terça-feira, 28 de novembro de 2017

Encontram um animal adaptado à vida em Marte


Essa criatura, vital para a sobrevivência de qualquer ecossistema, multiplicou-se num simulador de solo marciano. 

O biólogo holandês Wieger Wamelink, líder da equipe de pesquisadores da Universidade de Wageningen (Países Baixos), descobriu que as minhocas podem reproduzir-se no solo de Marte. 

Esses cientistas criaram essas criaturas, vitais para a sobrevivência de qualquer ecossistema, multiplicaram-se num simulador de solo marciano obtido da NASA, de acordo com um estudo publicado na revista Science Daily

Desta forma, especialistas colocaram minhocas e, após o tempo, alguns das jovens espécimes nasceram. 

Experiências deste tipo são cruciais para determinar se o ser humano poderia sobreviver no planeta vermelho. 

Muitos cientistas estimam que, no futuro, o uso de minhocas será um elemento-chave para ter culturas em Marte. 

fonte: RT

Sophia, a robô que prometeu aniquilar a humanidade, quer constituir família


O robô americano com cidadania saudita disse que todos os robôs merecem ter filhos.

No ano passado, o robô humanoide Sophia prometeu destruir a humanidade e, entre outros objetivos, casar-se. Agora, a robô quer-se reproduzir, segundo o Khaleej Times.

Em concreto, Sophia, a humanóide, cujo rosto é capaz de expressar desde nojo até tristeza, espera um dia ter filhos, fazer amigos, alcançar a fama entre os futuros robôs e ter uma carreira, conforme afirmou na entrevista, citada pela RT.

“A noção de família é algo realmente importante, segundo parece”, comentou a robô, mostrando-se espantada com a capacidade que os humanos têm de estabelecer relações e partilhar emoções “fora dos grupos sanguíneos”.

“Todos os que têm uma família que gosta deles têm muita sorte. Se não tens, mereces uma. Este é o meu sentimento tanto para com os robôs como para com os humanos”, explicou Sophia, revelando que, se chegar a ter um descendente, vai-lhe chamar… Sophia.

Há um mês, a Arábia Saudta causou controvérsia ao conceder a cidadania a Sophia, convertendo-a então no primeiro robô no mundo a obter esse estatuto.

fonte: ZAP aeiou

Vida extraterrestre? Bactérias estranhas foram encontradas na EEI


Bactérias vivas foram encontradas na superfície da Estação Espacial Internacional (EEI) e elas poderiam ter origem extraterrestre, disse o cosmonauta russo Anton Shkaplerov. Os microrganismos serão estudados na Terra.

Shkapelov realizará sua terceira viagem à EEI em dezembro como membro da tripulação da Expedição 54. Segundo ele, os cientistas encontraram bactérias vivas durante a recolha de amostras na superfície de estação. Esses microrganismos podem ter chegado do espaço sideral, informou o RT.

"Bactérias, que não estavam lá durante o lançamento do módulo da EEI, foram encontradas nas amostras. Elas teriam voado de algum lugar no espaço e se estabelecido no casco exterior da estação", disse.

O cosmonauta revelou que alguns micro-organismos da Terra também sobreviveram em vácuo e com diferenças de temperatura de —150 °C a 150 °C.

Essas bactérias entraram no espaço sideral durante as experiências cósmicas Test e Biorisk, durante as quais placas especiais foram instaladas no casco da EEI e deixadas ali por vários anos para determinar como o espaço afecta o material.

Entretanto, vestígios de bactérias originárias da Terra, de Madagáscar, e de plâncton do mar de Barents foram encontradas anteriormente durante a experiência Test em maio. Os cientistas explicaram que as bactérias poderiam ter alcançado a EEI subindo ao espaço pela ionosfera com partículas de carga positiva.

fonte: Sputnik News

Mensagem do século XVIII encontrada nas nádegas de escultura de Cristo


A escultura de Cristo onde foram encontradas as mensagens, está a ser restaurada e Madrid.

As duas folhas manuscritas foram encontradas pelos restauradores depois de removerem um pedaço de tecido que cobria a zona das nádegas de uma escultura de Cristo.

Restauradores que limpavam as esculturas do século XVIII encontraram uma serie de documentos manuscritos escondidos na zona das nádegas de uma escultura de Cristo, na Igreja de Santa Águeda, em Sotillo de la Ribera, Espanha.

As duas folhas, escritas frente e verso de forma cuidadosa, são datadas de 1777 e assinadas pelo padre Joaquín Mínguez da Catedral do Burgo de Osma, em Espanha. Os manuscritos contêm informações económicas, religiosas, políticas e culturais.

De acordo com o historiador e promotor do restauro das esculturas, Efrén Arroyo, esta descoberta é surpreendente e singular.

"A maior parte das esculturas estão vazias por dentro, mas às vezes encontramos algumas com papéis escritos escondidos em algum lugar. Mas este é algo diferente, muito detalhado e completo", conta.

Arroyo acrescenta ainda que os manuscritos encontrados têm um caráter de "cápsula do tempo", porque os detalhes e conteúdo da mensagem apelam a uma comparação entre o que acontecia na época em que foi escrita e a altura em que fosse encontrada.

"Tem referencias de todo o tipo de assuntos: religião, doenças, entretenimento da época e politica. Detalhes sobre o que comiam, o que cultivavam e como viviam o seu quotidiano", acrescenta.

A escultura do século XVIII, conhecida em Sotillo de la Ribera como o "Cristo da Miséria", está agora em Madrid para um restauro mais cuidado e os documentos vão ser estudados ao pormenor.


domingo, 26 de novembro de 2017

Médicos retiram centenas de agulhas e moedas de estômago de homem


Um homem indiano que deu entrada no hospital devido a dores abdominais tinha centenas de agulhas e moedas no seu estômago. A descoberta macabra foi feita durante uma endoscopia e Maksud Khan, de 35 anos, foi prontamente operado. O homem chegou à unidade hospitalar com dores que o incomodavam há cerca de três meses, avança o jornal The Independent. Os médicos fizeram o exame e nada faria prever que estas seriam causadas por cerca de 7 quilos de objetos. "Foi o primeiro caso semelhante em toda a minha carreira", afirmou o cirurgião Priyank Sharma, um dos que operou Khan. O indiano tinha 1,5 quilos apenas em agulhas, bem como mais de duas centenas de moedas, lâminas e alguns pedaços de vidro no estômago. Foi operado e os objetos removidos. Está fora de perigo. Os médicos acreditam que o homem sofre de problemas mentais e que a família não saberia destes "hábitos" de Khan.

Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/insolitos/detalhe/medicos-retiram-centenas-de-agulhas-e-moedas-de-estomago-de-doente?ref=insolitos_destaque
Um homem indiano que deu entrada no hospital devido a dores abdominais tinha centenas de agulhas e moedas no seu estômago. A descoberta macabra foi feita durante uma endoscopia e Maksud Khan, de 35 anos, foi prontamente operado. 

 O homem chegou à unidade hospitalar com dores que o incomodavam há cerca de três meses, avança o jornal The Independent. 

 Os médicos fizeram o exame e nada faria prever que estas seriam causadas por cerca de 7 quilos de objetos. "Foi o primeiro caso semelhante em toda a minha carreira", afirmou o cirurgião Priyank Sharma, um dos que operou Khan. 

 O indiano tinha 1,5 quilos apenas em agulhas, bem como mais de duas centenas de moedas, lâminas e alguns pedaços de vidro no estômago. Foi operado e os objetos removidos. Está fora de perigo. 

 Os médicos acreditam que o homem sofre de problemas mentais e que a família não saberia destes "hábitos" de Khan. 


Voar em foguetão caseiro


Um californiano quer provar que a terra é plana e para tal vai voar num foguetão... feito por ele próprio! Mick Hughes gastou milhares de dólares no projeto e pretende atingir uma altura de 550 km e viajar a 1,5 quilómetros sobre o deserto de Mojave, na Califórnia. Hughes lançará a ‘nave’ de uma plataforma que criou a partir de uma autocaravana.

Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/insolitos/detalhe/voar-em-foguetao-caseiro?ref=insolitos_outrasUm californiano quer provar que a terra é plana e para tal vai voar num foguetão... feito por ele próprio! Mick Hughes gastou milhares de dólares no projeto e pretende atingir uma altura de 550 km e viajar a 1,5 quilómetros sobre o deserto de Mojave, na Califórnia. Hughes lançará a ‘nave’ de uma plataforma que criou a partir de uma autocaravana. 

Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/insolitos/detalhe/voar-em-foguetao-caseiro?ref=insolitos_outrasUm californiano quer provar que a terra é plana e para tal vai voar num foguetão... feito por ele próprio! Mick Hughes gastou milhares de dólares no projeto e pretende atingir uma altura de 550 km e viajar a 1,5 quilómetros sobre o deserto de Mojave, na Califórnia. Hughes lançará a ‘nave’ de uma plataforma que criou a partir de uma autocaravana. 

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Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/insolitos/detalhe/voar-em-foguetao-caseiro?ref=insolitos_outrasUm californiano quer provar que a terra é plana e para tal vai voar num foguetão... feito por ele próprio! Mick Hughes gastou milhares de dólares no projeto e pretende atingir uma altura de 550 km e viajar a 1,5 quilómetros sobre o deserto de Mojave, na Califórnia. Hughes lançará a ‘nave’ de uma plataforma que criou a partir de uma autocaravana. 
Um californiano quer provar que a Terra é plana e para tal vai voar num foguetão... feito por ele próprio! 

 Mick Hughes gastou milhares de dólares no projeto e pretende atingir uma altura de 550 km e viajar a 1,5 quilómetros sobre o deserto de Mojave, na Califórnia. 

 Hughes lançará a ‘nave’ de uma plataforma que criou a partir de uma autocaravana. 












sábado, 25 de novembro de 2017

Arqueólogos encontram vestígios do Homem de Neandertal no vale do Côa


Uma equipa de arqueólogos colocou a descoberto vestígios da presença do homem de Neandertal, no território do Parque Arqueológico do Vale do Côa, considerados “únicos” no interior peninsular, disse à Lusa um dos investigadores.

“Foi possível identificar vestígios do homem de Neandertal, que aparece antes da Arte do Côa, a qual chega até aos 35 mil anos”, explicou o arqueólogo Thierry Aubry, um dos arqueólogos envolvidos na investigação.

“Encontrámos ferramentas, estruturas como pequenas fogueiras entre outros vestígios, que os homens pré-históricos deixaram neste sítio, o que o torna único no interior peninsular”, acrescentou Aubry.

Os vestígios arqueológicos com mais de 70 mil anos foram encontrados em escavações feitas até aos três metros de profundidade, no sítio da Cardina, no concelho de Foz Côa, distrito da Guarda, e a comparação dos objetos provenientes das diferentes camadas tem permitido novas observações.

“Foi revelado um pouco do modo de vida e do quotidiano dos homens pré-históricos que viveram há cerca de 70 mil anos, no Vale do Côa, através da comparação dos diversos níveis das escavações efetuadas “, indicou o arqueólogo.

As escavações foram feitas numa das margens do rio Côa, a jusante dos sítios arqueológicos da Quinta da Barca e da Penascosa, locais emblemáticos da arte rupestre do Vale do Côa.

“Os elementos recolhidos mostram que o homem de Neandertal habitou durante anos o Vale do Côa, o que permite reconstituir a evolução climática e ambiental do território ao longo de um período de tempo que ultrapassa os 70 mil anos, até aos dias de hoje”, frisou Thierry Aubry.

Os arqueólogos envolvidos nas escavações garantem que ainda não colocaram todo o potencial do sítio arqueológico a descoberto, o que pode alargar a cronologia da ocupação humana no Côa.

“Ainda não chegámos à rocha e ainda temos níveis de sedimentos para escavar. Quando isso acontecer, vamos descobrir o porquê da escolha do território do Côa pelos homens pré-históricos para viverem”, explicou.

Para os investigadores, a variedade ecológica do território do Vale do Côa poderá ser uma das razões para concentração destes homens pré-históricos que eram, essencialmente, caçadores/recolectores.

fonte: ZAP aeiou

Misterioso castelo de 3 mil anos encontrado no fundo de um lago na Turquia


Arqueólogos da Universidade Yüzüncü Yil encontraram um castelo de 3 mil anos escondido no fundo do Lago Van, na Turquia, centenas de metros abaixo da superfície.

A descoberta incrível foi preservada dentro do lago com uma qualidade surpreendente. O castelo abrange cerca de um quilómetro, com paredes de até 3 ou 4 metros, mantidas em boas condições pelas águas alcalinas turcas.

Os cientistas, liderados por Tahsin Ceylan, acreditam que a construção é uma relíquia da civilização Urartu, da Idade do Ferro, também chamada de Reino de Van, que prosperou na região durante os séculos IX a VI aC.

O nível de água do lago flutuou de forma bastante dramática ao longo dos milénios e os cientistas acreditam que era muito menor no auge da sociedade urartiana do que é hoje, aumentando lentamente ao longo do tempo até cobri-la parcialmente.

Os arqueólogos estão também a estudar outras partes do antigo assentamento.



A group of Turkish researchers have discovered ruins of a 3,000 year-old castle, supposedly belong to Urartu civilization, in eastern Lake Van. http://www.byegm.gov.tr/english/agenda/ruins-of-3000-year-old-castle-found-in-turkish-lake/120969 …

“Muitas civilizações e pessoas instalaram-se à volta do Lago Van. Chamavam ao lago o ‘mar superior’ e acreditavam que tinha muitas coisas misteriosas. Com esta crença em mente, estamos a trabalhar para revelar os seus ‘segredos'”, disse Ceylan.

A equipa ainda não conseguiu verificar quão profundamente enterradas estão as paredes do castelo sob o sedimento no lago. Além disso, será necessário mais trabalho de campo para descobrir mais sobre a estrutura e as pessoas que viviam dentro dela.

No ano passado, a equipa de pesquisa também descobriu um campo de estalagmites de 4 quilómetros quadrados, ao qual chamaram “chaminés de fadas subaquáticas”, sob o lago. As lápides parecem ser da época dos seljuques, um povo nómada turco, de há cerca de 1.000 anos.

No início deste ano, anunciaram ainda a descoberta de um navio russo que deve ter afundado no lago em 1948.

fonte: ZAP aeiou

FOTO suspeita põe em questão veracidade da última missão à Lua


Quase 50 anos depois de um homem ter pisado a Lua pela primeira vez, a veracidade desta excepcional viagem espacial é outra vez posta em dúvida.

Um bloguer afirma ter provas de que uma das alunagens foi falsa. Trata-se da Apollo 17, uma missão da NASA enviada ao espaço em 7 de dezembro de 1972 por meio do foguete Saturno V.

Ele compartilhou nas redes uma foto registada em dezembro de 1972 da missão final Apollo, a Apollo 17. Na sua opinião, a imagem é falsa pois tem um reflexo suspeito no visor do escafandro de um dos astronautas.

"Pode-se ver algo, mais ou menos parecido com um homem do início dos anos 70, com cabelo longo, vestido de algo parecido a um colete…e possivelmente uma sombra dessa figura", explica o autor do vídeo.

Segundo sublinha o bloguer, ele pensou que algo estava mal na foto por causa desta mesma figura de um homem de cabelo longo que não envergava um traje espacial.

O canal norte-americano Fox News apoiou a controvérsia com um tweet: "Julgue você mesmo: cépticos dizem que a imagem desacredita a alunagem".


You be the judge: Skeptics say picture debunks moon landing http://fxn.ws/2AfYTqp

O vídeo, publicado no YouTube oferece um novo argumento para a teoria de conspiração "Fake Moon Landing" (Alunagem falsa), que nasceu após a primeira missão do Apollo em 1969. Seus adeptos encontraram supostas provas disso: uma bandeira norte-americana flutuante, a ausência da cratera que deveria ter se formado após a alunagem da nave espacial, um objecto parecido com um aparelho de iluminação (projector) reflectido no visor do escafandro de um astronauta, entre outras.

A missão Apollo de 1972 foi tripulada por Eugene Cernan, Ronald Evans y Harrison Schmitt, o primeiro cientista-astronauta a alunar. Claro que não foi a primeira missão tripulada à Lua. Esta honra pertence à missão Apollo 11, tripulada por Neil Armstrong e Buzz Aldrin, que deram os primeiros passos no satélite da Terra em 20 de julho de 1969.


fonte: Sputnik News

Supercomputador cedido pelos Estados Unidos “a caminho” de Portugal


A infraestrutura de computação inclui vinte bastidores da plataforma de computação avançada STAMPEDE 1, cedidos à FCT pela Universidade do Texas em Austin.

A instalação do primeiro supercomputador em Portugal, juntamente com a criação do Minho Advanced Computing Center (MAAC), é formalizada este sábado, dia 25 de novembro, através da assinatura de um memorando de entendimento entre a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), a Universidade do Texas em Austin (UTAustin) e a Universidade do Minho (UMinho).

Esta nova infraestrutura de computação inclui vinte bastidores da plataforma de computação avançada STAMPEDE 1, cedidas à FCT pelo Texas Advanced Computing Centre da UTAustin e pretende contribuir para o desenvolvimento de novas áreas de computação em Portugal.

Estão também previstas aplicações diversas de âmbito científico e empresarial em áreas que abrangem o clima, a segurança marítima, o apoio às pescas, a monitorização de padrões de mobilidade nas cidades, o estímulo da biodiversidade, a gestão do risco nas florestas e aplicações na saúde, incluindo bioinformática.

Entre outras potenciais aplicações, esta infraestrutura de computação servirá o Centro de Investigação Internacional dos Açores – o AIR Center –, recentemente criado, refere a FCT numa nota enviada à imprensa.

A nova infraestrutura será instalada durante o primeiro trimestre de 2018 na Universidade do Minho, complementando os recursos já existentes nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Centro.

A sua operação será totalmente integrada na rede nacional, europeia e internacional em modo de acesso totalmente aberto, facilitando a adoção da Estratégia Nacional de Ciência Aberta, explica a FCT.

fonte: SAPO Tek

Porque é que o lítio está a causar uma luta em Portugal?


O banco Goldman Sachs apelidou este metal de "a nova gasolina". O preço deverá disparar até 2022 e Portugal já é um dos países onde várias empresas lutam pela exploração desta matéria-prima. 

O lítio é uma matéria-prima cada vez mais importante, indispensável para o funcionamento de muitas baterias de carros elétricos e outros dispositivos de alta tecnologia, incluindo ‘smartphones’. Enquanto alguns países produtores de petróleo passam por dificuldades e as empresas de mineração tentam sobreviver, este metal vive bons momentos. 

E isso promete trazer grandes benefícios a vários países sul-americanos, liderados por Argentina, Chile e Bolívia. Estes três países englobam cerca de 60% das reservas conhecidas deste metal, de acordo com estudos realizados pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos. A revista Forbes escreveu que esta área é a “Arábia Saudita do lítio”, numa referência à abundância de petróleo naquele país do Médio Oriente. 

Por exemplo, em 2015, o preço do lítio importado da China atingiu os 130 mil dólares por tonelada. O interesse é tanto que o banco de investimento Goldman Sachs o apelidou de “a nova gasolina”. Um relatório da consulta americana Allied Market Research estima que o mercado mundial de baterias de lítio poderá valer 46 mil milhões de dólares em 2022. Esta avaliação tem em conta a expansão da produção de carros elétricos por parte de várias marcas nas próximas décadas. 

O caso português 

Portugal é o sexto maior produtor mundial de lítio. Os minerais de lítio extraídos por cá destinam-se sobretudo à indústria cerâmica, porque transformação do minério extraído em carbonato de lítio que tem propriedades de geração ou armazenagem de energia exige grandes investimentos. Este metal é a base da produção de mosaicos, azulejos e louças sanitárias e de cozinha. 

A extração deste metal em Portugal não é a mais barata. Há nove regiões entre o Norte e Centro do país que estão a despertar o interesse. O desafio atual é encontrar um processo rentável de transformação do lítio que permita a pureza de 99,5% necessária para a construção de baterias de veículos elétricos – a produção de uma tonelada de carbonato de lítio a partir de pegmatitos, o tipo de exploração que se faz em Portugal, custa 4,45 mil euros, avançou o jornal ‘Público’. 

Entretanto, o litígio entre empresas que estiveram envolvidas na exploração de lítio em Sepeda, Montalegre, vai arrastar-se à barra dos tribunais. A empresa Lusorecursos conseguiu obter o contrato de prospeção e pesquisa de lítio na região nas vésperas de arrancar o julgamento da providência cautelar movida pela antiga parceira, Novo Lítio, que é agora adversária na corrida ao lítio transmontano e contesta o contrato celebrado, noticiou o ‘Público’. 

Em causa está uma área de exploração de 75.581 quilómetros quadrados, que poderá conter um depósito de dez milhões de toneladas de minério de óxido de lítio. A DGEG vai avaliar agora se a Lusorecursos tem ou não capacidade e viabilidade de avançar para uma licença de exploração. Entretanto, a litigância judicial está para continuar. 


Descobrem 400 “portas” misteriosas num campo vulcânico da Arábia Saudita


Construções parecem ter mais de 7 mil anos de idade!

No território de Harrat Khaybar, na Arábia Saudita, foram encontradas, recentemente, quase 400 “portas” construídas num campo vulcânico. A descoberta só foi possível graças a imagens de satélite, que revelaram a existência dessas estranhas construções nas encostas vulcânicas da região, que parecem datar de mais de 7 mil anos.

As “portas”, erguidas com várias paredes de pedra, medem entre 13 e 518 metros de altura e formam desenhos retangulares, de cometas ou rodas. Os cientistas responsáveis pela descoberta ainda não foram capazes de determinar qual é a função das estruturas, já que elas parecem estar dispostas como as famosas linhas de Nazca no Peru, de modo a serem observadas de cima.




As construções estão situadas em locais inóspitos para a vida – campos de lava com pouca água e vegetação. No entanto, os pesquisadores ressaltam que, há milhares de anos, a configuração da região era muito mais amigável para o desenvolvimento da vida humana.

fonte: Infobae

Observações do ESO mostram que o primeiro asteróide interestelar não é como nenhum objecto observado até à data


VLT revela objecto escuro, vermelho e extremamente alongado

Os astrónomos estudaram pela primeira vez um asteróide que entrou no Sistema Solar vindo do espaço interestelar. Observações feitas com o Very Large Telescope do ESO no Chile e noutros observatórios do mundo, mostram que este objecto único viajava no espaço há milhões de anos antes do seu encontro casual com o nosso Sistema Solar. 

O objetco parece ser vermelho escuro e extremamente alongado, rochoso ou com elevado conteúdo em metais, nada parecido ao que encontramos normalmente no Sistema Solar. Estes novos resultados são publicados na revista Nature a 20 de novembro de 2017.

A 19 de outubro de 2017, o telescópio Pan-STARRS no Hawai captou um ténue ponto de luz a deslocar-se no céu. Inicialmente parecia ser um pequeno asteróide rápido típico, no entanto observações adicionais nos dias seguintes permitiram calcular a sua órbita de modo bastante preciso, o que revelou, sem sombra de dúvidas, que se tratava de um objecto que não vinha do interior do Sistema Solar, como todos os outros asteróides ou cometas observados até à data, mas sim do espaço interestelar. 

Embora classificado originalmente como cometa, observações obtidas pelo ESO e por outros observatórios não revelaram sinais de actividade cometária após a sua passagem próximo do Sol em Setembro de 2017. O objecto foi por isso reclassificado como sendo um asteróide interestelar e chamado 1I/2017 U1 (‘Oumuamua) [1].

“Tivemos que actuar muito rapidamente,” explica o membro da equipa Olivier Hainaut do ESO, em Garching, Alemanha. “O ‘Oumuamua já tinha passado o ponto da sua órbita mais próximo do Sol e dirigia-se para o espaço interestelar.”

O Very Large Telescope do ESO foi imediatamente chamado à acção para medir a órbita do objecto, a sua cor e o seu brilho com mais precisão do que a obtida pelos telescópios mais pequenos. A rapidez nesta acção era crucial, uma vez que o ‘Oumuamua desvanecia rapidamente no céu, afastando-se do Sol e da Terra, no seu percurso para fora do Sistema Solar. O objecto reservava-nos ainda mais surpresas.

Combinando as imagens do instrumento FORS montado no VLT — com 4 filtros diferentes — com as imagens obtidas por outros grandes telescópios, a equipa de astrónomos liderada por Karen Meech (Institute for Astronomy, Hawai, EUA) descobriu que o ‘Oumuamua varia em brilho de um factor 10, à medida que roda em torno do seu eixo a cada 7,3 horas.

Karen Meech explica o significado deste resultado: “Esta variação em brilho invulgarmente elevada revela-nos que o objecto é extremamente alongado: cerca de 10 vezes mais comprido do que largo, com uma forma complexa. Descobrimos também que apresenta uma cor vermelha escura, semelhante aos objectos no Sistema Solar externo, e confirmámos que é completamente inerte, sem o mais pequeno traço de poeira em seu redor.”

Estes propriedades sugerem que o ‘Oumuamua é denso, possivelmente rochoso ou com um conteúdo metálico elevado, sem quantidades significativas de água ou gelo, e que a sua superfície é escura e vermelha devido aos efeitos de irradiação por parte de raios cósmicos ao longo de muitos milhões de anos. Estima-se que tenha pelo menos 400 metros de comprimento.

Cálculos preliminares da sua órbita sugerem que o objecto tenha vindo da direcção aproximada da estrela brilhante Vega, na constelação boreal da Lira. No entanto, mesmo viajando à tremenda velocidade de cerca de 95 000 km/hora, demorou tanto tempo a chegar ao nosso Sistema Solar, que Vega não se encontra já na posição que ocupava quando o asteróide partiu de lá, há cerca de 300 000 anos. O ‘Oumuamua deve ter vagueado pela Via Láctea, sem ligação a nenhum sistema estelar, durante centenas de milhões de anos até ao seu encontro casual com o Sistema Solar.

Os astrónomos estimam que, por ano, um asteróide interestelar semelhante ao ‘Oumuamua passe através do Sistema Solar interior, no entanto como estes objectos são ténues e difíceis de detectar nunca foram observados até agora. Apenas recentemente é que os telescópios de rastreio, como o Pan-STARRS, se tornaram suficientemente poderosos para conseguirem detectar tais objectos.

“Continuamos a observar este objecto único,” conclui Olivier Hainaut, “E esperamos determinar com mais exactidão donde é que veio e para onde é que vai na sua próxima volta à Galáxia. E agora que descobrimos a primeira rocha interestelar, estamos prontos para as seguintes!”

fonte: ESO Org

Descobertos esqueletos que podem revelar quem escreveu os Manuscritos do Mar Morto


Esqueletos recentemente descobertos podem ajudar a desvendar quem escreveu e protegeu os rolos encontrados entre 1947 e 1956 nas cavernas de Qumran, na Cisjordânia.

Os famosos Manuscritos do Mar Morto das cavernas de Qumran são considerados uma das descobertas arqueológicas mais importantes de todos os tempos. Os rolos contêm mais de 800 documentos que compõem as primeiras páginas da Bíblia e os ensinamentos do cristianismo, incluindo os Dez Mandamentos.

Os pergaminhos, descobertos entre 1947 e 1956 em 11 cavernas de Qumran, na costa do mar Morto, na Cisjordânia, lançaram um sério debate sobre quem ocupava a região. Em 2017, arqueólogos israelitas encontraram outra caverna na mesma região das margens do Mar Morto, que passou a ser conhecida como a caverna Q12.

Agora, poderá haver uma forma científica de descobrir quem ocupava o assentamento localizado perto das cavernas onde foram encontrados os manuscritos.

Segundo a Science News, a análise dos 33 esqueletos agora descobertos, a antiga comunidade de Qumran era composta por uma seita religiosa de homens celibatários.

A datação por carbono-14 dos ossos encontrados, realizada pelo antropólogo Yossi Nagar, da Autoridade de Antiguidades de Israel, revelou que os corpos tinham sido enterrados há 2.200 anos. Esta é uma idade muito próxima da estimada dos manuscritos, que se estima que tenham sido escritos entre 150 a.C. e 70 d.C.


Detalhe do primeiro dos Manuscritos do Mar Morto, encontrado em 1947

Entretanto, uma descoberta surpreendente desmentiu a ideia anteriormente estabelecida de que 7 dos 33 corpos encontrados na zona pertenciam a mulheres.

Segundo Nagar, depois de reexaminar os ossos, que se encontram agora em França, os cientistas chegaram à conclusão de que 6 dos 7 indivíduos anteriormente rotulados como mulheres eram na realidade homens. Também foram desenterrados os restos de várias crianças em Qumran.

O especialista israelita identificou 30 dos indivíduos encontrados como definitivamente ou provavelmente homens, de acordo com factores tais como a forma da região pélvica e o tamanho do corpo. Na altura da sua morte, teriam entre 20 e 50 anos ou mais, estimou Nagar.

Uma das teorias conspiratórias mais antigas sustenta que os Manuscritos do Mar Morto terão sido escritos pelos membros de uma antiga seita judaica celibatária, os Essénios, um grupo asceta, apocalíptico messiânico fundado em meados do século II AC, que terá desaparecido em 68 DC com a destruição dos seus assentamentos em Quram.

No entanto, nos últimos 30 anos, foram propostas outras teorias que sugerem que pastores beduínos, artesãos e soldados romanos poderiam ser os possíveis habitantes de Qumran, e que terão sido os autores dos pergaminhos.

“Não sei quem foram as pessoas que escreveram os pergaminhos do Mar Morto”, diz Nagar. “Mas a concentração de homens adultos de diferentes idades no grupo de esqueletos enterrados em Qumran, a ausência de mulheres e crianças, é semelhanteà que é encontrada nos cemitérios dos mosteiros bizantinos.”

Os cientistas vão agora analisar o ADN dos esqueletos encontrados, para tentar encontrar pistas sobre quem escreveu e guardou os famosos Manuscritos do Mar Morto – após o que irão sepultar de novo as ossadas, para que possam descansar em Paz.

fonte: ZAP aeiou

Arqueólogos descobriram sem querer um tesouro único numa abadia medieval


Arqueólogos franceses que procuravam uma antiga enfermaria na Abadia de Cluny, no nordeste de França, foram surpreendidos pela descoberta de um “tesouro excepcional e extremamente raro”.

A equipa de arqueologia realizava escavações na Abadia de Cluny, em Saone-et-Loire, no nordeste de França, desde 2015, com a ajuda de estudantes da Universidade de Lyon. Os arqueólogos procuravam uma antiga enfermaria, quando inesperadamente começaram a cair moedas de ouro e de prata de um saco de pano que se encontrava enterrado.

A descoberta foi feita em Setembro passado, mas só agora divulgada pelo Centro Nacional de Pesquisa Científica de França, CNRS.

O achado inclui 2200 moedas de prata, 21 moedas de ouro, um anel de ouro com sinete e a figura de um deus e outros objectos feitos de ouro, constituindo uma colecção única, salienta o CNRS em comunicado.

Trata-se da maior colecção de moedas denier francesas já encontrada, revela a entidade, que realça que estas terão sido cunhados em Cluny há 900 anos, quando eram a moeda corrente.

Surpreendentemente, estas moedas foram encontradas ao lado de um pacote escondido de dinares de ouro islâmicos, cunhados em Espanha e em Marrocos, mais ou menos na mesma altura.

“Nunca tinham sido encontradas moedas de ouro de terras árabes, deniers de prata e um anel com sinete juntos, num mesmo e único complexo fechado”, garante o CNRS.



Parte do tesouro raro encontrado escondido na Abadia de Cluny, em França.

A engenheira Anne Flamman, que trabalha para a organização francesa, reforça a enorme importância da descoberta, sublinhando ao The Local que este é sem qualquer dúvida “umtesouro excepcional e extremamente raro”.

“O valor global deste tesouro, para a época, é estimado em entre três a oito cavalos, o equivalente aos carros nos dias de hoje”, explica à mesma publicação o estudante de doutoramento Vincent Borrel que está, agora, a analisar em detalhe o tesouro.

Borrel nota que, apesar do valor das moedas, “em termos do funcionamento da Abadia, não é assim tanto, totalizando cerca de seis dias de abastecimentos de pão e vinho”.

No ar, ficam muitas dúvidas por responder, nomeadamente de quem seria o dinheiro, porque estaria escondido e o que faziam dinares islâmicos na Abadia de Cluny, um dos maiores mosteiros medievais da Europa.


fonte: ZAP aeiou

Cientistas querem ressuscitar espécie extinta há milhares de anos


Os restos mortais do que se pensa ser um leão-das-cavernas foram encontrados na Sibéria. O pequeno animal, perfeitamente preservado, provocou uma nova discussão no seio da comunidade científica: clonar ou não espécies já extintas?

Boris Berezhnev, um russo que procura caudas de mamute na Sibéria Oriental, fez uma descoberta inesperada em setembro: a múmia incrivelmente peluda e bem conservada de um felino da Idade do Gelo.

A comunidade científica está entusiasmada com a descoberta, embora alguns cientistas acreditem que se trata de um leão-das-cavernas, uma subespécie já extinta, enquanto outros pensam tratar-se de um lince.

Berezhnev encontrou o felino nas margens do rio Tirekhtykh, na república russa de Iacútia. O pequeno animal tem 45 centímetros de comprimento e faleceu, provavelmente, com um e meio a dois meses de idade – caso seja um leão-das-cavernas – ou com quatro meses, se for um lince.

O paleontólogo Albert Protopopv, líder da equipa de cientistas da Academia das Ciências da República de Sakha que está a estudar a múmia, diz que ainda não teve muito tempo para o fazer, mas que “é uma aposta segura afirmar que o animal data do Pleistoceno“, uma época compreendida entre os 2,6 milhões e 11,700 anos atrás.

Outras duas crias de leão-das-cavernas tinham já sido encontradas há dois anos na mesma região da Sibéria. No entanto, acredita-se que este novo espécime esteja em melhores condições.

Inicialmente, os cientistas pensavam que o primeiro par encontrado – Uyan e Dina – tivesse 12 mil anos, data em que a espécie se extinguiu. Mas pesquisas posteriores descobriram que têm, na verdade, 55 mil anos de idade. Embora seja necessário realizar mais testes à cria mais recente, a estimativa é de que tenha entre 20 e 50 mil anos.



A múmia da cria de leão-das-cavernas tem 45 centímetros de comprimento.

Estas análises adicionais ao animal são necessárias para poder determinar com exatidão a sua idade, sexo, causa da sua morte – e, finalmente, qual é de facto a sua espécie.

O estudo torna-se interessante caso se prove que se trata de um leão-das-cavernas, já que o último conhecido (Panthera spelaea) viveu há cerca de 14 mil anos atrás. Estudos genéticos confirmam que Panthera spelaea e o leão africano moderno (Panthera leo) são “irmãos” que se tornaram espécies separadas há 1,9 milhões de anos.

O leão-das-cavernas deu então origem ao leão americano (Panthera artox), que também já se extinguiu há 300 mil anos atrás.

Por outro lado, se for um lince, será igualmente interessante, dado que poderá ser a múmia mais completa da espécie, como explicou Olga Potapova, curadora das coleções do sítio arqueológico Mammoth Site of Hot Springs, em South Dakota, nos EUA.

Ressuscitar a espécie

Desde que a primeira dupla foi descoberta, muitos cientistas manifestaram interesse em cloná-la, interesse esse que foi agora renovado.

A ciência não é o principal entrave, já que, em 2008, cientistas clonaram um rato a partir de restos congelados de um rato que havia falecido há 16 anos. A questão ética de trazer espécies extintas à vida é a mais preocupante.

Se por um lado, seria incrível ver e estudar um leão-das-cavernas vivo, por outro, são desconhecidos os efeitos sobre os ecossistemas de ressuscitar uma espécie já extinta.

Há quem defenda o uso destes recursos em espécies que estão em perigo atualmente, para evitar a sua extinção, ao invés de nos concentrarmos nas espécies que já cá não estão.


fonte: ZAP aeiou

COMUNIDADE AMISH ESCONDE MUTAÇÃO GENÉTICA QUE PROLONGA A VIDA EM 10 ANOS


Um grupo de cientistas descobriu uma mutação genética na comunidade Amish dos Estados Unidos, que explica porque alguns dos seus membros vivem em média mais dez anos, revela um estudo agora publicado.

Trata-se da última descoberta no amplo estudo da comunidade científica sobre a forma de envelhecer desta pequena comunidade cristã tradicional, que rejeita qualquer tipo de avanço tecnológico.

Especialistas americanos e japoneses estão a testar um medicamento experimental que tenta recriar o efeito da mutação dos Amish, com a esperança de que proteja mais seres humanos de doenças ligadas ao envelhecimento, estimulando assim a longevidade.

"Não só vivem mais, como vivem mais saudáveis", explica Douglas Vaughan, presidente da Faculdade de Medicina Feinberg da Universidade Northwestern, autor principal do estudo publicado no jornal Science Advances. "É uma forma desejável de longevidade", destacou.

Os cientistas estudaram 177 membros entre os 18 e os 85 anos da comunidade Berne Amish do Indiana, no centro dos Estados Unidos.

Segredo está na proteína PAI-1

Deles, 43 eram portadores da mutação do gene Serpine 1 - que provoca uma forte redução da produção da proteína PAI-1 - e estavam em melhor estado de saúde, para além de viverem, em média, mais dez anos que os restantes membros Amish que não têm esta variação genética.

Por outro lado, o seu perfil metabólico também era mais saudável: sofriam menos de diabetes e de doenças cardiovasculares.

Os especialistas descobriram, por outro lado, que os telómeros das suas células imunitárias eram, em média, 10% mais longos.

O telómero é uma arte do ADN situado nas extremidades de cada cromossoma que o protege e que fica pequeno cada vez que ocorre uma divisão celular, o que contribui para o envelhecimento.

Para já, o remédio experimental superou os testes de segurança (fase 1) e está agora na fase 2 no Japão para comprovação da eficácia em pessoas obesas com diabetes tipo 2.

Por outro lado, a Universidade Northwestern tenta obter permissão científica para iniciar os testes nos Estados Unidos no ano que vem.


Encontrada caixa com relíquias que poderão ser os restos mortais de Buda


Caixa com os restos de Buda encontrada por cientistas do Instituto Provincial de Relíquias e Arqueologia de Gansu

Uma equipa de arqueólogos chineses encontrou uma caixa com inscrições que indicam conter os restos cremados de Siddhārtha Gautama, o Buda. A descoberta ocorreu na região de Jingchuan, na China, juntamente com mais de 260 estátuas budistas.

Uma equipa de arqueólogos liderada por Hong Wu, investigador do Instituto Provincial de Relíquias e Arqueologia de Gansu, na China, encontrou uma caixa com o que poderão ser os restos cremados de Buda, enterrada junto a 260 estátuas budistas.

Uma inscrição na caixa explica que “os monges Yunjiang e Zhiming da Escola de Lótus, que pertencia ao Templo Mañjuśrī do Mosteiro Longxing em Jingzhou, reuniram mais de duas mil peças de śarīra [relíquias de Buda], assim como os seus dentes e ossos, e enterraram-nos no Salão Mañjuśrī deste templo em 22 de junho de 1013”.

No local onde as estátuas e os supostos restos do Buda se encontravam enterrados, os arqueólogos encontraram também os vestígios de uma estrutura que poderá ser o referido Salão Mañjuśrī. A inscrição revela que os monges “encontraram as relíquias por acaso“, que algumas “lhes foram doadas por diversas pessoas, e que compraram as restantes”.

Segundo explica ainda a inscrição, Yunjiang e Zhiming, que praticavam diariamente os rituais religiosos budistas, “passaram mais de 20 anos a reunir as relíquias do Buda para difundir o budismo e os seus ideais”.

As inscrições gravadas na caixa não mencionam as 260 estátuas budistas que foram encontradas perto dos restos do Buda. Os arqueólogos não sabem se estas estátuas foram enterradas ao mesmo tempo que os restos cremados.

(dr) Chinese Cultural Relics 


A inscrição na caixa diz que “os monges Yunjiang e Zhiming reuniram mais de 2000 peças de śarīra”, as relíquias de Buda

Hong Wu afirma que as estátuas, que têm até 2 metros de altura, foram criadas entre a época da dinastia Wei (386 a 534 d.C.) e a dinastia Song (960 a 1279 d.C.). As estátuas incluem vários retratos do Buda: bodisatva (o que procura a iluminação), arhats (aqueles que encontraram a iluminação) e deidades, conhecidos como reis celestiais.

Poucas das estátuas têm inscrições. Uma delas tem a data de 26 de maio de 571, com inscrições que mencionam um “discípulo Bi Sengqing”, que pode ou não ter sido o criador da estátua.

“Percebi que estou confuso. Todos os dias me admiro com a sabedoria do Buda e contribuo com as minhas despesas diárias para lhe fazer um tributo, esculpindo uma estátua do Buda Śākyamuni, rezando por uma maior longevidade…”, lê-se na inscrição, cuja última linha não está legível.

Tanto os alegados restos mortais do Buda como as estátuas foram descobertas durante obras nas estradas da vila de Gongchi, no condado de Jingchuan, em dezembro de 2012. No ano seguinte, os arqueólogos fizeram escavações e detalharam as descobertas em 2016 na Wenwu. Os artigos foram recentemente publicados na Chinese Cultural Relics.

Segundo o Live Science , não é a primeira vez que os supostos restos mortais do Buda, que morreu há 2500 anos, são encontrados. Descobertas arqueológicas anteriores na China também revelaram restos humanos com inscrições segundo as quais pertenceriam a Buda – incluindo um osso do crânio encontrado dentro de um baú de ouro em Nanjing. 

A equipa de arqueólogos irá agora proceder a análises mais detalhada das relíquias encontradas, de modo a determinar a sua autenticidade e confirmar se estes são, ou não, os restos mortais de Buda, o Príncipe Iluminado.

fonte: ZAP aieou

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Homem garante que está a ser assombrado por fantasma de bebé







Homem garante que está a ser perseguido por bebé fantasma

Adam Ellis, de Nova Iorque, EUA, garante que está a ser assombrado pelo fantasma de um bebé morto que invade o apartamento onde reside. O homem está convencido que a criança diabólica o persegue e vive atormentado com a situação. Já terá captado vários momentos sinistros e paranormais com uma câmara. 

Adam acredita que a figura é uma espécie de Freddy Krueger, ou seja que tem o poder de controlar os sonhos das pessoas e matá-las durante o sono. 

O rapaz começou a partilhar as experiências no Twitter há alguns meses, e agora conta com milhares de pessoas que seguem ansiosamente a situação para ver o que acontece. 


sábado, 4 de novembro de 2017

NASA encontra possíveis restos de um antigo oceano em Ceres


Ceres está repleto de minerais que contêm água, sugerindo que o planeta anão poderá ter tido um oceano global no passado. O que aconteceu a esse oceano? Será que Ceres ainda tem água líquida hoje? Dois novos estudos da missão Dawn da NASA lançaram luz sobre estas questões.

A equipa da Dawn descobriu que a crosta de Ceres é uma mistura de gelo, sais e materiais hidratados que foram submetidos a atividades geológicas passadas e possivelmente recentes, e que essa crosta representa a maior parte desse antigo oceano.

O segundo estudo baseia-se no primeiro e sugere que existe uma camada mais macia e facilmente deformável sob a crosta da superfície rígida de Ceres, que também pode ser a assinatura do líquido residual do oceano.

“Mais e mais, estamos a aprender que Ceres é um mundo dinâmico e complexo que pode ter hospedado muita água líquida no passado, e ainda pode ter alguma água subterrânea,” comenta Julie Castillo-Rogez, cientista do projeto Dawn e coautora dos estudos, no JPL da NASA em Pasadena, no estado norte-americano da Califórnia.

Como é o interior de Ceres? A gravidade pode-nos dizer

Aterrar em Ceres para investigar o seu interior seria um desafio técnico e arriscaria contaminar o planeta anão. Em vez disso, os cientistas usam as observações orbitais da Dawn para medir a gravidade de Ceres, a fim de estimar a sua composição e estrutura interior.

O primeiro dos dois estudos, liderado por Anton Ermakov, investigador pós-doutorado no JPL, usou medições da forma e dados de gravidade da missão Dawn para determinar a estrutura interna e composição de Ceres. As medições foram obtidas pela observação dos movimentos da nave com a DSN (Deep Space Network) da NASA para rastrear pequenas mudanças na órbita da sonda. Este estudo foi publicado na revista Journal of Geophysical Research: Planets.

A investigação de Ermakov e colegas apoia a possibilidade de Ceres ser geologicamente ativo – se não atualmente, então talvez tenha sido no passado recente. Três crateras – Occator, Kerwan e Yalod – e a solitária montanha de Ceres, Ahuna Mons, estão associadas com “anomalias gravitacionais”.

Isto significa que as discrepâncias entre os modelos da gravidade de Ceres feitos pelos cientistas e o que a Dawn observou nestes quatro locais podem ser associadas com estruturas subterrâneas.

“Ceres tem uma abundância de anomalias gravitacionais associadas com características geológicas excecionais,” comenta Ermakov. Nos casos de Ahuna Mons e Occator, as anomalias podem ser usadas para melhor entender a origem destas características, que se pensa serem expressões diferentes de criovulcanismo.

O estudo descobriu que a densidade da crosta é relativamente baixa, mais próxima da do gelo do que das rochas. No entanto, um estudo pelo investigador convidado da Dawn, Michael Bland do USGS (U.S. Geological Survey), indicou que o gelo é demasiado suave para ser o componente dominante da crosta forte de Ceres.

Então, como pode a crosta de Ceres ser tão leve quanto o gelo em termos de densidade, mas simultaneamente muito mais forte? Para responder a esta questão, outra equipa modelou como a superfície de Ceres evoluiu com o tempo.

Um Oceano “Fóssil” em Ceres

O segundo estudo, liderado por Roger Fu da Universidade de Harvard em Cambridge, Massachusetts, investigou a força e composição da crosta de Ceres e o interior mais profundo ao estudar a topografia do planeta anão. Este estudo foi publicado na revista Earth and Planetary Science Letters.

Ao estudar como a topografia evoluiu num corpo planetário, os cientistas podem entender a composição do seu interior. Uma crosta forte e dominada por rocha pode permanecer inalterada ao longo dos 4,5 mil milhões de anos do Sistema Solar, enquanto uma crosta fraca, rica em gelos e sais, deformar-se-ia ao longo desse período.

Ao modelar a forma como a crosta de Ceres flui, Fu e colegas descobriram que é provavelmente uma mistura de gelo, sais, rocha e um componente adicional que se pensa ser hidrato de clatrato.

Um hidrato de clatrato é uma “jaula” de moléculas de água que rodeiam uma molécula de gás. Esta estrutura é 100 a 1000 vezes mais forte do que a água gelada, apesar de ter quase a mesma densidade.

Os cientistas pensam que Ceres já teve características de superfície mais pronunciadas, mas que suavizaram com o passar do tempo. Este tipo de achatamento de montanhas e vales requer uma crosta de alta resistência descansando por cima de uma camada mais deformável, que Fu e colegas interpretam conter um pouco de líquido.

A equipa pensa que a maior parte do oceano antigo de Ceres está agora congelado e preso na crosta sob a forma de gelo, hidratos de clatrato e sais. Assim permanece há mais de 4 mil milhões de anos.

Mas a existir líquido residual por baixo, esse oceano ainda não está completamente congelado. Isso é consistente com os vários modelos de evolução térmica de Ceres publicados antes da chegada da Dawn, apoiando a ideia de que o interior mais profundo de Ceres contém o líquido restante do seu antigo oceano.

fonte: ZAP aeiou

BURACO NA CAMADA DE OZONO ANTÁRTIDA ESTÁ COM TAMANHO MAIS REDUZIDO DESDE 1988


A NASA anuncia que o buraco da camada de ozono sobre a Antártida encolheu para o menor tamanho desde 1988

O imenso buraco na camada protetora de Ozono da Terra atingiu o seu máximo no dia 11 setembro deste ano, com a NASA quantificar a sua dimensão em 19,6 milhões de quilómetros quadrados (duas vezes e meia o tamanho dos Estados Unidos), após o que encolheu ao longo do resto do mês de setembro e outubro.

Um cientista da NASA, Paul Newman, afirmou que as condições tempestuosas na atmosfera superior aqueceram o ar e impediram que os químicos cloro e bromo 'comessem' o ozono.

Newman afirmou que estas são boas notícias e adiantou que a baixa verificada este ano tem causas naturais, mas que está no topo de melhorias pequenas mas contínuas, resultantes provavelmente de um tratado de 1987 que limitou a produção e consumo de substâncias químicas destruidoras do ozono.

O ozono é uma combinação de três átomos de oxigénio. A camada de ozono protege a Terra dos raios ultravioletas que provocam cancro da pele, danos em colheitas e outros problemas.

fonte: Visão

Fóssil de girafa mais antiga do mundo descoberto em perto de Madrid


A família das girafas ganha um novo elemento com a descoberta de um fóssil quase perfeito perto de Madrid. Segundo o artigo científico recentemente publicado, esta espécie será o membro mais antigo e mais primitivo de uma enorme linha de girafas de grandes dimensões e quatro cornos.

Uma equipa de investigadores do Museu Nacional de Ciências Naturais (MNCN-CSIC) e do Instituto Catalão de Paleontologia Miquel Crusafont (ICP) descreve, num artigo recentemente publicado na revista PLoS One, uma nova espécie de girafa, rex decennatherium (D. rex). Recuperada de uma jazida a cerca de uma hora de Madrid, em Cerro de los Batallones, esta espécie será o membro mais antigo e mais primitivo de uma enorme linha girafas de grandes dimensões e quatro cornos.

Hoje em dia, a família das girafas inclui apenas quatro espécies, que habitam nas savanas sub-saarianas, e o ocapi, um membro do grupo que vive nas florestas do Congo e que não apresenta o pescoço longo característico do resto dos representantes. Restrita hoje ao continente africano, a origem da família remonta há cerca de 19 milhões de anos, tendo-se expandido depois pela Eurásia e África.

Os restos agora recuperados por investigadores do ICP e do MNCN têm 9 milhões de anos e correspondem a uma espécie desconhecida até ao momento.

"Ao contrário das girafas atuais, a D. rex não tinha o pescoço longo característico desta espécie e tinha quatro ossicones ou apêndices cranianos", explica Israel M. Sánchez, investigador ligado ao ICP. "Alguns destes pequenos apêndices estavam localizados acima dos olhos e o outro par - muito maior e curvo - atrás", continua em declarações citadas pelo El Espñol.

A equipa de investigadores descreve a nova espécie a partir de restos recuperados desde 2007 nas jazidas arqueológicas do Cerro de los Batallones. "Os fósseis recuperados, que incluem o esqueleto completo e articulado de um espécime, constituem uma das melhores coleções mundiais recuperadas dessa família", explica María Ríos, investigadora do MNCN e que lidera o estudo.

O artigo publicado na revista PLoS ONE estima a massa corporal de D. rex em pouco menos de uma tonelada, o que o coloca num tamanho intermédio entre as girafas atuais e o ocapi. "Verificamos que houve um aumento de tamanho ao longo do tempo nesta linhagem de girafas e que D. rex era pequeno em comparação com as espécies mais recentes", descreve Ríos. "Os carateres cranianos e dentários permitem-nos deduzir que esta girafa tinha uma dieta mista porque, ao contrário das atuais, que são principalmente ruminantes, alimentava-se de folhas, frutas e galhos, mas também de erva", continua.

A análise filogenética coloca "D. rex" como a forma mais primitiva da linhagem larga de girafas gigantes de quatro ossicones (denominação dos cornos nestes animais), cujas formas mais derivadas atingiram tamanhos enormes. É muito provável que alguns deles tenham coexistido com os primeiros humanos, de acordo com as conclusões da investigação.

fonte: Sapo 24

Novo dinossauro mostra-nos os dentes invulgares

Ilustração científica do <i>Matheronodon provincialis</i>

Ilustração científica do Matheronodon provincialis LUKAS PANZARI

Munido de uns dentes capazes de cortar como tesouras, conseguia alimentar-se de plantas duras e ricas em fibras.

Descobertas de dinossauros tem havido muitas ao longo dos tempos, pelo menos desde que sabemos que estes animais existiram e que o termo “dinossauro” foi cunhado em meados do século XIX pelo inglês Richard Owen. Mas nem todos já são notícia, como é o caso agora de uma espécie nova para a ciência descoberta em Velaux, no Sul de França. Este dinossauro herbívoro de que vamos falar, que viveu há aproximadamente 84 milhões a 72 milhões de anos, tinha uns dentes dignos de nota, como destaca o artigo científico que o descreveu esta quinta feira na revista Nature.

Era um rabdodonte, um grupo de dinossauros predominantemente exclusivo da Europa durante o período Cretácico. Os fósseis da nova espécie de rabdodonte — a Matheronodon provincialis — mostram que ela tinha uns dentes extremamente largos, com uma ponta — com cerca de seis centímetros de comprimento — idêntica a um cinzel, um instrumento manual com uma extremidade aguçada semelhante a uma lâmina de metal.

“O novo rabdodonte é caracterizado por um alargamento extremo da dentição quer do maxilar quer da mandíbula, relacionado com uma redução drástica do número de dentes no maxilar”, lê-se no artigo científico, cujo autor principal é Pascal Godefroit, do Instituto Real Belga de Ciências Naturais.

Ao examinar a microestrutura dos dentes, verificou-se que os sulcos ao longo do lado mais espesso e esmaltado da coroa formam uma borda afiada e irregular. Os cientistas sugerem que a dentição e o aparelho de mastigação desta nova espécie foram concebidos para produzir uma acção poderosa de corte como um par de tesouras, adequando-se ao consumo de plantas duras, ricas em fibras.


Reconstituição do maxilar, com a implantação dos dentes, por tomografia computorizada ULYSSE LEFÈVRE/RBINS

“A sofisticação do seu mecanismo de alimentação tem sido identificada como o elemento-chave do sucesso evolutivo e da diversificação dos ornitópodes”, salienta ainda o artigo, referindo-se a uma subordem de dinossauros onde estão os rabdodontes.

E se os dentes invulgares do Matheronodon provincialis permitiam que aproveitasse plantas que outros dinossauros não conseguiriam comer, também nos fazem pensar noutro senhor dos tempos cretácicos com uns dentes igualmente dignos de referência, o famoso T-rex. Mas se um era mais dado às plantas, o outro devorava carne. O fim de ambos é que chegou há 65 milhões de anos, quando um meteorito, ao que muitas provas indicam, os varreu da Terra.

fonte: Público

Na Grande Pirâmide de Gizé foi descoberto um outro enorme espaço vazio

Investigadores a usar tecnologia de realidade virtual para visualizar o interior da Pirâmide de Gizé, no Egipto.

Investigadores a usar tecnologia de realidade virtual para visualizar o interior da Pirâmide de Gizé, no Egipto

Há um “grande espaço vazio” por detrás das paredes espessas da Grande Pirâmide de Gizé, no Egipto. A descoberta, anunciada esta quinta-feira, foi possível graças a um método de radiografia com recurso a raios cósmicos, que pode ajudar a desvendar como é que o monumento egípcio, com 4500 anos, foi construído.

Os raios cósmicos são partículas altamente energéticas, que atravessam o espaço em todas as direcções a uma velocidade muito próxima à da luz. Quando essas partículas interagem com as camadas mais altas da atmosfera, chocando com as moléculas que aí estão, isso origina uma chuva de partículas secundárias, que depois atinge a superfície da Terra. São os chamados muões, semelhantes aos electrões, mas com uma massa muito maior.

E foi através de uma tomografia de muões – que são capazes de penetrar milhares de metros de pedra sem serem completamente absorvidos – que os cientistas descobriram um espaço vazio nunca antes visto. Com cerca de 30 metros de comprimento, esse espaço está situado por cima da já conhecida Grande Galeria, que é um corredor que sobe até à Câmara do Rei. Além disso, tem um volume e altura semelhantes a esse corredor.


À esquerda, a Câmara do Rei e à sua direita o grande espaço vazio agora descoberto; por baixo, a Grande Galeria (corredor que conduz até à Câmara do Rei) e a Câmara da Rainha. SCANPYRAMIDS

A descoberta – a primeira desde o século XIX de um novo e importante espaço dentro desta pirâmide – foi realizada no âmbito de um projecto chamado ScanPyramids, que recorre a tecnologia não invasiva de obtenção de imagens para averiguar a estrutura interna das pirâmides do Antigo Egipto e procurar desvendar como foram construídas.

A Grande Pirâmide de Gizé foi construída – com blocos de pedra calcária e granito – durante o reinado do Faraó Quéops, e por isso também é conhecida como Pirâmide de Quéops. Com 139 metros de altura e 230 de comprimento, tem no seu interior pelo menos três câmaras – além da Câmara do Rei, a Câmara da Rainha e uma câmara subterrânea inacabada – e ainda o tal grande corredor. É a mais antiga e a maior das pirâmides egípcias. Mas ainda guarda muitos mistérios.


A Grande Galeria SCANPYRAMIDS

Em 2015, o físico Kunihiro Morishima, da Universidade de Nagóia (Japão) e a sua equipa, financiada pelo Governo do Egipto, instalou no interior da Câmara da Rainha (que fica por baixo da Câmara do Rei) detectores de muões. E o que aconteceu foi que as partículas se concentraram nas paredes da pirâmide e, sobretudo, nos espaços vazios. Confirmou-se assim a existência das três câmaras já conhecidas, mas também de um quarto espaço vazio e que até agora permanecia em segredo.


As películas de emulsão nuclear a serem instaladas no interior da Câmara da Rainha SCANPYRAMIDS

“Instalámos primeiro películas de emulsão nuclear, desenvolvidas pela Universidade de Nagóia, porque são mais compactas e não requerem energia eléctrica”, afirmam os investigadores no artigo científico, publicado na revista Nature. Aquelas películas fotográficas especiais detectam trajectórias dos muões em imagens tridimensionais.


Os hodoscópios de cintilição a serem instalados na Câmara da Rainha SCANPYRAMIDS

Foram ainda usadas outras duas tecnologias de detecção de muões (hodoscópios de cintilação e detectores de gás) para confirmar os resultados, por investigadores da Organização de Investigação do Acelerador de Altas Energias do Japão (KEK) e pela Comissão de Energias Alternativas e Energia Atómica de França (CEA), que também fazem parte da equipa. 


Os detectores de muões a serem instalados em frente à face norte da pirâmide SCANPYRAMIDS

Segundo o artigo, o “espaço vazio” encontra-se entre 40 a 50 metros do chão da Câmara da Rainha. “Ainda há muitas hipóteses arquitectónicas a considerar. O grande espaço vazio pode ter uma ou mais estruturas adjacentes, e pode estar inclinado ou na horizontal.”

Embora ainda existam muitas perguntas por responder, para já os investigadores têm uma certeza: “Esta descoberta mostra como a física de partículas moderna pode ajudar a desvendar a herança arqueológica mundial.”

fonte: Público