quinta-feira, 31 de maio de 2018

Cientistas apontam lugar ideal para encontrar vida extraterrestre em Marte


Um grupo internacional de pesquisadores da Universidade de Edimburgo (Escócia) descobriu que lugar poderia ser o mais propício para possível vida em Marte, informa a edição Science Alert.

O grupo de cientistas, liderado por Sean McMahon, supõe que os rochedos ricos em ferro, localizados perto de antigos lagos secos em Marte, são o melhor lugar para pesquisar traços de organismos vivos que podiam ter vivido no Planeta Vermelho há biliões de anos, segundo o estudo, publicado no Journal of Geophysical Research: Planets.

Actualmente, não há provas de que Marte era habitável, mas o planeta um dia teve condições adequadas para existência vida. Observações a partir da órbita mostraram que a superfície do Planeta Vermelho possui vales fluviais secos, cursos sinuosos e ramificados, depressões típicas de lagos, entre outros traços, escreve a Science Alert.

O planeta tinha água em estado líquido entre os 4100 e 3500 milhões de anos quando Marte possuía uma atmosfera densa que impedia penetração de radiação solar maligna.

Especialistas internacionais analisaram dados disponíveis e determinaram os lugares mais convenientes para buscar traços da vida de microrganismos em Marte, se esta tivesse existido. Entre as regiões indicadas estão sedimentos de lagos ricos em ferro e sílica que correspondem ao ambiente redução-oxidação, propício para bactérias com metabolismo anaeróbico. Os sedimentos também são convenientes para a fossilização — processo de decomposição e transformação de organismos mortos em fósseis.

Antigas fontes quentes também podem ser um lugar adequado para buscas, mas primeiro é preciso provar sua existência em Marte.

Em 2020, a NASA planeia iniciar a missão Mars 2020 no âmbito do programa duradouro Mars Exploration Program. A empresa espacial enviará ao Planeta Vermelho um aparelho, destinado a estudar rochas antigas e a buscar vestígios de vida no planeta. Este terá um drone de reconhecimento e contará com manobrabilidade mais eficaz do que seu antecessor. Porém, cientistas acham que o sucesso da missão dependerá em grande parte do lugar de pouso escolhido.

fonte: Sputnik News

Moeda de ouro invulgar da era greco-romana descoberta no Egito


A moeda descoberta no Egito tem o rosto do rei Ptolomeu III, ancestral de Cleópatra, que foi a última governante da dinastia ptolomaica, fundada em 305 a.C.

Arqueólogos egípcios descobriram várias secções de uma estrutura de tijolos que poderia ser parte de uma casa de banho greco-romana. No interior, foram encontrados vários objetos de grande valor cultural.

A estrutura em causa é enorme, pelo menos para os tempos romanos, medindo cerca de 16 metros de comprimento, descreveu Ayman Ashmawy, chefe de antiguidades egípcias.

O Ministério das Antiguidades egípcio disse que a peça foi encontrada no sítio arqueológico de Sa el-Hagar, em Tanis, no Cairo. De todos os objetos encontrados, destaca-se uma invulgar moeda de ouro com o rosto estampado do rei Ptolomeu III, que governou o Egito no século III a.C.

A moeda, considerada o objeto mais valioso da escavação, tem um diâmetro de 2,6 centímetros e pesa 28 gramas. Num dos lados aparece a representação de Ptolomeu III com uma coroa. Já do outro lado, tem a inscrição do nome do rei e uma cornucópia – símbolo da produtividade da natureza na mitologia grega.

Presume-se que a moeda tenha sido cunhada durante o reinado de Ptolomeu IV, em memória ao seu pai, antepassados de Cleópatra. A rainha foi a última governante da dinastia ptolomaica, fundada no ano de 305 a.C. por Ptolomeu I Sóter, general de Alexandre, o Grande.

O Ministério destaca ainda que os arqueólogos conseguiram desenterrar outros artefactos, tais como vasos de cerâmica, estátuas de barro, ferramentas de bronze e uma pequena estátua de carneiro.

fonte: ZAP

Asteroide reforça a tese de que há um planeta escondido no Sistema Solar


Órbita estranha do corpo pode ser obra da gravidade de um planeta desconhecido.

Ele é um asteroide descoberto há três anos, chama-se 2015 BP519 e comete uma espécie de infração de trânsito cósmica: dá voltas em torno do Sol com uma inclinação de 54 graus em relação aos demais astros. Para entender, imagine o Sistema Solar como um imenso disco de vinil. As órbitas de dos planetas, asteroides e afins estão traçadas na superfície desse disco. Já esse pedregulho rebelado gira de ladinho, quase rebolando.

Não parece, mas essa particularidade torna 2015 BP519 um mistério dos grandes. Tudo que está em volta do Sol hoje – inclusive a própria Terra – se formou a partir de umas rebarbas de poeira e gás que sobraram da formação da nossa estrela. Antes dessas rebarbas se acumularem em montinhos chamados planetas, elas estavam distribuídas em uma estrutura chamada “disco de acreção”. Veja bem: “disco”. Isso explica porque tudo está em um plano só até hoje. É default; vem de fábrica.

Para um asteroide ter sido tirado desse plano contra a “vontade” do Sol, ele precisa ter sofrido uma influência gravitacional muito forte de outro astro. Fazendo as contas, dá para descobrir exatamente que tipo de astro. Qual é o tamanho dele? De onde ele veio? A que distância passou do asteroide? Qual é sua rota? Foi exatamente isso que fez uma colaboração internacional de 38 pesquisadores (ninguém disse que as tais contas eram fáceis). O resultado você vê neste artigo científico.

A descoberta é simples: para BP519 ter a rota que tem, ele precisa ter sofrido a influência gravitacional de um nono planeta, localizado depois de Plutão (que, de forma controversa, não é mais considerado como planeta). Esse planeta seria rochoso, mas teria massa cerca de dez vezes maior que a Terra. E ficaria tão distante do Sol – 23 vezes mais distante que Netuno, o atual recordista – que seria praticamente invisível para os nossos telescópios.

Não é a primeira vez que um astro torto deda a presença de algo maior na periferia do Sistema Solar. Em 2014, uma dupla de astrônomos norte-americanos suspeitou da existência do Planeta 9 enquanto analisava um planeta-anão distante. Em 2016, aconteceu de novo. Stuart Clark, colunista do The Guardian, define bem a ação desse corpo hipotético: ele é como um pastor, arrastando suas ovelhas cósmicas por aí. Acontece que, daqui, a gente só vê as ovelhas.

Ainda não há evidências experimentais suficientes para bater o martelo, mas as evidências estão mais sólidas a cada dia que passa. O jeito, agora, é fechar o cerco nesse gigante distante. Quanto mais asteroides atípicos forem encontrados, mais dados teremos para triangular a posição do Planeta 9. Aí é só apontar o telescópio mais potente do arsenal para o ponto certo do céu – e ver se há mesmo algo por lá. É bom já ir pensando em um Deus romano para batizá-lo.


Mulher diz conseguir cheirar "a morte"


Uma mulher afirma conseguir cheirar "a morte". A psíquica de 24 anos diz que consegue cheirar as pessoas que estão perto da morte, no entanto o 'dom' é inútil pois não consegue salvar ninguém. 

 Ari Kala trabalhava como secretária, mas desistiu do trabalho das 9h às 17h para seguir uma carreira enquanto psíquica. 

A jovem afirma que descobriu o seu dom quando foi visitar o tio aos 12 anos e sentiu uma "odor doentio" que mais ninguém conseguia detetar. 

"Na noite anterior à sua morte, eu senti este cheiro estranho e podre em casa" conta a psíquica ao jornal britânico Mirror.

"Desde então, tenho sentido a mesma coisa em torno de pessoas com doenças terminais ou muito idosos - demasiados para contar", acrescenta Ari. 

Apesar de considerar ter um dom, a jovem afirma que este é inútil e que não consegue salvar ninguém. 

"Eu não me esforço muito para desenvolvê-lo. É meio inútil - como poderia ajudar alguém?", afirma. 

Atualmente, com 24 anos, tenta ensinar mulheres a aproveitar "os seus seus poderes psíquicos internos", sem nunca dizer quando deteta o cheiro "da morte". De acordo com a própria, todos temos a capacidade de aceder ao nosso lado espiritual, no entanto, esse mesmo lado é suprimido pela sociedade.


Há um novo primo dos mamíferos que viveu há 130 milhões de anos


O Cifelliodon pesaria cerca de um quilo

Cientistas dos EUA descobriram um pequeno crânio de um familiar próximo dos mamíferos que viveu durante o início do Cretácico na América do Norte. Comeria plantas e teria um olfacto apurado.

Numas escavações no estado norte-americano do Utah, um grupo de cientistas encontrou um pé de um dinossauro bico-de-pato. Mas esta descoberta não ficaria por aqui. Mais tarde, os cientistas acabaram por perceber que, por baixo desse pé, havia outro fóssil. “Era uma espécie de ovo da Páscoa”, conta-nos Adam Huttenlocker, um desses cientistas. E esse “ovo da Páscoa” guardava mesmo uma surpresa: era um crânio quase completo de um primo desconhecido (até agora) dos mamíferos. A nova espécie chama-se Cifelliodon wahkarmoosuch, pertence ao grupo dos haramídeos – ordem que integra parentes próximos dos mamíferos – e viveu há cerca de 130 milhões de anos na América do Norte. Esta descoberta, publicada num artigo científico na última edição da revista Nature, ainda nos sugere que o supercontinente Pangeia se terá fragmentado 15 milhões de anos mais tarde do que se pensava.

As escavações no sítio de Andrew (dedicado ao paleontólogo Andrew Milner) começaram em 2005 e deram bastantes frutos. “O sítio tinha dinossauros muito bem preservados, incluindo o dinossauro bico-de-pato Hippodraco, assim como dinossauros Velociraptor, crocodilos primitivos e o novo fóssil”, recorda Adam Huttenlocker, da Universidade do Sul da Califórnia (EUA) e principal autor do trabalho. Depois, o pequeno crânio – de 7,5 centímetros – do Cifelliodon foi examinado ao pormenor com raios X. Também se estudou a sua filogenia. Percebeu-se assim que se tratava de uma nova espécie de haramídeo.

Os haramídeos são um grupo que inclui os familiares mais próximos do antepassado comum de todos os mamíferos actuais, considera esta equipa de investigadores. Os primeiros membros deste grupo terão surgido há cerca de 220 milhões de anos (Triásico) no hemisfério Norte e os últimos terão vivido há 70 milhões anos. “Os fósseis dos haramídeos são incrivelmente raros, apesar do seu longo intervalo temporal”, refere Adam Huttenlocker. Já se encontraram fósseis do Jurássico (entre há 200 milhões e 145 milhões de anos) na Tanzânia e na China. Também se descobriram fósseis deste grupo no Cretácico (entre há 145 milhões e 65 milhões de anos), nomeadamente um dente na Índia e outro em Marrocos.


O Cifelliodon wahkarmoosuch viveu no início do Cretácico na América do Norte JORGE A. GONZALEZ/UNIVERSIDADE DO SUL DA CALIFÓRNIA

Até agora, pensava-se que os haramídeos do hemisfério Norte se tinham extinguido no final do Jurássico. “Provavelmente, esta visão é influenciada pela nossa fraca compreensão do registo basal do Cretácico na América do Norte e noutros sítios”, indica Adam Huttenlocker. O Cifelliodon veio assim mostrar-nos que os haramídeos ainda viviam no hemisfério Norte no Cretácico. 

O Cifelliodon wahkarmoosuch pesaria cerca de um quilo. Por exemplo, um Cifelliodon adulto seria do tamanho de uma lebre pequena. Portanto, seria pequeno comparado com muitos dos mamíferos actuais, mas gigante entre os seus contemporâneos do Cretácico.

Como tinha uns dentes semelhantes aos morcegos-da-fruta, deveria conseguir morder, cortar e esmagar os alimentos. Suspeita-se ainda que comeria plantas, que tinha um olfacto apurado e seria um animal nocturno. O nome Cifelliodon wahkarmoosuch vem do apelido do paleontólogo Richard Cifelli, que tem estudado mamíferos do Cretácico na América do Norte. Já wahkarmoosuch significa “gato amarelo” na língua do povo ute, que actualmente vive no Utah (onde foi encontrado) e no Colorado. 

Percebeu-se ainda que o dente do Cretácico encontrado em Marrocos pertencia a um familiar muito próximo do Cifelliodon. Os cientistas relacionaram assim todas as pistas que tinham sobre os haramídeos e o que se sabe sobre a evolução da Terra naquele tempo. O que concluíram?

Ora, sabe-se que há cerca de 200 milhões de anos, entre o Triásico e o Jurássico, o supercontinente Pangeia (até então, as Américas, a Eurásia, África, a Antárctida, a Austrália e a Índia estavam juntas) começou a fragmentar-se e o mundo veio a ficar com a configuração que temos hoje. O intervalo de tempo desta fragmentação tem suscitado um debate científico. Agora, como encontraram um haramídeo na América do Norte e já se tinha encontrado o de Marrocos, ambos do Cretácico, sugere-se que as interacções entre diferentes continentes continuaram a existir durante cerca de 15 milhões de anos mais tarde do que se pensava.
Uma descoberta histórica

“A descoberta do fóssil aponta que os haramídeos e outros grupos de vertebrados existiam em todo o mundo durante a transição do Jurássico para o Cretácico, significando que os corredores de migração através das massas terrestres da Pangeia continuavam intactas no Cretácico Inferior”, lê-se num comunicado da Universidade do Sul da Califórnia.

“A grande raridade de um crânio tridimensional torna a descoberta de Huttenlocker e dos colegas algo histórico”, escreveram Simone Hoffmann e David Krause, do Instituto de Tecnologia de Nova Iorque e do Museu da Natureza e da Ciência de Denver (EUA), respectivamente, num comentário sobre o trabalho na mesma revista. “O Cifelliodon é um dos primeiros crânios preservados a três dimensões da linhagem dos haramídeos. Como tal, é uma peça crucial do puzzle evolutivo.”

Contudo, os haramídeos são uma peça de difícil encaixe no puzzle da evolução, pois há cientistas que os incluem na categoria dos mamíferos e outros que não os consideram mamíferos – como esta equipa, que refere que são primos próximos. “É um grupo misterioso”, disse Zhe-Xi Luo, da Universidade de Chicago e um dos autores, ao jornal norte-americano The New York Times. O paleontólogo acrescentou que se os haramídeos forem mamíferos, então eles surgiram há cerca de 220 milhões de anos. Mas se não forem, os mamíferos terão surgido há 185 milhões de anos.

Para que um dia se consiga completar esta parte do puzzle, os cientistas sugerem que será necessário encontrar e analisar outros fósseis muito antigos. 

fonte: Público

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Nova teoria aponta que Plutão não é um planeta mas sim um cometa gigante


Investigadores do Southwest Research Institute partilharam a nova teoria desenvolvida a partir de dados da sonda New Horizons.

Enquanto ainda se discute se Plutão é ou não um planeta, um grupo de investigadores do Southwest Research Institute desenvolveu uma nova teoria a propor uma nova categoria para o astro, indicando que se trata de um cometa gigante.

“Desenvolvemos o que chamamos de modelo cosmoquímico ‘de cometa gigante” da formação de Plutão. Encontrámos uma consistente intrigante entre a quantidade estimada de nitrogénio dentro do glaciar e a quantidade é a esperada se Plutão foi formado por uma aglomeração de sensivelmente mil milhões de cometas”, pode ler-se no comunicado de um dos investigadores, Christopher Glein.

Os dados que foram usados na elaboração desta teoria resultam das aproximações feitas pela sonda New Horizons da NASA. Os mesmos dados serviram para os investigadores avançarem com outra teoria, apontando que a formação de Plutão resulta de gelo muito frio.


É desta que provam a existência do monstro de Loch Ness?


As amostras de ADN ambiental são uma ferramenta já usada para monitorizar a vida marinha, como por exemplo em baleias ou tubarões. Quando um animal se move no meio ambiente, deixa para trás pequenos fragmentos de ADN da pele, escamas, penas, fezes e urina.

A equipa de investigadores quer, por isso, revelar finalmente se o monstro de Loch Ness existe, existiu ou se nunca passou de uma mera lenda.

"O ADN pode ser recolhido e usado para identificar a criatura", diz o porta-voz da investigação, Neil Gemmell, citado pela agência Reuters. O investigador revela ainda que as amostras serão depois comparadas numa base de dados que detém as sequências genéticas de milhares de diferentes organismos.

A equipa, que reúne investigadores do Reino Unido, Dinamarca, Estados Unidos, Austrália e França, não está só à procura do Nessie - como é vulgarmente conhecido -, mas também de outras criaturas.

"Apesar da recolha de evidências do monstro de Loch Ness ser a questão principal do projeto, há ainda um enorme conhecimento que podemos retirar do trabalho de investigação aos organismos que habitam o lago."

Segundo a agência, a investigação poderá vir a apresentar novas espécies de vida, particularmente bactérias, e revelar mais sobre as recentemente descobertas, como o salmão rosa do Pacífico.

Os resultados da investigação deverão ser apresentados em janeiro de 2019.

fonte: SIC Noticias

Descobertas 481 moedas romanas dos séculos I ao III em Braga


Um museu em Braga descobriu 481 moedas romanas datadas do século I ao século III que permitem perceber o circuito de comércio no Mediterrâneo na época do Império Romano.

Esta quarta-feira, o Museu Pio XII, em Braga, anunciou a descoberta de 481 moedas romanas datadas do século I ao século III que permitem perceber o circuito de comércio no Mediterrâneo na época do Império Romano. O anuncio foi feito pela diocese de Braga.

“No total são 481 moedas, um tesouro que estava no muro de uma segunda domus que descobrimos com esta sondagem. São coisas únicas, temos uma moeda do século I, moedas do século II e III, que permitem perceber o circuito de comércio à volta do Mediterrâneo”, explicou à Lusa o diretor do museu, José Paulo Abreu.

De acordo com o responsável, as moedas, encontradas numa sondagem geofísica realizada pelo museu há dois anos, “foram cunhadas desde a Síria, Turquia, Alemanha e França”.

Os trabalhos, realizados em 2016, revelaram também “toda a Braga Romana” debaixo do edifício do próprio museu, que pertence à diocese da cidade.

José Paulo Abreu adiantou ainda estar nos planos do museu continuar a explorar “o que está ali por baixo”, existindo “uma candidatura para isso“, mas que ainda não tem resposta. O Museu Pio XII ocupa um quarteirão no centro de Braga.

“Temos a possibilidade de pôr à mostra quatro casas romanas, da elite, com arruamentos, muros e os fragmentos que aparece nessas coisas, como cerâmica do alto ao baixo império, vidros, metais”, apontou o diretor.

A partir de hoje, as moedas descobertas estão em exposição no Museu Pio XII.

fonte: ZAP

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Há lagartos com sangue verde que os deveria matar (e é um mistério científico)


Os lagartos de pele lisa da Nova Guiné com sangue verde são frequentemente agrupados na mesma espécie, Prasinohaema, com base somente na coloração do seu sangue.

A rara coloração surge de excecionalmente altos níveis de concentração de biliverdina, ou pigmento biliar verde. Nos mamíferos, a biliverdina é convertida na tóxica bilirrubina, que causa icterícia nos recém-nascidos.

Surpreendentemente, os lagartos de sangue verde permanecem saudáveis mesmo com níveis de bílis verde 40 vezes maior do que a concentração letal para humanos.

“Além de ter a maior concentração de biliverdina alguma vez registada num animal, estes lagartos desenvolveram de alguma forma uma resistência à toxicidade da bílis pigmentada, explicou Zachary Rodriguez, um candidato a doutoramento na Universidade Estadual do Louisiana, nos Estados Unidos.

“Compreender as mudanças fisiológicas que permitiram a estes lagartos permanecer livres de icterícia pode-se traduzir em abordagens não tradicionais a problemas de saúde específicos.”

Para estudar o histórico evolucionário dos sangue verde, Rodriguez e os co-autores examinaram 51 espécies de lagartos da Australásia – a zona que inclui Austrália, Nova Zelândia, Nova Guiné, e algumas ilhas da Indonésia -, incluindo seis espécies com sangue verde, duas das quais são novas espécies.

Os investigadores analisaram ADN de um total de 119 indivíduos (27 lagartos de pele lisa de sangue verde, Prasinohaema, e cerca de 92 lagartos de sangue vermelho). Assim, descobriram que há quatro linhagens separadas de lagartos de sangue verde, e todas partilham provavelmente um ancestral de sangue vermelho.

“Estamos entusiasmados com o histórico complexo destes animais e surpreendidos com o tamanho das linhagens dos lagartos de sangue verde entre a espécie”, explicou Rodriguez.

O sangue verde provavelmente emergiu de forma independente em vários lagartos, o que sugere que este tipo de sangue possa ter um valor adaptativo.

Níveis ligeiramente elevados de bílis pigmentada noutros animais, incluindo insetos, peixes, sapos, desempenharam papeis potencialmente positivos nesses animais.

Estudos anteriores mostraram que a bílis pigmentada pode agir como um antioxidante, bem como prevenir doenças durante a fertilização in vitro. Contudo, a função desta bílis nos lagartos continua incerta.

Os resultados do estudo foram publicados na quarta-feira na revista científica Science Advances.

fonte: ZAP

No litoral do México aparece 'monstro arrepiante', deixando as pessoas perplexas


Uma moradora da cidade mexicana de Mazatlán, situada no estado de Sinaloa, encontrou numa praia do litoral oceânico o corpo de um animal morto desconhecido.

Beatriz Alicia Morales Acuña ficou confusa e não podia identificar a espécie da criatura gigantesca. O animal encontrado parecia-se a uma serpente marinha ou uma enguia. A mulher postou a foto do achado nas redes sociais, perguntando para os usuários de que animal se tratava.

De acordo com a mexicana, no início, as pessoas que naquele momento estavam na praia, não se aproximavam dos restos da criatura, pensando que não passava de um pedaço de corda.

Os internautas tentaram identificar de que espécie se trataria, e a própria mulher que captou a imagem sugeriu que era uma enguia marinha que habitava na parte mais profunda e mais escura do oceano. Até agora, as disputas sobre a espécie da criatura não param.

fonte: Sputnik News

Astrónomos encontram evidência de possível existência do 9º planeta


Um grupo de astrónomos encontrou evidências de que pode existir um nono planeta no nosso Sistema Solar – que não é Plutão – logo depois de identificar um pequeno corpo celeste rochoso cujos movimentos sugerem que poderia estar orbitando um planeta de grandes dimensões.

O corpo rochoso, chamado 2015 BP519, orbita o Sol em um ângulo diferente de todos os planetas do Sistema Solar. É por isso que os cientistas sugerem que um planeta gigante, ainda oculto e com uma massa dez vezes maior que a da Terra, poderia ser responsável pela essa órbita irregular, segundo o artigo divulgado nesta semana pelo portal da Universidade Cornell de Nova York, EUA.

David Gerdes, astrónomo da Universidade de Michigan e co-autor do artigo, declarou que "não é uma prova de que o nono planeta existe. Mas diria que a existência do tal corpo celeste no nosso Sistema Solar reforça essa ideia", informa o portal Quanta.

Os autores do artigo indicam que se trata do maior objecto identificado no espaço para além de Neptuno. Foi descoberto graças aos dados do The Dark Energy Survey (Pesquisa da Energia Escura), um projecto em curso que investiga a expansão do Universo por meio de observações do espaço.

Os planetas conhecidos até hoje orbitam o Sol sob o mesmo ângulo, chamado plano orbital, provocado pela gravidade do chamado astro rei. Como a pesquisa está examinando um plano diferente, os cientistas não esperavam encontrar nenhum corpo celeste nessa órbita.

O 2015 BP519 mostrou que a sua órbita está inclinada 54 graus em relação ao nosso plano orbital. Uma provável explicação é que o corpo rochoso esteja sujeito à gravidade de um planeta gigantesco. Isso significa que o asteroide orbita o nono planeta, da mesma maneira que a Lua gira ao redor da Terra.


Planet Nine Breakthrough: Scientists Spot Distant Object In Our Solar System https://ancient-code.com/planet-nine-breakthrough-scientists-spot-distant-object-in-our-solar-system/ …

​Avanço do nono planeta: cientistas detectam objecto distante no nosso Sistema Solar

Os modelos sugerem que a este hipotético nono planeta leve 10.000 a 20.000 anos para completar a rotação ao redor do Sol.

No entanto, os especialistas concluem que ainda não há provas definitivas da existência deste planeta, esta é uma janela fascinante para conhecer o espaço profundo.

fonte: Sputnik News

É o fim das teorias da conspiração: Hitler morreu mesmo em 1945


Hitler suicidou-se no seu bunker a 30 de abril de 1945 

Estudo aos dentes de Hitler permite confirmar que o ditador nazi se suicidou e que não fugiu para a Argentina como algumas teorias defendiam.

Hitler morreu mesmo em 1945. Parece uma notícia com décadas de atraso, mas a verdade é que agora há uma equipa de investigadores franceses que reclama estar em condições de dar essa garantia.

O grupo teve acesso à dentadura do Führer e garante que este cometeu suicídio e depois o seu corpo foi queimado por agentes das SS. Deitando por terra, 70 anos depois, todas as teorias da conspiração que então surgiram e que retratavam Adolf Hitler em fuga para a Argentina num submarino e uma morte que chegou apenas nos anos 1980, quando já era nonagenário e tinha ao seu lado uma namorada brasileira.

Os cientistas garantem que os fragmentos de dentes a que tiveram acesso são mesmo de Hitler. Os dentes e o crânio do ditador nazi estão à guarda do antigo KGB, atual FSB (os serviços secretos russos) e a equipa francesa pôde estudá-los entre março e julho de 2017.

Além da confirmação da sua morte, também é possível afirmar que Hitler tomou cianeto, antes de dar um tiro na cabeça. As conclusões foram publicadas no Jornal Europeu de Medicina Interna.

Vegetariano e com cinco dentes

Para lá da parte mais séria da investigação, também fica confirmada a má qualidade da higiene oral de Adolf Hitler. Aos 56 anos, Hitler morreu com apenas cinco dentes próprios. Uma análise de microscópio permitiu ainda confirmar que era vegetariano.

fonte: Diário de Noticias

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Satélites da NASA detectam mudanças muito estranhas na água doce da Terra


Analisando as observações de satélites e dados sobre actividades humanas, os cientistas revelaram grandes mudanças na quantidade de água doce nas diferentes regiões do mundo.

Com a ajuda de satélites, uma missão conjunta entre a NASA e o Centro Aeroespacial Alemão, a chamada missão Gravity Recovery and Climate Experiment (GRACE), observou as quantidades de água doce disponíveis na Terra de 2002 a 2016. Os cientistas combinaram as observações de satélites com dados sobre actividades humanas para mapear os lugares onde a quantidade de água doce está mudando e descobrir a causa dessas transformações.

A missão revelou que as áreas de terras húmidas se tornaram ainda mais húmidas, enquanto as terras secas secaram ainda mais. Algumas das mudanças, tanto positivas como negativas, foram causadas por acções humanas, enquanto outros factores como a mudança climática, também desempenharam um papel importante.

"O que estamos presenciando é uma grande mudança hidrológica", afirmou o co-autor do estudo Jay Famiglietti, do laboratório Jet Propulsion Laboratory da NASA em Pasadena, Califórnia. 

"Vemos um padrão distinto das zonas húmidas do mundo cada vez mais húmidas – as latitudes altas, os trópicos e as zonas secas – cada vez mais secas", acrescentou ele.

Embora a Terra esteja coberta por água, apenas entre dois e três por cento desta água é doce. Encontra-se em lagos, rios, neve, águas subterrâneas e gelo. A perda de água doce das camadas de gelo nos pólos, atribuída à mudança climática tem consequências no aumento do nível do mar. A água doce é um dos recursos mais essenciais da Terra, para o consumo humano e a agricultura.

Esse estudo mostra como a água disponível na Terra pode mudar em 15 anos e como a situação poderia melhorar com uma melhor gestão humana.


fonte: Sputnik News

Nebulosa da Formiga disparou um laser em direção à Terra


Uma equipa internacional de astrónomos descobriu, com surpresa, uma rara emissão de laser proveniente da distante e "inconfundível" Nebulosa da Formiga

A emissão foi detetada pelo observatório Herschel da Agência Espacial Europeia e está a ser encarada pelos cientistas como uma pista preciosa e rara sobre o que se passa no centro da "espetacular" Nebulosa da Formiga, na constelação de Norma a cerca de 3 mil anos luz da Terra.

Quando estrelas do tamanho do nosso Sol chegam ao fim das suas vidas, transformam-se em anãs brancas e densas que ejetam as suas camadas exteriores de gases e poeira, criando uma nebulosa.

A Nebulosa da Formiga é uma dessas nuvens de poeira, hidrogénio, hélio e outros gases ionisados e a emissão de laser agora detetada sugere que o seu formato original - que lhe valeu o nome informal - esconde um segredo sobre a morte da sua estrela.

"Detetámos um tipo de emissão muito raro chamada emissão de laser de recombinação de hidrogénio, que só é produzida num espetro muito estreito de condições físicas", explica Isabel Aleman, principal autora do artigo onde é descrita a descoberta. Para ocorrer este tipo de emissões é necesária a existência de um gás muito denso (10 mil vezes mais denso que o gás numa nebulosa típica) junto à estrela. Ora as regiões espaciais junto a uma estrela morta são normalmente vazias porque o seu material foi ejetado para fora. Isto quer dizer que não é o caso do centro da Nebulosa da Formiga.

Albert Zijlstra, co-autor do artigo, junta que a única forma de manter um gás tão denso junto a uma estrela é se estiver a orbitá-la em disco e uma explicação para haver um gás destes em órbita é a existência de uma segunda estrela, que até agora os astrónomos ainda não conseguiram observar.

“Este estudo sugere que a inconfundível Nebulosa da Formiga, como a vemos hoje, foi criada pela natureza complexa de um sistema estelar binário, que influencia a forma, propriedades químicas e evolução nestes estágios finais da vida de uma estrela,” diz Göran Pilbratt, Cientista do projeto Herschel da ESA.

A existência de lasers no espaço foi sugerida precisamente pelo astrónomo Donald Menzel, o primeiro a observar e classificar a Nebulosa da Formiga nos anos 20 (o seu nome oficial é Menzel 3, por isso), bem antes da descoberta e da primeira operação bem-sucedida com lasers nos laboratórios em 1960.

fonte: Visão

A camada de ozono está a ser destruída por emissões misteriosas


Declínio de substâncias que destroem a camada de ozono abrandou 50% desde 2012. Não se sabe ao certo de onde vêm estas emissões, mas se continuarem vão atrasar a recuperação do buraco da camada de ozono.

Em forma de aerossóis ou refrigerantes, os clorofluorocarbonetos (CFC) foram identificados nos anos 80 como os responsáveis pelo buraco da camada de ozono. Por isso, vários países comprometeram-se a substitui-los. Agora, cientistas dos Estados Unidos, Holanda e Reino Unido voltaram a medir as concentrações de CFC na atmosfera e ficaram surpreendidos. A taxa de declínio de um tipo de CFC na atmosfera – o CFC-11 – abrandou cerca de 50% desde 2012. A equipa sugere num artigo científico publicado esta quinta-feira na revista Nature que estas emissões se devam a novas fontes. Suspeita-se de que essas emissões sejam ilegais e possam vir do Leste asiático.

Em 1985, descobriu-se um buraco na camada de ozono sobre a Antárctida. Na altura, os cientistas perceberam que os químicos sintéticos CFC, usados em aerossóis, refrigerantes, solventes ou na produção de espuma rígida de empacotamento, eram os culpados pela destruição do ozono estratosférico. Esta camada é fundamental para os seres vivos porque absorve mais de 95% da radiação ultravioleta proveniente do Sol. Era necessária uma resposta a este problema. Portanto, em 1987, 150 países assinaram um tratado – o Protocolo de Montreal – em que se comprometiam a eliminar a produção destes gases.

“Como resultado destas acções, a concentração de CFC na atmosfera atingiu um pico em meados e finais dos anos 90 e tem vindo constantemente a descer desde então”, refere Michaela Hegglin, da Universidade de Reading (Reino Unido) e que não participou no trabalho, num comentário ao artigo científico também naNature. “Como a destruição de CFC na estratosfera é um processo lento, a sua remoção da atmosfera levará muitas décadas.”

Equipas de cientistas têm vindo a comunicar algumas melhorias na camada de ozono. No final de 2017, a NASA revelava que o buraco da camada de ozono sobre a Antárctida encolheu para o menor tamanho desde 1988. Este assunto foi também uma das boas notícias no segundo aviso dos cientistas à humanidade.


Evolução do buraco da camada de ozono, que atinge sempre o seu máximo anual entre Setembro e Outubro, o fim do Inverno no hemisfério sul NASA/OBSERVATÓRIO DE OZONO DA NASA/KATY MERSMANN

Agora há más notícias relacionadas com um tipo de CFC, o CFC-11, também conhecido como triclorofluorometano. É um dos CFC que foram desenvolvidos para os refrigerantes nos anos 30 e também é usado em aerossóis ou solventes. Quando é libertado, pode permanecer 50 anos na atmosfera e era o segundo gás que destruía o ozono mais abundante na atmosfera. Mas, entre 2002 e 2012, conseguiu-se que as suas concentrações diminuíssem.

Vamos então às novas notícias: a partir de 2012, verificou-se que o seu declínio abrandou cerca de 50%. “Temos vindo a fazer medições há mais de 30 anos e isto é do mais surpreendente que temos visto”, reage Stephen Montzka, da agência dos oceanos e da atmosfera dos EUA (NOAA) e um dos autores do trabalho, ao jornal The Washington Post. “As emissões [deste CFC] foram mais altas cerca de 25% em 2014 do que entre 2002 e 2012”, frisa por sua vez ao PÚBLICO Michaela Hegglin. 

O aumento das emissões de CFC-11 foi detectado em plumas de ar no Observatório de Mauna Loa, no Havai. No artigo científico, sugere-se que é provável que estas emissões estejam a ser lançadas no Leste asiático. Mas não é a única opção considerada pelos cientistas no artigo: “Embora esta prova [das plumas] sugira fortemente que o aumento das emissões venha do Leste asiático depois de 2012, mudanças no período de vida do CFC-11 ou da dinâmica nas trocas entre as estratosfera e a troposfera poderão influenciar a magnitude das emissões.” Ainda se refere que o aumento das demolições de edifícios que tinham antigos resíduos de CFC-11 ou uma produção acidental poderão ter causado a emissão desta substância. Contudo, isto não justificaria o aumento registado nos últimos anos.

Atrasos na recuperação

Além disso, a equipa salienta que o aumento destas emissões não foi reportado ao Programa das Nações Unidas para o Ambiente, que administra o Protocolo de Montreal. “Qualquer produção de um gás relacionado com o declínio da camada de ozono que é controlado pelo Protocolo de Montreal tem de ser reportado para o Secretariado do Ozono e, actualmente, a produção global é praticamente zero. Não sabemos de nenhuma produção, mesmo de produtos intermediários ou secundários”, indica à BBC Stephen Montzka.

Estes resultados podem assim colocar em causa o acordo estabelecido no Protocolo de Montreal. Segundo a BBC, o tratado indicava que a produção de CFC-11 devia ser proibida dos países desenvolvidos em meados dos anos 90 e no resto do mundo em 2010. “A nova dinâmica dos CFC-11 na atmosfera é, de facto, inconsistente com o que foi acordado no Protocolo de Montreal”, considera Michaela Hegglin. “Toda a produção e uso, incluindo nos países em desenvolvimento, devia ter parado em 2010. O abrandamento no declínio implica que a emissão de CFC-11 esteja a aumentar outra vez.” 

Keith Weller, porta-voz do Programa das Nações Unidas para o Ambiente, refere em comunicado que estes resultados têm de ser verificados pelo painel científico do protocolo. “Se estas emissões continuarem inalteradas, têm o potencial de desacelerar a recuperação da camada de ozono”, afirma. “Portanto, é crítico que façamos um balanço destes resultados, identifiquemos as causas destas emissões e que tomemos as medidas necessárias.”

Michaela Hegglin concorda: “Precisaremos de tomar mais medidas, especialmente no Sudeste asiático, para conseguirmos identificar a localização exacta das fontes das emissões, juntamente com modelos que ajudarão a rastrear as massas de ar e os seus movimentos.”

A cientista traça-nos ainda dois cenários sobre as emissões de CFC-11, um mais optimista e outro mais pessimista. “Se as emissões pararem em breve, então não haverá grandes consequências, o impacto do ozono na atmosfera poderá ser mínimo”, explica. “Contudo, se estas emissões continuarem, o CFC-11 poderá acumular-se na atmosfera outra vez e atrasar a recuperação da camada de ozono até meados ou finais do século XXI.” Stephen Montzka salienta o mesmo à BBC: “Se as emissões continuarem a persistir, então podemos imaginar que a cicatrização da camada de ozono, que recuperou, poderá atrasar-se em uma década.”

TERESA SERAFIM

fonte: Publico

O segredo da origem da vida na Terra pode estar nos micróbios de Yellowstone


Como começou a vida na Terra? A resposta a esta pergunta pode estar nos micróbios descobertos nas águas do Parque Nacional de Yellowstone.

Após uma década de investigação, cientistas que estudam características geotérmicas no Parque Nacional de Yellowstone encontraram uma nova linhagem da antiga forma de vida arquea.

Os arqueas, provavelmente as formas mais antigas de vida na Terra, são organismos parecidos com as bactérias, mas com um metabolismo diferente. Os especialistas acreditam que este organismo unicelular pode revelar os segredos de como a vida na Terra começou e como é que poderia ser em outros planetas.

“A descoberta de linhagens de arqueia é fundamental para nossa compreensão da árvore universal da vida e da história evolutiva da Terra“, escreveram os autores no artigo científico publicado recentemente na Nature Microbiology.

Em homenagem ao Planeta Vermelho, os organismos foram batizados de Marsarqueotas. Os cientistas descobriram que estes organismos são ricos em óxido de ferro e são tão ácidos quanto toranjas.

Os dois recém-subgrupos descobertos da Marsarqueotas prosperam nas águas quentes no Parque Nacional de Yellowstone: um vive em águas acima de 50 C e o outro em águas entre os 60 e os 80°C.

Os Marsarqueotas vivem dentro de tapetes microbianos – comunidades microscópicas em ambientes aquáticos – e conseguem a sua coloração vermelho escuro graças aos altos níveis de óxido de ferro, o principal componente da ferrugem.

Os especialistas acreditam que tipos de habitats semelhantes a estes “tapetes” desempenharam um papel importante na evolução dos arqueas, tanto no planeta Terra como (provavelmente) noutro planeta qualquer.

O óxido de ferro que estes organismos produzem cria uma espécie de terraço que bloqueia o fluxo de água. A água, a poucos milímetros de profundidade, escorre pelos terraços onde o oxigénio é capturado e fornecido à Marsarqueota.

Ao contrário de outros organismos que produzem óxido de ferro, os cientistas acreditam que a Marsarqueota pode estar envolvida na redução do ferro para uma forma mais simples, importante desde o princípio da Terra. De acordo com os investigadores, “o ciclo do ferro é extremamente importante no que diz respeito às primeiras condições de vida”.

Tal como o que acontece com estes organismos, a cor vermelho, característica do planeta Marte, surge da oxidação do ferro na sua superfície. “O habitat destes organismos contém minerais de ferro semelhantes aos encontrados na superfície de Marte”, comentou o professor William Inskeep, da Montana State University.

“Estudar os arqueas fornece pistas extra deste quebra-cabeça, importante para entender a biologia de alta temperatura – que poderia ser relevante na indústria e biologia molecular.”

fonte: ZAP

Não foram homens: nova teoria revela como se moveram as pedras de Stonehenge


Um cientista galês afirma ter resolvido o mistério de como foram movidas as famosas pedras de Stonehenge, no Reino Unido. Para Brian John, as teorias anteriores são mitologia.

Brian John afirma ter resolvido o mistério de como se moveram as famosas pedras de Stonehenge, no Reino Unido, e classificou as teorias anteriores como “mitologia”.

O cientista galês acredita que as enormes pedras de Stonehenge foram movidas há quase 500 mil anos por um glaciar que as levou desde a pedreira em Gales (de onde se crê que são originárias) até à planície de Salisbury.

A teoria mais popular sobre Stonehenge é a de que, por um motivo ainda desconhecido, antigos habitantes da região carregaram ou arrastaram as pedras há cinco mil anos. No entanto, nunca se conseguiu provar como é que as pessoas que viveram no final da Idade da Pedra tiveram capacidade de mover e empilhar monólitos que chegam a pesar 25 toneladas.

De acordo com o Daily Mail, Brian John acredita que os blocos foram levados por um glaciar. A teoria do cientista responde também à dúvida sobre o quão espirituais eramos povos antigos ao ponto de fazerem um esforço enorme de carregar as pedras em prol de deuses ou divindades.

As explicações de Brian John surgem no seu livro, intitulado The Stonehenge Bluestones. O cientista esclarece que as pedras não tinham nenhum significado profundo para os britânicos antigos – apenas encontraram os monólitos naquele lugar.

“Nos últimos 50 anos, tem havido um desvio nos estudos sobre Stonehenge, da ciência para a mitologia. Isso tem sido motivado, em parte, a constante demanda dos meios de comunicação por novas e espetaculares histórias sobre o monumento”, comenta, em entrevista ao Daily Mail.

No livro, o cientista explica que o glaciar “desenhou” a rota pelo País de Gales há milhares de anos. Brian John acredita que o gelo carregou as pedras azuis e que as terá deixado na planície de Salisbury, em consequência do seu derretimento.

Em 2015, o cientista escreveu um artigo no qual argumenta que o que se acreditava ser a prova de uma extração mineral neolítica na famosa pedreira do País de Gales é, na verdade, um processo de desgaste “totalmente natural”.

Stonehenge, considerado Património da Humanidade pela UNESCO, é um dos monumentos pré-históricos mais famosos do Reino Unido.

fonte: ZAP

Cientistas transplantaram a memória de uma lesma para a outra (e funcionou)


A transferência de memória já aparece, há décadas, em livros e filmes de ficção científica. Agora, parece estar mais perto de se tornar um facto científico.

Uma equipa de cientistas conseguiu, com sucesso, fazer uma espécie de “transplante de memória” – transferindo material genético conhecido como RNA de um caracol marinho para outro. Alguns dos animais envolvidos foram treinados para desenvolver uma resposta defensiva perante choques elétricos em laboratório.

Quando o RNA destes caracóis foi transferido para outros que não tinham sido treinados, estas reagiram da mesma forma dos que tinham recebido choques moderados. A pesquisa, publicada na segunda-feira na revista científica eNeuro, ajuda no conhecimento sobre as bases fisiológicas da memória.

RNA significa ácido ribonucleico. Trata-se de uma molécula ligada a funções essenciais de organismos vivos – incluindo a síntese de proteínas no corpo que definirá a expressão dos genes de uma forma mais geral, descreve a BBC.

Os cientistas administraram uma série de choques elétricos leves na cauda dos caracóis da espécie marinhos Aplysia californica.

Os animais reagem a adversidades contraindo o corpo. Com os choques, passaram a ter contrações que duravam 50 segundos – uma espécie de reação defensiva extrema.

Depois, quando tocavam levemente nos animais que receberam os choques, estes reagiam com a mesma contração de 50 segundos, enquanto caracóis que não tinham recebido choques reagiam com uma contração de apenas um segundo.

O próximo passo foi extrair RNA de células nervosas de ambos os tipos de caracóis: os condicionados e os não-condicionados. As moléculas foram depois injetadas em dois grupos de caracóis não treinados.

Os cientistas observaram, surpresos, que os caracóis que receberam o RNA de animais condicionados, quando eram tocados, reagiam com contrações de cerca de 40 segundos. Os caracóis que receberam o RNA de animais não-condicionados não demonstraram nenhuma mudança no comportamento defensivo.

Os cientistas notaram um efeito parecido em células sensoriais que estavam a ser analisadas em placas de Petri. Professor da Universidade da Califórnia em Los Angeles,David Glanzman, um dos autores do estudo, afirmou que os resultados indicam algo como “uma transferência de memória”.

Glanzman destacou ainda que os caracóis usados na experiência não foram feridos.

“Estes são caracóis marinhos. Quando percebem ameaças, soltam uma tinta roxa e escondem-se dos predadores. Os caracóis usados no estudo assustaram-se e soltaram tinta, mas não foram fisicamente afetados pelos choques“, defende Glanzman.

Tradicionalmente, pensava-se que as memórias de longo prazo ficavam armazenadas nas sinapses do cérebro, as junções entre os neurónios. Cada neurónio tem milhares de sinapses. “Se as memórias ficassem nas sinapses, a nossa experiência não funcionaria de forma nenhuma”, diz o cientista.

Para Glanzman, as memórias estão alocadas nos núcleos dos neurónios. O estudo vai ao encontro de algumas hipóteses levantadas há algumas décadas, segundo as quais o RNA estaria relacionado com a memória.

De acordo com os investigadores, os processos celulares e moleculares nos caracóis são similares aos dos humanos, apesar de o sistema nervoso dos animais marinhos ter apenas 20 mil neurónios – comparados com os cerca de 100 mil milhões de neurónios que o homem tem.

Acredita-se que os resultados publicados no eNeuro podem contribuir na procura de tratamentos para atenuar efeitos de doenças como o Alzheimer e o Stress Pós-Traumático.

Perguntado se este processo poderia levar a um eventual transplante de memórias adquiridas em experiências de vida, Glanzman disse não ter a certeza, mas expressou otimismo de que uma maior compreensão sobre o mecanismo de armazenamento da memória pode levar a mais oportunidades para explorar diferentes aspetos da memória.

fonte: ZAP