this is the sound of perhaps the world's rarest bird, a female Stresemann's Bristlefront spotted last week in Brazil. We won't give up searching, but as of now, she is the last-known of her kind. (Recording by @biodiversitas) https://abcbirds.org/article/worlds-rarest-bird-sighted-in-brazil/ 
175 pessoas estão falando sobre isso

A ABC está a trabalhar com a sua organização parceira, a Fundação Biodiversitas, no Brasil, para encontrar mais pássaros selvagens. Os esforços estão concentrados na Reserva Mata do Passarinho e na Floresta Songbird, uma área de cerca de 952 hectares reservada para a conservação de espécies.

A reserva protegida foi ampliada em 2016 e tem sido usada para fornecer alimentos extras para esta espécie, bem como algumas tocas artificiais para os ninhos de pássaros.

Com estudos recentes a enfatizar o quão frágil é o estado das florestas tropicais da América do Sul, é essencial que programas como o que espera salvar a espécie sejam mantidos em vigor. Incêndios e mudanças climáticas aumentaram os efeitos do desmatamento, tornando a situação da ave crítica.

fonte: ZAP

Humanidade poderia colonizar um asteroide?


Os escritores de ficção científica frequentemente escrevem sobre a construção de bases espaciais dentro de um enorme asteroide vazio.

Na realidade, cientistas fizeram os cálculos e decidiram que esse sonho é uma possibilidade real.

Recentemente, três pesquisadores da Universidade de Viena do Departamento de Astrofísica, publicaram um documento que sugere ser uma possibilidade realística encontrar uma "colónia" numa pedra do espaço.

Essa base teria rotação para gerar gravidade artificial, tornando o local mais confortável e apropriado para habitação, segundo artigo publicado pelo portal Metro.

Os especialistas afirmam que os cálculos sugerem que um asteroide seria forte o bastante para resistir à base, além de suportar a rotação.

Segundo a equipe de pesquisa, uma estação espacial na caverna de um asteroide minerado é possível, caso suas dimensões sejam escolhidas correctamente e caso a composição material e a resistência do material do asteroide sejam conhecidas o suficiente para um nível satisfatório de precisão.

As cavernas dentro do asteroide fornecem vantagens de material confinado próximo à gravidade zero durante a extracção e após, o casco protegerá a parte interna contra a radiação.

Entretanto, a ideia de um asteroide habitado custaria aproximadamente 75 biliões de libras esterlinas por pessoa. Além disso, seria extremamente difícil construir uma habitação dentro de uma pedra espacial, especialmente se considerarmos os efeitos sombrios ao corpo humano devido à gravidade zero.

Para uma construção como essa, serão necessários diversos especialistas de diferentes áreas, além disso, deverá conter tudo para a necessidade humana, como ar para respirar, água para beber e sistemas de reciclagem apropriados, bem como alimento e luz.

fonte: Sptunik News

Homem morre atacado por vespas asiáticas em Vila Verde

Resultado de imagem para Homem morre atacado por vespas asiáticas em Vila Verde

Um homem morreu atacado por um enxame de vespas asiáticas, que se encontravam numa árvore que estava a cortar na sua propriedade, em Vila Verde, Braga.

António Manuel da Costa Macedo, de 47 anos, teve morte quase imediata, cerca de três minutos depois de ter sido picado. Foi surpreendido pelo enxame saído da árvore que cortava, no seu terreno, na localidade de Dossãos, perto do centro de Vila Verde.

O ataque das vespas asiáticas ocorreu na quarta-feira, mas a causa da morte só foi conhecida esta sexta-feira durante a sua autópsia, no Gabinete Médico-Legal e Forense do Cávado, em Braga.

As picadas das vespas provocaram uma paragem cardiorrespiratória a António Macedo, pelo que aquando da chegada da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Grupo de Braga do INEM já estava quase sem vida, amparado por familiares e pelos Bombeiros Voluntários de Vila Verde.

Mais duas mortes no Norte

Há pelo menos duas mortes conhecidas na região do Norte, em Vila Nova de Gaia, no ano de 2014, e em Vila Verde, em 2015.

A 28 de julho de 2014, um jovem, José Gonçalves, de 20 anos, morreu, em Seixo Alvo, Olival, Vila Nova de Gaia, igualmente pelo choque anafilático, provocado pelas picadas de vespas asiáticas, quando estava no seu quintal.

Em 15 de junho de 2015 um homem de 63 anos, residente na freguesia de Cervães, em Vila Verde, morreu atacado também por um enxame de vespas asiáticas.

Nesse mesmo ano de 2015 vespas asiáticas atacaram pelo menos três vezes no Estádio Municipal de Braga, num dos casos num jogo com o Boavista, tendo ainda no Minho feito uma aparição numa escola em Barroselas, Viana do Castelo.


Este cogumelo tem 2500 anos, é do tamanho de 400 campos de futebol e continua a crescer


Da espécie Armillaria gallica, ou cogumelo do mel, o fungo alimenta-se de raízes de árvores próximas e sobrevive há tanto tempo porque mantém as suas características genéticas praticamente inalteradas.

Existe há pelo menos 2500 anos, mas só agora é que os cientistas conseguiram saber mais sobre um fungo gigante que cresce no estado norte-americano do Michigan. O cogumelo não terá passado despercebido pelo seu tamanho, uma vez que pesa cerca de 400 toneladas, ou o equivalente a 57 elefantes, e mede 75 hectares, mais ou menos 400 campos de futebol, segundo o El Confidencial.

O fungo, da espécie Armillaria gallica ou cogumelo do mel, já existia antes de Cristo, mas só começou a ser estudado no final dos anos 1980 por uma equipa de cientistas da Universidade do Missouri, liderada por Johann Bruhn. Inicialmente esta equipa acreditava que o fungo tinha 1500 anos e pesava cerca de 100 toneladas. As características foram atualizadas este mês com a publicação do estudo "Clonal evolution and genome stability in a 2500-year-old fungal individual" pela Royal Society.

Estabilidade genética

Os autores do estudo acreditam que o cogumelo, que se alimenta de raízes de árvores próxima, sobrevive há tanto tempo graças à sua estabilidade genética; comparando amostras recolhidas há três décadas com as atuais, os cientistas concluíram que a sua base genética manteve-se praticamente inalterada.

Ainda não há uma explicação exata para esta estabilidade genética. Mas os especialistas colocam a hipótese de estar relacionada com a ausência de contacto com raios ultravioletas, uma vez que este cogumelo se encontra praticamente todo debaixo da terra, com exceção de alguns rebentos que surgem como cogumelos do mel. A investigação vai continuar até porque entender este processo pode ajudar a compreender melhor o processo contrário - as mutações descontroladas, como o crescimento de células cancerígenas.

O cogumelo destaca-se pelo seu tamanho, mas não é maior do mundo. No estado do Oregon há um cogumelo com mais de 8000 anos que mede cerca 10 quilómetros.


As abelhas conseguem contar com apenas quatro neurónios


As abelhas conseguem resolver tarefas de contagem com um número muito reduzido de células nervosas no cérebro, segundo uma pesquisa recente levada a cabo por uma equipa de cientistas da Universidade Queen Mary, em Londres.

Para entender como é que as abelhas contam, uma equipa de cientistas da Universidade Queen Mary, em Londres, simulou um “cérebro” miniatura muito simples num computador com apenas quatro células nervosas – muito menos do que possui o cérebro de uma abelha real.

O cérebro simulado conseguiu facilmente contar pequenas quantidades de objetos ao inspecioná-los de perto, um de cada vez – ao contrário do que acontece com os seres humanos, que olham para todos os objetos e conseguem contá-los todos de uma só vez.

Neste estudo, publicado recentemente na revista iScience, os investigadores propõem que este comportamento inteligente das abelhas torna a tarefa complexa de contar muito mais fácil do que na verdade é, permitindo que os animais exibam habilidades cognitivas impressionantes com o mínimo de poder intelectual.

Estudos anteriores mostraram que as abelhas podem contar até quatro ou cinco objetos, podem escolher o menor ou maior número de um grupo e até mesmo escolher o “zero” contra outros números quando treinadas para escolher “menos”.

Os investigadores entendem que as abelhas conseguiram esta proeza não entendendo conceitos numéricos, mas sim usando movimentos de voo específicos para inspecionar de perto os objetos que moldam a sua entrada visual e simplificam, assim, a tarefa até ao ponto em que ela requer o mínimo de poder intelectual.

Esta descoberta demonstra que a inteligência das abelhas – e, potencialmente, de outros animais -, pode ser mediada por números muito pequenos de células nervosas, adianta o Phys.org.

Este estudo pode ter implicações na Inteligência Artificial (IA), dado que os robôs autónomos eficientes precisarão de contar com algoritmos robustos, computacionalmente baratos, e poderão beneficiar do emprego de comportamentos de varredura inspirados em insetos, nomeadamente nas abelhas.

Vera Vasas, da Universidade Queen Mary e autora principal do artigo, disse que este modelo “mostra que, apesar de a contagem geralmente exigir inteligência e cérebros grandes, pode ser facilmente feita com o menor dos circuitos de células nervosas“.

“Sugerimos que o uso de movimentos de voo específicos explique a capacidade de contagem de abelhas, o que significa que a tarefa de contar requer pouco poder intelectual”, concluiu.

As abelhas têm apenas um milhão de células nervosas, o que lhes confere muito pouco poder intelectual. Em comparação, os humanos têm 86 mil milhões de células nervosas.

fonte: ZAP

Sonda New Horizons voa para objecto 'suspeito' nem os cientistas da NASA sabem explicar


A sonda New Horizons, da Nasa, foi programada para voar para um objecto antigo a mais de 100 milhões de quilómetros de distância - e os cientistas estão cada vez mais perplexos com o que o misterioso Ultima Thule o que realmente é.

A New Horizons, da Nasa, está pronta para realizar uma missão de sobrevoo no Ultima Thule na véspera de Ano Novo, e até os cientistas-chefes da sonda estão confusos sobre o antigo objecto espacial. 

O Ultima Thule, que tem sido rastreado nos últimos três meses, fica no interior do Cinturão de Kuiper, considerado o bloco de construção dos planetas. No entanto, descobertas recentes divulgadas pela NASA provocaram um frenesi de teorias de conspiração e especulações de naves espaciais alienígenas, uma vez que até mesmo os cientistas não conseguem explicar a forma brilhante do objecto.

A New Horizon tem medido a luz do Thule para descobrir a sua forma, já descartado uma forma esférica, mas os resultados descreveram para a equipe de cientistas como "um verdadeiro enigma".

O novo pesquisador principal da New Horizons, Alan Stern, disse: “Por que tem uma curva de luz tão pequena que nem conseguimos detectá-la? Eu não esperava isso, tão cedo ".

"Ultima está guardando bem seus segredos, mas estamos nos aproximando e o voo está a apenas uma semana de distância."

Tyler Glocken, do canal SecureTeam10 do YouTube, afirmou que as descobertas provam que “algo muito estranho está acontecendo com o próximo alvo da New Horizon”.

Ele disse: “Leituras estranhas relatadas pela NASA sugerem um mistério em torno do asteroide de que eles vão observar mais de perto na próxima semana.

“Está agindo de forma muito suspeita. Este objecto parece não ter uma curva de luz, e isso é algo que envia ondas de choque para os cientistas.

“Não é nada que tenhamos visto antes. A NASA esperava que o asteróide ficasse mais claro ou mais escuro à medida que nos aproximamos dele.

“Mas não está mudando nada. Por três meses, não mudou o brilho. É como se o objecto estivesse lançando sua própria fonte de luz ”.

Os cientistas da NASA não conseguiram explicar o fenómeno bizarro e pouco se sabe sobre o mundo além de sua localização e órbita.

As alegações de que a New Horizon está num “ângulo errado” para ver sua luz foram eliminadas como “as mais incertas coincidências”.

Outros afirmam que Ultima está cercado por uma nuvem de poeira que obscurece sua curva de luz, foi descartado pela NASA como sendo improvável devido à sua distância do Sol.

fonte: Express

Dia de ano novo será histórico: Sonda New Horizons da NASA vai visitar Ultima Thule


Trata-se do objeto espacial mais distante do Sistema Solar que a humanidade alguma vez conseguiu alcançar.

As doze badaladas da passagem do ano para 2019 vão ser comemoradas com um sabor especial na NASA. É que a sonda New Horizons pode chegar finalmente a Ultima Thule (2015 MU69), considerado o objeto espacial mais longínquo que o Homem conseguiu alcançar, localizado para além da órbita de Plutão.

O mais curioso é que a sonda está a realizar uma missão para o qual nem foi concebida, já que foi lançada em 2006 em direção a Plutão, numa altura em que o Ultima Thule ainda não tinha sido descoberto. Apenas em maio de 2009 foi detetado, após os astronautas introduzirem uma câmara melhorada no telescópio espacial Hubble. Mas o corpo celeste foi finalmente fotografado em junho de 2014, descrito como uma “montanha” flutuante que orbita o Sol a mil milhões de milhas para lá de Plutão (e a quatro mil milhões de milhas da Terra).

Será o primeiro encontro da humanidade com este “novo mundo” marcado para o dia 1 de janeiro. Este contacto tem entusiasmado a comunidade científica que não sabe o que esperar: “Se soubéssemos o que esperar não estávamos a ir para Ultima Thule. É um objeto que nunca visitámos antes”, refere o investigador científico Alan Stern ao Business insider.


Segundo é explicado, Ultima Thule encontra-se numa zona chamada Cintura de Kuiper, uma região descrita como tendo uma luz solar tão fraca como a iluminação de uma Lua Cheia. Esta zona longínqua e gelada agrega os vestígios da formação do sistema solar, denominados por objetos da cintura de Kuiper (Kuiper Belt Objetcs - KBOs). Tal como Plutão, o Ultima Thule é um desses corpos que se juga estar em órbita há milhares de milhões de anos e que o seu estudo pode revelar como o Sistema Solar evoluiu para formar planetas como a Terra. É considerado uma espécie de “semente de planeta”.

Os cientistas consideram o corpo celeste como uma espécie de cápsula do tempo com 4,5 mil milhões de anos. É a primeira vez que assistem a um elemento que não é grande o suficiente para ter suporte geológico como um planeta, mas ao mesmo tempo nunca foi posto em perigo pelo Sol. Os cientistas afirmam que a passagem do New Horizons é o equivalente astronómico a uma escavação arqueológica no Egito. “É como abrir pela primeira vez o túmulo de um faraó e ver como era a cultura há mil anos atrás, mas aqui é nos confins do Sistema Solar”, afirma o investigador…

Se tudo correr bem, as primeiras imagens são esperadas no dia 1 de janeiro, cerca de 30 minutos depois da famosa “bola” ser lançada no Times Square, em Nova Iorque.

fonte: Sapo Tek

NASA: A melhor maneira de procurar alienígenas é procurar pela sua TECNOLOGIA


Um estudo da NASA revelou que a melhor maneira de procurar alienígenas em outras partes do cosmos é procurar "artefactos", como satélites em órbita de outros planetas.

Se quisermos encontrar vida que seja pelo menos tão inteligente quanto a nossa, então um sinal revelador será procurar por "identificações tecnológicas". Estes são sinais da tecnologia vinda de um planeta que pode incluir satélites ou ondas de rádio emitindo do corpo celeste. Isso está de acordo com um estudo da NASA que incita os astrónomos a procurar sinais de vida procurando evidências de tecnologia.

O estudo também faz a alegação extraordinária de que artefactos alienígenas podem estar em nosso planeta, tendo vindo de uma civilização antiga como Marte ou Vénus.

Os investigadores escrevem: “'Porque os registos geológicos, paleontológicos e arqueológicos da Terra são tão incompletos, é até possível que a própria Terra tenha tais artefactos, embora, mais uma vez, essa ideia seja confundida com imaginações populares não científicas e histórias de ficção científica. sobre visitas alienígenas, e por isso deve ser abordado com cuidado.

“Se as descobertas tecnológicas fossem descobertas no sistema solar, valeria a pena considerar se a sua origem poderia não era interestelar.

“Especificamente, uma vez que a Terra abriga as únicas espécies conhecidas capazes de comunicação interestelar e viagens planetárias (embora ambas as tecnologias permaneçam em seu desenvolvimento inicial), a Terra continua sendo o único planeta conhecido fecundo o suficiente para promover a vida tecnológica. Marte ou Vénus primitiva, habitável, pode até ser a origem de tal tecnologia ”.

A pesquisa, intitulada "Nasa e a busca por identificações tecnológicas: um relatório dos Serviços de Tecnologias da NASA", acrescenta que esses sinais não poderiam ser limitados apenas a planetas, mas eles poderiam estar vagando pelo sistema solar.

O estudo declara: “Assinaturas tecnológicas no sistema solar podem vir na forma de sondas ou estruturas de flutuação livre - ou passando pelo sistema solar ou em órbita ao redor do Sol ou outro corpo - ou na forma de estruturas ou outros sinais de tecnologias. em superfícies planetárias.

fonte: Express

Como reconhecer um extraterrestre entre nós?


A teoria da selecção natural de Charles Darwin e as matemáticas da evolução podem ser utilizadas pelos astrobiólogos para reconhecerem os alienígenas.

Durante uma conferência sobre astrobiologia na Universidade de Stanford, na Califórnia (EUA), ao ser questionado sobre o que seria capaz de convencê-lo sobre a existência de vida extraterrestre, um cientista respondeu que apenas uma foto de um alienígena seria uma prova convincente.

Segundo artigo publicado pelo portal Aeon, a vida é diferenciada pela sua concepção aparente e qualquer organismo, desde as bactérias mais simples até as grandes sequoias, que possuem um grande número de partes complexas, trabalhando juntas para que tudo funcione em conformidade.

Ao contrário da terra e do vento, os propósitos de qualquer ser são a sobrevivência e a reprodução que, combinadas com o ponto anterior, definem a vida. Isso porque, cada organismo gera sua concepção através da selecção natural e em cada geração, a natureza "escolhe" os espécimes com as melhores características para uma melhor reprodução.

A teoria proposta por Charles Darwin no século XIX demonstra que os extraterrestres também devem ser frutos da selecção natural, sendo assim, os astrobiólogos podem utilizar seus conhecimentos juntamente com a matemática da evolução para realizar previsões sobre extraterrestres.

Entretanto, os astrobiólogos baseiam seus estudos nos factos que sucederam a Terra, o que poderia limitar a visão sobre as características especiais, como é o caso do ADN, que não seriam sustentáveis em outros planetas.

Para os especialistas, a selecção natural é universal, sendo que seria possível aplicar a teoria no estudo de mundos totalmente diferentes do nosso.

Sendo assim, pesquisadores acreditam que aquilo que imaginamos de um ser extraterrestre mostraria a divisão do trabalho, com diversas partes especializadas baseadas na teoria, matemática e na selecção natural.

fonte: Sputnik News

Vulcões, sismos e tsunamis. Está tudo ligado


Vulcões e sismos estão intimamente ligados. Ambos resultam do movimento de placas tectónicas que está constantemente a modificar a superfície da Terra. Além disso, os sismos dão pistas de que um vulcão pode estar a caminho de uma erupção.

No caso de um sismo que precede uma erupção, a principal razão pela qual ocorre é o magma em movimento. A maior parte do magma é formado pela fusão do manto, entre oito e 80 quilómetros abaixo da superfície. Esse magma sobe porque é quente, repleto de gases e feito de material menos denso que a rocha em seu redor. Ao exercer muita força sobre as rochas ao seu redor enquanto sobe pela crosta, o magma gera microssismos ou sismos.

A magnitude dos sismos causados pela atividade vulcanológica costuma situar-se entre 3 e 5 na escala de Richter - o mais recente registado na Sicília, na madrugada desta quarta-feira, teve 4.8.

O tsunami que ocorreu no sábado no Estreito de Sonda, e que causou mais de 400 mortos e dezenas de milhares de desalojados, teve uma origem semelhante: a erupção do vulcão Anak Krakatau.

A atividade vulcânica pode causar tsunamis graças a um ou à combinação de vários factores: explosões submarinas, fluxos piroclásticos (correntes de gases, cinzas e rochas) e deslizamentos dos vulcões. Neste caso foi o colapso de um segmento de 64 hectares da ala oeste-sudoeste do vulcão durante a erupção. Milhões de toneladas de detritos rochosos deslizaram para o mar, empurrando as ondas em todas as direções.

Ondas de dois a três metros de altura atingiram as costas das ilhas de Java e Sumatra 25 minutos depois do deslizamento de terras do Anak Krakatau.

O vulcão que surgiu no canal em 1927 no lugar da caldeira do Krakatoa tinha um historial de baixa atividade, mas os cientistas já se tinham debruçado sobre os seus perigos. Numa projeção realizada em 2012 por quatro cientistas ondas com dezenas de metros atingiriam as ilhas vizinhas de Sertung, Panjang e Rakata em menos de um minuto, mas que se dissipariam ao longo do Estreito de Sonda, chegando a terra com a altura entre um e três metros.

"O volume do colapso simulado é maior do que aquele ocorrido no sábado, pelo que o nosso cenário pode ser considerado o mais grave. No entanto agora há uma grande incerteza sobre a estabilidade do cone vulcânico e a probabilidade de futuros deslizamentos e tsunamis não é negligenciável", disse Raphaël Paris, num comunicado da União Europeia de Geociências.


Há um planeta-destruidor no Sistema Solar (e pode ser o misterioso Planeta X)


Uma equipa de cientistas da Universidade de Durham, na Inglaterra, provou que há alguns mil milhões de anos de anos um planeta desconhecido, duas vezes maior que a Terra, colidiu com Urano. Esta colisão espacial pode explicar por que motivo o eixo do sétimo planeta do Sistema Solar ficou “de lado”, ao contrário de todo os outros planetas. 

Neste sentido, este corpo celeste que colidiu com Urano pode ser o nono planeta que os astrónomos têm procurado, tal como relata a Phys.org.

A hipótese sobre a colisão de Urano com um grande planetesimal – um corpo rochoso ou de gelo que se terá formado nos primórdios do Sistema Solar – foi proposta há várias décadas, mas nem toda a comunidade científica aceitou esta teoria. Foi apresentada uma versão diferente, segundo a qual o eixo de rotação de Urano foi “desequilibrado” por um grande satélite que depois desapareceu.

Os resultados das simulações levadas a cabo pela equipa de cientistas mostraram que a colisão e a “remodelação” de Urano – que poderá ter envolvido algumas rochas ou todas que atingiram o planeta – aconteceram num pequeno espaço de tempo, em apenas algumas horas. Entretanto, os astrónomos consideram que uma colisão com vários corpos celestes menores menos provável.

De acordo com os cientistas, o planeta que atingiu em Urano pode ainda estar a pairar no Sistema Solar e estaria muito além da órbita de Plutão, longe demais para que o possamos observar. Esta hipótese explicaria alguma das órbitas do planeta, indo ainda de encontro com a teoria de que existe um planeta ausente, o Planeta X, a orbitar o Sol.

A catástrofe planetária ocorreu há cerca de 3 a 4 mil milhões de anos, possivelmente ainda antes dos satélites de Urano se terem formado. Nessa altura, o gigante de gelo era um protoplaneta com um disco de gás e poeira, do qual surgiram subsequentemente as suas luas. A inclinação do eixo de Urano afetou a inclinação das órbitas de rotação dos satélites e a orientação dos seus próprios eixos.

A colisão levou também à formação de uma camada externa que mantém o calor dentro do planeta (a temperatura da tropopausa do gigante gasoso é de 216 graus Celsius negativos).

Os gigantes de gelo são uma classe de planetas compostos de amónia, metano e sulfeto de hidrogénio na forma de líquidos supercríticos. No Sistema Solar, estes planetas gigantes são representados por Urano e Neptuno. Os compostos de hidrogénio e hélio correspondem a 20% da massa, o que os distingue dos gigantes gasosos como Júpiter e Saturno (nestes a proporção de hidrogénio e hélio representa 80%).

fonte: ZAP

Descoberta superterra exótica de safiras e rubis a 21 anos-luz


Uma equipa de cientistas descobriu uma nova classe de superterras formadas a altas temperaturas, perto da sua estrela hospedeira, contendo grandes quantidades de cálcio, alumínio e os seus óxidos, incluindo safiras e rubis.

A 21 anos-luz da Terra, na constelação de Cassiopeia, um planeta orbita a sua estrela com um ano que dura apenas três dias – o seu nome é HD219134 b. Tem uma massa quase cinco vezes maior do que a do nosso planeta, é classificada como uma superterra.

No entanto, e ao contrário da Terra, o mais provável é que HD219134 b não tenha um núcleo de ferro maciço, mas antes um núcleo rico em cálcio e alumínio.

“Talvez brilhe de vermelho para azul como rubis e safiras, porque essas pedras preciosas são óxidos de alumínio comuns no exoplaneta”, disse Caroline Dorn, astrofísica do Instituto de Ciências da Computação da Universidade de Zurique, em comunicado.

De acordo um novo artigo, publicado recentemente pela equipa de investigação na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, o HD219134 b é um dos três candidatos que provavelmente vão pertencer a uma nova e exótica classe de exoplanetas.

Os investigadores estudam a formação de planetas recorrendo a modelos teóricos, comparando-os depois com dados da observação. Sabe-se que durante o período da sua formação, estrelas como o Sol foram rodeadas por um disco de gás e poeira onde os planetas nasceram.

Planetas rochosos como a Terra formaram-se a partir dos corpos sólidos remanescentes que se criaram quando o disco de gás proto-planetário se dispersou. Estes blocos de construção condensaram-se fora do gás da nebulosa quando o disco arrefeceu.

“O que é emocionante é que estes objetos são completamente diferentes da maioria dos planetas semelhantes à Terra”, disse Dorn, “se é que realmente existem”. A probabilidade de existirem é alta, tal como sugere o artigo. “Segundo os nossos cálculos, descobrimos que estes planetas têm uma densidade de 10 a 20% menor que a da Terra”.

Os restantes candidatos

A equipa também analisou outros exoplanetas com densidades baixas semelhantes. “Observamos diferentes cenários para explicar as densidades observadas”, diz Dorn.

Por exemplo, uma atmosfera espessa pode levar a uma densidade geral menor. Mas dois dos exoplanetas estudados – o 55 Cancri e o WASP-47e – orbitam a sua estrela de tão perto que a sua temperatura superficial é de quase 3.000 graus e, por isso, estes exoplanetas teriam já perdido há muito tempo o gás que os rodeia.

“No HD219134 b há menos calor e a situação é mais complicada”, sustenta Dorn. À primeira vista, uma menor densidade poderia ser explicada por oceanos profundos de magma. Mas um segundo planeta que orbita a estrela um pouco mais distante torna este cenário improvável. Uma comparação entre os dois objetos mostrou que o planeta interior não pode conter mais água ou gás do que o exterior. Por isso, ainda não é claro se os oceanos de magma podem contribuir para uma densidade mais baixa.

“Então, encontramos três candidatos que pertencem a uma nova classe de super-pesos com esta composição exótica”, resume o astrofísico. Os investigares estão também a corrigir uma imagem anterior da super-paisagem do 55 Cancri, que fez as manchetes em 2012 como o “diamante do céu”.

Os cientistas tinham assumido no passado que o 55 Cancri era composto, em grande parte, por carbono. Contudo, a equipa teve que abandonar esta teoria com base em observações posteriores. “Estamos a converter o suposto planeta diamante num planeta safira”.

fonte: ZAP