O monstro de Loch Ness é lembrado hoje, com um google doodle, 81 anos depois da primeira aparição do criptídeo aquático, alegadamente visto num lago na Escócia. O doodle de hoje alude a um embuste…
O monstro de Loch Ness – uma figura subaquática que ainda hoje coloca céticos e crentes num debate – é hoje lembrado com um google doodle, que assinala o 81.º aniversário da primeira aparição do monstro.
Mas será que “Jéssica” apareceu mesmo? Será que o monstro de Loch Ness – batizado com aquele nome simpático – é fruto da imaginação humana?
O doodle de hoje é claro: por debaixo de um lago, seres estranhos controlam um submarino, cujo topo se assemelha a uma réptil ou serpente marinha gigante, parecido com um animal pré-histórico.
O primeiro relato de um encontro com o monstro de Loch Ness foi dado por um grupo de pessoas e surge na obra literária ‘Saint Columba’, sobre um missionário irlandês que viveu entre 521 e 597 DC.
O missionário conta que viu um monstro no lago Ness, mas os seus relatos foram considerados pouco credíveis, sobretudo porque revela que matou um javali com o poder da sua voz.
O primeiro relato considerado autêntico de avistamento do monstro ocorreu em 1880, mas debaixo das águas. Duncan MacDonald, um mergulhador profissional, afirma ter visto o gigante das águas, durante a procura de um navio de carga afundado.
Já no século XX, em maio de 1933, dá-se o primeiro avistamento da criatura com cerca de cerca de metros de comprimento.
E o mito de Loch Ness adensa-se, com mais uma história, contada por um jornal local, Inverness Courier, numa reportagem sensacionalista.
A curiosidade era tal que todos queriam ver o monstro de Loch Ness. Conta-se que um circo pagava uma fortuna a quem o capturasse.
Começam a multiplicar-se os relatos de registos visuais, até que a 19 de abril de 1934 surge a mais famosa fotografia do monstro, da autoria do cirurgião R.K. Wilson.
A imagem do monstro de Loch Ness corre pelo mundo como a própria de que a criatura existia mesmo, nas profundezas de um lago na Escócia.
No entanto, em 1994, um repórter fotográfico do Daily Mail, Marmaduke Wetherell, confessa que falsificou a fotografia, quando era free lancer daquele jornal.
Marmaduke Wetherell conta que usou o nome de um cirurgião para dar mais credibilidade ao registo. E fez a imagem na procura de uma notícia que vendesse jornais.
A teoria de que o monstro de Loch Ness existia começa a perder pontos para a teoria do embuste.
Mas a verdade é que em 2007, um técnico de laboratório fez um vídeo de uma “criatura preta, com cerca de 45 pés de comprimento”. A BBC da Escócia transmitiu o vídeo em 29 de maio de 2007.
Analisado por biólogos, esse registo recebeu o crivo de autenticidade. Não era falso, mas o animal captado não foi identificado.
Verdade ou mentira, certo é que os relatos de aparições do monstro feitos por diversas testemunhas (ou não) têm um ponto em comum: a semelhança do monstro com um Plesiossauro, um familiar dos dinossauros, extinto desde o Mesozóico.
Os plessiossauros eram répteis aquáticos de enorme porte, com pescoço muito desenvolvido, que se moviam com a ajuda de enormes membros em forma de barbatana.
Porém, os céticos ao monstro de Loch Ness depressa reagem. E usam a ciência: seria impossível uma criatura sobreviver 63 milhões de anos sem a sua comunidade. Assim, dizem, para haver um monstro, teriam de existir muitos, muitos mais.
Até que em 2003 uma equipa da BBC faz uma pesquisa no local. Mergulhadores investigam o lago, de ponta a ponta, e concluem, com 600 sonares, e concluem que o dito monstro – já carinhosamente chamado de “Nessie” – não existe.
Real ou ficcionado, o monstro de Loch Ness passou a fazer parte do imaginário e da própria cultura da Escócia. Todo o mundo ocidental o conhece, mesmo que não exista.
Inspirou o cinema, a literatura, a pintura, o teatro, a tecnologia na criação de videojogos. Inspirou e continua a inspirar. Hoje, inspirou a Google, para a criação de um doodle sugestivo.
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