segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Este objeto é 570 mil milhões de vezes mais brilhante do que o Sol


Visualização artística de como se veria este objeto de um planeta a 10 mil anos-luz de distância

Os cientistas acreditam que se trata de uma supernova - confirmando-se, será a mais brilhante alguma vez observada

É um objeto muito distante e extraordinariamente brilhante que surgiu no céu pela primeira vez em junho. Descrito num estudo publicado esta quinta-feira na revista científica Science, os investigadores acreditam que se trata de uma supernova - a maior alguma vez observada, ultrapassando aquilo que se pensava ser o limite de energia libertada pela explosão de uma estrela.

A explosão descoberta por investigadores que usavam o All Sky Automated Survey for SuperNovae, projeto coordenado na universidade de Ohio State, é 570 mil milhões de vezes mais brilhante do que o nosso Sol e 200 vezes mais forte do que uma supernova normal. Conforme destaca o Washington Post, este objeto, batizado ASASSN-15lh, é 20 vezes mais brilhante do que todas as estrelas da nossa galáxia juntas - mas só mede 16 quilómetros de lado a lado.

Uma supernova acontece quando uma estrela massiva chega ao fim do seu ciclo de vida e explode, emitindo quantidades assombrosas de energia e luz. Neste caso, porém, o ASASSN-15lh devia ter uma estrela enorme no seu centro.

Os investigadores que escreveram o artigo científico a descrever o objeto colocam a hipótese de que se trate da supernova de uma estrela de neutrões, um tipo de estrela com um campo magnético muito poderoso, que poderia ajudar a amplificar a explosão da estrela. Mas mesmo essa hipótese chega a ser colocada em dúvida pelo tamanho e brilho enormes do objeto em causa.

"É um grande desafio explicar este objeto com um dos nossos modelos mais populares para o motor de uma supernova superluminosa", explicou ao jornal Washington Post o principal autor do estudo, Subo Dong, astrónomo na universidade de Pequim.

Mas o seu tamanho e brilho também facilitam o trabalho dos astrónomos e físicos que o estudam. "As boas notícias são que o ASASSN-15lh é brilhante, por isso é relativamente fácil obter observações de alta qualidade", disse Dong. "Estou certo de que num futuro próximo vamos percebê-lo muito melhor".


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