Uma mulher mais nova, que reclama o estatuto de "deusa", terá dito aos habitantes da sua aldeia que Poni Orang era uma bruxa que traria má sorte para a aldeia
Poni Orang, uma mulher de 63 anos foi, na passada segunda-feira, assassinada por mais de 200 pessoas que a acusaram de bruxaria.
Depois da ocorrência, sete pessoas foram detida
O incidente ocorreu na aldeia Bhimajuli do Estado de Assam, na Índia, depois de a mulher ter sido arrastada para fora de sua casa, sendo posteriormente atacada pela multidão até à morte, segundo a NDTV, emissora do país.
Samad Hussain, polícia da aldeia, relatou à Time que tudo começou quando uma mulher mais nova, que reclama o estatuto de ‘deusa’, pediu à multidão para se reunir num templo local. Aí, terá dito aos habitantes da sua aldeia que Poni Orang - mãe de cinco filhos que pertencia à tribo de Adivasis - era uma bruxa que traria má sorte para a aldeia.
“A multidão correu então para a casa de Orang, arrastou-a para fora, levou-a para um córrego, despiram-na quase toda e decapitaram-na, em plena luz do dia", disse Hussain.
Depois da ocorrência, sete pessoas foram detidas. Já o marido e a irmã da vítima foram levados sob custódia pela Polícia.
Não é a primeira vez que o Estado de Assam pratica este tipo de justiça popular. Nos últimos seis anos, mais de 100 mulheres foram assassinadas na região pela mesma razão, a caça às bruxas. Tanto que os governantes de Assam estão a pensar em introduzir uma legislação que proíba a classificação de mulheres como ‘bruxas’.
fonte: Sol
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