quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Coronavírus; controle Populacional?


EM ATUALIZAÇÃO

Coronavírus ((2019-nCoV)), nova moda que (não querendo ser pessimista) de certeza que a Organização Mundial de Saúde vai emitir alerta de epidemia mundial e os laboratórios já devem andar a preparar uma vacina, milhões vão ser faturados.
Podem chamar-me teórico da conspiração, mas isto cheira a fabricação intencional, portanto man-made.

Recordem-se que em 2002 surgiu uma infeção muito idêntica, a SARS. Anos depois surgiu o pânico do H5N1, que iria dizimar milhões de pessoas, acreditava-se.
Uns aninhos depois; o pânico com o ébola e depois o "vírus Zika" no Brasil, recordam-se?

Por vezes as pessoas esquecem os eventos do passado, e não reparam nos "sinais" nem nas conspirações, porém elas existem!

Em 2002, foi identificada a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), também com origem na China, e em 2012, a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS).

O que a SARS, o H5N1 e este coronavírus têm em comum?

Sintomas:
Febre, dificuldade em respirar, tosse, e em casos de pessoas com sistema imunitário mais fraco (crianças e idosos) morte.

Quando surgiu a H5N1 venderam-se milhões de unidades de "Tamiflu".
Porém, para este coronavírus ainda não existe oficialmente, tratamento.

De década em década surge uma epidemia qualquer para "limpar" mais umas pessoas e equilibrar o excesso populacional, é algo programado.

Duvida?

Basta pesquisar um pouco.

1918:
Gripe Espanhola.
Esse vírus espalhou-se pelo mundo em apenas um ano (em 1918) matou pelo menos 50 milhões de pessoas.
E fique a saber que, antes de surgir o H5n1, alguns cientistas andaram a brincar aos estudos ressuscitando o vírus da gripe espanhola.

2002:
SARS, Síndrome Respiratória Aguda Grave, espalhou-se por 30 países.

2005:
Surto do vírus influenza A, gripe Aviária, conhecida como H5n1 ou ainda gripe A (embora haja variantes B e C e subtipos de vírus: H1N1, H2N2 e H3N2).

2014:
Ébola.
No ano de 2014 o mundo viveu o maior surto de ebola da história. O vírus, que mata entre 50% e 90% das pessoas que o contraem em questão de dias, ameaçou deixar a África e atacar outros continentes.
Contudo, o caso não foi tão grave quanto a O.M.S previa.

2015:
Surto do vírus Zika.
Foi o maior surto desse tipo de vírus da história, que ocorreu entre abril de 2015 e novembro de 2016. A epidemia começou em 2012,no Brasil e, posteriormente, espalhou-se para outros países da América do Sul, América Central e Caribe.

2020:
Coronavírus.
Já está a espalhar-se por vários Países. Cerca de 15 Países.
Vamos ver no que vai dar, eu aposto que a O.M.S vai declarar epidemia mundial, e os laboratórios já devem ter uma vacina (que prepararam com antecedência), milhões de unidades para vender, à semelhança do Tamiflu (Oseltamivir) que foi vendido para o H5N1.
Talvez o laboratório seja inclusive o mesmo: "Roche".

Segundo o último relatório da Organização Mundial de Saúde há 6065 infectados em todo o Mundo.
Na China cerca de 132 mortes declaradas e 4 milhões de infectados.


Encontrado famoso navio que desapareceu misteriosamente no Triângulo das Bermudas há 95 anos


Os destroços de um navio que desapareceu misteriosamente no Triângulo das Bermudas há 95 anos foram descobertos na costa da Florida, nos Estados Unidos.

O SS Cotopaxi – um navio mercante norte-americano – deixou Charleston, na Carolina do Sul,em 29 de novembro de 1925, carregado com carvão. Porém, o navio desapareceu sem deixar rasto antes de chegar ao seu destino final, Havana, em Cuba.

O destino do Cotopaxi e das 32 pessoas a bordo há muito tempo que intrigava os especialistas e o desaparecimento do navio tornou-se uma das histórias famosas associadas à lenda do Triângulo das Bermudas – uma região notória do oeste do Oceano Atlântico Norte, onde vários navios e aeronaves terão desaparecido em circunstâncias estranhas.

“O Cotopaxi estava numa viagem de rotina. Estava empregada no comércio de carvão e, portanto, essa foi apenas mais uma viagem no final de novembro de 1925. Sabemos, que nessa viagem, algo aconteceu”, disse, em declarações ao Newsweek, o biólogo marinho e explorador subaquático Michael Barnette. “Nunca encontraram destroços. Nunca encontraram botes salva-vidas, corpos ou alguma coisa. A embarcação simplesmente desapareceu após esse ponto”.

Agora, após quase um século de incerteza e especulação, Barnette e os seus colegas dizem que localizaram os destroços a cerca de 55 quilómetros da costa de Santo Agostinho, na costa nordeste da Florida. A descoberta é revelada num episódio de Shipwreck Secrets, uma nova série do Science Channel que começa no próximo mês.

A busca pelos destroços começou a milhares de quilómetros do Triângulo das Bermudas, em Londres, na Inglaterra. Barnette entrou em contacto com o historiador britânico Guy Walters e pediu que vasculhasse os arquivos do Lloyd’s of London, que contém documentos de seguro relacionados com a fatídica viagem do navio.


Durante sua busca, Walters conseguiu descobrir evidências de que o Cotopaxi tinha emitido um sinal de socorro em 1º de dezembro de 1925 – uma informação importante que os historiadores não conheciam anteriormente. “Muitas vezes, é mais importante gastar mais tempo nos arquivos do que na água”, disse Walters, ao Newsweek.

De acordo com os documentos, os sinais de socorro foram captados em Jacksonville, Florida, colocando o navio nas proximidades do chamado Bear Wreck – localizado na costa de Santo Agostinho – que confunde especialistas há décadas. As águas da costa de Santo Agostinho estão repletas de naufrágios dos séculos XVI e XVII. O Bear Wreck destaca-se porque parece ser do final do século XIX ou início do século XX e está localizado muito mais longe da costa do que a maioria dos outros naufrágios mais antigos. O nome verdadeiro do navio e a razão pela qual afundou há muito que permanecem um mistério.

Barnette e o seu parceiro de mergulho Joe Citelli decidiram realizar uma série de mergulhos a fim de procurar um artefacto que pudesse ligá-lo ao Cotopaxi. Queriam encontrar um objeto com o nome da embarcação – algo normalmente encontrado no sino dos navios. No entanto, essas descobertas são raras e os mergulhadores não encontraram o que procuravam, uma vez que os destroços estão cobertos por grandes quantidades de areia.

Depois, Barnette entrou em contacto com Al Perkins, um mergulhador que explora o Bear Wreck há mais de três décadas, colhendo inúmeros objetos. Um deles parecia fornecer uma pista das origens dos destroços. Era uma válvula que tinha sido fabricada por uma empresa a cerca de 20 quilómetros de onde o Cotopaxi foi construído, em Ecorse, Michigan.

Barnette realizou mais mergulhos para fazer medições do naufrágio do Bear Wreck, que foram comparados aos planos originais do Cotopaxi. A equipa descobriu que características como o comprimento da embarcação e as dimensões das caldeiras – correspondiam às medidas.

Por fim, Barnette recebeu uma informação de Walters: o historiador encontrou documentos de uma ação legal de famílias de alguns dos tripulantes desaparecidos contra o operador do Cotopaxi. As famílias argumentaram que o navio não estava em condições de navegar e não era adequado às condições adversas do oceano.

Nos documentos, o presidente da empresa respondeu que a única razão pela qual o navio afundou foi porque tinha sido apanhada numa grande tempestade na costa da Florida, atestada por registos climáticos históricos no dia em que o Cotopaxi enviou sinais de socorro.

O presidente da empresa relatou as últimas coordenadas conhecidas do Cotopaxi, colocando o navio a 38 quilómetros ao norte do Bear Wreck. Esta foi a peça final do quebra-cabeça que ligava o Cotopaxi ao Bear Wreck. Dado que uma tempestade atingiria a área no dia seguinte e as evidências dos documentos legais que indicavam que o navio não estava em condições de navegar, os investigadores pareciam ter descoberto uma possível explicação para o naufrágio do navio.

A equipa acredita que as coordenadas finais, o sinal de socorro enviado do navio no dia seguinte e os registos históricos sobre uma tempestade são mais uma evidência para mostrar que o Bear Wreck é o local onde Cotopaxi se afundou.

Barnette acrescentou ainda que explicações paranormais para o desaparecimento de navios e aeronaves no Triângulo das Bermudas desviam os especialistas do que é realmente importante.

Estima-se que, nos últimos 100 anos, o misterioso “Triângulo das Bermudas” tenha provocado a destruição de 75 aviões e afundado centenas de barcos e navios – provocando mais de mil mortes. Em média, 5 aviões continuam a desaparecer na região todos os anos.

Ao longo dos anos, foram avançadas várias teorias para explicar o mistério. A mais recente teoria foi avançada em 2016 por um grupo de meteorologistas segundo os quais a culpa dos desaparecimentos será da presença de “nuvens hexagonais” que podem originar ventos muito fortes ou “bombas de ar” capazes de destruírem ou afundar navios e aviões.

No passado, entre outras teorias, atribuiu-se o mistério a bolhas de gás metano do fundo do oceano, campos magnéticos, ondas gigantes, ou a explicações mais metafísicas, como dimensões alternativas, universos paralelos ou raptos por extraterrestres.

fonte: ZAP

Revelações sobre OVNIs? Reino Unido decide desclassificar registos do 'Arquivo X'


Para a felicidade dos fãs de OVNIs, a Força Aérea Real do Reino Unido (RAF) decidiu tornar públicos seus registos de "Arquivo X" sobre avistamentos de extraterrestres.

Segundo o porta-voz da RAF, um processo de libertação de documentos sobre OVNIs está agora em andamento, podendo estar disponível no primeiro trimestre de 2020.

Comentando a decisão, o porta-voz informou que seria melhor publicar estes registos do que continuar a enviá-los para os arquivos nacionais.

Após concluir que há mais de 50 anos não receberam informações que indicassem uma potencial ameaça de vida extraterrestre, a Força Aérea britânica fechou sua unidade de investigação de OVNIs em 2009.

Divulgação ao público

Todos os documentos foram enviados para os arquivos nacionais, onde normalmente permanecem secretos até serem divulgados ao público.

Contudo, aparentemente, a RAF mudou de opinião e vai publicar seus relatórios mais recentes on-line numa página oficial do governo.

"Dado o enorme interesse do público neste assunto, estou satisfeito que estes arquivos serão divulgados e disponibilizados on-line [...] Estou satisfeito que o público tenha conhecimento do nosso trabalho neste arquivo X da vida real", declarou Nick Pope, antigo funcionário do Ministério da Defesa britânico, que investigou os fenómenos de OVNIs de 1991 a 1994.

fonte: Sputnik News

domingo, 26 de janeiro de 2020

Cérebro humano transformou-se em vidro com a erupção do Vesúvio

O material preto que os investigadores acreditam ser restos do cérebro humano vitrificado

O material preto que os investigadores acreditam ser restos do cérebro humano vitrificado © THE NEW ENGLAND JOURNAL OF MEDICINE/DR PIER PAOLO

Restos mortais de um habitante foram analisados por uma equipa da Universidade de Nápoles que concluiu que o calor extremo, acima dos 520º C, originou um processo de vitrificação do cérebro humano.

Há quase dois mil anos, o calor provocado pela erupção do Monte Vesúvio, na Itália, foi tão intenso que transformou o cérebro de uma vítima em vidro, indica um estudo divulgado esta semana. O vulcão entrou em erupção no ano 79 DC, causando a morte de milhares e destruindo os povoados romanos perto da moderna Nápoles.

A cidade de Herculano [Herculaneum] foi coberta por matéria vulcânica, tendo ali ficado sepultados muitos dos seus habitantes. Recentemente, uma equipa de investigadores estudou os restos mortais de uma vítima, descobertos na cidade na década de 1960. O estudo, publicado no New England Journal of Medicine na quinta-feira, aponta que fragmentos de um material, preto e vítreo, foram extraídos do crânio da vítima.

Os cientistas acreditam que o material são os restos vitrificados do cérebro do homem. A vitrificação, diz o estudo, é o processo pelo qual um material é queimado a alta temperatura e arrefecido rapidamente, transformando-o em vidro ou esmalte.

"A preservação de restos cerebrais antigos é uma descoberta extremamente rara", disse Pier Paola Petrone, antropólogo forense da Universidade de Nápoles Federico II e principal autor do estudo, citado pela BBC, acrescentando: "Esta é a primeira descoberta de que o cérebro humano antigo permanece vitrificado pelo calor".

A vítima, que se acredita ser um homem com cerca de 20 anos, foi "encontrada deitada numa cama de madeira, enterrada por cinzas vulcânicas" em Herculano. Provavelmente morreu de forma imediata com a erupção, disse Petrone.

A análise da madeira carbonizada encontrada perto do corpo mostrou que foi atingida uma temperatura máxima de 520º C. O que indica que "o calor extremo foi capaz de inflamar a gordura corporal e vaporizar os tecidos", antes de uma "descida rápida da temperatura", diz o estudo.


Herculano é um local arqueológico estudado há séculos © D.R.

Durante a erupção do Vesúvio, Herculano foi enterrada por fluxos piroclásticos, correntes de fragmentos de rocha, cinzas e gases quentes. Estes fluxos espalharam-se por uma área de 20 km causando muita destruição.

Esta matéria vulcânica carbonizou e preservou partes da cidade, incluindo os esqueletos de habitantes que não conseguiram fugir. Há séculos que arqueólogos investigam os restos de Herculano e Pompeia, o outro famoso povoado romano destruído pelo Vesúvio.


Descobertos na Sibéria vestígios de um mítico povo que “vivia debaixo da terra”


Uma equipa de arqueólogos russos encontrou na península de Taimyr, na Sibéria, vestígios do mítico povo Sikhirtia, avança a Russia Today.

Os investigadores encontraram na pequena baía de Makárov uma caverna reforçada com uma estrutura de madeira à sua volta (uma espécie de moldura) e várias ferramentas de trabalho, algumas das quais feitas a partir de osso de mamute.

“São os monumentos mais orientais das culturas divulgadas na Península de Yamal [oeste de Taimyr] ao longo da costa do Ártico” e são atribuídos ao povo Sikhirtia, comentou o líder da expedição científica Danil Lysenko, citado pelo portal russo, acrescentando que a grande peculiaridade destes colonos é que “viviam debaixo da terra”.

“Fazem parte das lendas dos nenets”, precisou o especialista, referindo-se a um dos grupos étnicos que atualmente habita a região.

Segundo a análise de radio-carbono, as descobertas remontam ao século XIV, período que marca o fim de um clima relativamente quente a estas altitudes e uma queda das temperaturas com o início da Pequena Idade do Gelo.

Os habitantes desta região, que é banhada pelo mar Kara, viviam à procura de focas e urso, sendo o único assentamento da península que não estava associado à caça de renas.

Atualmente, a baía de Makárov conta com um antigo santuário onde os habitantes posteriores ofereceram como sacrifício patas e cabeças de ursos, bem como renas e asas de aves. “É um ritual antigo e arcaico que, ao que parece, os nenets herdaram da etnia anterior, os sikhirtias”, rematou o especialista.

De acordo com as lendas locais, os sikhirtias são pessoas de baixa estatura, com cabelos loiros e olhos claros. Praticavam o xamanismo e viviam sob as colinas de onde saíam apenas à noite. Este povo criava “renas terrestres” (mamutes), pescava, tinha trenós puxados por cães e adornavam as suas portas com presas.

fonte: ZAP

2020 = CORONAVÍRUS? PADRÃO ou COINCIDÊNCIA? 'Que surge a cada 100 anos'


1720 - A Grande Praga de Marselha: este foi o último surto europeu significativo da peste bubónica. Ela matou um total de 100.000 pessoas na cidade de Marselha, França. Essa praga foi transmitida por pulgas infectadas transportadas por pequenos animais, principalmente.

1820 - A primeira pandemia de cólera - em 1820, a cólera havia se espalhado para a Tailândia, Indonésia e Filipinas. Somente na ilha de Java, o surto causou a morte de 100.000 pessoas e foi causado pelas bactérias Vibrio cholerae encontradas em águas um pouco salgadas e quentes. Os seres humanos são infectados após beber líquidos ou comer alimentos contaminados com as bactérias.

1920 - A gripe espanhola - entre 1918-1920, o mundo enfrentou a pandemia de gripe. Seria a primeira das duas pandemias a envolver o vírus da gripe H1N1. O vírus tinha um alcance enorme, infectando 500 milhões de pessoas em todo o mundo e deixando 50 Milhões de mortos tornando-se um dos mais mortais da história humana. 

Hoje, a notícia de um novo vírus mortal se espalha, o coronavírus e é uma questão de dias para saber se o padrão continua ou quebra ...

2020 - CORONAVÍRUS?


fonte: UFOS ONLINE

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Registo de 3 supostos OVNIs em base aérea dos EUA


Usuário do YouTube chamado de UFO Over Vegas compartilhou um vídeo onde mostra três supostos objectos não identificados descendo lentamente numa base da Força Aérea dos EUA próxima de Las Vegas.

As cenas mostram três objectos brilhantes de forma circular pairando sobre as montanhas, localizadas nas proximidades de Las Vegas, antes de iniciarem a descida na base norte-americana.

"O que parecia ser um avião acabou se tornando três belos OVNIs que se aproximaram lentamente da base aérea de Nellis, espalhando-se ao pousar", afirmou.

Como resultado, o vídeo gerou um grande debate nas redes, com diversos usuários afirmando que o episódio é "incrível", enquanto que outros mais cépticos acreditam que os objectos são apenas drones.

De acordo com o autor do vídeo, os objectos percorreram aproximadamente 80 quilómetros em apenas três minutos, o que indica que supostamente estariam voando a uma velocidade de 1.600 quilómetros por hora, além disso, eles não emitiam qualquer "som".


fonte: Sputnik News

Vénus paleolítica é uma “surpreendente” descoberta no norte da França

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A “Vénus de Renancourt” INRAP

Estatueta com 23 mil anos tem apenas quatro centímetros, mas está inteira, e apresenta formas únicas. A “Vénus de Renancourt” foi encontrada num campo arqueológico perto de Amiens.

Tem apenas quatro centímetros de altura, mas foi esculpida há 23 mil anos, está inteira, e foi considerada uma descoberta “surpreendente” pelo Instituto Nacional de Arqueologia francês (Institut National de Recherches Archéologiques Préventives – Inrap): uma nova Vénus do Paleolítico foi encontrada, no passado mês de Julho, no campo arqueológico de Renancourt, perto de Amiens, no norte do país.

Trata-se de uma pequena escultura em pedra que representa um corpo de mulher com uma hipertrofia das nádegas, das coxas e dos seios, mas sem definição do rosto e com os braços apenas esboçados. Em contrapartida, apresenta uma vistosa cabeleira esculpida com uma quadrícula de finas incisões na pedra.

“Esta escultura inscreve-se perfeitamente no cânone estético da tradição estilística que se encontra nas Vénus de Lespugue (Alto Garona) e de Willendorf (Áustria), ou aquela, em baixo-relevo, de Laussel (Dordonha)”, diz o Inrap num comunicado divulgado esta quarta-feira.

A “nova” Vénus foi encontrada no sítio arqueológico de Renancourt — daí a designação de “Vénus de Renancourt” —, onde o Inrap iniciou uma campanha de escavações em 2014. Desde essa data até ao presente, foram já descobertas dezena e meia de esculturas com as mesmas características, mas nenhuma delas inteira, nem com o grau de conservação desta peça.

Na conferência de imprensa em que fez a apresentação da pequena estatueta, Clément Paris, o arqueólogo do Inrap que dirige as escavações de Renancourt, explicou que ela se encontrava a quatro metros de profundidade, ao lado de várias outras peças em pedra, como facas e raspadores. Marcas de uma povoação habitada por uma comunidade de caçadores-recolectores do período do Paleolítico Superior Antigo, que se desenvolveu na Europa entre 28 mil e 22 mil anos antes da nossa era. “Até agora havia poucos sítios no norte de França que pudéssemos vincular a este período”, disse Clément Paris, citado pelo diário Le Figaro.

O arqueólogo referiu também que as escavações que vêm sendo realizadas no campo de Amiens permitiram já duplicar o número de Vénus até agora descobertas em território francês. Das 15 anteriores, a última tinha sido encontrada em 1959 em Tursac, na Dordonha, no sudoeste do país; e em toda a Europa, entre os Pirenéus e a Sibéria, foram desenterradas apenas uma centena.

Já sobre o significado, e o papel, que estas Vénus desempenhavam nas sociedades pré-históricas, Clément Paris foi algo cauteloso. Mas a explicação mais provável é que “simbolizem a mulher e mais especificamente a fecundidade”, admitiu. Já o presidente do Inrap, Dominique Garcia, acredita que a descoberta da “Vénus de Renancourt” é o tipo de “documentos que passarão a integrar os futuros manuais escolares”.

fonte: Público

domingo, 19 de janeiro de 2020

Escorpião com 437 milhões de anos terá sido o primeiro a respirar em terra


Fósseis do escorpião pré-histórico foram agora analisados e cientistas acreditam que são o exemplo mais antigo de um animal que respirou ar, tendo "saltado" da água do mar para terra.

Um escorpião com 437 milhões de anos terá sido a primeira criatura a aventurar-se do mar para a vida na terra, de acordo com um novo estudo, que lança uma nova luz sobre um dos primeiros capítulos da evolução da história do planeta.

Os cientistas acreditam que os restos fossilizados do escorpião pré-histórico são o exemplo mais antigo conhecido de um animal que respira ar terrestre, embora Andrew Wendruff, da Universidade Otterbein, em Westerville, Ohio, tenha dito que não se sabe como a criatura terá dividido o seu tempo entre terra e mar.

"Temos a preservação da estrutura interna. Eram como escorpiões modernos, pois faziam as mesmas coisas. Era mais do que provável respirarem ar em terra", disse Wendruff, autor do estudo que publicou quinta-feira na revista Scientific Reports.

Embora não exista "prova inequívoca" de que este escorpião pré-histórico, oficialmente conhecido como Parioscorpio venator, fosse terrestre, Andrew Wendruff acredita que "tinha a capacidade de respirar em terra e certamente chegou a terra".

Nenhum pulmão ou guelra pode ser visto nos fósseis, mas a semelhança com os caranguejos-ferradura, que podem respirar em terra, sugere que, apesar de os escorpiões mais antigos poderem não ter sido totalmente terrestres, devem ter permanecido em terra por longos períodos de tempo, aponta o estudo.


Imagens, incluídas no estudo, dos fósseis analisados

Todos os outros fósseis descobertos antes deste período são de animais que viveram e respiraram debaixo de água. Um milípede pré-histórico tinha sido dado anteriormente como o primeiro a mudar para terra, mas era 16 a 17 milhões de anos mais jovem, realça Wendruff, citado pela CNN. "Isto é literalmente quando as únicas coisas em terra eram plantas e proto-plantas. É muito antes dos peixes que se lançaram para terra e antes dos dinossauros", disse.

Com o ferrão no final da cauda, o escorpião pré-histórico é praticamente indistinguível dos atuais, mas o investigador principal deste estudo explica que é impossível saber se usaria veneno. Os fósseis estavam entre os muitos desenterrados de uma pedreira em Wisconsin, na década de 1980 e tinham sido armazenados num museu na Universidade de Wisconsin antes de Wendruff os reexaminar como parte do seu doutoramento. Este cientista ficou surpreendido ao descobrir os dois fósseis de escorpião bem preservados que mostravam elementos do sistema circulatório, respiratório e digestivo do animal.

As criaturas antigas teriam cerca de dois centímetros de comprimento. Fósseis já analisados mostraram que algumas criaturas pré-históricas semelhantes a escorpiões tinham um metro e meio de comprimento, embora nunca saíssem do mar, foram extintas e não têm ligação com os escorpiões modernos.


Pentágono admite que tem informação sobre Ovnis avistados na Terra


A verdade está lá fora ... mas põe em causa a segurança nacional, dizem autoridade norte-americanas.

Arquivos ultra-secretos de óvnis podem "prejudicar seriamente" a segurança dos EUA, avisa o Pentágono.

Em novembro de 2004, vários oficiais da Marinha dos EUA a bordo do porta-aviões USS Nimitz dizem ter visto um óvni sobre o Oceano Pacífico que se movimentava desafiando as leis da física.

Na altura, as autoridades classificaram o objeto como "fenómeno aéreo não identificado", e nada mais disseram sobre o que poderia ser exatamente esse fenómeno.

Em 2017 e 2019, foram divulgados três vídeos de estranhos objetos voadores filmados por pilotos norte-americanos a bordo dos seus aviões.

Em dezembro de 2017, o The New York Times publicou um artigo sobre uns pilotos que tinham intercetado um estranho objeto voador ao largo de San Diego a 14 de novembro de 2004 e que o tinham conseguido filmar a partir das câmaras instaladas nos F-18.

Em setembro de 2019, o site Vice relatou que a Marinha norte-americana tinha confirmado que tais vídeos "contêm filmagens de um fenómeno aéreo não identificado".

Agora, a Marinha dos EUA confirma que sabe mais do que quer dizer.

Segundo o site Live Science, em resposta a uma solicitação enviada pelo investigador Christian Lambright que quer saber mais sobre o "incidente Nimitz", um porta-voz do Gabinete de Inteligência Naval da Marinha (ONI) confirmou que a agência possui vários documentos secretos e pelo menos um vídeo secreto referente ao encontro com óvnis em 2004, publicou o site Vice.

Segundo o porta-voz da ONI, tais documentos foram classificados como "SECRET" ou "TOP SECRET" e que partilhar tais informações com o público "causaria danos excecionalmente graves para a Segurança Nacional dos Estados Unidos".

Estes arquivos ultra-secretos incluem vários "slides de informações" sobre o incidente, fornecidos à ONI por uma agência não identificada (como não foram os funcionários da ONI a classificar os slides, não podem ser eles a desclassificá-los, acrescentou o porta-voz).


Captura de um vídeo filmado em novembro de 2004 a bordo do porta-aviões USS Nimitz
(IMAGE: © TO THE STARS ACADEMY OF ARTS & SCIENCE)

A ONI também admitiu possuir pelo menos um vídeo de duração desconhecida e classificado como "secreto" pelo Naval Air Systems Command (NAVAIR). A ONI não revelou se essa filmagem é o mesmo vídeo de 1 minuto que foi divulgado online em 2007 e noticiado pelo The New York Times em 2017.

No entanto, em novembro de 2019, vários oficiais da marinha que estavam a bordo do USS Nimitz disseram ao site Popular Mechanics que viram um vídeo com 8 a 10 minutos do incidente. Essas gravações originais foram logo recolhidas por "indivíduos desconhecidos" que chegaram ao navio de helicóptero logo após o incidente, disse um oficial.

Luis Elizondo, ex-funcionário do Pentágono, disse ao Vice que "não surpeende a revelação de que existem outros vídeos e com maior duração".

fonte: SIC Noticias

Investigadores do CIIMAR ajudam a desvendar ADN de "monstro" marinho

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Equipa de cientistas conseguiu sequenciar pela primeira vez o genoma completo da lula gigante, oferecendo novas luzes sobre a sua vida no mar profundo.

Em 1857, o naturalista dinamarquês Japetus Steenstrup ligou os contos de navios arrastados ao oceano com a existência da lula gigante: um invertebrado de dez braços, que se acredita crescer até 13 metros e pesar mais de 900 kg. Agora, mais de 160 anos depois, uma equipa internacional de cientistas, entre os quais se incluem Agostinho Antunes e André Machado, do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha da Universidade do Porto (CIIMAR-UP), sequenciou o genoma completo de uma lula gigante, um dos mais icónicos e misteriosos animais marinhos. O estudo em questão “A draft genome sequence of the elusive giant squid, Architeuthis dux” acaba de ser publicado na revista científica GigaScience.

“Estes novos resultados podem desbloquear várias questões evolutivas pendentes sobre estas espécies”, explica Rute da Fonseca, Professora Associada , do Centro de Macroecologia, Evolução e Clima (CMEC) do Instituto GLOBE da Universidade de Copenhaga, que liderou a pesquisa.

Mais dados, mais perguntas

Ao longo dos anos, poucos foram os restos de lulas gigantes que foram recolhidos em todo o mundo. Usando sequências de DNA mitocondrial destas amostras, os investigadores da Universidade de Copenhaga já haviam confirmado que todas as lulas gigantes são pertencentes a uma única espécie. “No entanto, a nossa análise genética inicial gerou mais perguntas do que respostas”, diz Tom Gilbert, professor do GLOBE Institute.

O novo estudo propunha-se então a gerar um conjunto de dados de genoma de alta qualidade para a lula gigante, um desafio tão complexo quanto a detecção de um destes animais no seu ambiente natural! Este foi, no entanto, um esforço importante, dado que a maior parte do que sabemos sobre lulas gigantes vem de espécimes de museus. Por esse motivo, os dados sobre o seu genoma são essenciais para descobrir ainda mais sobre essa espécie icónica.


Lula Gigante mantida no Darwin Centre em Londres. (Foto: Museu de História Natural de Londres) Amostras não cooperativas

Os desafios no laboratório começaram com o facto de quase todas as amostras disponíveis serem originárias de animais em decomposição, geralmente preservados em formalina ou etanol em museus de todo o mundo. Portanto a maioria não pode ser usada para obter o DNA de alta qualidade necessário para uma boa montagem do genoma. Além disso, os níveis elevados de amónia e polissacarídeos nos tecidos foram provavelmente os responsáveis ​​pelas repetidas falhas na produção de bibliotecas de dados adequadas em quase todas as tecnologias de sequenciação de DNA disponíveis.

‘Este projeto lembra-nos que existem muitas espécies por aí que requerem procedimentos laboratoriais e de bioinformática optimizados individualmente, um esforço às vezes subestimado ao projetar abordagens em grandes consórcios de sequenciação de genomas”, refere Rute da Fonseca, que começou a liderar o projeto ao trabalhar como professora assistente no Departamento de Biologia da Universidade de Copenhaga.


Ventosas de Lula Gigante. (Foto: Museu de História Natural de Londres)

Um primeiro passo para conhecer o gigante

Apesar dos muitos desafios, a qualidade do genoma recém-sequenciado mostrou ser um dos melhores entre os cefalópodes disponíveis e permitirá dar os primeiros passo para desvendar a evolução das lulas gigantes a partir de fundamentos genéticos relacionados com o tamanho, crescimento e idade.

Segundo Caroline Albertin, co-autora e investigadora do Laboratório de Biologia Marinha de Woods Hole, pode já adiantar-se que ‘a maioria dos genes da lula gigante, tal como no polvo, é partilhada com outros animais, como caracóis, vermes, moscas e humanos.’

Já Agostinho Antunes, líder do grupo de Bioinformática e Genética Evolutiva do CIIMAR-UP e co-autor do artigo, enfatizou as “peculiaridades em relação ao tamanho de alguns genes (por exemplo os genes Hox) que, no caso da lula gigante, têm um tamanho muito maior quando comparado a qualquer outro animal”, apresentando “uma via intrigante para futuras investigações”.


domingo, 12 de janeiro de 2020

Mais de 100 crianças acusadas de feitiçaria atiradas ao rio em Angola


Mais de 100 crianças acusadas de práticas de feitiçaria nas províncias de Cabinda, Zaire, Malanje e Bengo, nos últimos três anos, foram atiradas aos rios pelos familiares.

A informação foi avançada por uma equipa de investigadores do Centro de Estudos e Investigação em População (CEIP), e citada pelo Jornal de Angola.

O fenómeno “feitiçaria” contra menores constitui um problema social que tem preocupado os investigadores e as organizações sociais ligadas à causa. Ndonga Mfuwa, diretor do CEIP, disse ao matutino ter constatado no terreno que muitos pais e encarregados de educação lançam os filhos e educandos aos rios para, depois, serem devorados pelos jacarés.

Alguns progenitores, além de acusarem os filhos de serem feiticeiros, expulsam-nos do seio familiar. Mais tarde, segundo o investigador, arrependem-se do que fizeram e entram em conflito com as entidades acolhedoras.

Ndonga Mfuwa explicou que os dados foram obtidos mediante um trabalho realizado em vários município do país, com destaque para as províncias do Norte, como Cabinda, Zaire, Uíge, Bengo e Malanje.

Apesar de nestas províncias a população acreditar em feitiçaria, “não conseguem provar que um determinado individuo é feiticeiro”, disse Mfuwa, referindo que, das investigações realizadas em algumas regiões do país, ninguém conseguiu demonstrar, materialmente, a existência do fenómeno “feitiço”.

O responsável sublinhou ainda que o fenómeno ‘feitiço’ deve ser combatido para evitar que as crianças se desenvolvam na sociedade de forma desequilibrada. “Como investigadores, vamos trabalhar com as autoridades civis e do Estado para pôr termo a este fenómeno.”

fonte: ZAP

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

O aclamado general que, afinal, pode ter sido mulher ou intersexual


Smith Collection/Gado/ Getty Images

Exames de ADN realizados por cientistas confirmaram que os restos mortais com caraterísticas femininas encontrados há duas décadas pertencem mesmo a Casimir Pulaski, considerado um dos heróis da Guerra de Independência dos EUA, no século XVIII

Casimir Pulaski lutou ao lado dos americanos contra o exército britânico pela sua independência, no século XVIII, durante a Guerra de Independência dos EUA, que aconteceu entre 1775 e 1783. Foi considerado um herói de guerra, também na Polónia – de onde era – e foi várias vezes homenageado com monumentos em seu nome.

Agora, os cientistas dizem que o aclamado general pode ter sido, afinal, uma mulher, ou até intersexual, um termo usado para descrever pessoas que nascem com caraterísticas sexuais biológicas que não se encaixam nas caraterísticas típicas do sexo feminino ou masculino.

Há cerca de duas décadas, investigadores americanos exumaram o corpo de Casimir Pulaski, que tinha sido sepultado em Geórgia, nos EUA, e descobriram que o seu esqueleto tinha várias caraterísticas femininas.

“Nas mulheres, a cavidade pélvica tem um formato mais oval. Tem menos forma de coração do que a pélvis masculina. A de Pulaski parecia muito feminina”, explicou, à NBC, Virginia Estabrook, que fazia parte da equipa que estudou, em 1996, os seus restos mortais.

Contudo, o grupo de antropólogos não tinha conseguido provar de que se tratava mesmo do corpo de Casimir Pulaski. Novos testes de ADN mitocondrial realizados em 2018 por cientistas norte-americanos, incluindo Virginia Estabrook, revelaram uma correspondência entre o ADN extraído do esqueleto de Pulaski e de um parente do militar, confirmando que se tratava, realmente, do corpo de Casimir Pulaski.

“O que sabemos é que há uma desconexão entre o que vemos no esqueleto e o que sabemos sobre a vida de Pulaski”, Virginia Estabrook explicou à NBC. A cientista observou que a pesquisa sobre como as caraterísticas intersexuais afetam o desenvolvimento do esqueleto é muito escassa e referiu que o caso de Pulaski é um sinal do trabalho que precisa de ser realizado nessa área.

Esta descoberta vai ser explicada ao pormenor na próxima segunda-feira, com a estreia do documentário “O General era feminino?”, que faz parte da série “Histórias Ocultas nos EUA”, no canal de televisão do Smithsonian.

Quando Casimir Pulaski era muito jovem, foi exilado da Polónia por ter lutado contra o domínio russo e, por isso, o militar acabou por fugir para Paris. Foi aí que conheceu Benjamin Franklin, um dos líderes da Revolução Americana, que o convenceu a apoiar as colónias que lutavam contra a Inglaterra na Guerra de Independência dos EUA.

Acredita-se que o militar salvou a vida de George Washington, que comandava as tropas americanas, durante a Batalha de Brandywine, no ano de 1777.

Casimir Pulaski nunca se casou e não teve descendentes. Pensa-se que morreu aos 34 anos, depois de sofrer ferimentos durante o cerco à cidade de Savannah, nos EUA, em 1779. Ainda hoje é homenageado com o “Dia de Casimir Pulaski”, sempre na primeira segunda-feira de março, em Chicago, Illinois.

SARA BORGES DOS SANTOS


A extraordinária vida dos transístores e dos chips


São cada vez mais pequenos e dão-nos cada vez mais em todo o tipo de objetos eletrónicos. Esta é a história dos velhinhos chips (e dos transístores): como chegámos aqui e como será o futuro, recorrendo à luz ou ao papel para transmitir dados. A caminho da computação quântica.

São o cérebro dos sistemas computadorizados que, hoje, damos por garantidos no nosso dia-a-dia. São cada vez mais pequenos, conectados e integrados em circuitos que são verdadeiros sistemas de planetas minúsculos no cosmos que é o mundo digital. Os chamados chips de computação podem parecer pequenos, mas escondem um sem-fim de transístores que têm crescido em número e decrescido em tamanho de forma vertiginosa ao longo dos anos.

São eles que permitem dar funções específicas a uma infinidade de aparelhos eletrónicos. Se no passado, começando nos eletrodomésticos, a sua capacidade era muito limitada, agora temos supercomputadores, smartphones, tablets, aspiradores robôs, colunas digitais inteligentes e sensores da chamada internet das coisas (que alimentam cidades e casas inteligentes e podem ir de caixotes de lixo a lugares de estacionamento que transmitem informação).

Estes pequenos transístores não são, no entanto, componentes isoladas ou individuais, fazem parte do chamado circuito integrado (também conhecido como microchip) ou dos processadores (que podem ser de diferentes tipos - úteis para tarefas muito diferentes), nos quais os transístores trabalham de forma concertada para ajudar o sistema computadorizado a completar os seus cálculos.

Como começou a era dos chips?

Em menos de 60 anos evoluiu-se mais na sofisticação da computação de máquinas do que em milénios de evolução humana. As várias guerras e a própria era espacial que, nos anos 1960, culminou com a chegada do primeiro homem à Lua - neste ano cumpriram-se 50 anos que Neil Armstrong pisou o solo lunar - foram fulcrais para evolução da computação em geral e dos chips em particular. Foram precisas algumas décadas de experimentação para que materiais sólidos, os transístores, pudessem substituir a tecnologia anterior: tubos de vácuo que eram o meio utilizado para canalizar os eletrões.


Robert Noyce, cofundador da Fairchild e da Intel, é um dos pais do microchip, desenvolvido em Stanford, em Silicon Valley

O autor norte-americano James Jay Carafano explica, no livro Wiki at War (ed. Texas A&M University Press), que "os novos transístores sólidos surgidos na década de 1960 eram mais pequenos, precisavam de menos potência e eram bem mais rápidos". E tudo começou com a Força Aérea dos EUA, já que foram eram eles a promover o desenvolvimento dos transístores a pensar no espaço reduzido disponíveis nos aviões.

Em várias investigações patrocinadas pela Força Aérea, houve uma que se destacou, desenvolvida pela empresa Fairchild Camera and Instrument Corporation - conhecida por fornecer câmaras durante a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria a pensar na espionagem. A Fairchild tinha fortes ligações à Universidade de Stanford, na Califórnia, e foi dali que a empresa lançou comercialmente, em 1961, o primeiro circuito integrado com chips de silicone que a Força Aérea usou em computadores e mísseis. O sucesso foi tal que a Fairchild passou a chamar-se Fairchild Semiconductor e Stanford tornou-se o coração da zona que hoje conhecemos como Silicon Valley.

Alcides Fonseca, professor e investigador em Computação Evolucionária da Universidade de Lisboa, lembra uma lei muito referida nos anos 1990 para explicar esta evolução dos chips. A Lei de Moore baseia-se numa investigação de 1965 de Gordon Moore - cofundador da Fairchild e da Intel (nascida em 1968) - que indicava que o número de componentes num circuito integrado poderia duplicar anualmente durante dez anos e, depois disso, passaria a duplicar a cada dois anos. O professor admite que essa evolução já é diferente do que diz a lei, já que "o ritmo de aumento de transístores num chip pode duplicar de dois em dois anos, mas a rapidez dos dados que passam por eles não cresce ao mesmo ritmo".

O investigador dá o exemplo do último iPhone 11 Pro e do seu processador A13, para explicar como este tipo de chips tem evoluído: embora um processador possa ter muitos núcleos (cores), estes têm naturezas distintas e fazem coisas diferentes. "O novo iPhone tem no A13 seis núcleos, em que dois são mais rápidos do que os outros quatro, que são mais eficientes no consumo de energia - todas as combinações são possíveis tendo em conta os que estão ativos."

Quando o telefone executa coisas simples, usa os processadores mais lentos para poupar bateria, quanto se joga um jogo mais exigente, "ativa todos porque precisa da potência máxima e "ainda vai buscar quatro núcleos da placa gráfica, para gerar o que vemos no ecrã". Existem ainda oito núcleos neuronais no iPhone, que incluem técnicas de machine learning que já permitem melhorar a qualidade das imagens e vídeos em tempo real. "Daí a que, hoje, quando filmamos um vídeo com um telefone estamos a usar vários tipos processadores. Só para filmar são os processadores normais que executam todo o tipo de tarefas, já os processadores gráficos mostram-nos no ecrã o vídeo que estamos a fazer e os neuronais ajustam a luminosidade ou o foco através de machine learning." Alcides Fonseca admite que hoje temos nos nossos bolsos o que seria considerado um supercomputador há uns anos.

Nunca houve a nível tecnológico na história da humanidade uma onda tão rápida de redução de custos, aumento de simplicidade e crescimento de fiabilidade e eficácia quanto aquela a que os computadores navegaram.

Os chips de silicone são também centrais na criação da chamada Internet 2.0, explica ainda Carafano. Sem a criação do tal semicondutor integrado, a tecnologia computadorizada não teria feito a transição para ser uma ferramenta de ligação social entre humanos - onde o imediatismo e a facilidade de envio de texto, áudio e vídeo também trouxe desafios sociais e de privacidade inesperados. O chip tornou, desta forma, o computador acessível a uma grande parte da humanidade.

O futuro da computação: chips com luz

Já apelidada por publicações especializadas como "o futuro da computação", esta é uma solução com chips que usam luz para transmitir os dados, embora se trate na mesma de uma computação eletrónica. "Estamos a desenvolver chips optoeletrónicos que permitem reduzir a energia gasta na computação e aumentar a velocidade que já não era possível alcançar com os transístores de cobre. É um design único com componentes que transmitem os dados usando ondas de luz, mas em que mantemos o uso dos chips de silicone", explica a CEO da empresa que já começou a aplicar os avanços feitos em centros de dados de gigantes como Facebook e Amazon.

Wright-Gladstein admite que é possível reduzir os gastos energéticos até 95% nas comunicações entre chips e aumentar a rapidez até dez vezes além do que os chips de cobre permitem, graças à investigação de dez anos. Nos centros de dados dos gigantes de tecnologia, têm conseguido reduzir o consumo energético entre 30 a 50%. "Neste momento, há um bloqueio nos centros de dados grandes em relação à rapidez de transmissão de dados que esperamos melhorar significativamente." A doutorada do MIT admite que o objetivo é levar estes chips para os supercomputadores, mas também para carros autónomos, aparelhos médicos ou de realidade aumentada em que, além de melhorar a potência de computação, "podemos tornar estas tecnologias mais baratas e acessíveis". "Estamos entusiasmados com o que poderá desbloquear no futuro", diz.

Chips de papel made in Portugal

Há soluções bem criativas no mundo dos chips, para outros tipos de uso, e uma delas está a ser desenvolvida em Portugal e permite criar um papel eletrónico (Paper-E) que chegou já a finalista do Prémio Inventor Europeu do Ano, em 2016. Elvira Fortunato lidera a equipa da Universidade Nova de Lisboa (UNL) que criou estes transístores com papel, uma descoberta que irá permitir a criação de sistemas eletrónicos descartáveis a baixo custo, o que vai ajudar a explorar de forma mais fácil a chamada internet das coisas.

A solução usa celulose em vez de silicone ou silício e, embora não seja uma opção tão boa a nível de rapidez e de desempenho de computação, "permite dobrar-se sem se estragar e explorar várias ideias que vão de ecrãs de papel a etiquetas e pacotes inteligentes, chips de identificação ou aplicações médicas de vários tipos", diz a investigadora premiada, que também é vice-reitora da UNL e acredita que este trabalho vai chegar ao comum dos mortais num futuro próximo.

O segredo acaba por estar na tinta aplicada no papel. "Em vez de usarmos as tintas apenas para dar cor, usamo-las também com outras funções, como conectividade, com propriedades semicondutoras."

E tudo a computação quântica quer levar

Há muito que se fala na promessa revolucionária da computação quântica, que poderá mudar a forma como as máquinas funcionam e processam informação, desbloqueando mais-valias inimagináveis para a ciência, a saúde, a logística e a economia. Para o investigador Alcides Fonseca, a dificuldade maior neste momento "é manter a qualidade das leituras porque os qubits mudam o jogo como o conhecemos".

E o que são os qubits? Ao contrário dos bits num computador digital, que registam 1 ou 0, os bits quânticos - conhecidos como qubits -, podem ser ambos ao mesmo tempo. Essa possibilidade abre caminho a que os sistemas consigam lidar com problemas muito mais complexos. Recentemente, a Google anunciou que o processador quântico da empresa "executou em três minutos e 20 segundos um cálculo que o computador clássico mais avançado levaria aproximadamente dez mil anos" - uma demonstração da supremacia quântica, de acordo com os investigadores.

Yasser Omar, investigador português do Instituto de Telecomunicações e do Instituto Superior Técnico, membro do grupo internacional Physics of Information and Quantum Technologies, explica-nos que, embora a promessa revolucionária seja real, "a área ainda está na sua infância e pode demorar alguns anos a ter efeitos práticos na sociedade, dependendo de como a tecnologia evoluir".

Em dezembro deste ano, a Intel anunciou um chip chamado Horse Ridge, feito para computadores quânticos, que promete dar soluções para simplificar estes aparelhos complexos. A solução promete ajudar a tornar estes computadores uma realidade para usos mais práticos e convencionais do que tem sido possível até agora.


"Marree Man." NASA divulga fotografia de geoglifo mistério na Austrália


Tem 3,5 quilómetros de comprimento e é visível do espaço. Não é conhecida a autoria deste desenho com a figura de um homem, nem com que intuito esta obra foi deixada no local.

"Homem de Marree" [Marree Man] é um desenho gravado na terra em solo australiano. Desde que foi detetado por um piloto, em 1998, o geoglifo tem gerado mistério e especulação, mas a NASA acaba de divulgar uma fotografia da inscrição situada no sul da Austrália.

Tem 3,5 quilómetros de comprimento e é visível do espaço. Não é conhecida a autoria deste desenho com a figura de um homem, nem com que intuito esta obra foi deixada no local.

Em 2016, refere a CNN , os contornos do desenho foram reforçados por uma comunidade de uma cidade a 60 quilómetros do lugar, para que a erosão não apagasse as suas linhas.

Várias teorias têm surgido ao longo dos anos quanto à autoria do geoglifo. Acredita-se que tenha sido idealizado por um artista profissional, mas as hipóteses divergem no que diz respeito à nacionalidade do autor. De Alice Springs (Austrália) ou dos EUA, o artista fez nascer uma obra misteriosa que pode vir a tornar-se verde, já que o grupo de pessoas que reforçou os limites do desenho criou sulcos de vento, projetados para capturar a água e incentivar o crescimento da vegetação.

A imagem divulgada pela NASA data de 22 de junho de 2019.

fonte: TSF

Arqueólogos descobrem restos mortais de mulher cita com um cocar de ouro


O crânio da mulher cita encontrada com um cocar cerimonial

Uma equipa de arqueólogos descobriu os restos mortais de uma antiga mulher cita, enterrada com um cocar cerimonial feito com metais preciosos como ouro.

De acordo com a Newsweek, o túmulo continha ainda os restos mortais de duas jovens mulheres, com idades entre os 20 e os 29 anos e os 25 e os 35 anos, e de uma rapariga que devia ter entre 12 e 13 anos.

A equipa de arqueólogos fez esta descoberta no Cemitério Devitsa V, no sudoeste da Rússia, de acordo com o comunicado divulgado pelo Instituto de Arqueologia da Academia de Ciências Russa.

As mulheres são citas, nómadas e guerreiras que vieram das estepes da Eurásia, naquilo que hoje em dia é o sul da Sibéria — antes de estenderem a sua influência por toda a Ásia Central, da China ao Mar Negro.

Pensa-se que a mais velha das quatro tenha morrido quando tinha entre 45 e 50 anos — um feito impressionante para um tempo em que se acredita que a expectativa média de vida tenha sido de 30 a 35 anos. Os citas parecem ter tido um maior risco de morrer no início da idade adulta do que outros grupos da Idade do Ferro devido à sua propensão para a guerra.

A mulher foi encontrada enterrada com um cocar cerimonial decorado com padrões florais, com um aro que exibe pingentes em forma de ânfora. É feito de ouro (65% a 70%) com cobre, prata e uma pequena fração de ferro. Segundo os investigadores, esta é uma grande concentração de ouro para a cultura cita.


Do lado esquerdo, uma reconstrução desse cocar

Uma das mais jovens foi encontrada na posição de cavaleiro, de forma a que os tendões das suas pernas fossem cortados. Ao seu lado estava um espelho de bronze, uma pulseira de missangas, duas lanças e dois vasos.

No local, os arqueólogos descobriram ainda um gancho de ferro em forma de pássaro, fragmentos de um chicote de cavalo, ganchos de ferro para pendurar arreios, facas de ferro, ossos de animais e uma coleção de mais de 30 pontas de flecha de ferro.

A equipa também descobriu uma passagem de ladrões no extremo norte do local do enterro, que pensa ter sido escavado um ou dois séculos depois da construção do túmulo. Apenas as partes norte e leste da sepultura — onde a adolescente e uma das mulheres estão enterradas — parecem ter sido atingidas.

Valerii Guliae, que liderou a investigação, afirma que esta é a primeira vez que um enterro de mulheres citas, com idades diferentes entre si, é encontrado.

“Deparámo-nos com um enigma: duas mulheres no auge da idade, uma adolescente e outra bastante velha para a época cita. Não é claro como poderão ter falecido na mesma altura. Não têm vestígios de lesões ósseas. Existem algumas marcas de tuberculose e brucelose, mas essas doenças não podem causar a morte de forma simultânea“, afirma.

fonte: ZAP

Zoológico de Paris apresenta o “Blob”, a louca criatura de 720 sexos


Ele só tem uma célula, mas consegue aprender, e tem gametas insanos. Entenda o que é esse bicho que intriga a ciência

Com a gosmenta aparência de secreção nasal, carinhosamente chamado de Blob — em homenagem ao alienígena de um filme chamado The Blob, de 1958 — ou por seu nome científico, Physarum polycephalum — que significa “bolor de várias cabeças” —, foi exibido recentemente no zoológico de Paris, sendo um dos assuntos mais comentados na internet.

Apesar de seu nome científico fazer alusão a um bolor, e muitos o classificarem como um mofo, para outro cientistas ele não é exatamente um fungo. Não existe uma classificação para o Blob, mas é uma mistura de planta, animal e fungo. Não tem boca, mas pode comer, não tem cérebro, mas pode aprender, não tem pernas, mas pode se locomover. Se você cortá-lo ao meio, em poucos minutos ele se regenera; quando ameaçado pode hibernar, o que o torna quase imortal. Eles também podem se fundir; quando ocorre, o conhecimento adquirido pelas duas partes também se funde.

“Você pode, inclusive, colocá-lo no micro-ondas por alguns minutos — e com algumas gotas de água, voilà!, ele volta à vida, disposto a se alimentar e procriar”, disse Audrey Dussutour, um francês especialista no P. polycephalum à AFP.

Talvez a parte mais louca dessa criatura, no entanto, seja o número de sexos dele: 720 [não confundir com género]. Sabemos que ele possui 720 sexos porque ele possui o mesmo número de tipos de gametas. Um gameta é uma célula sexual, que com a fusão de dois (masculino e feminino), gera um zigoto e, posteriormente, um embrião; no caso da maioria dos seres vivos de reprodução sexuada, há dois tipos de gametas, um masculino e um feminino.

No vídeo abaixo você pode ver, em imagem acelerada, o Blob se locomovendo por um labirinto.