Cerca de 500 asteroides ameaçam potencialmente a Terra, um problema para o qual especialistas da Agência Espacial Europeia (ESA) encontraram soluções que parecem ter saído de um filme de ficção científica.
«Temos cerca de 500 objectos próximos à Terra (NEO, na sigla em inglês) identificados que poderiam, dentro de 100 anos, eventualmente tocar a terra, mas a probabilidade é muito baixa, em alguns casos de um num milhão», explicou Detlef Koschny, chefe do sector de NEO na ESA.
«Seguimos os seus caminhos, tentamos prever o que poderiam ser e se, eventualmente, representarão um risco», explicou Koschny a partir do centro operacional dos NEO na cidade italiana de Frascati, perto de Roma.
«Em caso de perigo real, temos duas soluções actualmente viáveis», acrescentou o especialista. «O primeiro é o acidente de movimento cósmico», disse.
«Imagine um veículo, que é o asteroide, e um outro veículo, que é a nossa ferramenta, colidindo com ele e deslocando-o da sua trajectória. Por conta da pressão, é possível desviá-lo gradualmente da Terra», afirmou.
«A segunda solução é destruir o asteroide com a ajuda de uma explosão nuclear», acrescenta Koschny.
A questão é: Como observar um objecto espacial a viajar a 3.600 km/h com um outro objeto lançado para interceptá-lo à mesma velocidade?
«A partir de uma experiência americana chamada Deep Impact sabemos que é possível alcançar todos os objectos maiores que 100 metros de diâmetro. Encaminhamo-nos provavelmente para os satélites autoguiados por uma câmara, porque não teríamos tempo para dirigi-los a partir da Terra», explica o cientista.
Segundo vários especialistas, 75% das diferentes formas de vida na Terra, inclusive os dinossauros, desapareceram por causa da queda de um enorme asteroide há 65 milhões de anos.
«Devemos estar preparados, o despertador já soou, mas teimamos em desligá-lo», afirmou.
fonte: Diário Digital
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