segunda-feira, 22 de junho de 2015

Pepper, o robô que sabe ler emoções, esgotou num minuto


Fotografia © REUTERS / YUYA SHINO

Robô foi posto à venda no Japão e os 1000 que estavam disponíveis saíram a uma velocidade impressionante. Cada um custava cerca de 1400 euros, mais seguro mensal.

A japonesa SoftBank Robotics Corp colocou no passado fim de semana à venda o robô humanóide Pepper, capaz de ler as emoções humanas e cuidar do seu interlocutor. O sucesso do modelo era esperado, mas não de forma tão contundente: em cerca de um minuto, os 1000 robôs disponíveis no mercado esgotaram. Cada um custava cerca de 1400 euros, sendo que cada proprietário terá ainda de pagar mensalmente um seguro e uma taxa mensal pelos dados, no valor de 180 euros, segundo a CNN.

O Pepper pesa cerca de 27 quilos e mede 1,20m. Foi concebido para ler as emoções nos humanos, reconhecer tons de voz e expressões faciais, de forma a conseguir interagir com quem o rodeia. Mas, sobretudo, ele quer fazer as pessoas felizes, contou à CNN o líder do projeto da Softbank, Kaname Hayashi.


O Pepper conta com uma rede de câmaras e sensores que lhe permite ler as emoções de quem interage com ele e também desenvolver as suas. "O Pepper está confortável quando está com as pessoas que conhece, fica feliz quando é elogiado e assustado quando as luzes se apagam". Os programadores admitem que possa cometer erros, mas sublinham que é capaz de aprender com o tempo, graças ao seu "motor emocional" e à sabedoria que vai descarregando da nuvem, para onde são carregadas as informações recolhidas por todos os robôs do modelo.

Para já, o Pepper fala inglês, francês, japonês e espanhol, mas nos próximos meses novos idiomas poderão ser adquiridos na loja online destinada a alimentar o robô. Já existem cerca de 200 aplicações que permitem aos utilizadores personalizar o seu Pepper, com novas características e comportamentos.

As emoções do robô são visíveis num tablet que vem colocado estrategicamente no "tronco" do humanóide, sendo que o Pepper é capaz de perceber e responder aos seus proprietários. Conforme explica o site da Alderbaran, a empresa de robótica que participou no desenvolvimento do Pepper, não se trata de um robô funcional, que lave ou aspire, mas um robô emocional.


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