terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Maior extinção da vida animal aconteceu em 60 mil anos


A maior extinção da vida animal e vegetal da história da Terra terá ocorrido há cerca de 252 milhões de anos durante apenas 60.000 anos, um período muito curto na idade geológica, segundo um estudo publicado na segunda-feira.

Anteriormente, os cientistas tinham estimado que aquele período tinha durado menos de 200.000 anos.

Este evento, que provavelmente resultou de gigantescas erupções vulcânicas, fez desaparecer mais de 96% das espécies marinhas e 70% da vida na terra.

Além de erupções de mega vulcões, várias hipóteses foram avançadas para explicar

a vasta extinção do fim da era Permiana (-298 a -252 milhões de anos), incluindo a queda de um asteroide ou cataclismos ambientais, referem os autores do estudo publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences.

Os investigadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) efetuaram nova datação de amostras de rochas vulcânicas coletadas na China e determinaram que a extinção ocorreu em apenas 60.000 anos.

"Fomos capazes de determinar o momento e a duração da extinção quase em termos absolutos", disse Sam Bowring, o principal autor do estudo.

"Como poderíamos imaginar o desaparecimento de 96% da vida nos oceanos em algumas dezenas de milhares de anos?, questionou, acrescentando que «uma extinção excecional necessita de uma explicação excecional".

Os cientistas descobriram que 10.000 anos antes da extinção, os oceanos registaram um aumento de carbono que se explica provavelmente por um forte aumento de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.

Isto poderá ter levado à acidificação dos oceanos e a um aumento das temperaturas das águas oceânicas em 10 ou mais graus, colocando fim a grande parte da vida marinha.

"Qualquer que seja o acontecimento responsável por essa extinção massiva, ter-se-á produzido rapidamente para destabilizar a biosfera antes que a maioria da vida animal e vegetal tenha tido tempo para se adaptar e sobreviver", disse Seth Burgess, do MIT.

A nova estimativa da duração desta extinção confronta a teoria de erupções vulcânicas massivas na Sibéria terem derramado substâncias químicas voláteis na atmosfera e oceanos, incluindo o CO2.

Dada a brevidade da extinção, é possível que uma única erupção catastrófica tenha desencadeado um colapso quase instantâneo dos ecossistemas do planeta, segundo investigadores.

A Terra sofreu cinco extinções. A última, há 65 milhões de anos, matou 50% das espécies, incluindo os dinossauros. Esta terá sido alegadamente causada pela queda de um asteroide.


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