Investigadores do país fizeram descoberta num caminho sagrado, entre os templos de Luxor e Karnak, a 600 quilómetros a sul do Cairo, perto do leito do Nilo. Têm 2400 anos
Há menos de um mês, o arqueólogo Zahi Hawass, que preside ao Conselho Supremo de Antiguidades do Egipto, anunciou a descoberta de um túmulo com quatro mil anos, localizado junto à maior das pirâmides, a de Gizé, que terá pertencido a Rudj-ka, sacerdote que liderava o culto ao faraó Khafre. Agora, Zahi Hawass revela nova descoberta. Trata-se de 12 novas esfinges que remetem para o tempo de Cleópatra e Marco António.
As esfinges datam de há quase 2400 anos (343-380 a.C.), ou seja, da época do último rei da 30ª dinastia faraónica .
As 12 esfinges são estátuas em pedra com corpo de leão e cabeça humana ou de carneiro, e foram escavadas na antiga avenida que unia os templos faraónicos de Luxor e de Karnak, a 600 quilómetros a Sul do Cairo.
A descoberta não aconteceu de um momento para o outro. A antiga Avenida das Esfinges, que liga os templos de Luxor e Karnak, e que em parte está sob areias ou debaixo de construções, já era conhecida dos arqueólogos. Nos últimos anos foram ali encontrados os restos de cerca de 850 esfinges fragmentadas. Foi a continuação das escavações que levou agora à identificação destas 12 novas estátuas, a maioria das quais não tem cabeça.
A Avenida das Esfinges, que foi construída durante o reinado do poderoso faraó Amenhotep III (1372-1410 a.C.), era percorrida uma vez por ano durante uma cerimónia religiosa, em que os participantes carregavam as estátuas dos deuses Amon e Mut, recriando simbolicamente o casamento entre os dois deuses.
Esse caminho foi mais tarde utilizado pelos romanos, havendo indícios de que foi renovado pela rainha Cleópatra. Com base nisso, Zahi Hawass coloca a hipótese de a mais famosa rainha do Egipto ter levado Marco António "numa viagem ao longo do Nilo para visitar a Avenida das Esfinges", como adiantou ao Daily Mail.
Essa avenida, pensam os arqueólogos, seria ladeada por duas filas de esfinges ao longo de todo o trajecto, calculando-se que tenham existido ali um total de mais de 1350 esfinges.
Os arqueólogos descobriram também um novo caminho que une esta avenida, onde foram encontradas as estátuas, ao Nilo e vão continuar a trabalhar para encontrar o resto deste trajecto que está construído em pedra.
fonte: Diário de Noticias
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