Este Verão, é possível observar Saturno – basta olhar para o céu à noite. A olho nu, identifica-se o planeta na constelação Virgem e a imagem que se verá é a de uma estrela.
«Só com a ajuda de um telescópio é que se observam os anéis», esclarece Guilherme de Almeida, especialista em Astronomia, que organiza amanhã uma visita guiada ao céu, no âmbito da Astrofesta 2011.
O evento começou sexta-feira com uma sessão sobre os 150 anos do Observatório Astronómico de Lisboa, exactamente neste espaço na Tapada da Ajuda, e termina com medições da altura do Sol, no domingo.
Apesar da iluminação pública prejudicar a observação durante a noite – «não é como ver o céu do Alentejo» –, Guilherme de Almeida assegura que é possível identificar algumas constelações. Para isso, fará uso de um laser verde «para desenhar um traço no céu» e, por exemplo, 'tocar' nas estrelas Vega, Deneb ou Altair. «São três estrelas brilhantes que formam o triângulo de Verão, e pertencem às constelações características da estação Lira, Cisne e Águia, respectivamente».
A Ursa Maior, por exemplo, é visível o ano inteiro em Portugal. O astrónomo amador explica que é a latitude que distingue o céu de um país para o outro. Agora, em Londres, não é possível observar a cauda do Escorpião. «A extensão do céu em Lisboa é maior do que em Paris, que por sua vez é maior do que em Londres». Já em Ancara e Nova Iorque o céu é o mesmo de Lisboa, mas em instantes diferentes.
Qualquer pessoa pode participar na Astrofesta 2011, desde quem acha romântico olhar para um céu, a quem precisa dele para navegar. «O céu nunca fica sem pilhas, mas um GPS pode deixar de funcionar», realça Guilherme de Almeida.
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