domingo, 30 de setembro de 2018

Rover japonês envia primeiro vídeo de asteroide a 280 milhões de km


Imagem do asteroide Ryugu captada a 64 metros. Foi tirada a 21 de setembro. É a fotografia com maior resolução tirada da superfície do asteroide Foto JAXA, University of Tokyo, Kochi University, Rikkyo University, Nagoya University, Chiba Institute of Technology, Meiji University, Aizu University, AIST


Esta imagem mostra o ponto que foi captado na fotografia anterior com grande resolução Foto JAXA, University of Tokyo, Kochi University, Rikkyo University, Nagoya University, Chiba Institute of Technology, Meiji University, Aizu University, AIST

Os dois robôs aterraram a 22 de setembro e enviaram agora o primeiro vídeo. É a primeira vez que rovers aterram e exploram um asteroide

Os dois rovers japoneses que aterraram no asteroide Ryugu conseguiram enviar o primeiro vídeo, cinco dias depois da aterragem, a 280 milhões de quilómetros da Terra. As imagens foram divulgadas pela agência espacial japonesa Jaxa na sua conta do Twitter.


Rover-1B succeeded in shooting a movie on Ryugu’s surface! The movie has 15 frames captured on September 23, 2018 from 10:34 - 11:48 JST. Enjoy ‘standing’ on the surface of this asteroid! [6/6]

Antes do vídeo, os robôs já tinham enviado fotografias da superfície do asteroide. Esta é a primeira vez que uma agência espacial aterra num asteroide, com capacidade para o explorar. As primeiras imagens que chegaram foram tiradas pela câmara da nave que transportou os rovers, Hayabusa-2.


Esta é uma das primeiras imagens recolhidas pelo Rover-1B Foto JAXA


Outra imagem recolhida pelo Rover-1A Foto JAXA

No próximo mês, a nave vai fazer explodir um engenho por cima do asteroide, disparando um míssil de dois quilos que vai permitir recolher fragmentos frescos do asteroide, que não foram expostos a radiações. Esses fragmentos podem ajudar na investigação principal que é tentar perceber as origens da vida na Terra.

Esta missão foi lançada em dezembro de 2014 e as amostras recolhidas no asteroide devem chegar à Terra em 2020.


Astrónomos descobrem estrela morta que não deveria existir


Na constelação Cassiopeia há uma estrela morta que não deveria existir. A estrela de neutrões, que acumula material de um companheiro binário muito maior, está a expelir jatos relativísticos.

A cerca de 24 mil anos-luz, na constelação de Cassiopeia, mora uma estrela de neutrões que não deveria existir, pelo menos tendo em conta o modelo atual. Esta estrela morta, que acumula material de um companheiro binário muito maior, está a expelir jatos relativísticos.

Esta estrela tem um campo magnético muito forte – característica muito incomum, dado que, até hoje, os jatos relativísticos só foram observados em estrelas de neutrões com campos magnéticos mil vezes mais fracos.

Uma estrela de neutrões é o ponto final de uma estrela massiva que, um dia, foi uma supernova. A maior parte do material da estrela explode no espaço, enquanto o núcleo colapsa em si mesmo, tornando-se num objeto superdenso com tamanha gravidade. Se a massa for abaixo de três vezes a massa do Sol, torna-se uma estrela de neutrões com cerca de 10 a 20 quilómetros de diâmetro; caso contrário, torna-se um buraco negro.

Este colapso do núcleo tem um efeito no campo magnético da estrela de neutrões, isto é, faz com que o campo magnético da estrela aumente muito a sua força, tornando-se biliões de vezes maior do que o Sol; mas depois, gradualmente, enfraquece novamente durante centenas de milhares de anos, explicou o astrónomo James Miller-Jones, da Curtin University e do Centro Internacional de Investigação em Radioastronomia (ICRAR).

A estrela em causa é parte de um sistema binário chamado Swift J0243.6 + 6124, descoberto em outubro de 2017 pelo Swift Observatory. Os jatos não são novidade, até porque são fluxos de radiação e partículas muito conhecidos no Universo. No entanto, realça o cientista, “o forte campo magnético da estrela de neutrões é uma exceção”.

“O espectro de rádio do Swift J0243 é o mesmo de jatos de outras fontes e evolui da mesma maneira”, disse Van den Eijnden. “Pela primeira vez, observamos um jato de uma estrela de neutrões com um forte campo magnético.” As conclusões foram publicadas recentemente na revista Nature.

Aliás, não é um campo magnético forte qualquer: o campo magnético ao redor Swift J0243.6 + 6124 da estrela de neutrões é de 10 biliões de vezes mais forte do que o do Sol. Esta característica desmente a teoria do campo magnético sobre a supressão de jatos e apela a uma nova investigação em torno de como são produzidos e lançados os jatos.

Até agora, pensava-se que os jatos das estrelas de neutrões eram canalizados a partir do campo magnético na parte interna do disco de acreção. Mas se o campo magnético for muito forte, poderia impedir o disco de ficar perto o suficiente para serem desencadeados. Exceto se esta nova descoberta colocar tudo o que sabíamos até hoje no lixo.

“Não sabemos qual a explicação. Mas, independentemente disso, a nossa descoberta é um grande exemplo de como a ciência funciona, com teorias a serem desenvolvidas e constantemente revistas à luz de novos resultados experimentais”, conclui Van den Eijnden.


fonte: ZAP

sábado, 29 de setembro de 2018

Gato com quatro orelhas encontrado debaixo de casa na Austrália




Gato com quatro orelhas encontrado debaixo de casa na Austrália

Felinos peculiares criam relação de cumplicidade.

Um pequeno gato com quatro orelhas foi encontrado debaixo de uma casa, na Austrália, e resgatado pelo dono da habitação. 

Uns meses depois, o felino conheceu o irmão mais novo que, como ele, também tem dois pares de orelhas. 

Se os gatos já têm boa audição, estes ouvem ainda melhor.


Aí está ele. NASA encontrou o Opportunity perdido no pó de Marte


O pó resultante de uma tempestade de areia estava a impossibilitar o contacto visual com veículo.

A Agência Espacial Norte-Americana (NASA) informou na terça-feira ter avistado o veículo explorador Opportunity, desaparecido há 107 dias em Marte, depois de uma tempestade de areia que provocou a hibernação do aparelho.

"A NASA não recebeu sinais do Opportunity, mas pelo menos podemos vê-lo novamente", anunciou a NASA em comunicado, que divulgou acompanhado de uma fotografia, na qual um pequeno ponto branco se destaca na superfície do planeta.

A fotografia, que foi captada com uma câmara de alta resolução, deixou otimista a NASA que, desde 10 de junho, não tinha qualquer contacto com o veículo.

O contacto foi perdido nesse dia, quando o Opportunity explorava o Vale da Perseverança e uma forte tempestade de areia atingiu a zona, deixando-a completamente às escuras.

O explorador, que funciona a energia solar, entrou em estado de hibernação. "Opportunity: estamos a torcer por ti!" escreveu a NASA no Twitter.



Os responsáveis do projeto esperavam que o Opportunity se voltasse a ativar num prazo de 45 dias, mas o tempo foi passando sem registo de qualquer sinal, o que levou a NASA a temer pela perda do aparelho.

Finalmente "os níveis de pó reduziram-se de maneira constante ao longo das últimas semanas", o que permitiu à NASA estabelecer, pelo menos, contacto visual com o aparelho, assinala a agência.

Desde que o Opportunity aterrou em Marte, em 2004, foi responsável por alguns descobrimentos notáveis como o facto de ter confirmado que o planeta reunia, há quatro milhões de anos, as condições necessárias para albergar organismos.

fonte: TSF

Arqueólogos desvendam enigma do 'show de horrores' em cemitério milenar no Panamá

Arqueólogos trabalhando em um cemitério antigo com dúzias de esqueletos em Florença, Itália

Pesquisadores revelaram informações valiosíssimas sobre sepultamentos milenares realizados no Panamá, contrariando "show de horrores" defendido pelo arqueólogo Samuel Lothrop.

Em 1951, o arqueólogo Samuel Lothrop descobriu um cemitério de 550 a 850 d.C. na Playa Venado, no Panamá. No decorrer das escavações arqueológicas, ele encontrou mais de 300 sepulturas e ossos, destacando que os esqueletos aparentavam ter sinais de mutilação, decapitação e canibalismo.

Pulando algumas décadas, durante um novo experimento, pesquisadores analisaram 77 esqueletos do cemitério e os documentos arquivados da época de Samuel Lothrop, segundo a edição Science Alert.

Foi descoberto que grande parte dos traumas das pessoas que foram enterradas lá foi obtida antes da morte, e que elas se recuperaram dos traumas bem antes de serem enterradas.Maxilares abertos dos esqueletos, anteriormente considerados sinal de enterro vivo, não passa de relaxamento muscular depois da morte.

Além do mais, a disposição caótica dos corpos, de acordo com os pesquisadores, indica que habitantes panamenhos praticavam enterro repetitivo dos cadáveres de pessoas nobres, que primeiramente eram sepultadas em covas temporais.

Os resultados da análise coincidem com outras pesquisas sobre como eram enterrados as pessoas no Panamá nas épocas pré-colombiana e colonial, o que desmente a hipótese de Lothrop.

fonte: Sputnik News

Americana encontra 'monstro' do lago Ness navegando pelo Google Earth

Lago Ness, na Escócia (imagem de arquivo)

Este foi considerado o 9º testemunho aceito pelo registro oficial de avistamento de monstros no lago Ness somente neste ano.

Uma americana curiosa afirma ter avistado o monstro do lago Ness, isso tudo sem precisar sair da sua casa nos EUA e viajar à Escócia. Ela o encontrou enquanto navegava pelo Google Earth.

Lisa found the Nessie pic as she searched Google Earth for sightings

Após perder seu emprego, Lisa Stout, de 31 anos, residente em Bellevue, no estado norte-americano de Ohio, teve muito tempo livre para buscar a famosa criatura através de imagens tiradas pelo serviço de satélite, comunicou The Scottish Sun.

Lisa discovered this incredible sighting of Nessie on Google

No dia 20 de setembro, a mulher começou a procura incessante e, por incrível que pareça, ela encontrou o monstro em uma série de fotos feitas há três anos em uma área perto do lago Ness, no Forte Augustus (Escócia).

Trata-se de uma figura escura que aparentemente está com o pescoço fora da água, medindo de 1 a 1,5 metro de altura e cerca de 30 centímetros de largura.

​Nono avistamento do ano do monstro do lago Ness, desta vez através de uma vista aquática do Google — visto por Lisa Stout de Ohio

"Parece a parte da frente do pescoço e no topo há um brilho no lado direito que parece ser a cabeça, enquanto que no lado esquerdo parece haver evidência de um olho e o traço parcial da boca", descreveu.

O descobrimento foi aceito pelo registro de avistamento de supostos monstros do lago Ness, sendo este o 9º testemunho apenas neste ano, o que aguça ainda mais a curiosidade pela mística criatura.

fonte: Sputnik News

Após briga, dormiu como anjo: africano passou 4 dias com lâmina cravada na cabeça

Faca

O homem precisou realizar uma operação para remover uma lâmina de 10 cm de seu crânio, após ser atingido durante uma briga que se envolveu enquanto estava bêbado.

Os exames mostram a lâmina dentro da cabeça do homem, logo atrás do nariz. O sul-africano, de 25 anos de idade, foi ao hospital na manhã de domingo por sofrer um ferimento na noite anterior após ajudar seu amigo em uma briga.


© FOTO: BMJ INTERNATIONAL PR Sul-africano com faca crava na cabeça

O homem sentiu apenas uma dor de cabeça e dor ao mover o olho esquerdo. Após a lâmina ser removida com sucesso, o paciente disse ser sortudo por estar vivo. Ele ainda aconselhou para que pessoas não briguem ou portem facas, segundo artigo publicado pela The Sun.

O incidente ocorreu em Johanesburgo, onde tudo começou com uma discussão, passando para uma briga e terminando em um conflito armado, onde o homem foi atingido próximo ao olho por uma arma branca.


© FOTO: BMJ INTERNATIONAL PR Sul-africano com faca crava na cabeça

Segundo a vítima, naquele momento ninguém notou o que havia ocorrido, tanto é que, após o acontecimento, o homem foi dormir. Ao acordar no dia seguinte, ele sentia dor de cabeça e no olho esquerdo. Após insistência de seus amigos, o homem resolveu ir ao hospital, onde descobriu o que tinha acontecido.

Como é possível ver no Raio-X, a faca penetrou profundamente sua cabeça. Os médicos explicaram que o homem sobreviveu devido ao fato de a faca não ter atingido artérias importantes. Além disso, o homem passou quatro dias com o objeto no crânio devido à burocracia, após esse período, o homem conseguiu passar pela operação.

Ele ainda reconheceu que a briga poderia ter ocasionado sua morte, mudou o ponto de vista sobre a vida e passou a pensar duas vezes antes de fazer algo, afirmando ser um herói enquanto luta contra uma faca ou uma arma de fogo.


© FOTO: BMJ INTERNATIONAL PR Sul-africano com faca crava na cabeça

A operação foi um sucesso e os médicos ainda colocaram pontos em seu olho para proteger a córnea durante o procedimento. O paciente foi liberado dois dias depois por não apresentar nenhuma complicação.

fonte: Sputnik News

Pela primeira vez, uma população inteira foi eliminada por edição de ADN


Portadores de doenças como o dengue e a malária, os mosquitos são a causa de milhões de mortes todos os anos. Uma investigação conseguiu exterminar uma população destes insetos através da manipulação genética.

A nova investigação publicada a 24 de setembro na revista “Nature Biotechnology”, mostrou que a partir de uma técnica de engenharia genética conhecida como gene drive, os mosquitos podem ser coisa do passado.

Isto, claro, se a comunidade científica estiver disposta a alterar, permanentemente o nosso ecossistema. Através do gene drive, os investigadores introduziram uma alteração no organismo do mosquito que, em seguida, se propaga para os descendentes.

Usando esta técnica de manipulação genética, os pesquisadores do Imperial College London exterminaram uma população aprisionada de Anopheles gambie, uma espécie de mosquito portador do vírus da malária na África subsariana. No estudo, os investigadores utilizaram o CRISPR para modificar o gene responsável pela determinação do sexo em 150 mosquitos macho.

A alteração tornou o sexo masculino predominante e a ideia seria impedir a população de mosquitos de criar fêmeas, o que levaria ao colapso da espécie.

Os investigadores introduziram estes 150 mosquitos alterados na população de 450 machos e fêmeas para que se reproduzissem em conjunto. A modificação genética funcionou, produzindo gerações subsequentes de fêmeas que apresentavam características masculinas ao não conseguirem morder e pôr ovos.

A partir da oitava geração da população, nenhum fêmea nasceu, pondo fim a esta era de mosquitos aprisionados no laboratório. Esta foi a primeira vez que cientistas viram uma modificação genética exterminar por completo uma população inteira.

Contudo, para se descobrir se esta modificação genética causaria ou não efeitos colaterais indesejados, seria necessário fazer a experiência fora do ambiente controlado que o laboratório propicia. E, segundo Andrea Crisanti, a principal investigadora da pesquisa, tal ação só será possível daqui a cinco ou dez anos.

fonte: ZAP

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Tecnologia OVNI: As forças armadas americanas construíram uma nave espacial para viajar pelo universo?


Uma nave misteriosa foi vista perto de uma base militar dos Estados Unidos, o que levou alguns a acreditarem que uma espaço nave de alta tecnologia poderia estar envolvida na corrida espacial Nova Era.

As potências globais estão numa corrida para voltar à Lua e, finalmente, a Marte, e os teóricos da conspiração estão especulando que os EUA poderiam estar liderando a corrida depois de descobrirem algo suspeito.

Usuários do Google Earth têm vasculhado o mundo online para detectar qualquer actividade suspeita e acreditam ter encontrado algo no Novo México.

Duas naves triangulares foram vistas no meio de um enorme círculo de 900 metros no deserto do Novo México.

Para tornar as coisas mais misteriosas, as duas naves, uma muito maior que a outra, foram encontradas perto da Base da Força Aérea Holloman.

A Base da Força Aérea Holloman é uma espécie de ponto focal de OVNIs e foi o centro de um documentário de 1974 que afirmava que especialistas haviam estado em contacto com alienígenas.

Agora, os teóricos da conspiração acreditam que as autoridades da base da Força Aérea estão usando seu conhecimento ET para chegar ao espaço.

O narrador de um vídeo enviado ao YouTube pelo canal de pesquisadores de OVNIS Terceira Fase da Lua disse: "O que é realmente estranho é que quando eu procurei pela primeira vez essas coordenadas, o Google Earth não funcionou, então tivemos que passar por algumas maneiras diferentes e tentar encontrar este local.

“Parece uma nave, mas seja lá o que for, é muito avançado, como você pode ver, não há pouso.

"Poderia estar envolvido com a corrida espacial."

Alguns foram rápidos em concordar com a teoria da Terceira Fase da Lua.

Uma usuária, Amy Lou, comentou no vídeo: “Acredito que muitas das naves triangulares que parecem sombrios como este são réplicas de tecnologia alienígena do nosso governo. 

Mas também acredito que alguns são de origem extraterrestre ”.

No entanto, outros usuários tinham teorias mais lógicas.

Armond Gillian acrescentou: “Eles parecem um par de lonas de pano de sombra para manter o sol longe de quem está debaixo deles. 

Eles não parecem sólidos. As duas formas têm recortes nelas. Está quente lá fora como no inferno.

fonte: Express

O Asteróide TB145 em forma de caveira passará pela Terra no Dia das Bruxas?


O terrível Asteróide TB145 em forma de caveira passou pela Terra no Halloween há três anos e agora está voltando à Terra - mas quando a rocha espacial passará de novo?

O asteroide TB145 fez as manchetes pela última vez quando a NASA avistou o asteroide passando pela Terra a 31 de outubro de 2015.

A agência espacial dos EUA chamou o asteróide de "Grande Caveira" devido à sua estranha semelhança com um crânio humano.

Na época, o asteróide passou a uma distância lunar de 1,3 da Terra, ou mais de 300.000 milhas.

A Nasa disse na época: "A abordagem aproximada de 2015 TB145 a cerca de 1,3 vezes a distância da órbita da Lua, juntamente com o seu tamanho, sugere que será um dos melhores asteróides para imagens de radar que veremos por vários anos."

O asteroide TB145 foi inicialmente registado pelo Telescópio Panorâmico e Sistema de Resposta Rápida da Universidade do Havaí (PANSTARRS-1) em Haleakala, Maui, a 10 de outubro de 2015.

Os astrónomos da NASA estimaram que a formidável rocha espacial mede algo em torno de 1300 pés de diâmetro.

As características assustadoras do asteroide foram reveladas em imagens de radar detalhadas tiradas pelo Observatório de Arecibo em Porto Rico.

O asteróide caveira está pronto para assombrar os céus nocturnos novamente neste outono.

Quando o Asteróide TB145 passará pela Terra novamente?

Desta vez, o asteroide perderá “truque ou travessura” do Dia das Bruxas por quase duas semanas, porque espera-se que ele apareça no começo de novembro.

O asteróide também passa a uma distância menor que 25 milhões de milhas ou cerca de 104 distâncias lunares.

Espera-se que o asteroide TB145 faça sua maior aproximação à Terra a 11 de novembro.

De acordo com Thomas Müller, pesquisador do Instituto Max-Planck, serão necessários outros 70 anos para o asteróide caveira se aproximar novamente da Terra.

Ele disse: “O próximo encontro um pouco mais emocionante será em torno do dia de Halloween no ano de 2088, quando o objecto se aproxima da Terra a uma distância de cerca de 20 distâncias lunares.

“O encontro no dia de Halloween de 2015 foi a abordagem mais próxima de um objecto deste tamanho desde 2006, e o próximo evento similar conhecido é a passagem de 137108 a 7 de agosto de 2027.

“Mais tarde, 99942 Apófis seguirá a 13 de abril de 2029 com uma passagem da Terra a aproximadamente 0,1 distâncias lunares.”

As distâncias envolvidas na abordagem podem não ser favoráveis ​​aos astrónomos, mas alguns cientistas têm certeza de que ainda podem aprender muito com a rocha espacial

O astrónomo Pablo Santos-Sanz, do Instituto de Astrofísica da Andaluzia, disse que o TB145 pode ajudar os cientistas a entender melhor os objectos de tamanho semelhante que se aproximam da Terra.

Mas o asteróide caveira não é a única rocha espacial gigantesca em direcção à Terra num futuro próximo.

Entre 4 de outubro e 7 de novembro, a NASA estima que pelo menos oito asteróides farão a chamada aproximação do fechamento da Terra.

O maior desses asteróides, chamado Asteroid 2002 VE68, mede até 1542 pés de diâmetro.

fonte: Express

O que 61 mil ruínas dizem sobre a civilização maia?

Resultado de imagem para O que 61 mil ruínas dizem sobre a civilização maia?

Equipa internacional de cientistas apresenta na revista Science detalhes sobre as 61 mil antigas estruturas da civilização maia detectadas no Norte da Guatemala através de uma tecnologia a feixes de laser.

E se uma tecnologia a feixes de laser perscrutasse uma floresta inacessível para que pudéssemos saber mais pormenores sobre a civilização maia? É isso que se tem vindo a fazer. Em Fevereiro, uma equipa internacional de cientistas tinha anunciado a identificação de 60 mil estruturas antigas no Norte da Guatemala. Agora, a edição desta sexta-feira da revista Science traz-nos informações mais detalhadas sobre essa análise. Ao todo, foram detectadas 61.480 estruturas (muitas delas só agora descobertas) e, como se estudou uma área com mais de dois mil quilómetros quadrados, isto equivale a 29 estruturas por quilómetro quadrado. Uma análise com este detalhe – e a maior feita na região até ao momento – permite que fiquemos a conhecer melhor a complexidade desta civilização e que reavaliemos certos aspectos.

Entre 1000 a.C. e 1500 d.C., a civilização maia prosperou na península do Iucatão e nas suas proximidades. “Conhecida pela sua sofisticação na escrita, arte, arquitectura, astronomia e na matemática, esta civilização está ainda escondida por uma floresta inacessível e muitas questões estão por desvendar”, lê-se num resumo sobre o trabalho. Para saber o que a floresta esconde, tem-se vindo a utilizar a tecnologia óptica de detecção remota chamada Lidar – abreviatura de Light Detection And Ranging (Detecção de Luz e Variação, em português) –, que usa feixes de laser para mapear a cobertura e a superfície do solo a três dimensões.

Em 2013, os cientistas começaram a falar na possibilidade de utilizar a Lidar na floresta do Norte da Guatemala. Mas foi só em 2016 que – a partir de um avião – se lançaram uma série de feixes de laser para se mapear 2144 quilómetros quadrados em 12 diferentes áreas da Reserva da Biosfera Maia, em Péten, no Norte da Guatemala.

Identificaram-se 61.480 estruturas antigas e “a maioria delas descobertas agora”, indica ao PÚBLICO Thomas Garrison, arqueólogo do Ithaca College (EUA) e um dos autores do estudo. “A grande maioria das estruturas são plataformas de alvenaria em ruína do quotidiano dos maias, que deveriam viver em casas construídas com mastros e palha [sob essas plataformas].” 


Foto Detectaram-se desde plataformas de habitações até caminhos LUKE AULD-THOMAS/MARCELLO A. CANUTO/PACUNAM

Quanto à população, estima-se que haveria uma densidade populacional de cerca de 100 pessoas por quilómetro quadrado entre os anos 650 e 800. “Se extrapolarmos os nossos resultados para as planícies centrais da civilização maia – numa área de 95 mil quilómetros quadrados – haveria provavelmente entre sete e 11 milhões de pessoas no final do período clássico (de 650 a 800)”, refere Thomas Garrison. Estas pessoas estariam distribuídas de forma desigual ao longo das planícies centrais, onde haveria vários graus de urbanização.

Para uma população deste tamanho, deveria haver uma economia agrícola de grande complexidade, refere-se no artigo. Ao todo, 11 dos 12 sítios analisados tinham elementos agrícolas. Portanto, havia uma paisagem fortemente modificada pela agricultura. Também foram identificados 362 quilómetros quadrados de socalcos ou de outro tipo de terrenos, 952 quilómetros quadrados de terras agrícolas e vastas áreas de reservatórios de águas com canais. 

Encontraram ainda 106 quilómetros de caminhos nos centros urbanos e entre esses centros e grandes estruturas defensivas feitas de terra. Thomas Garrison conta-nos que num dos sítios – El Zotz – descobriu uma fortaleza no alto de uma colina que teria sido criada para tornar aquele povoado impenetrável e para inspeccionar um corredor de transporte. “No coração de Tikal [outro sítio] encontrámos uma pirâmide. Antes, essa estrutura tinha sido identificada como uma colina.” O arqueólogo alerta ainda que, ao longo dos anos, tem havido pilhagens nesta região.

“Este investimento substancial em infra-estruturas integradoras (dos caminhos) e para conflitos (dos sistemas defensivos) destaca a interconectividade das cidades e as zonas do interior, assim como a escala da guerra na civilização maia”, lê-se num comunicado sobre o trabalho.


Thomas Garrison adianta ainda que este projecto é “inédito” porque foi o maior feito com a tecnologia Lidar na arqueologia mesoamericana até agora. “Esta tecnologia, quando aplicada a uma escala regional, revela padrões na densidade da população, tecnologia agrícola, interconectividade entre cidades e estruturas defensivas a uma escala em que os arqueólogos serão obrigados a reavaliar tudo o que julgavam saber sobre a antiga civilização maia”, considera o cientista, destacando que esta é a primeira grande publicação científica sobre um trabalho deste género.

“Vistos como um todo, socalcos, canais de irrigação, reservatórios, fortificações e caminhos revelam uma quantidade impressionante de modificações feitas pelos maias em toda a paisagem numa escala até agora inimaginável”, diz por sua vez Francisco Estrada-Belli, da Universidade de Tulane (EUA) e um dos autores do artigo, que acrescenta que sem o uso da Lidar este mapeamento tinha levado vários anos.

Desde 2009 que a Lidar tem vindo analisar as planícies da civilização maia e de outros povos. Por exemplo, este ano, foi anunciada a “redescoberta” de uma cidade milenar no México – ou seja, percebeu-se a sua dimensão, pois já tinha sido identificada pelos arqueólogos em 2007. Chama-se Angamuco, foi construída por volta de 900 pelos purépechas, um povo rival dos aztecas, e teria cerca de 40 mil edifícios. 

“[A Lidar] tem-nos mostrado o que os arqueólogos já suspeitavam há algum tempo: os maias eram mestres da paisagem. Afinal, construíram um mundo que os permitiu prosperar cerca de dois mil anos”, afirma Thomas Garrison. “Parece que muitas das suas práticas, sobretudo as agrícolas, eram mais sustentáveis no passado do que são hoje.”
“Jardineiros da floresta”

Para Anabel Ford – da Universidade da Califórnia (EUA) e uma das autoras de um comentário sobre este trabalho na Science –, este estudo dá-nos uma “visão muito precisa da topografia e da geografia por baixo da cobertura da floresta.” Há muito tempo que o trabalho desta arqueóloga consiste em mostrar que os maias eram capazes de fazer da floresta um jardim. “Numa sociedade agrária com visão ocidental, pensa-se que os maias devem ter destruído a floresta, enquanto eu vejo que a expandiram e desenvolveram durante cerca de dois milénios.”

~

Foto A tecnologia Lidar mapeou mais de dois mil quilómetros quadrados de floresta na Guatemala LUKE AULD-THOMAS/MARCELLO A. CANUTO/PACUNAM

Anabel Ford considera que os maias foram “jardineiros das florestas” e que a trabalhavam de forma “exuberante” e “desenvolvida”. Por isso, ainda hoje as plantas das florestas dão frutos ou madeira. “Eles usavam terras cultiváveis, não um subconjunto de terra arável ou lavrada. Cultivavam à mão áreas onde o arado europeu [dos colonizadores] não funcionava”, acrescenta. A arqueóloga espera assim que os resultados da análise com Lidar ajudem a reformular essa visão mais ocidental da forma como os maias tratavam a floresta e da complexidade desta civilização.

“Agora podemos ver as localizações das povoações e identificar os seus padrões para começar a desfazer os mistérios de como os maias viviam no ambiente tropical”, destaca Anabel Ford. Contudo, diz que o anúncio deste tipo de trabalhos deve ser cauteloso e ter em conta outros estudos feitos na região para não “exagerar com as reivindicações de novas descobertas” ou ser sensacionalista quanto à prática da arqueologia.

A propósito deste tipo de situações, aproveita para dizer que concorda – em termos gerais – com uma carta aberta assinada por mais de duas dúzias de arqueólogos e antropólogos que acusavam a National Geographic e a imprensa de abusar de palavras “perdida” e “descoberta” e de ignorar décadas de investigação já realizada quanto a um trabalho feito na designada “Cidade do Jaguar” (Honduras) e em que também se usou a tecnologia Lidar.

Contudo, Anabel Ford diz que ainda se deverá fazer trabalho de campo para que os resultados da Lidar sejam validados e explorados. “Vamos continuar a nossa investigação de todas as novas descobertas feitas com a Lidar através de trabalho de campo”, confirma Thomas Garrison. “Precisaremos de cerca de 100 anos para analisar todos [os dados] e realmente perceber o que estamos a ver”, acrescentou Francisco Estrada-Belli à National Geographic em Fevereiro quando anunciaram a quantidade de estruturas identificadas. Afinal, ainda há muito a saber sobre os maias e a sua floresta.

fonte: Público

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Antigos fósseis ajudam-nos a perceber a evolução da coluna nos mamíferos

Resultado de imagem para Antigos fósseis ajudam-nos a perceber a evolução da coluna nos mamíferos

Ilustração do Thrinaxodon (primo dos mamiferos), que ainda não tinha todas as regiões da coluna que os mamiferos tem hoje 

Resultado de imagem para Antigos fósseis ajudam-nos a perceber a evolução da coluna nos mamíferos

Fósseis do antepassado dos mamíferos Sphenacodon guatrdados num museu 

Resultado de imagem para Antigos fósseis ajudam-nos a perceber a evolução da coluna nos mamíferos

Fóssil do Thrinaxodon

Resultado de imagem para Antigos fósseis ajudam-nos a perceber a evolução da coluna nos mamíferos

Esqueleto de um cão e gato

Resultado de imagem para Antigos fósseis ajudam-nos a perceber a evolução da coluna nos mamíferos

Edaphosauros, primo dos mamíferos com 300 milhões de anos

Resultado de imagem para Antigos fósseis ajudam-nos a perceber a evolução da coluna nos mamíferos

Vértebras do Dinodontosauros, antepassado dos mamíferos

Análises a fósseis de antepassados dos mamíferos e a animais actuais mostraram que a coluna dos mamíferos nem sempre foi como a conhecemos hoje e que é uma das características que distingue este grupo.

Sangue quente e cabelo (ou pêlo) são das características mais referidas quando descrevemos os mamíferos. Mas pensemos agora noutro atributo: a coluna. É ela que tem um forte contributo na forma como corremos ou nadamos. E nem sempre foi como a conhecemos hoje. Para saber como a coluna evoluiu, uma equipa internacional de cientistas analisou fósseis com cerca de 300 milhões de anos e percebeu que a coluna foi ganhando regiões – como a cervical, torácica, lombar e a região sagrada nos humanos – ao longo da evolução dos mamíferos.

“Basicamente, a coluna é como uma série de missangas num colar e cada uma representa uma única vértebra”, começa por dizer Stephanie Pierce, da Universidade de Harvard e uma das autoras do recente trabalho. E faz questão de frisar como estas missangas são “especiais” nos mamíferos: “Em animais como os lagartos, as vértebras parecem ter a mesma função. Mas nos mamíferos é diferente. As regiões da coluna – como o pescoço, o tórax e a região lombar – têm formas diferentes e funcionam separadamente.” 

Já Katrina Jones, também da Universidade de Harvard e autora do estudo, acrescenta: “Os mamíferos vivos têm colunas muito distintas e com regiões claramente definidas, o que os ajudou a adaptarem-se a diferentes ambientes [e a correr ou a escalar].”

E por que é que os mamíferos ficaram assim com a coluna? Para resolverem este mistério, as cientistas tiveram de viajar até ao tempo dos primeiros animais terrestres. Até porque queriam perceber o que diferencia a coluna dos lagartos da dos mamíferos. E não há nenhum animal vivo que tenha registado no seu corpo a forma como terá acontecido essa transição, referem as cientistas.

“Para o fazer, tínhamos de mergulhar até aos registos fósseis e observar os precursores extintos dos mamíferos, os sinápsidas [classe que também inclui os mamíferos vivos e os seus precursores] que não eram mamíferos”, conta Katrina Jones.


Foto Edaphosaurus, primo dos mamíferos com 300 milhões de anos MUSEU FIELD

Este foi um trabalho árduo. “Os fósseis são escassos e encontrar animais extintos com 25 vértebras no lugar é incrivelmente raro”, diz Katrina Jones. Mas as cientistas quiseram mesmo fazer esta “viagem” evolutiva e vasculharam as gavetas dos museus de todo o mundo. “Viajámos através do globo para reconstituir fósseis muito raros e bem preservados”, recorda Katrina Jones.

Assim, conseguiram analisar dezenas de colunas em fósseis com milhões de anos que eram antepassados dos mamíferos. Por exemplo, estudaram o Edaphosaurus (primo dos mamíferos) com cerca de 300 milhões de anos ou o Thrinaxodon (cinodonte que também era primo dos mamíferos) e que viveu durante o Triásico Inferior – entre 251 milhões e 245 milhões de anos. Analisaram ainda mais de mil vértebras de animais actuais, como ratinhos, jacarés, lagartos e anfíbios.


Foto Vértebras do Dinodontosaurus, antepassado dos mamíferos STEPHANIE E. PIERCE/MUSEU DE ZOOLOGIA COMPARADA/UNIVERSIDADE DE HARVARD

Quando começaram o trabalho, as cientistas pensavam que as regiões da coluna não tinham mudado durante a evolução dos mamíferos. Mas ao compararem a posição e a forma das vértebras dos vários animais, viram o contrário: a coluna foi ganhando novas regiões durante a evolução deste grupo. Isto porque os sinápsidas mais antigos tinham menos regiões do que os mamíferos actuais.
Edaphosaurus, Thrinaxodon e ratinho

Num artigo científico na revista Science, as cientistas – e a restante equipa – descrevem três fases evolutivas das diferentes regiões da coluna. Primeiro, nos primeiros amniotas (animais cujos embriões estão rodeados por uma membrana amniótica) a coluna vertebral tinha três regiões: o pescoço ligava a cabeça ao tronco e o dorso dividia-se numa parte frontal e traseira. Nesta fase viveu o Edaphosaurus.

Depois, há cerca de 250 milhões de anos, um grupo de animais – no qual se inclui o Thrinaxodon – evoluiu já com outra região que se encontrava mesmo atrás da omoplata. “Isto deve estar relacionado com a mudança na forma como os membros eram usados na locomoção, o que aconteceu por volta deste período”, indica Katrina Jones.

Por fim, há cerca de 150 milhões de anos, desenvolveu-se uma quinta região perto da pélvis, “que é usada pelos mamíferos modernos durante a corrida”, reforça a equipa. “Parece que foi esta região que permitiu [aos mamíferos] adaptarem-se a diferentes ambientes”, salienta Stephanie Pierce. As cientistas referem que esta fase pertence à dos mamíferos modernos, como o ratinho.

Num comunicado sobre o trabalho, ainda se acrescenta que a formação da coluna dos mamíferos também estará ligada a mudanças nos genes Hox, que são importantes no desenvolvimento inicial das regiões da coluna.


Foto As três fases da evolução da coluna nos mamíferos. À direita: o Edaphosaurus com cerca de 300 milhões de anos; à esquerda: Thrinaxodon com cerca de 250 milhões de anos; e, em cima, o ratinho modernoSTEP HANIE E. PIERCE/MUSEU DE ZOOLOGIA COMPARADA/UNIVERSIDADE DE HARVARD

Mas o que surpreendeu mais esta equipa? “Os resultados sugerem que uma nova região perto da omoplata se desenvolveu muito cedo na história evolutiva deste grupo”, conta Katrina Jones. “Ao compararmos a aparência desta região com as mudanças que aconteceram nos membros de alguns animais, isso leva-nos a crer que os ombros e a coluna foram co-evoluindo nos precursores dos mamíferos.”

Além disso, quando recorreram a estudos já publicados, as cientistas perceberam que – provavelmente – houve uma coordenação funcional e no desenvolvimento da coluna e da pata dianteira durante a evolução dos mamíferos.


Foto Opossum moderno com as cinco regiões da coluna MUSEU DE ZOOLOGIA COMPARADA/UNIVERSIDADE DE HARVARD

“Este estudo é muito importante porque os fósseis de colunas são muito raros e difíceis de estudar. Por isso, a evolução da coluna nos mamíferos não tem sido documentada em detalhe”, considera Katrina Jones. “Agora, sabemos algo realmente novo sobre as nossas origens evolutivas. Nos humanos, a coluna tem sido extremadamente modificada para que consigamos ficar direitos e este estudo demonstra a responsabilidade evolutiva da regionalização da coluna nisso.” 

No futuro, as cientistas querem perceber como as novas regiões (quando surgiam) influenciavam as funções da coluna ou saber como os animais se movimentavam há milhões de anos. Katrina Jones considera que estes grandes pormenores evolutivos podem ajudar-nos a esclarecer questões em áreas como a biologia do desenvolvimento ou a genética. Afinal, como a própria investigadora frisa: “Este trabalho ajuda-nos a compreender o que torna um mamífero num mamífero.”

fonte: Público

Investigadores portugueses descobriram onde nasceu o Sol


O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço da Universidade do Porto calculou o possível local do nascimento da estrela

Um estudo de arqueologia desenvolvido pelo Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IACE) da Universidade do Porto em colaboração com investigadores internacionais conseguiu calcular os locais prováveis onde terá nascido o sol. O resultado da investigação foi divulgado esta sexta-feira na revista científica "Monthly Notices of the Royal Astronomical Society",

De acordo com o comunicado do IACE, esta descoberta foi feita através de um espetrógrafo – um instrumento de registo fotográfico de alta resolução montado no telescópio de 3,6 metros do European Southern Observatory (Chile).

Os investigadores conseguiram chegar à conclusão de que o sol nasceu a cerca de 600 estrelas vizinhas de distância. "A equipa desenvolveu um método para recuperar a história de migração das estrelas, ao usar as idades e composição química das estrelas como artefactos arqueológicos", explicam os investigadores em comunicado.

Esta investigação permitiu concluir que "a nossa estrela pode não ter vagueado pela galáxia tanto quanto pensávamos até agora e que a distância ao centro da galáxia onde nasceu pode ser semelhante à que tem atualmente", acrescentam os cientistas.

O IACE sublinha que esta investigação foi possível "porque a taxa de formação de estrelas aumenta do interior para o exterior do disco, com a abundância de determinados elementos a ser fortemente influenciada pela distância da estrela ao centro da galáxia. Assim, sabendo a composição da estrela com precisão, é possível determinar o seu local de nascimento sem ter de recorrer a modelos complexos".

De acordo com o autor do artigo, Ivan Minchev, do Leibniz Institute for Astrophysics Potsdam, esta descoberta abre portas para "uma imensidão de informação preciosa acerca do passado da Via Láctea".

fonte: Sol

Novo dinossauro gigante descoberto na África do Sul



Um dos fósseis encontrados durante os trabalhos de escavação

Foi o maior gigante do seu tempo, há 200 milhões de anos. Por isso lhe chamaram Ledumahadi mafube, que em sesotho, a língua nativa da região da África do Sul onde foi descoberto, significa "trovoada gigante na madrugada". É uma nova espécie de dinossauro e foi encontrada na província de Estado Livre daquele país africano.

Apesar do nome ameaçador, e da sua colossal dimensão - pesava 12 toneladas e tinha pernas que se elevavam a quatro metros de altura -, o Ledumahadi só comia plantas. Mas, sobretudo, a sua descoberta representa mais uma importante peça no complexo puzzle das espécies de répteis gigantes que povoavam - e dominavam - o planeta durante o Jurássico.

A equipa que fez o achado, um grupo internacional de paleontólogos liderados por Jonah Choininiere, da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul, afirma que ele é uma espécie de experiência na evolução dos saurópodes, imortalizados no imaginário popular como os simpáticos dinossauros de pescoço comprido. Pelas suas características únicas, segundo os paleontólogos, o Ledumahadi já anuncia aquele grupo de dinossauros.

O "Ledumahadi" "representa uma fase de transição entre dois grandes grupos de dinossauros

"A primeira coisa que me chamou a atenção neste animal foi a robustez incrível dos ossos dos membros", conta Blair McPhee, um dos autores da descoberta, cujo estudo é publicado nesta quinta-feira na revista científica Current Biology.

"A sua dimensão", sublinha o investigador, "é semelhante à que caracterizava os saurópodes gigantes, mas ao passo que nesses dinossauros os membros eram delgados, os do Ledumahadi são muito mais compactos e fortes".
Mais uma peça na evolução

Isso indica, na opinião dos autores, que "a evolução para o gigantismo, nestes animais, não foi um caminho direto, e que a forma como eles se adaptaram às exigências da sobrevivência, que incluíam terem de se movimentar e alimentar, foi muito mais dinâmica neste grupo do que até agora se pensava".

A escavação do local onde o exemplar estava depositado há milhões de anos permitiu recuperar cerca de uma vintena de fósseis de diferentes partes do corpo - dos membros, e inúmeras vértebras do pescoço, costas e cauda - e o seu estudo detalhado ajudou a reconstituir o animal, que revelou, então, ser uma nova espécie.


A localização no corpo do animal dos fósseis encontrados © McPhee et al. / Current Biology

"Olhando para a microestrutura dos ossos fossilizados, conseguimos ver que o animal cresceu rapidamente até à idade adulta e que, na altura em que morreu, esse crescimento já tinha parado", explica, por seu turno, a paleontóloga Jennifer Botha-Brink, do Museu Nacional da África do Sul, em Bloemfontein, e coautora da descoberta.

Para a investigadora, "é muito interessante" o facto de os fósseis "mostrarem características básicas dos saurópodes, mas também outras que são diferentes", o que significa que este animal "representa uma fase de transição entre dois grandes grupos de dinossauros".

O Ledumahadi viveu - e morreu - na região de Clarens, hoje província do Estado Livre da África do Sul, mas é um parente muito chegado dos dinossauros gigantes que então existiam também na Argentina.

Segundo os autores, isso reforça "a tese de que o supercontinente Pangeia ainda estava praticamente intacto no início do Jurássico, e mostra como era fácil a estes animais deambular entre uma e outra região", que hoje estão separadas por um imenso oceano.


Empresa japonesa quer criar cidade de 10 mil pessoas na Lua até 2040


Em 2020, a ISpace terá o primeiro teste com o lançamento de um orbitador. Em 2021, será a vez de serem largados na Lua dois rovers. Se o ambicioso plano tiver sucesso, já haverá centenas de pessoas a trabalhar na lua, por volta de 2030

A Ispace ainda não tem histórico na exploração espacial, mas já tem um plano desenhado que promete mudar a história da colonização da Lua. A empresa criada pelo empresário japonês Takeshi Hakamada anunciou que pretende fazer dois lançamentos rumo à Lua em 2020 e 2021 – mas esse é apenas o princípio de um projeto bem mais ambicioso, que prevê a construção de uma colónia de 10 mil pessoas no satélite natural da Terra por volta de 2040.

Na primeira das missões, que está agendada para meados de 2020, a Ispace deverá enviar um veículo espacial que deverá passar a orbitar em torno da Lua. Para 2021, o plano da empresa japonesa contempla o lançamento de uma sonda que já deverá alunar, com o objetivo de largar dois rovers para exploração do solo do satélite da Terra. Ambas as missões deverão tirar partido de uma “boleia” dos lançadores reutilizáveis Falcon 9, da SpaceX, informa a Ars Technica.

Não é a primeira vez que Hakamada apresenta um plano para ir à Lua. Antes da Ispace, o mentor da Ispace candidatou-se ao concurso Lunar X Prize, da Google, que pretendia premiar empresas ou consórcios capazes de desenhar missões capazes de levar a cabo missões na Lua. A atribuição do prémio final acabou cancelada, uma vez que nenhum dos concorrentes terá logrado alcançar os objetivos propostos, mas esse desfecho menos animador não chegou para demover o empresário nipónico dos intentos. E assim começou a ganhar forma a Ispace. Hoje, a jovem empresa já conta com o correspondente a 95 milhões de dólares (mais de 81 milhõe de euros), que terão sido angariados junto de investidores mais otimistas.

Entre os desafios mais ambiciosos do plano da Ispace, figura o desenvolvimento de um novo combustível para missões espaciais. Takeshi Hakamada fez saber que esse objetivo poderá ser alcançado por volta de 2030. Para produzir o novo combustível, a empresa conta extrair gelo dos polos lunares para a extração de oxigénio e hidrogénio, que serão usados no desenvolvimento do novo combustível – uma missão que os entendidos consideram ser suficientemente complexa para pôr em causa todo o projeto.

No modelo de negócio da Ispace consta ainda a prestação de serviços de transporte de mercadorias com destino à Lua. Os veículos espaciais que estão a ser desenhados deverão ter capacidade para transportar cerca de 30 quilos de carga.

O transporte de mercadorias pode revelar-se uma peça-chave para o projeto da Ispace: Takeshi Hakamada prevê chegar a 2030 com várias centenas de pessoas a trabalharem tanto em orbitadores como nas primeiras bases lunares que, supostamente, já estarão construídas nessa altura. Estas primeiras levas de trabalhadores terão como missão construir as fundações da denominada Moon Valley - a pretendente ao título de primeira cidade lunar, com capacidade para albergar mais de 10 mil pessoas.

Os objetivos da Ispace surpreendem quando comparados com os roteiros de exploração da NASA, que só prevê levar pessoas para a Lua no final da década de 2020, enquanto a agência espacial chinesa prevê missão similar para a década de 2030.

Muito antes de confirmar a exequibilidade de tamanha ambição, a Ispace terá de passar por algumas provas menos exigentes: o primeiro orbitador, que será lançado em 2020, terá como objetivo captar dados e imagens da Lua. Os dois rovers que deverão ser enviados em 2021 deverão operar conectados. Um dos veículos lunares deverá funcionar como módulo principal que terá como função fornecer comunicações e energia a um segundo módulo de dimensões mais diminutas, que terá como missão explorar locais de acesso mais difícil.


Este robô médico leva medicamentos ao interior do corpo humano


A indústria médica está bastante interessada no desenvolvimento de robôs microscópicos e nanotecnologia. Estes equipamentos têm o potencial para facilitar cirurgias, sarar hemorragias e fraturas ou acelerar o processo de convalescença. Ou, neste caso, podem facilitar a administração de medicamentos no interior do corpo humano, com este “mili-robô”, parecido com uma centopeia.

A Universidade da Cidade de Hong-Kong (CityU) criou o robô de modo a poder mover-se com facilidade pelas paredes dos tecidos e órgãos, mesmo quando estes estão impregnados de fluídos, como sangue ou muco. O que torna este robô eficiente é o tamanho das suas múltiplas pernas, cada uma com menos de um milímetro de comprimento, e grossura semelhante aos dos pelos de uma escova, ao mesmo tempo que têm uma distância mínima entre cada perna.

A equipa de investigadores da CityU criou assim uma máquina microscópica, com 0,15 mm de largura, pernas de 0,65 mm e uma distância de 0,6 mm entre cada perna. Como têm um ponto de contacto reduzido, têm menos 40 por cento de fricção que um robô com pernas convencionais, consumindo menos energia e movendo-se mais depressa. Foi construído num material derivado de silício, chamado PDMS (polidimetilsiloxane), reforçado com partículas magnéticas, para poder ser comandado por impulso eletromagnético.

O funcionamento deste “mili-robô” médico foi descrito numa publicação no jornal científico Nature Communications. As suas características, como pernas deformáveis, permitem-lhe contornar obstáculos facilmente, aumentar a velocidade com mais força magnética e transportar um peso 100 vezes superior ao seu, como uma cápsula de medicamento, uma força comparável ao de uma formiga, ou um humano capaz de erguer um mini-autocarro. Antes de poderem testar o robô em seres humanos, falta reproduzir as suas características num material biodegradável.

fonte: Motor24