quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Sonda espacial soviética pode cair na Terra ainda este ano


Uma sonda espacial soviética, lançada há quase meio século com o objetivo de estudar o planeta Vénus, pode cair na Terra ainda este ano. A missão fracassou, condenando a nave a mero lixo espacial.

Em causa está a Cosmos 482 que foi lançada pela União Soviética em 31 de março de 1972, com destino ao planeta nublado. Como não conseguiu escapar à gravidade da Terra, ficou a orbitar a Terra sob a forma de lixo espacial, tal como relata o portal Space.com.

Partes do aparelho – como tanques e alguns equipamentos – voltaram a entrar na atmosfera terrestre naquele mesmo ano, mas as partes restantes continuam a sobrevoar o nosso planeta a altas velocidades desde então.

A Cosmos 482 foi uma “gémea” da Venera 8, lançada quatro dias antes desta sonda e que se tornou o segundo dispositivo a pousar com sucesso no segundo planeta do Sistema Solar, em julho daquele ano. A partir da superfície de Vénus, Venera 8 foi capaz de transmitir dados valiosos durante 50 minutos e 11 segundos antes de sucumbir às condições do planeta. Cosmos 482 ter-se-ia tornado na Venera 9 caso não tivesse falhado na sua aceleração para se afastar da Terra.

“O apogeu começou a declinar”

Circulando a Terra a cada 112 minutos, esta sonda atmosférica pesa 495 quilogramas e segue uma órbita de 2.700 quilómetros no seu apogeu e 200 quilómetros no seu perigeu (momento de maior aproximação à Terra).

O dispositivo soviético tem uma proteção térmica significativa, e, por isso, os cientistas estimam que a sonda possa suportar as altas temperaturas às quais se exporia no momento da sua reentrada na atmosfera.

“É claro que a sonda sobreviverá facilmente à reentrada”, afirmou o astrónomo norte-americano Thomas Dorman, que acompanha os satélites há anos e localizou recentemente o Cosmos 482 com a ajuda da sua equipa de observação.

O especialista lamentou que a sonda não possa acionar um pára-quedas durante a descida, uma vez que está convencido que as baterias que disparam o mecanismo pirotécnico que ativa a sua saída expiraram já há muito tempo.

“É interessante observar que o apogeu da órbita está lentamente a declinar. Acho que a reentrada [nas atmosfera] vai ocorrer entre o final deste ano e meados do próximo ano, mas é impossível prever com precisão”, acrescentou ainda Dorman.

Contudo, nota ainda o portal de ciência, outras estimativas há que sugerem que a sonda pode permanecer na órbita da Terra durante mais dois anos e meio.

Tendo em conta que a maior parte da Terra é coberta por água ou inabitada, as probabilidades de a sonda atingir alguém são muito pequenas, escreve o ABC. Além disso, nota a Agência Espacial Europeia, a sua massa é semelhante à dos satélites fora de serviço que voltam a entrar na atmosfera sem qualquer controlo algumas vezes por mês.

fonte: ZAP

Os extraterrestres podem estar em todo o lado (ou em lugar nenhum)


Se a galáxia tem milhões de anos e os humanos demoraram apenas algumas décadas para visitar a Lua e lançar estações espaciais, porque é que uma nave alienígena ainda não pousou na Terra?

Este é um debate controverso pelo facto de muitos acreditarem que os extraterrestres podem estar em todos os lugares, em nenhum lugar ou podem mesmo estar em ambas as situações – e não estamos a falar de uma teoria de Erwin Schrödinger.

Novas análises realizadas pela equipa liderada por Adam Frank da Universidade de Astrofísica de Rochester sugerem uma solução diferente para um antigo paradoxo, segundo o portal Popular Science.

Atravessar a Via Láctea e estabelecer um império galáctico unificado pode ser inevitável para uma super-civilização monolítica, mas a maioria das culturas não é nem monolítica nem uma super-civilização.

Frank e os seus colegas exploraram o meio-termo que pode existir entre uma galáxia deserta e outra muito povoada, onde algumas civilizações podem ter sucesso numa missão multi-estelar, mas sem qualquer estabilização espacial e temporal na Via Láctea.

Os astrónomos iniciaram a busca de outras civilizações por meio de sinais tecnológicos (conhecidos como technosignature), mas foram desencorajados por um longo silêncio. Porém, o que mantém o otimismo é um argumento elaborado em 1975.

Ressaltando que a galáxia é tão antiga, qualquer civilização tecnológica provavelmente teve muito tempo para se expandir para todas as estrelas da Via Láctea. No entanto, nós não temos evidências do passado ou do presente de cidades extraterrestres na Terra, uma observação chamada “Facto A”.

Os académicos têm tentado resolver este quebra-cabeça, conhecido como Paradoxo de Fermi, com explicações que vão desde a humanidade estar colocada numa espécie de reserva, enquanto outros esperam em hibernação.

Muitas destas soluções baseiam-se em suposições quanto ao comportamento dos extraterrestres, o que Frank não considera adequado. Em vez disso, Frank e os colaboradores construíram um modelo mais abrangente, numa tentativa de separar a ficção da ciência e responder à pergunta: “De todas as galáxias possíveis em que poderíamos viver, que tipos são consistentes com o Facto A?”.

Os especialistas estudaram o desenvolvimento das civilizações e notaram que a humanidade está a desenvolver-se de uma forma muito rápida, fazendo com que alguns dos misteriosos planetas observados não sejam capazes de satisfazer as nossas necessidades, enquanto outros já estariam ocupados.

A expansão para outras estrelas pode estender a vida útil de uma civilização. Porém, mesmo que isto dure milhões de anos, em algum momento aconteceria alguma catástrofe.

Os autores das investigações também acreditam que a análise destas teorias reforçam o otimismo sobre a existência de vida tecnológica na nossa galáxia, ressaltando que a comunidade de astrónomos deveria ficar atenta e procurá-la.

Alguns ainda preferem outras formas de resolver o Paradoxo de Fermi, como Anders Sandberg, do Instituto do Futuro da Humanidade, em Oxford, na Inglaterra, que sugere que a vida pode ser simplesmente rara.

Ele gostaria de ver as simulações de Frank expandidas para abranger um leque mais amplo de possibilidades. “É um modelo adorável”, escreveu Sandberg, “mas os autores restringem-se a um espaço bastante restrito de possibilidades”.

A astrónoma Jill Tarter, cujo trabalho inspirou o romance Contacto de Carl Sagan, elogiou a capacidade da equipa, mas questionou até onde as análises teóricas podem ir. “São pessoas espertas e provavelmente entenderam a matemática”, escreveu, “o que quer que isto signifique na ausência de dados”.

Os autores concordam que nenhuma teoria pode substituir a procura real, mas dizem que esta análise reforça o otimismo de que a vida tecnológica pode existir na nossa galáxia, bem como a sua convicção de que a comunidade astronómica deve procurá-la.

Frank aproveitou para destacar a explosão dos sistemas planetários conhecidos, com aproximadamente 4.000 exoplanetas descobertos desde 1992, esperando que os investigadores desenvolvam a capacidade de estudar detalhadamente estes mundos.
O Paradoxo de Fermi

O Paradoxo de Fermi é utilizado para descrever as enormes discrepâncias entre as estimativas otimistas da probabilidade de existirem civilizações extraterrestres e a falta de evidências da existência dessas mesmas civilizações.

Se o Universo é um espaço vasto e cheio de planetas potencialmente habitáveis, então onde é que estão todos os alienígenas? – esta é a grande questão do paradoxo.

Diversas teorias tentaram já explicar a ausência de sinais de vida extraterrestre – desde a ideia de que podem estar a hibernar, que estão trancadas nos seus próprios mundos até às explosões de raios gama, passando pela ideia de que os extraterrestres já morreram ou estão submersos nos seus planetas aquáticos.

Até então, não foi encontrada nenhuma outra forma de vida no Universo. Foi este o facto que levou o astrofísico italiano Enrico Fermi a questionar em 1950 onde estariam todos os seres alienígenas. A teoria, conhecida como Paradoxo de Fermi, ainda não tem solução, afirmando-se cada vez mais como um mistério da Ciência.

fonte: ZAP

Esqueletos da dinastia Ming revelam segredos sobre a prática dos “Pés de Lótus”


A prática dos “pés de lótus” foi praticada na China durante mil anos e é preservada em documentos históricos, sapatos encontrados em túmulos da elite e nos testemunhos de mulheres com pés atados que sobrevivem até hoje.

Só nos últimos anos os arqueólogos observaram os esqueletos com os pés atados para aprender mais sobre as mulheres que experimentaram esta forma extrema de modificação corporal.

Elizabeth Berger, pós-doutorada em estudos chineses na Universidade de Michigan, estava a trabalhar numa escavação arqueológica no local de Yangguanzhai, perto de Xi’an, na província chinesa de Shaanxi.

A equipa de arqueólogos, liderada por Liping Yang, da Academia Arqueológica de Shaanxi, estava principalmente interessada numa aldeia neolítica enterrada naquela região. Inesperadamente, encontraram um cemitério sobreposto de uma era muito posterior, a Dinastia Ming e salvaram as sepulturas.

“Eu estava a olhar para os ossos e notei que havia algo muito estranho nos pés“, disse Berger à Live Science. “O meu primeiro pensamento foi de que poderia ser uma amarração dos pés e comecei a investigar e descobri que não havia muitas publicações sobre como era os ossos dos pés amarrados, embora houvesse muita pesquisa sobre a história disso”.

Num artigo publicado na edição de março de 2019 do International Journal of Paleopathology, Berger e os seus colegas relataram que quatro das oito mulheres da elite tinham sinais de pés atados.

Os investigadores pensam que as primeiras formas de ligação com os pés começaram na Dinastia Song do Sul. No início, a prática visava tornar os pés mais estreitos, um processo que não alterava os ossos muito severamente. A ligação mais extrema do pé em uma forma de arco muito mais curto começou durante a dinastia Ming. A prática começou entre as mulheres da elite e depois espalhou-se para outras classes.

Isto geralmente começava numa idade jovem, as ligaduras apertadas que dobravam o pé em forma de “lótus” tinham de ser usadas durante toda a vida de uma mulher. Existia um estilo do norte e um estilo do sul nos anos 1600. Enquanto os dedos permaneciam retos no estilo do sul, no estilo do norte, todos os dedos, exceto o dedo grande, estavam enrolados sob a sola, tornando o pé ainda menos estável.

A amostra das escavações em Yangguanzhai era pequena, mas Berger acredita que o padrão observado pode refletir a amarração do pé como uma prática em evolução.

Os investigadores notaram que os metatarsos das mulheres, que são os ossos longos do arco do pé, e os poucos ossos sobreviventes foram dramaticamente alterados. No entanto, em comparação com os poucos casos posteriores de esqueletos do pé, os encontrados em Yangguanzhai tinham ossos do tarso em redor do calcanhar que não eram tão alterados, embora fossem ligeiramente reduzidos em tamanho.


Christine Lee, antropóloga da Universidade Estadual da Califórnia, em Los Angeles, disse que normalmente há uma aversão à escavação de sepulturas com menos de mil anos na China. “Estão preocupados com a possibilidade de perturbar acidentalmente os seus ancestrais, o que causaria má sorte”. Escavações em cemitérios do último milénio, quando a prática de atar os pés era praticada, são raras, a menos que os túmulos estejam sob ameaça de serem destruídas.

Lee notou um padrão geral: a taxa da prática entre as mulheres parecia aumentar da dinastia Ming para a dinastia Qing, o que se encaixa com o conhecimento histórico sobre a prática. A amarração dos pés tornou-se mais difundida, especialmente entre as mulheres da elite, durante a dinastia Qing.

As mulheres com os pés atados enfrentaram consequências para a saúde ao longo das suas vidas, incluindo infeções, dedos perdidos, perda de mobilidade, dor durante a caminhada e uma taxa mais alta de fraturas decorrentes de quedas na velhice, descobriram as pesquisas.

Historiadores e economistas ainda publicam artigos a investigar os fatores que influenciam a amarração de pés, já que as motivações por trás da prática parecem ser mais complexas do que o simples cumprimento de padrões de beleza.

Um estudo recente na revista PLOS ONE mostrou que a amarração de pé, pelo menos no início do século XX, estava ligado à alta produtividade entre meninas e mulheres em indústrias artesanais como tecer e bordar têxteis.

“Definitivamente, há muito mais estudos que precisam de ser feitos sobre como a prática mudou ao longo do tempo em diferentes lugares da China“, disse Berger. “Eu vejo muitas descrições na literatura ocidental que descrevem isto como uma prática monolítica, enquanto que, na verdade, foi praticada durante mil anos e mudou de um lugar para outro.”

fonte: ZAP

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Conhece a Livraria Lunar? Está a ser criado um arquivo galáctico sobre a Terra


Está a caminho da Lua um documento com 30 milhões de páginas sobre os grandes feitos da humanidade.

Ainda que seja um cenário horrível, e para já não previsto, já imaginou a destruição da Terra? Saiba que existe a preocupação de preservar a História do planeta azul em caso de algo de dimensões galácticas acontecer. A Libraria Lunar representa a primeira de uma série de arquivos da Fundação Arch Mission (AMF), criada para preservar os nossos registos por mil milhões de anos.

O primeiro arquivo já vai a caminho da Lua, a bordo da sonda lunar Beresheet, construída pela empresa privada israelita SpaceIL. Esta foi disparada por um foguetão Falcon 9 da SpaceX na última quinta-feira, e irá aterrar na Lua no dia 11 de abril. O primeiro arquivo é composto por 25 discos de filme em níquel, produzidos para guardar dados em formatos digitais e analógicos. Estes contêm textos, imagens, símbolos que irão compor a Libraria Lunar, mas esta será apenas parte de uma iniciativa para criar um arquivo galáctico da Terra.


Para ter uma ideia, o arquivo tem 60 mil imagens de documentos, livros, fotografias e ilustrações, que podem ser vistas em microscópios de baixo consumo. Para se consultar os documentos, só na primeira camada requer um zoom de 100X, e as restantes três contêm dados 10 vezes mais pequenos, e tudo descomprimido ocupa cerca de 200 GB. Entre os documentos encontra-se um guia de línguas, com mais de cinco mil idiomas humanos.

Os cientistas vão continuar a enviar mais discos para a Lua, com mais documentos sobre a humanidade. A AMF refere que não se trata apenas de enviar o arquivo para eventuais “extraterrestres” nos encontrarem. Mas sim criar uma rede interplanetária para ajudar a desenvolver a internet interplanetária, já que demora muito tempo a transmitir informação entre a Terra e as diversas missões pelo espaço.

Existem outras iniciativas para preservar o futuro da humanidade, como o Banco Mundial de Sementes, que é um cofre a 150 metros de profundidade para albergar sementes e plantas de todo o mundo em segurança. No entanto, o degelo do permafrost dos últimos anos permitiu infiltrações, que embora não causasse danos, deixou os responsáveis em estado de alerta, e a tomar mais medidas drásticas.

fonte: SapoTek

Afinal, os misteriosos “círculos de fada” da Namíbia podem não ter sido criados por térmitas


Visto de cima, o deserto da Namíbia parece estar “doente”, repleto de padrões circulares cuja origem tem sido debatida por vários investigadores. 

A ciência praticamente encerrou o livro sobre estes misteriosos “círculos de fadas”, colocando a culpa diretamente no solo. Para remover todas as dúvidas, os investigadores voltaram-se para os céus em busca de mais evidências, mas descobriram que a história, afinal, pode não ser tão clara.

Stephan Getzin, ecologista da Universidade de Göttingen, na Alemanha, no centro do debate sobre o círculo de fadas por anos, depois de tê-los encontrado pela primeira vez na Namíbia como universitário.

O seu estudo mais recente pode ser o último prego no caixão das sugestões de que as térmitas são as culpadas pelos estranhos anéis. Mas também está a adicionar novos detalhes a teorias que descrevem como estes estranhos espaços na vegetação realmente se formam.

O vasto leque de “círculos de fadas” da Namíbia já era um fenómeno perplexo para os ecologistas há décadas. Getzin foi alertado para a existência de uma extensão semelhante de vegetação na região árida de Pilbara, na Austrália Ocidental, em 2014, fornecendo-lhe as evidências de que precisava para a sua própria hipótese.

Em 2017, recebemos uma resposta: os “círculos de fada” na Namíbia e em Pilbara são causados por plantas que competem por água em redor de pedaços de solo que canalizam a água num ritmo mais rápido.

A ciência raramente é assim tão simples, recorda o Science Alert. Ainda restam dúvidas sobre as térmitas encontradas nas proximidades destas manchas vazias são apenas turistas ou minúsculos lenhadores.

Getzin e os colegas de Israel e da Austrália investigaram sistematicamente dezenas de “círculos de fadas” perto da cidade de Newman, na Austrália Ocidental, escavando 154 buracos em 12 quilómetros de extensão. Os resultados foram publicados na revista científica Ecosphere.

Não só descobriram que o solo estava empacotado com os mesmos níveis de argila dentro dos círculos, como também não conseguiram encontrar térmitas que sugerissem que a sua atividade tinha um papel muito importante no desenvolvimento dos círculos.

Para ter certeza absoluta, mapearam grandes pedaços de paisagem recorrendo a drones, marcando as zonas onde a vegetação era claramente derrubada por térmitas. “As lacunas de vegetação causadas por térmitas são apenas cerca de metade do tamanho dos “círculos de fada” e muito menos ordenada”, referiu Getzin.

“No geral, o estudo mostra que as construções de térmitas podem ocorrer na área dos círculos de fada, mas a correlação local parcial entre térmitas e círculos de fada não tem relação causal”, explicou o ecologista.

Até recentemente, a maioria dos estudos concentrava-se em círculos de fadas de tamanho e distribuição relativamente consistentes. Getzin estava curioso para saber que condições ambientais descreviam o limiar da sua formação. Usando imagens do Google Earth, Getzin identificou uma variedade de estruturas que não eram do tamanho e da forma do círculo de fadas, mas que indicavam uma formação semelhante.

Alguns tinham mais de 20 metros de diâmetro, superando o diâmetro máximo de aproximadamente 12 metros. Outros eram esticados em linhas de drenagem ou formados em áreas incomuns, como pistas de carros.

“Aqui os nossos estudos de humidade do solo mostraram que sob condições tão variadas os círculos de fada funcionam menos como reservatórios de água do que sob condições homogéneas típicas, onde são extremamente bem ordenados”, refere Getzin.

Ainda há muito para estudar sobre estes círculos, mas, para já, pode dizer-se que são muito menos misteriosos.

fonte: ZAP

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Descoberto estranho enterro medieval na Sicília


Uma equipa de cientistas, liderada pelo arqueólogo Roberto Miccichè, descobriu um estranho enterro medieval do século XI na Piazza Armerina, na região da Sicília. Os especialistas acreditam que o homem foi apunhalado até à morte.

Em causa está um estranho enterro num buraco raso, desprovido de quaisquer objetos funerários, contendo apenas os restos mortais de um homem com 30 ou 40 anos deitado de bruços – posição incomum para aquele período medieval. Segundo o Live Science, o homem terá sido imobilizado com laços.

Recorrendo a tomografias computorizadas e reconstruções 3D, os cientistas encontraram sinais de seis ferimento infligidos com uma arma branca no esterno do cadáver. De acordo com os cientistas, o corte deverá ter sido feito com uma faca ou um punhal.

O objeto cortante terá atingido o homem na parte superior das costas e os cientistas acreditam que a vítima estivesse ajoelhada aquando o momento do ataque, tendo morrido rapidamente devido à perfuração repetida do pulmão e do coração.

Miccichè afirmou que atacante conhecia muito bem a anatomia humana e que o seu objetivo passava por acabar com a vítima de forma “muito eficaz e rápida”.

Quanto à posição em que o corpo foi encontrado, o arqueólogo explicou que esta “não segue nenhuma prescrição religiosa” da época. Na Idade Média, judeus e cristãos enterravam os seus mortos virados para cima, enquanto os muçulmanos colocam os defuntos virados para o lado direito.

À luz da época, enterros atípicos refletiam crenças supersticiosas ou então indicavam que o morto era alguém fora da lei, o que provavelmente aconteceu neste caso. Seguindo este raciocínio, Miccichè acredita que se tratou de uma execução de um exilado.

O padrão incomum sugere que o homem foi morte durante um período caótico. “Acreditamos que o nosso caso se enquadre no período de crise e reorganização social que ocorreu na Sicília, após a conquista normanda de 1061 d.C.”, afirmam os arqueólogos no artigo científico esta semana publicado na revista especializada International Journal of Osteoarchaeology.

fonte: ZAP

Biólogos tentam desvendar morte de baleia que surgiu na Amazónia


Biólogos tentam desvendar a misteriosa aparição de uma baleia-jubarte na floresta amazónica.

A carcaça da baleia foi encontrada numa área florestal na Amazónia, no litoral do município de Soure, na ilha de Marajó. A baleia-jubarte — de 11 metros de comprimento e 6 metros de largura — não possuía ferimentos, o que está intrigando biólogos, segundo autoridades locais.


"O mamífero é uma das maiores espécies de baleias existentes", afirmou a secretária de meio ambiente do município, Dirlene Silva ao Maritime Herald, ressaltando que a carcaça foi encontrada num local de difícil acesso e não poderá ser removida.

Biólogos da ONG Bicho D'água e do Museu Emílio Goeldi, de Belém, estão investigando e tentando encontrar a possível causa da morte da grande baleia.


Para isso, uma equipe de 13 profissionais mediu a baleia, colhendo partes do mamífero para realizar a necropsia, já que essas partes serão enviadas para laboratórios de Belém e do Rio de Janeiro, onde a provável causa da morte da baleia deve ser descoberta, segundo o portal G1.

"Eles estão indo fazer a necropsia. A olho nu, não há ferimentos. Então, precisamos entender a causa da morte da baleia", afirmou Dirlene Siva, ressaltando que o animal provavelmente estava morto há 3 ou 4 dias e, devido a isso, já estava em estado de decomposição.

Dirlene complementou dizendo que a equipe pretende utilizar a estrutura óssea do animal para estudos, mantendo essa estrutura num museu da região.

fonte: Sputnik News

NASA detecta estruturas enigmáticas no asteroide Ultima Thule


As imagens mais detalhadas do Ultima Thule, captadas pela sonda New Horizons no momento de aproximação máxima ao corpo celeste, mostraram que há algumas estruturas enigmáticas na sua superfície.

Todas as informações sobre a missão espacial, bem como as novas imagens, estão apresentadas no site oficial da NASA.

"Estas observações 'da meta de trecho' foram arriscadas, pois havia uma chance real de captarmos só uma parte ou até mesmo nada do Ultima no campo de visão restrita da câmara", declarou o chefe da missão New Horizons, Alan Stern, acrescentando que, mesmo assim, "as equipes científica, operacional e de navegação arrasaram, e o resultado é um dia de campo para nossa equipe científica! Alguns dos detalhes que agora vemos na superfície do Ultima Thule não são parecidos com nenhum objecto já explorado antes".

No início de janeiro de 2019, a sonda espacial New Horizons foi a primeira desde os tempos da Voyager a visitar mundos distantes do Sistema Solar. Seu primeiro objectivo foi Plutão, cujas fotos surpreendentes foram enviadas em julho de 2015, e o segundo objectivo corresponde ao asteroide 2014 MU69, chamado não oficialmente de Ultima Thule, sendo ele o corpo celeste mais distante a ser visitado por uma nave terrestre.

As primeiras imagens obtidas mostraram que Ultima Thule é um corpo celeste semelhante a um gigante "boneco de neve", composto por dois corpos ligados, um maior (Ultima) que o outro (Thule).

No entanto, as recentes fotografias enviadas pela sonda New Horizons permitiram fazer muitas descobertas interessantes. Por exemplo, foi revelado que há numerosas manchas brancas e escuras na superfície do corpo celeste, cuja origem continua desconhecida.

"Os traços semelhantes do relevo em cada 'metade' do Ultima Thule, bem como a ausência de crateras em 'istmo' entre elas significa que antes se encontraram em maior proximidade. Ou seja, algo os 'separou' e resultou na formação ou extensão dessa estrutura", sublinhou Marco Parigi, astrofísico da Universidade James Cook em Brisbane, Austrália.

Actualmente, cientistas estão analisando as últimas imagens e esperam que os novos dados contribuam ainda mais para desvendar segredos desse enigmático corpo celeste.

fonte: Sputnik News

Espanha já sabe quantos navios seus naufragaram nas Américas entre os séculos XV e XIX


Nesta primeira lista completa, figuram 681 navios, que se afundaram nas costas americanas do Atlântico desde que Cristóvão Colombo ali avistou terra, em 1492. O objetivo é fazer levantamentos idênticos para o resto do mundo

O Ministério da Cultura espanhol já tem uma relação de todos os naufrágios de navios espanhóis nas costas americanas do Atlântico, ocorridos entre 1492 e 1898, noticia o El País.

A lista, que levou cinco a elaborar, a partir dos vários arquivos existentes no país, conta com um total de 681 navios, que se afundaram ao longo de três séculos junto à costa do Panamá, Cuba, República Dominicana, Bahamas, Bermudas e Haiti e Estados Unidos.

De acordo com o El País, o objetivo desta relação do património submerso elaborada não pretende a sua recuperação do fundo do mar, mas a sua preservação nos sítios onde se encontram, em colaboração com as autoridades dos respetivos países, prevenindo eventuais saques por parte de caçadores de tesouros.

De todos os naufrágios agora recenseados, apenas se conhecem restos materiais e arqueológicos de 23% deles.

Naquela região do globo, o maior número de navios espanhóis afundados (249) está junto a Cuba, seguindo-se as costas dos Estados Unidos, com 153, a antiga Florida, com 150, o Panamá, com 66 e a República Dominicana e Haiti, com 63. Há ainda outros 63 naufrágios históricos documentados no Golfo do México.

Na esmagadora maioria dos casos (91,2%), a causa dos afundamentos foram tempestades e furacões, Os restantes deveram-se a acidentes (encalhamentos e colisões), combates, e ainda ataques piratas.

Entre os naufrágios históricos espanhóis está desde logo o da nau Santa Maria, capitaneada pelo próprio Cristóvão Colombo aquando da sua mítica viagem pioneira. O navio acabou por encalhar à chegada e perdeu-se.


As rochas da Lua podem produzir água graças ao vento solar


Quando o vento solar se dirige à superfície da Lua a 450 quilómetros por segundo, enriquece a sua superfície com ingredientes que podem produzir água.

Usando um programa de computador, cientistas da NASA simularam a química que ocorre quando o vento solar sopra sobre a superfície da Lua. À medida que o Sol enviava protões à Lua, descobriram que estas partículas interagem com os eletrões na superfície lunar, formando átomos de hidrogénio.

Esses átomos migram pela superfície e ligam-se aos abundantes átomos de oxigénio ligados à sílica e a outras moléculas transportadoras de oxigénio que formam o solo lunar. Juntos, o hidrogénio e o oxigénio formam a molécula de hidroxila, um componente da água – ou H2O.

“Pensamos na água como um composto especial e mágico“, disse em comunicado William M. Farrell, físico de plasma do Goddard Space Flight Center da NASA, que ajudou a desenvolver a simulação. “Mas isto é surpreendente: todas as rochas têm potencial para produzir água, especialmente depois de ser irradiada pelo vento solar.”

Compreender quanta água, ou os seus componentes químicos, está disponível na Lua é fundamental para o objetivo da NASA de enviar humanos para se estabelecerem permanentemente lá, disse Orenthal James Tucker, físico que liderou o estudo.

“Estamos a tratar de aprender sobre a dinâmica do transporte de recursos valiosos como o hidrogénio ao redor da superfície lunar e em toda a sua exosfera para que possamos saber onde ir a recolher esses recursos”, referiu.

Várias naves espaciais utilizaram instrumentos infravermelhos para identificar a química da sua superfície, como a sonda Deep Impact da NASA, que teve inúmeros encontros com o sistema Terra-Lua a caminho do cometa 103P/Hartley 2; a sonda Cassini da NASA, que foi para a Lua a caminho de Saturno; e Chandrayaan-1 da Índia, que orbitou a Lua há uma década. Todas encontraram evidências de água ou os seus componentes.

Mas, como estes átomos e compostos são formados na Lua, permanece uma questão em aberto. É possível que os impactos dos meteoros desencadeiem as reações químicas necessárias, mas muitos cientistas acreditam que o vento solar é o principal motor. A simulação de Tucker, que acompanha o ciclo de vida dos átomos de hidrogénio na Lua, apoia a ideia do vento solar.

“De estudos anteriores, sabemos quanto hidrogénio vem do vento solar, também sabemos quanto existe na atmosfera muito fina da Lua e temos medições de hidroxila na superfície”, disse Tucker. “O que fizemos agora é descobrir como estes três inventários de hidrogénio estão fisicamente interligados”.

Mostrar como os átomos de hidrogénio na Lua se comportam ajudou a resolver por que as espaço-naves encontraram flutuações na quantidade de hidrogénio em diferentes regiões da Lua. A equipe concluiu que o hidrogénio acumula energia em regiões mais quentes, como o equador da Lua, uma vez que os átomos de hidrogénio depositados expelem rapidamente os gases da superfície para a exosfera.

Por outro lado, parece que se acumula mais hidrogénio na superfície mais fria perto dos pólos porque há menos radiação solar e as emissões de gases são reduzidas.

Em geral, a simulação de Tucker mostra que, à medida de que o vento solar passa pela superfície da Lua, quebra as ligações entre os átomos de silício, ferro e oxigénio que compõem a maior parte do solo da Lua.

À medida que os átomos de hidrogénio fluem através da superfície da Lua, ficam temporariamente presos ao oxigénio. Eles flutuam entre as moléculas de oxigénio antes de se espalharem para a atmosfera da Lua e, finalmente, para o espaço. “Todo o processo é como uma fábrica de produtos químicos“, disse Farrell.

Uma ramificação chave do resultado é que todos os corpos expostos de sílica no espaço tem o potencial de criar hidroxila e, portanto, tornar-se uma fábrica química de água.

fonte: ZAP

Bebés geneticamente modificados por cientista chinês podem ter “super-poderes” mentais


Investigadores familiarizados com as mudanças genéticas que o cientista He Jiankui fez nas gémeas Lulu e Nana afirmaram que a manipulação específica realizada pode dar “super-poderes” aos cérebros dos bebés.

Um cientista chinês afirmou que ajudou a criar os primeiros bebés geneticamente manipulados do mundo, gémeas cujo ADN He Jiankui disse ter alterado com tecnologia capaz de reescrever o mapa da vida.

A revelação foi feita pelo próprio em Hong Kong a um dos organizadores de uma conferência internacional sobre manipulação de genes e, anteriormente, em entrevistas exclusivas à agência de notícias Associated Press (AP).

Na época, o cientita disse que o objetivo da alteração era imunizar as gémeas contra o vírus HIV. De facto, o gene modificado, chamado de CCR5, está ligado à suscetibilidade ao HIV, mas um artigo publicado na revista científica Cell mostra que também está ligado ao aumento da cognição cerebral em estudos com ratos.

O gene ainda pode facilitar a recuperação de um ser humano após um derrame cerebral e estar correlacionado com o sucesso académico.

Não há evidências diretas de que He Jiankui pretendia fazer alguma coisa aos cérebros das gémeas. No congresso, o chinês insistiu que essa não era a sua intenção, apesar de admitir que estava ciente das investigações sobre os efeitos da desativação do CCR5 no cérebro animal e humano.

Apesar disso, os dois primeiros seres humanos com cognição e memória geneticamente melhoradas já podem ter nascido.

“A resposta é provavelmente sim, a alteração afetou os cérebros”, disse Alcino Silva, neurocientista da Universidade da Califórnia em Los Angeles. “A interpretação mais simples é que essas mutações provavelmente terão um impacto na função cognitiva das gémeas”.

Silva argumenta que He não deveria ter conduzido o estudo, porque não há como prever o efeito que isto terá nas vidas de Lulu e Nana. O trabalho com animais demonstra que seria concebível aumentar o QI médio da população no futuro, mas ratos não são pessoas – não se sabe quais serão as consequências.

Silva co-escreveu o primeiro estudo publicado ligando o CCR5 à cognição em 2016, mostrando que ratos sem o gene exibiam uma memória significativamente melhorada, entre 140 outras modificações genéticas.

O neurocientista também observou o rápido progresso em testes clínicos com pacientes de derrame e com declínio cognitivo relacionado ao HIV. Mas “há uma grande diferença entre tentar corrigir os défices em tais pacientes e tentar criar melhorias”, argumenta.

O cientista chinês não era visto desde a conferência sobre genética em Hong Kong, onde apresentou as primeiras explicações públicas sobre a sua investigação, depois de ter revelado num vídeo no YouTube que tinha criado os dois primeiros bebés geneticamente modificados.

Jiankui revelou como deu origem a duas gémeas resistentes ao VIH, desativando um gene que codifica uma proteína que permite que o vírus entre nas células, salientando que se encontram num estado “normal e saudável”.

Na mesma conferência, também acrescentou que há um terceiro bebé que pode nascer igualmente alvo de embriões geneticamente modificados.

O anúncio de Jiankui originou grande polémica em todo o mundo, e já há quem lhe chame o “Frankenstein chinês”. Tem sido arduamente criticado pela comunidade científica que considera que ele passou uma barreira ética inaceitável.

Depois de ter recebido milhões de euros de fundos públicos chineses para investigação, o jovem cientista parece ter-se tornado persona non grata, estando a ser investigado pela Universidade onde trabalha e pelo Ministério da Ciência e da Tecnologia da China.

fonte: ZAP

Detetada uma rede ancestral de rios que fluía em Marte


Novas imagens da Mars Express da ESA mostram um belo exemplo de uma rede de rios secos em Marte, um sinal de que a água fluía na superfície do Planeta Vermelho.

Trata-se de um sistema de vales nas terras altas do sul de Marte, localizado a este da cratera gigante conhecida como Huygens e a norte de Hellas, a maior bacia do planeta.

Com entre 3500 e 4500 milhões de anos de idade, as terras altas do sul são algumas das partes mais antigas e com mais crateras de Marte, onde se observam muitos sinais ancestrais de fluxo de água.

A topografia desta região sugere que a água fluía costa abaixo desde o norte, formando vales de até dois quilómetros de largura e 200 metros de profundidade. Estes vales estão patentes hoje, mesmo após ter sofrido uma erosão significativa desde que se formaram. A erosão é visível em forma de bordas de vales quebradas, amolecidas, fragmentadas e dissecadas, especialmente em vales que se estendem de leste a oeste.

Este tipo de estrutura dentrítica também é observado em sistemas de drenagem na Terra. Um exemplo particularmente bom é o rio Yarlung Tsangpo, que serpenteia desde a sua nascente no Tibete ocidental através da China, Índia e Bangladesh.

No caso desta imagem de Marte, divulgada pela ESA, estes canais de ramificação provavelmente foram formados pelo escoamento de água da superfície de um rio, combinado com uma grande quantidade de chuva.

Acredita-se que este fluxo tenha cruzado o terreno existente em Marte, forjando novas estradas e esculpindo uma nova paisagem.

Em geral, o sistema de vales parece ramificar-se significativamente, formando um padrão parecido com ramos de árvores que vêm de um tronco central. Este tipo de morfologia é conhecido como “dendrítico”: o termo deriva da palavra grega para árvore (dendron). Vários canais separam-se do vale central, formando pequenos afluentes que frequentemente se dividem novamente.

Contudo, desconhece-se a origem de toda a água, estando entre as possibilidades a precipitação, os lençóis freáticos e/ou o derretimento de glaciares. Porém, todas estas opções exigiriam um passado muito mais quente e aquático de Marte do que o planeta que vemos hoje.

fonte: ZAP

Descoberta “Terra quente” com uma órbita de 11 horas


Ilustração do TESS em frente de um planeta de lava em órbita da sua estrela-mãe

O caçador de exoplanetas TESS da agência espacial norte-americana descobriu uma “terra quente” de composição rochosa, a apenas 50 anos-luz de distância, que orbita a sua estrela anã em apenas onze horas.

Segundos os cientistas, que esta semana publicaram os resultados da nova descoberta na revista Astrophysical Journal, o planeta tem um raio correspondentes a cerca de 1,3 raios terrestres, o suficiente para manter uma atmosfera, mas o seu curto período orbital dá conta que está muito perto da sua estrela: a apenas sete raios estelares.

A temperatura superficial inferida é de cerca de 800 graus kelvin, bastante quente para reter uma atmosfera, embora seja possível, de acordo com dados obtidos pelo observatório espacial TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite).

Os Cientistas do CfA (Harvard Smithsonian Center for Atsrophysics) envolvidos na descoberta apontam, no entanto, que se o planeta tivesse sido formado num lugar próximo de onde se encontra agora, a sua atmosfera teria sido, muito provavelmente, removidaquando a jovem estrela estivesse mais brilhante e tivesse uma atividade mais intensa.

De qualquer das formas, a proximidade do planeta oferece a oportunidade de caracterizar qualquer atmosfera que possa estar a usar espectros de trânsito e ocultação da fonte, e o resultado, interessante por si só, lança também luz sobre a formação do planeta, notam ainda os cientistas.

fonte: ZAP

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Muito além do Planeta X: Astrónomos descobrem objecto mais distante do Sistema Solar


Ao analisar o céu nocturno com alguns dos telescópios mais poderosos, os cientistas descobriram por acaso o objecto mais distante (pelo menos actualmente) no Sistema Solar, que parece estar muito além de Plutão, informa a Science.

Scott Sheppard, um astrónomo do Instituto Carnegie para a Ciência em Washington, e seus colegas investigaram em pormenor o céu nocturno com alguns dos telescópios que captaram a maior parte dos objectos mais distantes conhecidos até hoje.

O novo objecto é estimado estar localizado a uma distância do Sol 140 vezes maior que a distância entre este último e o nosso planeta. Os cientistas fizeram a descoberta quando procuravam pelo lendário gigante Planeta X, supostamente existente além de Plutão.

Scott Sheppard começou a analisar os dados fora do cronograma depois de sua palestra ter sido adiada na instituição de investigação devido a uma forte nevão.

Quando Sheppard finalmente tomou a palavra, 24 horas depois, ele anunciou a descoberta, embora não fornecesse mais detalhes, já que estava "quente demais", segundo a Science.


O astrónomo Scott Sheppard acaba de anunciar que o objecto mais distante do Sistema Solar já foi encontrado. Chamado de "FarFarOut", está 3,5 vezes mais distante do Sol do que Plutão

O dito objecto tem o sugestivo nome informal de FarFarOut, tendo quebrado o recorde do objecto mais distante (até recentemente) no Sistema Solar: um outro objecto, chamado FarOut, está a 120 unidades astronómicas de distância e também foi descoberto por Sheppard em dezembro passado.

Antes disso, o planeta anão Eris era considerado o mais distante do Sistema Solar, a 96 UA (unidades astronómicas) do Sol, ou seja, 96 vezes a distância média entre a Terra e o Sol. Entretanto, Plutão fica apenas a 34 UA de distância.

As órbitas de FarOut e de FarFarOut, que ainda são um mistério a ser resolvido, são as mais recentes descobertas de um projecto de pesquisa de uma década que analisa dados dos cantos mais distantes de nosso Sistema Solar, fornecidos pelos mais poderosos telescópios ópticos, ou seja, o Blanco de 4 metros no Chile e o Subaru de 8 metros no Havaí.

Por exemplo, dada a distância que o FarOut está de nós e a velocidade extraordinariamente lenta com que está movendo-se, pode levar alguns anos para determinar sua órbita e até que ponto ela é afectada pela força gravitacional dos planetas gigantes. Até agora, estima-se preliminarmente que o FarOut levará mais de mil anos para orbitar o Sol.

fonte: Sputnik News


Asteroide gigantesco faz cientista procurar um meio para evitar colisão devastadora


Num documentário, cientista revela como poderia salvar a humanidade de um arrasador asteroide.

Diversos debates surgiram depois que a NASA admitiu que um asteroide pode vir a atingir directamente a Terra.

O asteroide Apophis 99942 de 3,2 quilómetros de diâmetro orbita nas proximidades da Terra, sendo assim, ele continua sendo uma grande ameaça, segundo o Daily Express.

Anteriormente, a NASA revelou que a possibilidade de ele impactar com a Terra correspondia a 2,7%, e que isso poderia acontecer apenas em 2029. Entretanto, mais recentemente, a NASA afirmou a chance de o asteroide atingir a Terra em 2068 é de uma em 150.000.

Jay Melosh, geofísico norte-americano, declarou que não há motivos para temer, pois ele descobriu como salvar o planeta, enfatizando que um espelho poderia ser utilizado como uma lupa.

"Assim que atingirmos o asteroide, iniciaremos a vaporização do material e assim que ele vaporizar, o asteroide será empurrado para outro caminho", declarou o geofísico.

Dessa maneira, ele pretende atingir o asteroide com uma luz até que o corpo celeste sofra a vaporização, para isso é necessário alterar a velocidade do asteroide para um centímetro por segundo, o que pode mudar o percurso, evitando uma eventual colisão com a Terra.

Caso um asteroide como o Apophis atingisse uma cidade, como, por exemplo, Boston, ele criaria uma cratera de aproximadamente 10 quilómetros de diâmetro, ou seja, destruiria quase completamente a cidade, concluiu Jay Melosh.

fonte: Sputnik News

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Na Indonésia há um povo que trata os mortos como vivos. A história dos habitantes de Tana Toraja





Na Indonésia há um povo que trata os mortos como vivos. A história dos habitantes de Tana Toraja

Os habitantes da região montanhosa de Tana Toraja, na Indonésia, acreditam que os espíritos das pessoas mortas estão presentes, para sempre, nas casas e nas vidas dos seus entequeridos. As características e rituais especiais daquele povo motivaram o fotojornalista Claudio Sieber a realizar uma reportagem fotográfica sobre a povoação. 

Para aquele povo, a morte é o momento mais importante da vida. A pele e a carne dos mortos começa a ser tratada, logo após partirem, com uma solução de água e formaldeído. São tratados como pessoas doentes, nunca como mortos. Comem, bebem e fumam várias vezes por dia. As roupas também são trocadas regularmente. 

Mesmo após serem enterrados, é comum voltarem a ser removidos para tomarem banho, serem vestidos novamente e comerem os seus alimentos favoritos. O forte odor dos cadáveres é mascarado com a utilização de plantas secas. 

O povo acredita que a preservação de um corpo traz sorte à família. É com base nesta crença que os habitantes de Tana Toraja tentam garantir que todos os que morrem permanecem no melhor estado possível. Os cadáveres são mantidos em camas, embrulhados em cobertores. Ali ficam até que seja feito o funeral, que por vezes só acontece vários anos ou até décadas depois.


Um funeral digno, para aquela povoação, pode custar entre 700 milhões de rupias indonésias (cerca de 44 mil euros), para os mais pobres, e 3 triliões de rupias (230 mil euros) para os mais ricos. 

Muitas vezes acabam por recorrer a empréstimos bancários para oferecer uma última despedida aos familiares. Os funerais acabam por se tornar numa celebração ao invés de um evento sombrio. 

Mesmo após a morte, existe um ritual conhecido como Maene - "cuidar dos ancestrais" - em que os mortos são retirados dos túmulos e dos seus caixões. São limpos e vestidos com roupas novas, levados até às suas antigas casas e por vezes até vão fumar um cigarro aos locais que mais gostavam. 

É nesse ritual que por vezes gerações se cruzam e os mais novos podem conhecer os seus antepassados pela primeira vez. 

Não se sabe quando começaram exatamente os rituais mas a povoação tem sido cada vez mais um "alvo" de visitas de turistas, curiosos pela tradição e rituais daquela região. 


Pedras de Stonehenge terão sido transportadas 230 km por terra


Novo estudo arqueológico diverge a teoria até agora mais consensual de que as pedras teriam sido levadas de Gales por via marítima. A razão da sua mudança de local, há mais de cinco mil anos, é que permanece um mistério.

Os pilares de pedra estão entre os mistérios mais famosos e enigmáticos da arqueologia. A questão é saber como os construtores neolíticos, usando apenas ferramentas de pedra, madeira e ossos, esculpiram os pilares de pedra de Stonehenge das colinas do oeste do País de Gales e como os transportaram mais de 230 quilómetros para a planície de Salisbury, onde se encontram.

Para responder a esta questão, uma escavação arqueológica encontrou novas evidências do método utilizado para esculpir as enormes pedras na rocha em duas escarpas das colinas Preseli, em Pembrokeshire. Esta localização das duas pedreiras monolíticas, segundo os arqueólogos, enfraquece a teoria de que as pedras foram transportadas por mar, sugerindo antes que os blocos de duas toneladas, num total de 80, foram arrastados ou transportados por terra.

A pesquisa dos arqueólogos também alinha pela possibilidade de que as pedras que estão dentro do anel constituído por blocos maiores - estimadas serem datadas da primeira fase de construção em Stonehenge - possam ter sido usadas pela primeira vez num círculo de pedras no País de Gales, antes que o monumento fosse desmontado e transportado centenas de quilómetros por razões que ainda permanecem um mistério.

Mike Parker Pearson, professor da University College de Londres, que liderou a escavação, disse ao The Guardian: "O que é realmente empolgante nessas descobertas é que elas nos aproximam da descoberta do maior mistério de Stonehenge - compreender por que razão as pedras vieram de tão longe."

"Todos os outros monumentos neolíticos da Europa foram construídos com megalitos trazidos de distâncias inferiores a 16 kms. Agora procuramos descobrir o que havia de tão especial nas colinas de Preseli há cinco mil anos e se havia círculos de pedras importantes construídos antes que fossem transferidas para Stonehenge", adiantou o investigador.

Estas pedras de Stonehenge não são os blocos enormes pelos quais é mais famoso o monumento, mas um conjunto separado de pedras que agora estão dentro do anel mas que, acredita-se, pode ter formado um círculo muito maior quando o monumento foi construído, cerca de 3000 antes de Cristo.

A nova escavação concentrou-se num penhasco chamado Carn Goedog, onde a rocha malhada se forma em lajes com forma de pilares. Parker Pearson e a sua equipa foram capazes de identificar fissuras na face da rocha de onde foram extraídos os pilares. Também descobriram uma série de ferramentas de pedra, que acreditam terem sido marteladas entre as lajes, revela a investigação publicada na revista Antiquity.

Já se acreditava que as pedras eram originárias das colinas de Preseli, mas a localização de Carn Goedog e a outra pedreira confirmada nas encostas norte da cordilheira "mudam completamente" as suposições sobre como as pedras foram transportadas. "A ideia era que fossem arrastadas pelas encostas do sul até Milford Haven e depois transportadas em jangadas ao longo do estuário do rio Severn e ao longo do rio Avon até à planície de Salisbury. Em vez disso, acreditamos agora, e parece bastante provável, que as pedras foram todas transportadas manualmente", disse Rob Ixer, outros dos autores do estudo que acredita que o caminho percorrido segue aproximadamente o da moderna auto-estrada A40.

Ixer reconhece que mesmo que tenha sido encontrada a via de transporte, o motivo da mudança das pedras permanece um mistério. "Nunca vamos entender Stonehenge. Essa é a beleza do monumento."


Cientistas pedem para que ninguém envie sinais espaciais a ETs 'capitalistas'

Extraterrestre

Enquanto astrónomos e cientistas tentam encontrar vestígios da vida inteligente em outros planetas, dois cientistas alemães avisam que o primeiro contacto entre seres humanos e extraterrestres poderia ser destruidor para a humanidade.

Os professores Michael Schetsche e Andreas Anton, da Universidade de Freiburg, estão alertando a humanidade sobre possibilidade de catástrofe se os terráqueos entrarem em contacto com uma raça alienígena "com o mesmo tipo da estrutura económica capitalista". As previsões ameaçadoras foram reveladas no livro "Sociedade Alienígena. Introdução à Exosociologia".

Schetsche e Anton traçaram paralelos com a história da humanidade, quando as sociedades mais desenvolvidas com mentalidade capitalista quase aniquilaram sociedades menos desenvolvidas, como ocorreu com indígenas americanos quando europeus chegaram à América pela primeira vez. 

"Um combate entre Bambi e Godzilla e seríamos Bambi nesse caso", disse Michael Schetsche, citado pelo portal Daily Mail.

Os cientistas preveem que um confronto direito com alienígenas não seja a coisa que nos ameaçaria. Por exemplo, durante a exploração espacial, terráqueos podem dar de cara com tecnologia alienígena, por exemplo, uma sonda, e trazê-la para Terra para análise. Entretanto, na ânsia de se apoderar de novas tecnologias, governos e empresas privadas poderiam destruir nosso planeta com tecnologia perigosa e alheia. 

Para prevenir cenário trágico, os cientistas alemães sugerem que a ONU emita uma declaração vinculativa para proibir que os grupos científicos e indivíduos lancem quaisquer sinais ao espaço que possam avisar alienígenas sobre nossa existência. Além disso, os cientistas apelam para estabelecer uma aliança supervisionada pela ONU para que a Terra possa enfrentar desafios extraterrestres com uma frente unida.

fonte: Sputnik News