sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Diabos da Tasmânia evoluem para resistir a cancro que os ameaça de extinção


Um estudo debruçado sobre a genética dos Diabos da Tasmânia sugere que estão a transformar-se em pouco tempo para resistir ao cancro facial

Os diabos da Tasmânia podem estar a evoluir para resistir aos tumores faciais, doença mortal que os colocou em perigo de extinção, segundo um estudo publicado esta terça-feira na revista Nature Communications.

As conclusões do estudo sugerem que o mamífero marsupial carnívoro mais antigo do mundo está a transformar-se num curto lapso de tempo, entre quatro e seis gerações, para resistir a esse tipo de cancro.

Realizado pelo cientista Andrew Storfer e pela sua equipa de investigação da Universidade Estatal de Washington, o estudo debruçou-se sobre a genética dos diabos da Tasmânia (Sarcophilus Harrisii) de diversas zonas, tanto antes como depois do aparecimento da doença.

O tumor que afeta estes animais da ilha australiana da Tasmânia, que frequentemente é contraído através de ferimentos sofridos em lutas com outros exemplares da sua espécie, dado o seu elevado grau de agressividade, aparece na boca e aumenta de tamanho até causar deformações que os impedem de comer para sobreviver.

A população deste marsupial caiu em mais de 80% nas últimas duas décadas devido à doença e encontra-se na lista nacional da Austrália de animais em perigo de extinção e também na lista vermelha das Nações Unidas, por se considerar que num prazo de entre 25 e 35 anos poderá desaparecer.


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