Os investigadores acreditam que o estudo poderia ajudar a compreender a psicologia infantil dos humanos
As crias de aves que exigem alimento com mais insistência acabam por pagar um preço “energético”: crescem menos e têm menos defesas, concluíram investigadores espanhóis.
Depois de estudar as crias de picanço-real (Lanius meridionalis), a equipa de investigadores coordenados por Gregorio Moreno – do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) - concluiu que as exigências exageradas de comida não compensam energeticamente. Este facto, assegura o estudo, tem uma razão de ser, ou seja, “assegurar que as crias não possam manipular os progenitores”, nem a quantidade de alimento que estes lhes dão.
O estudo, realizado com crias de picanço-real – ave com 23 a 25 centímetros e que nidifica em arbustos, presente por toda a Península Ibérica – foi publicado na revista “Journal of Biology”.
“As crias das aves, que nascem cegas, sem penugem e quase sem mobilidade, pedem comida através de um comportamento extravagante e chamativo. Mas esse comportamento tem um custo, já que as exigências insistentes se repercutem de forma negativa na capacidade de crescimento e de imunidade das crias”, explica Gregorio Moreno, em comunicado.
Os investigadores acreditam que os resultados do estudo poderiam “ajudar-nos a compreender a psicologia infantil dos humanos, já que o choro dos bebés é análogo ao comportamento dos pedidos de comida das crias das aves”.
fonte: Público
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