sábado, 26 de abril de 2014

Cromossoma Y apareceu há 180 milhões de anos



Uma pesquisa feita por investigadores do Instituto Suíço de Bioinformática hoje divulgada estima que o cromossoma Y, que distingue os machos das fêmeas a nível genético, apareceu há cerca de 180 milhões de anos.

A equipa, liderada por Henrik Kaessmann, professor associado do Centro de Genómica Integrativa, no Instituto Suíço de Bioinformática, analisou amostras de vários tecidos masculinos, nomeadamente os testículos, de espécies diferentes e recuperaram os genes do cromossoma Y das três principais linhagens de mamíferos.

A primeira foi a dos placentários, que incluem seres humanos, macacos, roedores e elefantes, seguindo-se a dos marsupiais (como gambás e cangurus) e, por último, os monotremados (mamíferos que põem ovos, como o ornitorrinco e a equidna, uma espécie de porco-espinho australiano).

No total, os investigadores trabalharam com amostras de 15 mamíferos diferentes, representando três linhagens, mas incluíram o frango para estabelecer a comparação, descreve o estudo hoje publicado pelo SciencieDaily.

Ao invés de sequenciarem todos os cromossomas Y, o que teria sido uma "tarefa colossal", os pesquisadores compararam as sequências genéticas de tecidos masculinos e femininos para eliminar todas as sequências comuns a ambos os sexos, visando manter apenas as sequências correspondentes ao cromossoma Y.

Deste modo, os pesquisadores conseguiram estabelecer o maior atlas genético deste cromossoma masculino à data, concluindo que o mesmo gene que determina o sexo, chamado SRY, fora formado há 180 milhões de anos no antepassado comum dos placentários e marsupiais.

Em seres humanos e outros mamíferos, a diferença entre sexos depende de um único elemento do genoma: o cromossoma Y, que está presente apenas nos machos, com dois cromossomas sexuais X e Y, enquanto as fêmeas têm dois cromossomas X.

O Y é responsável por todas as diferenças morfológicas e fisiológicas entre machos e fêmeas, no entanto, há muito tempo o X e Y eram tidos como idênticos até que o Y se começou a diferenciar. Segundo a equipa, outro gene, AMHY, responsável pelo aparecimento de cromossomas Y dos monotremados terá aparecido a 175 milhões de anos.


Lua de Sangue reflete feixe de luz verde

Lua de Sangue reflete feixe de luz verde

Fotografia © NASA

Numa imagem difundida pela NASA é possível ver-se a Lua de Sangue a refletir um feixe de luz verde.

Apesar de poder parecer uma cena retirada de um filme de ficção científica, a imagem recentemente difundida pela NASA não tem efeitos especiais. Tanto o raio de luz verde como a lua vermelha são reais e foram captados durante a madrugada de 15 de Abril.

A imagem da lua vermelha, apelidada de Lua de Sangue, foi captada na semana passada durante o eclipse total da lua. Assim, por se encontrar na sombra, a lua eclipsada reflete a luz avermelhada de todos os entardeceres e amanheceres da Terra.

O feixe de luz verde é um laser proveniente de um telescópio de 3,5 metros do Observatório Apache Point no Sul do Novo México, nos Estados Unidos, que é utilizado no projeto espacial Apollopara medir a distância da Terra à Lua com precisão milimétrica. O objetivo do laser é atingir o retrorefletor instalado na lua pelos astronautas em 1971. O feixe verde revela-se quando a atmosfera da Terra espalha parte da luz intensa do laser.

Determinando o tempo que leva o laser a ser refletido para a Terra, é possível calcular a distância entre a Terra e a Lua com extrema precisão, bem como testar a teoria da gravidade de Einstein.

A experiência com o laser durante um eclipse total utiliza a Terra como um interruptor de luz cósmica. O refletor lunar tem um maior desempenhado quando a luz solar é bloqueada do que quando a lua está iluminada pelo Sol durante a lua cheia normal, possibilitando imagens como a difundida pela NASA.


sábado, 19 de abril de 2014

Cientistas descobrem o primeiro pénis feminino

O reino em que elas têm pénis e eles vaginas

Biólogos encontraram primeiro caso do mundo de animal fêmea com pénis em Minas Gerais

Cientistas descobriram, no Brasil, espécies de insetos em que as fêmeas têm pénis e os machos, vaginas

Cientistas descobriram no Brasil quatro espécies de insetos em que as fêmeas têm pénis e os machos têm vagina. O artigo, publicado no periódico científico Current Biology, documenta pela primeira vez um pénis feminino no reino animal.

Ao contrário da crença popular, a presença ou ausência de órgão sexual não indica se o animal é macho ou fêmea. Os biólogos detectam o sexo de cada um pelo tamanho dos gametas.

Segundo a regra, a fêmea contribui com o maior gameta (célula sexual), enquanto o macho tem o menor. Nesse caso, apesar de ter um pénis, o inseto tem o gameta maior, o que indica que se trata de uma fêmea.

O estudo descreve quatro espécies relacionadas ao género Neotrogla. Os insetos, que têm cerca de 4 milímetros de comprimento, foram descobertos em 2010 por Rodrigo Ferreira no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, em Itacarambi, na região norte de Minas Gerais.

À primeira vista eles parecem normais, pois são parecidos com os outros insetos das cavernas na região. Mas na hora de acasalar, a fêmea introduz seu pénis na vagina do macho num acasalamento que dura de 40 a 70 horas.

Agora, os investigadores vão recolher o genoma desses insetos para comparar com uma espécie parecida. A esperança é que a informação ajude a ciência a entender como o desenvolvimento de um pénis feminino aconteceu.

fonte: Exame.com

Um planeta como a Terra a 500 anos-luz de distância




Descoberta de exoplaneta rochoso que pode ter água líquida e uma boa temperatura para albergar vida é anunciado na revista Science

É rochoso, com uma dimensão idêntica à da Terra e está à distância certa da sua estrela, uma anã, mais pequena do que o Sol, para ter uma temperatura média temperada e, sobretudo, água no estado líquido. Tudo condições essenciais à existência de vida. É o exoplaneta Kepler186f , o mais parecido de todos os que até hoje foram encontrados com a Terra.

Os investigadores que o identificaram, graças à observações do telescópio espacial Kepler, estão por isso entusiasmados. "É fantástico", congratulou-se o astrofísico James Kasting, da Universidade do Estado da Pensilvânia, um dos autores da descoberta. O seu colega David Charbonneau mostra a mesma satisfação e sublinha que este planeta "é uma das descobertas mais significativas do telescópio Kepler".

Este novo mundo é o quinto planeta do sistema solar da sua estrela, que está localizada a 500 anos-luz daqui e que é mais pequena do que o Sol."Estando na zona habitável do seu sistema solar, é dos melhores sítios [para procurar vestígios de vida]", sublinhou, por seu turno Stephen Kane, coautor da descoberta.

O primeiros destes novos mundo distantes foi identificado em 1995 pela equipa do astrofísico suíço Michel Mayor, e desde então já se descobriu mais de um milhar destes exoplanetas na órbita de outras estrelas da Via Láctea. Mais recentemente, com as observações do telescópio orbital Kepler, estas observações mudaram de escala e tornou-se possível detetar um maior número de planetas mais pequenos e rochosos. Este, agora, é o mais parecido de sempre com a Terra.


segunda-feira, 14 de abril de 2014

Papiro controverso que evoca "a mulher de Jesus" não é uma falsificação


As análises científicas de um papiro muito controverso, no qual é mencionado "a mulher de Jesus", revelaram que este documento é antigo e as suas origens remontam entre o VI e o IX séculos.

Um estudo divulgado na quinta-feira nos Estados Unidos refere que este documento, revelado em 2012 por Karen King, professora de história na Universidade de Harvard Divinity, é quase de certeza um papiro antigo e não uma falsificação feita recentemente.

Este documento, que sugere que Cristo era casado, foi recebido com grande ceticismo no Vaticano e pelos historiadores, que concluíram que provavelmente era uma farsa, citando a sua origem desconhecida, a forma dos carateres das letras e os erros gramaticais.

Trata-se de um fragmento de papiro com 3,8x7,6 cm, no qual estão escritas as frases em língua copta: "Jesus disse-lhes: ‘Minha esposa’" e "Ela poderá ser minha discípula".

Estas frases suscitaram o debate em algumas igrejas sobre o celibato dos sacerdotes e o facto de as mulheres poderem exercer o sacerdócio ministerial.

Nenhum evangelho menciona que Jesus foi casado ou tinha discípulos mulheres.

Karen King observa que este documento não prova que Jesus era casado: "Este texto sublinha apenas que as mulheres, mães e esposas, também poderiam discípulas de Jesus”, um assunto que foi objeto de um debate apaixonado sobre o início do cristianismo.

As análises científicas concluíram que o papiro, a tinta, a escrita e a estrutura gramatical indicam que este documento é antigo e a sua data sua origem será entre o VI e o IX séculos.

"Todas essas análises e o contexto histórico indicam que este papiro é quase de certeza produto dos antigos cristãos e não uma falsificação recente”, revela o estudo publicado na “Harvard Theological Review".

Este documento foi submetido a diferentes técnicas de datação por cientistas na Universidade de Columbia, Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts.

"Esses investigadores concluíram que a composição química do papiro e sua oxidação correspondem ao papiro antigo, como o Evangelho de São João", refere o estudo.

Estas conclusões não têm convencido todos os historiadores.

Para Leo Depuydt, egiptólogo na Brown University, estas análises não provam a autenticidade do documento.

Em declarações a agência France Presse, Leo Depuydt explicou que é fácil conseguir folhas de papiro antigo no mercado.

Além disso, as análises da tinta não provam a data de origem, mas apenas que a composição é semelhante à da velha tinta, adiantou.

Leo Depuydt disse ainda que “os erros gramaticais" e as frases escritas, à exceção da “mulher de Jesus”, são idênticas às do Evangelho de Tomé, um antigo texto descoberto em 1945.

"Não pode ser uma coincidência", sublinhou o egiptólogo, que considera "suspeito" que o proprietário deste papiro permaneça anónimo.

fonte: MSN Noticias

Lago sagrado do Havai desapareceu


O lago sagrado de Waiau, onde os nativos costumam lançar os cordões umbilicais dos seus recém-nascidos para lhes desejar uma vida longa, secou dramaticamente ficando reduzido a uma pequena poça de água.

Perto do cume do vulcão Mauna Kea, no Havai, a 3.970 metros acima do nível do mar, o pequeno lago desempenhava um papel importante na ecologia e cultura locais. Segundo o jornal espanhol "ABC", o Waiau era considerado pelos nativos como uma porta de entrada para outros mundos e um lugar que ligava a Terra ao mundo espiritual. Por essa razão, tinham o hábito de lançar no lago os cordões umbilicais dos seus filhos recém-nascidos para que estes tivessem uma vida longa. Agora, o lago secou dramaticamente.

Se em 2009 já tinha "encolhido" cerca de cem metros de largura e três de profundidade agora, ficou reduzido a uma pequena poça de água com menos de 10 metros e cerca de vinte centímetros de profundidade, um fenómeno sem precedentes.

Cientistas da Universidade do Havai que têm estado a monitorizar as recentes mudanças na volumetria do lago, utilizaram fotografias aéreas para perceber a sua evolução desde a década de 1950 e nada indica que o lago tenha sido tão pequeno como é hoje. Isso sugere que a redução atual do seu tamanho não tem precedentes nos tempos modernos.

A partir do observatório de vulcões do Havai, uma organização do Serviço Geológico dos Estados Unidos, afirma que a diminuição do tamanho do lago poderá estar relacionada com a seca que começou no Havai em 2008, embora possam também ter havido alterações subterâneas que alteraram o equilíbrio das suas águas.


Primeiro eclipse total da lua do ano invisível em Portugal


Fotografia © João Girão/Global Imagens

O primeiro eclipse total da Lua deste ano vai ocorrer na terça-feira, mas não será visível em Portugal, porque à hora que começar a Lua já se pôs, informa o portal do Observatório Astronómico de Lisboa.

Na terça-feira, a Lua põe-se às 07:01, hora a que nasce o Sol.

O eclipse total da Lua, que pode ser observado a partir do leste da Ásia, da Austrália, da Oceânia, das américas do Norte e Sul, da Antártida, da África Ocidental e dos oceanos Pacífico e Atlântico, é um fenómeno astronómico que corresponde ao momento em que a Lua, em fase de Lua cheia, "atravessa completamente a sombra da Terra".

Durante um eclipse total, na maioria das vezes, a Lua adquire uma tonalidade que pode variar entre amarelo-escuro e vermelho-alaranjado vivo, ou mesmo cor de cobre.

Segundo o Observatório Astronómico de Lisboa, "as diferentes tonalidades num eclipse lunar podem demonstrar o estado de saturação da atmosfera" terrestre "com poeiras provenientes de atividade vulcânica recente ou de fenómenos meteorológicos de grande dimensão".

Quanto "maior for a quantidade de poeiras existentes na atmosfera, mais escuro será o eclipse e a coloração da Lua", adianta o Observatório.

Um novo eclipse total da Lua volta a acontecer, este ano, a 08 de outubro, mas também não será visível em Portugal.


segunda-feira, 7 de abril de 2014

Internautas vão escolher novo fato espacial da NASA


Três modelos à escolha dos internautas até 15 de abril

A NASA quer que os internautas ajudem a escolher o protótipo de fato espacial dos astronautas que vão colonizar o planeta Marte. O equipamento já é conhecido pela designação "Z-2". Agora, até ao próximo dia 15 de abril, há que escolher um dos três modelos propostos.

Embora os modelos tenham sido criados a pensar nos futuros exploradores do planeta vermelho, a verdade é que o fato espacial Z-2 é, para já, apenas um protótipo e o modelo escolhido será utilizado em testes diversos.

De acordo com os investigadores, o novo fato é um marco na história da NASA: é o primeiro fato testado no vazio total, o primeiro a ser criado com o recurso a "scanners" a laser 3D e a equipamento de impressão 3D, tendo sido utilizado o sistema mais avançado de estruturas resistentes a impactos num fato.

"Fizemos um fato com um estilo diferente", reconheceram os engenheiros responsáveis pelo projeto, no qual também participa a Universidade de Filadélfia, nos EUA. Estes especialistas ocuparam-se de pormenores tão importantes como a capa que serve para proteger contra a abrasão durante a missão, um aspeto que "não se tinha utilizado antes", porque não era necessário em missões anteriores.

Quanto às diferenças entre as três opções de fato, explicaram que a opção A (a que chamaram "biomimetismo") reflexa as qualidades "bioluminiscentes" de criaturas aquáticas que se encontram a grandes profundidades, com pele escamosa. Os peritos indicam que este desenho reflete "as qualidades que protegem algumas das criaturas mais estranhas da Terra".

O desenho inclui especificamente pregas segmentadas nos ombros, cotovelos, anca e joelhos, assim como um arame "eletroluminiscente" na parte superior do torso, que é visível com pouca luz.

A opção B ou "Tecnologia" rende homenagem aos fatos com que se obtiveram grandes êxitos no passado, à medida que incorpora elementos subtis do futuro. Mediante o uso de arame e remendos emissores de luz, este desenho "confere uma mudança nas regras" no que se refere à maneira de identificar os membros da tripulação.

Finalmente, o modelo C ou "Tendências da Sociedade" pretende ser um reflexo daquilo que poderia ser a roupa diária no futuro. Este fato utiliza arame "eletroluminiscente" e um esquema de cor brilhante para imitar a aparência da roupa desportiva e o mundo emergente das tecnologias portáteis.

As votações estão abertas até 15 de abril aqui. O vencedor será conhecido a 30 de abril, devendo o modelo escolhido estar pronto para ser utilizado em novembro.


Físico português quer compreender origem das trovoadas


Um físico português residente na Holanda pretende desenvolver em Portugal um projeto científico na área da física de filtragem de informação causada pelos raios cósmicos, visando compreender melhor a origem das trovoadas, investigação que envolverá alunos do secundário.

A iniciativa, que será a réplica do denominado projeto holandês "HisParc: bringing physics to your neighbourhood", desenvolvido pelo centro de investigação nuclear da Holanda em parceria com 80 escolas secundárias e oito principais universidades holandesas, já funciona na Inglaterra, Dinamarca e Alemanha, pelo que Filipe Freire pretende desenvolver um núcleo também em Portugal.

Em entrevista à Lusa, o investigador do departamento de Física e Astronomia da University College, pertencente a Universidade holandesa de Utrecht, disse que a ideia "é desmistificar a Física, mostrar que é uma área de estudo mais acessível, introduzindo um conjunto de experiências que se possam estender a escolas secundárias e ao mesmo tempo envolver contactos com universidades onde os investigadores trabalham".

Através de detetores, que são colocados nas escolas secundárias, a equipa de investigadores, que junta professores e alunos deste nível de ensino, tenta detetar partículas de alta energia que veem do espaço, conhecidas por raios cósmicos, e que entram na atmosfera com muita frequência.

"Alguns deles são conhecidos como as partículas eletrões que causam aurora boreais, mas há outros de muita energia e podem ser detetados nestes detetores que se colocam nas escolas e os estudantes ficam envolvidos na manutenção, análise e estabelecem contactos com investigadores nas universidades", afirmou Filipe Freire, único português envolvido no projeto.

Na Holanda, onde existem núcleos mais antigos, nomeadamente nas cidades de Amesterdão e Niemega, "tem havido um grande envolvimento de estudantes que têm feito as suas teses de graduação - nas escolas secundárias holandesas os estudantes efetuam projetos de fim de curso - e tem havido um número substancial de alunos que escolhem fazer o projeto sobre o tema desta experiência", garantiu Filipe Freire.

Aliás, desde o arranque do programa, a Holanda obteve resultados positivos no projeto que envolve docentes e estudantes de 16 e 17 anos dos dois últimos anos do secundário em testagem dos modelos tecnológicos.

"Um dos principais resultados nestes primeiros 10 anos foi o desenvolvimento de tecnologia necessária para implementar esta experiência, nomeadamente eletrónica para aquisição e a memória para guardar os dados obtidos", afirmou.

"Na realidade, o que estamos a tentar detetar são raios cósmicos. Um dos principais focos nestes primeiros anos tem sido filtrar a informação que na realidade é somente devida aos raios cósmicos e que não tem outra origem", explicou o físico.

Futuramente, os 10 investigadores que trabalham no centro do projeto esperam que a iniciativa ajude "a compreender melhor a origem das trovoadas, que é um fenómeno comum mas que os físicos não sabem ainda qual é que é exatamente a causa", disse Filipe Freire.

"Se um dia o projeto deste tipo permitir entender esta causa da origem dos relâmpagos poderá ter aplicações ao nível de segurança", aliás, "será de interesse da sociedade, em geral, se nós soubermos protegermo-nos melhor sobre noites de trovoada", frisou.

Recentemente, o físico esteve em Portugal, "onde não há ninguém envolvido" no projeto holandes para "tentar estimular o interesse nesta área" e convencer as universidades a adquirirem os detetores, e teve "uma reação positiva" de alguns departamentos científicos de Física.

Para Filipe Freire, a aquisição dos detetores permitiria "o envolvimento dos alunos e professores na manutenção do material e estabelecimento de comunicações regulares entre escolas e os departamentos científicos", o que pode contribuir para "a desmistificação da física: trazer maior contacto entre as escolas secundárias e os centros de investigações para as escolas puderem explicar melhor aos estudantes qual o seu futuro se decidirem estudar física. Por outro lado, podem tornar os projetos da Física mais visíveis para as pessoas em geral".


Balão com net da Google dá a volta ao mundo em 22 dias

Balão com net da Google dá a volta ao mundo em 22 dias


O projeto Loon da Google está de volta. No passado sábado, a Google lançou um balão com internet que deu a volta à terra em 22 dias, o que superou as expetativas, pois era esperado que esta rota fosse em 33 dias, segundo o jornal El Mundo.

Este projeto da Google, Loon, tem como finalidade levar internet às pessoas que vivem em áreas remotas do mundo ou em áreas que foram afetadas por desastres naturais.


Taxa de mortalidade de abelhas no inverno é de 14,8%


Em Portugal a taxa de mortalidade das abelhas no inverno é de 14,8%, numa tabela que varia entre os 3,5% da Lituânia e os 33,6% da Bélgica, segundo um estudo hoje divulgado em Bruxelas.

O programa de vigilância europeu, que abrangeu 17 Estados-membros, revela ainda que os países do norte da Europa são os que apresentam maiores índices de mortalidade nas colónias de abelhas no Inverno (dados da estação recolhidos em 2012 e 2013). Para além da Bélgica, a Dinamarca, a Estónia, a Finlândia, a Suécia e o Reino Unido têm taxas superiores a 20%.

No grupo de Portugal, com taxas entre os 10 e os 15%, encontram-se a Alemanha, a França, a Letónia e a Polónia.

Com índices abaixo dos 10% estão a Grécia, Hungria, Itália, Lituânia, Eslováquia e Espanha.

Já as taxas de mortalidade sazonal (primavera e verão de 2013) apresentam valores mais baixos do que as de inverno, variando entre os 0,3% e os 13,6%, com Portugal a apresentar uma taxa de 6,9%.

O estudo aborda ainda as doenças com maior prevalência nas colmeias, mas sem quaisquer números sobre Portugal, por insuficiência de dados.

No total, foram vigiadas 31.832 colónias, 437 em Portugal, entre o outono de 2012 e o verão de 2013, e o programa conclui não haver risco de desaparecimento das abelhas.


Esqueletos com 3 mil anos já tinham arteriosclerose

Archaeologists have found a complete 3,200-year-old skeleton, pictured, with cancer. The find could help show how the disease has evolved

The sternum of the skeleton, believed to have belonged to a man aged between 25 and 35, pictured, shows evidence of cancer, highlighted by the arrows

Researchers found the bones at the Amara West site, 750km (466 miles), marked at A. Co-author, Dr Neal Spencer said: 'From footprints left on wet mud floors, to the healed fractures of many ancient inhabitants, Amara West offers a unique insight into what it was like to live there - and die - 3,200 years ago'

Signs of the metastatic cancer, shown via pathalogical lesions, were also found in the right scapula, pictured left. Tests using radiography and a scanning electron microscope provided clear imaging of these lesions, pictured right

The researchers could only speculate on the cause of the cancer, also found in the left clavicle, pictured, with theories being carcinogens such as smoke from wood fires, genetic factors or from an infectious disease caused by parasites

Uma equipa de arqueólogos britânicos descobriu arteriosclerose em esqueletos africanos com 3.000 anos, o que, a seu ver, demonstra que a doença não se deve apenas a fatores da vida moderna, como a hipertensão ou a obesidade.

Os esqueletos - de três homens e duas mulheres - foram encontrados numa sepultura de uma comunidade agrícola que vivia perto do rio Nilo, numa zona que hoje corresponde ao Sudão, noticiou hoje a agência Efe.

Entre os ossos preservados na areia, em Amara West, a 750 quilómetros a norte de Cartum, a equipa liderada pela bioarqueóloga Michaela Binder, da Universidade de Durham, identificou indícios de arteriosclerose, pequenas amostras de placa calcificada, que terá forrado as artérias, obstruindo o fluxo sanguíneo.

"As placas arteriais calcificadas nestes esqueletos com 3.000 anos demonstram que a arteriosclerose não é só um problema causado pelo nosso atual estilo de vida, mas também pode estar relacionada com a inflamação, o historial genético e o envelhecimento em geral", sustentou Michaela Binder.

Os esqueletos analisados eram de pessoas entre os 35 e os 50 anos - relativamente idosas para a época - e de diferentes classes sociais. Não se sabe se a arteriosclerose, que pode originar doenças cardiovasculares graves, contribuiu para a sua morte.

Os investigadores defendem que o fumo pode ter desempenhado um papel importante no desenvolvimento da arteriosclerose, uma vez que os nativos usavam grandes fogueiras para cozinhar ou fabricar objetos de cerâmica e metal.

Para os peritos, a pouca saúde dental revelada pelos esqueletos pode estar relacionada com a patologia, tal como hoje problemas nas gengivas podem ser indicadores de doenças cardiovasculares.

Charlotte Roberts, que também participou na investigação, destacou a importância do cemitério de Amara West "para a preservação de provas sobre doenças".

Anteriormente, a equipa de Michaela Binder descobriu num outro esqueleto enterrado no mesmo sítio, datado de 1.200 a.C., indícios de cancro com metástases.

"O mais importante nestas descobertas é que demonstram que os fatores que levam a estas doenças não são só produto da vida moderna, mas também de fatores ambientais que podem ter existido durante milhares de anos", assinalou Michaela Binder.

Os resultados da descoberta da sua equipa foram publicados na revista International Journal of Palaeopathology.

A arteriosclerose, definida pelo endurecimento progressivo da parede das artérias, difere da aterosclerose, caraterizada pela formação de ateromas, constituídos sobretudo por lípidos e tecido fibroso, nos vasos sanguíneos.


Um em cada cinco ataques de tubarões são fatais


Maioria das espécie de tubarões são inofensivas Fotografia © DR

Austrália é a região do mundo onde os ataques de tubarões causaram mais vítimas mortais ao longo da história. Só nesta semana registaram-se mais dois ataques com vítimas mortais

Christine Armstrong tinha saído para o mar com um grupo de amigos para nadar, como fazia habitualmente. A determinada altura ter-se-á sentido cansada e decidiu nadar de volta para a costa. Pouco depois o grupo que integrava viu um tubarão e procurou afastá-lo. Mas, para Christine, já era tarde de mais. Dias antes, em Dawesville, um homem de 38 anos tinha sido dado como desaparecido, tendo mais tarde a polícia atribuído a morte a um ataque de tubarão.

No caso de Christine Armstrong, as autoridades australianas estão surpreendidas com os contornos do ataque, que não foi presenciado pelo grupo que ela acompanhava. Este não se tratou de uma mera dentada e a verdade é que, até à data, o corpo da nadadora com 63 anos ainda não foi encontrado. Testemunhas garantem ter avistado um tubarão de grandes dimensões nas redondezas e as autoridades suspeitam de que este tenha arrastado a vítima para outro local.


Bióloga portuguesa descobre nova espécie de escaravelho

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Uma nova espécie de escaravelho sem asas e sem olhos viáveis foi descoberto pela bióloga portuguesa Ana Sofia Reboleira, na Abecássia, na gruta considerada o maior abismo da terra, onde o inseto vive em total escuridão.

De acordo com a bióloga, trata-se de "um escaravelho carabídeo desprovido de asas e de olhos viáveis" que desenvolveu características de "adaptação à vida sem luz e às condições inóspitas" da gruta mais profunda do mundo.

O inseto, com "cerca de sete milímetros de comprimento, despigmentado e que apresenta um alargamento das antenas" para compensar a falta de visão, tem o nome científico de Duvalius abyssimus, numa "alusão ao maior abismo da terra, onde foi encontrado", disse à agência Lusa Ana Sofia Reboleira.

A gruta, denominada Krubera-Vorónia, localiza-se na Abecássia, uma área remota perto do Mar Negro nas montanhas do Cáucaso Ocidental, e tem uma profundidade de -2197 metros abaixo do nível do solo.

"É a única caverna do mundo que ultrapassa os dois quilómetros de profundidade, sendo considerada a última fronteira da exploração biológica na terra e apelidada por alguns como o 7.º continente", frisou a bióloga.

Nas grutas onde a temperatura ambiente "é inferior a 5º C" a prospeção biológica exige, segundo Sofia Reboleira, "uma grande preparação técnica e física e uma grande resistência psicológica", sendo necessário permanecer "vários dias no interior da Terra" para onde "todo o equipamento é transportado pelos expedicionários ao longo dos seus mais de dois quilómetros de profundidade".

A nova espécie de inseto foi recolhida durante os trabalhos bioespeleológicos coordenados pela bióloga (da Universidade de Aveiro) e pelo seu colega espanhol Alberto Sendra (do Museu Valenciano de História Natural), realizados durante as expedições Ibero-Russas do Cavex Team - International Cave Exploration Team, à gruta mais profunda do mundo em 2010 e 2013.

A descoberta foi descrita pela cientista portuguesa em colaboração com Vicente M. Ortuño (da Universidade de Alcalá, Espanha) e publicado recentemente na revista científica Zootaxa.

A espécie é para já conhecida na gruta Krubera-Vorónia, mas Sofia Reboleira considera "provável que habite outras cavidades do vale glaciar de Ortobalagan", onde se situa a gruta.

Esta descoberta vem juntar-se a outras cinco espécies novas encontradas na mesma gruta por Sofia Reboleira, investigadora de pós-doutoramento no Departamento de Biologia e no Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro, onde desenvolve trabalho de investigação, centrado sobretudo na área da Biologia Subterrânea.


sexta-feira, 4 de abril de 2014

Indiano é viciado em comer pedras, rochas e lama






Homem gosta de comer objetos aparentemente não ingeríveis desde os 10 anos. 

Pakkirappa Hunagundi, um indiano de 30 anos está viciado em comer tijolos, pedras e lama, chegando a comer pelo menos três quilos diários. 

Desde os 10 anos que desenvolveu o gosto por estes objetos aparentemente não ingeríveis e, a partir dessa altura, os seus lanches passam por bocados das paredes e ruas de Karnataka, a aldeia onde habita. O mais estranho é que, segundo ele, esta alimentação não tem qualquer efeito negativo na sua saúde. 

Este distúrbio alimentar pode ser uma forma de Pica, uma doença que dá aos doentes um apetite por substâncias sem qualquer valor nutritivo. 

Hunagundi afirma que consegue "saltar refeições", mas não "tijolos ou lama". O homem defende este hábito concluindo que, passados vinte anos, não sofreu "qualquer efeito secundário" e que "os dentes estão perfeitos", já que consegue "morder a pedra mais dura sem qualquer problema".


Oceano de uma lua de Saturno pode acolher vida

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Um oceano escondido sob a superfície gelada de uma lua de Saturno, a Encelado, poderá acolher vida microbiana extraterrestre, anunciou hoje a agência espacial norte-americana NASA.

Os astrónomos admitiram, pela primeira vez, a possibilidade de existir um oceano subterrâneo nesta lua, em 2005, depois de a sonda Cassini, da NASA, ter detectado vapor a sair de vários buracos, perto da sua extremidade sul.

A área deste mar oculto é quase equivalente à do Lago Superior, nos Estados Unidos, o segundo maior da Terra, e o seu fundo é constituído por rochas, o que, de acordo com os cientistas, pode ser uma condição favorável para o desenvolvimento de pequenas formas de vida.

Linda Spilker, líder da missão Cassini, precisou que a água detectada em estado líquido é salgada e contém moléculas orgânicas, "os ingredientes químicos elementares para formar vida".

Os cientistas estimam que o oceano de Encelado, de cerca de 500 quilómetros, está envolvido por uma espessa camada de gelo cristalizado.

"Pela primeira vez, utilizámos um método geofísico para determinar a estrutura interna de Encelado", assinalou, por sua vez, David Stevenson, professor de ciências planetárias no Instituto de Tecnologia da Califórnia e co-autor da investigação, cujos resultados foram publicados na revista Science.

A sonda Cassini foi lançada em 2004 e tem estudado as maiores luas de Saturno. A missão foi conduzida pela NASA, em colaboração com as agências espaciais europeia e italiana.

Os dados agora divulgados foram recolhidos durante três sobrevoos da sonda pela Encelado, entre 2010 e 2012, e analisados com o intuito de se determinar com maior rigor a composição desta lua de Saturno.

Ao todo, o sexto planeta do Sistema Solar, a contar do "astro-rei", tem pelo menos 53 luas.

fonte: Sol

Será lançado às 22.02 o satélite que monitorizará clima


O lançamento do satélite Sentinel-1A, que permitirá monitorizar o clima, os oceanos e a superfície continental da Terra, é esperado hoje, às 22:02 (hora de Lisboa), informou a agência espacial europeia (ESA).

O satélite foi construído ao abrigo do Copernicus - Programa de Observação da Terra da União Europeia, e o seu lançamento, a partir do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, num vaivém russo Soyuz, poderá ser acompanhado no portal da ESA.

Trata-se do primeiro satélite do Copernicus, em que as informações recolhidas possibilitarão "melhorar significativamente a segurança marítima, o acompanhamento das alterações climáticas e a assistência em situações de emergência e crise", assinalou em comunicado a representação portuguesa da Comissão Europeia.

A mesma nota explica que o Sentinel-1A "opera em quatro modos de imagem com diferentes resoluções (até cinco metros) e cobertura (podendo atingir 250 quilómetros), que permitirão uma monitorização fiável e repetida de uma vasta área", tendo sido "concebido para funcionar num modo pré-programado".

O engenho irá recolher imagens de alta resolução de "todas as massas continentais, zonas costeiras e vias marítimas, abrangendo todos os oceanos".

O Sentinel-1A faz parte da primeira de seis missões do programa Copernicus, a Sentinel-1. Esta missão é composta por "uma constelação de dois satélites em órbita polar", o já mencionado Sentinel-1A e o Sentinel-1B, que "partilham o mesmo plano orbital e funcionam dia e noite para recolher imagens por radar de abertura sintética".

Segundo a Comissão Europeia, os dados recolhidos pelo Sentinel-1A podem ser aplicados na monitorização do clima, das zonas de gelo do Ártico e dos riscos associados à dinâmica dos solos, assim como no controlo dos derrames de petróleo, na deteção de embarcações e na cartografia da superfície terrestre.

O programa Copernicus tem um financiamento previsto de cerca de 4,3 mil milhões de euros, para o período 2014-2020.


Equipa internacional de cientistas descobre "idade" da Lua


Fotografia © Reinaldo Rodrigues/Global Imagens

Uma investigação de uma equipa internacional, hoje divulgada, concluiu que a Lua foi formada 95 milhões de anos depois do nascimento do Sistema solar, na sequência de uma colisão que também originou a atual estrutura da Terra.

Segundo investigações anteriores, a formação do Sistema solar terá acontecido há 4,56 mil milhões de anos, o que dá à Lua uma idade de 4,47 mil milhões de anos.

A investigação hoje divulgada pela revista científica britânica especializada 'Nature', foi elaborada por uma equipa de planetologistas franceses, alemães e norte-americanos, sob a liderança de especialistas do Observatório da Côte d'Azur, localizado em Nice, sul de França.

Os peritos utilizaram um novo método para tentar determinar a idade da Lua, que teve como base simulações numéricas e a composição química do manto da Terra.

Os cientistas descobriram "uma relação entre o momento em que ocorreu a colisão que formou a Lua e a quantidade de matéria que a Terra adquiriu após essa colisão gigante", disse o Observatório, num comunicado.

Esta relação é "um verdadeiro relógio para datar o evento que levou à formação da Lua", acrescentou a instituição.

O novo "relógio" estabelece que a Lua foi formada 95 milhões de anos depois do início do Sistema solar, excluindo a hipótese de uma formação precoce.

Esta investigação confirma igualmente que a Terra é "o planeta que levou mais tempo a formar-se no nosso Sistema solar", com a estrutura núcleo-manto-crosta, sublinhou Alessandro Morbidelli, um dos líderes da equipa de cientistas, em declarações à agência francesa AFP.


Paraquedista escapa por pouco a meteorito



Um paraquedista norueguês quase foi atingido por um meteorito durante um salto na Noruega, de acordo com o vídeo da câmara montada no seu capacete, divulgado numa reportagem da estação pública NRK publicada no YouTube.

As imagens mostram uma pedra a passar a grande velocidade junto a Anders Helstrup, pouco depois de este abrir o paraquedas.

"Pensámos em todos os cenários possíveis: poderia ser alguma coisa que tínhamos no saco do paraquedas? Ou um objeto que caiu de um avião? Ou pertenceria a outro paraquedista?", disse Helstrup à NRK. Mas, naquele momento, "não havia nada por cima ou por perto", acrescentou.

Com base nas imagens, o geólogo Hans Amundsen identificou o objeto como sendo um meteorito, oriundo dos anéis de Júpiter e filmado - pela primeira vez no mundo caso seja confirmado - durante o voo na fase pós-incandescente.

"Se tivesses saltado uma fração de segundo mais tarde, estavas morto", afirmou o geólogo ao paraquedista.

As imagens foram filmadas em junho de 2012 no sul da Noruega. Depois disso, a região foi esquadrinhada para encontrar o meteorito.

Mas nem todos os peritos estão convencidos. "Sou um pouco cético, mas não é totalmente ridículo", afirmou um astrónomo, Scott Manley, no Twitter. "Se fosse fã das teorias da conspiração, diria que é fácil incorporar a pedra no vídeo".

"Eu não posso dizer se é autêntico ou não. Mas parece improvável", afirmou um bloguer especialista em temas de astronomia, Phil Plait. Questionada pela AFP, a estação de televisão NRK confirmou a autenticidade do vídeo.