Um
mapa de mutações genéticas associado à segunda forma mais comum de cancro
cerebral pode revelar a causa biológica dos tumores, segundo investigadores.
Cientistas criaram um
mapa de mutações genéticas sequenciando genes codificadores de proteinas em sete
amostras de tecido de tumores oligodendroglioma, e concentraram as mutações
recorrentes em dois genes (CIC e FUBP1), que não estavam previamente associados
com este tipo de tumores.
Os genes parecem ser o
'elo' que faltava na teoria conhecida como "segundo-impacto" do
desenvolvimento cancerígeno. Segundo a teoria agora apresentada, cada célula do
corpo tem duas cópias dos 23 cromossomas, que representam milhares de genes que
produzem proteínas. Se uma cópia está em falta, torna-se cancerígena.
Até agora, os cientistas
sabiam que o "primeiro-impacto", nos tumores oligodendroglioma,
aparecia nas regiões dos cromossomas 1 e 19, fazendo com que estes se juntassem
e causassem a perda de inúmeros genes. Neste estudo, os cientistas encontraram
agora mutações nos genes CIC e FUBP1, nos cromossomas 1 e 19, o que leva a crer
que estes são o "segundo-impacto" preciso para causar cancro. Em
todas as amostras analisadas no estudo (27 tumores), dois terços tinham
mutações dos genes CIC e FUBP1, segundo os cientistas do Centro de Investigação
de Cancro Johns Hopkins Kimmel.
Cerca de 20% dos cancros
cerebrais são oligodendrogliomas. Estes afectam maioritariamente pessoas entre
os 30 e os 45 anos, sendo formados no lobo frontal, nas células que revestem os
neurónios. O tratamento envolve cirurgia, quimioterapia e radiação. A taxa de
sobrevivência é de 10 anos.
fonte: DN
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