segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Causa de cancro cerebral pode ter sido descoberta


 Um mapa de mutações genéticas associado à segunda forma mais comum de cancro cerebral pode revelar a causa biológica dos tumores, segundo investigadores.

Cientistas criaram um mapa de mutações genéticas sequenciando genes codificadores de proteinas em sete amostras de tecido de tumores oligodendroglioma, e concentraram as mutações recorrentes em dois genes (CIC e FUBP1), que não estavam previamente associados com este tipo de tumores.

Os genes parecem ser o 'elo' que faltava na teoria conhecida como "segundo-impacto" do desenvolvimento cancerígeno. Segundo a teoria agora apresentada, cada célula do corpo tem duas cópias dos 23 cromossomas, que representam milhares de genes que produzem proteínas. Se uma cópia está em falta, torna-se cancerígena.

Até agora, os cientistas sabiam que o "primeiro-impacto", nos tumores oligodendroglioma, aparecia nas regiões dos cromossomas 1 e 19, fazendo com que estes se juntassem e causassem a perda de inúmeros genes. Neste estudo, os cientistas encontraram agora mutações nos genes CIC e FUBP1, nos cromossomas 1 e 19, o que leva a crer que estes são o "segundo-impacto" preciso para causar cancro. Em todas as amostras analisadas no estudo (27 tumores), dois terços tinham mutações dos genes CIC e FUBP1, segundo os cientistas do Centro de Investigação de Cancro Johns Hopkins Kimmel.

Cerca de 20% dos cancros cerebrais são oligodendrogliomas. Estes afectam maioritariamente pessoas entre os 30 e os 45 anos, sendo formados no lobo frontal, nas células que revestem os neurónios. O tratamento envolve cirurgia, quimioterapia e radiação. A taxa de sobrevivência é de 10 anos.

fonte: DN

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