Holograma monocromático representando um avião de caça. Investigadores aceleram capacidade de exibir imagens quase em tempo real
Em mais um exemplo de ficção científica imitando a ciência, investigadores avançam em direcção ao dispositivo de três dimensões de "telepresença" - tecnologia que a Princesa Leia usou para manter contacto com Obi-Wan Kenobi em Star Wars. Esses hologramas da vida real poderiam ser transmitidos ao vivo de um local para outro, permitindo videoconferências mais realistas ou mesmo uma telecirurgia.
Os investigadores demonstraram em 2008 a capacidade de escrever e reescrever hologramas em 3-D em um polímero fotorefrativo usando laser, mas isso demandou vários minutos para cada imagem. No novo estudo, publicado no dia 4 de Novembro da revista Nature, as imagens podem ser reescritas a cada 2 segundos. Os investigadores consideram a melhoria de cerca de 100 vezes o suficiente para chamar seu sistema de "quase tempo real", mas um aumento de velocidade semelhante será necessário para que o holograma possa exibir um movimento contínuo.
"Podemos levar objectos de um local e mostrá-los em outro local em três dimensões", diz o coautor Nasser Peyghambarian da University of Arizona, em uma teleconferência para anunciar o avanço. Ao contrário dos filmes em 3-D como Avatar, que são estereoscópicos (com duas perspectivas), os hologramas dos investigadores codificam até 16 diferentes pontos de vista de um objecto usando 16 câmeras dispostas em semicírculo.
Um laser escreve as informações numa matriz de pixels holográficos, que transmitem profundidade tridimensional, mostrando diferentes faces do objecto, dependendo do ângulo do observador.
Actualmente, o sistema pode lidar com a cor, mas somente separadas em hologramas vermelhos, verdes e azuis. O protótipo do sistema é pequeno, tem apenas 10 centímetros de largura. "Não acredito que você possa ver esses hologramas em seu quarto ou em sua casa e escritório em menos de 10 anos", observa Peyghambarian, acrescentando que a mudança do laboratório para produção de dispositivos parece viável. "Não penso que haja qualquer problema físico fundamental que nos impessa de chegar lá", concluiu.
fonte: Scientific American Brasil
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