domingo, 21 de novembro de 2010

Uma estrela nasceu numa velha galáxia


Astrónomos acreditavam que as galáxias elípticas já tinham gasto a sua energia, mas descobriram provas de "canibalismo"

As galáxias elípticas são muitas vezes vistas como aglomerados de estrelas velhas, mas uma imagem capturada pelo Hubble acaba de pôr de lado essa teoria. Os astrónomos viraram o telescópio da agência espacial norte-americana (NASA) para a galáxia NGC 4150 e descobriram uma série de estrelas azuis, com menos de mil milhões de anos. Ou seja, ainda jovens, tendo em conta a idade do universo.

"Pensava-se que as galáxias elípticas já tinham fabricado todas as suas estrelas há milhões e milhões de anos", disse o astrónomo Mark Crockett, da Universidade de Oxford. "Tinham consumido todo o seu gás no fabrico de novas estrelas. Agora estamos a encontrar provas do nascimento de estrelas em muitas galáxias elípticas, que vão encontrar a sua energia 'canibalizando' galáxias mais pequenas", acrescentou o responsável pelas observações do Hubble.

"Estas observações apoiam a teoria de que as galáxias se constroem ao longo de milhões e anos através das colisões com galáxias mais pequenas", indicou. "NGC 4150 é um exemplo claro no nosso 'quintal' de um acontecimento normal no início do universo", concluiu. As imagens do Hubble revelam uma actividade turbulenta no centro da galáxia, onde grupos de jovens estrelas formam um anel em redor do núcleo, que tem 1300 anos-luz de largura.


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