As mudanças climáticas estão provocando o derretimento da neve dos Alpes italianos facto que, por sua vez, revelou uma curiosa descoberta: o surgimento de diversos cadáveres da Primeira Guerra Mundial, na maioria, mumificados.
O fenómeno trouxe à tona incontáveis restos humanos de batalhas travadas entre a Itália e o Império Austro-húngaro, durante a Primeira Guerra.
A descoberta aconteceu nas áreas de Presena e Ortles-Cevedale, na pequena cidade italiana de Peio. No local, milícias de ambos os lados construíram uma fortaleza bélica no topo das montanhas geladas, uma área estratégica para guardar as armas pelo seu difícil acesso.
Entretanto, o gelo se transformou no verdadeiro e cruel inimigo comum, já que muitos morreram em decorrência da temperatura (abaixo dos 30°C negativos) e avalanches.
Durante a década de 90, diários, cartas e fragmentos de jornais russos começaram a aparecer. A quantidade de objetos encontrada fez com que residentes da área construíssem um local para guardá-los, que hoje é o atual Museu da Guerra de Peio.
Depois disso, em 2004, um guia da montanha achou três corpos mumificados numa parede congelada, próximo ao pico San Matteo.
Os cadáveres eram de soldados austríacos, estavam desarmados e traziam pacotes de ataduras nos bolsos, uma indicação de que poderiam ser enfermeiros austríacos mortos durante a Batalha de San Matteo, de 3 de setembro de 1918.
Desde então, mais de 80 corpos foram encontrados e todos, naturalmente, acabaram mumificados em função do tempo e das condições climáticas.
A última cerimónia para as vítimas encontradas ocorreu no final do ano passado. Os corpos eram de dois soldados austríacos, de 17 e 18 anos de idade.
Eles morreram nas montanhas e foram enterrados numa fenda, na geleira, por seus companheiros. A previsão de alguns arqueólogos é que muitos outros corpos ainda serão encontrados.
fonte: The History Channel
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