Macacos de sexo masculino tendem a ficar mais próximos de alguns indíviduos do seu grupo
Macacos machos conseguem estabelecer laços de amizade como os seres humanos
A tendência humana de formar laços próximos com pessoas de fora da família pode ter origens primitivas. Investigadores da Alemanha relatam no jornal "Current Biology" que macacos do sexo masculino exibem um comportamento de ligação social similar à amizade humana.
Os macacos do género Macaca vivem em grupos de 50 a 60 indivíduos, mas "todos os machos do grupo possuem alguns poucos macacos com quem eles interagem mais que os outros", disse Oliver Schuelke, principal autor do estudo e biólogo evolucionário da Universidade de Gottingen.
Schuelke e colegas estudaram macacos asiáticos do sexo masculino na Tailândia ao longo de cinco anos, monitorando seu comportamento.
Os macacos que passaram muito tempo a menos de 1,5 metros uns dos outros foram considerados amigos, já que é mais fácil atacar outro macaco a essa distância.
Machos que cuidavam do corpo de outros macacos com frequência e por períodos longos também eram considerados amigos. Muitas vezes, eles cuidavam de áreas de que o próprio macaco poderia cuidar sozinho.
"Esse acto de cuidar do outro parece funcionar para alimentar esses laços", disse Schuelke. "O aspecto da higiene era apenas uma parte disso".
Os laços podem levar à formação de coligações, onde um grupo de machos pode lutar com outro macho para melhorar o status social, de acordo com os investigadores.
"O interessante é que essas coligações podem ajudar indivíduos com baixo status a 'subir' e ajudar os machos que já têm bom status a permanecer ali", disse Schuelke. "Ambas as coisas ocorrem ao mesmo tempo".
Aparentemente, assim como nos humanos, algumas amizades eram duradouras, enquanto outras terminaram após um período curto. Não está claro por que isso acontece.
Já se sabia que as macacas formam fortes laços sociais, mas esses laços tendem a ser com parentes. As fêmeas preferem formar relacionamentos próximos com as mães, irmãs e filhas.
fonte: Último Segundo
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