terça-feira, 16 de agosto de 2011

A maçonaria é uma sociedade secreta. FALSO!


Fachada de loja maçónica na França, apesar da reputação, a entidade nunca pretendeu esconder sua existência de ninguém

Ritos de iniciação, santuários obscuros, códigos para reconhecimento mútuo e senhas, tudo o que se passa entre os mações é oculto e misterioso, certo? Errado!

A maçonaria nunca escondeu sua existência nem os seus objectivos. Surgida na Escócia do século XVII e rapidamente transferida para a Inglaterra, ela se definiu desde o início como uma ordem essencialmente filosófica e filantrópica. Pela difusão de um ensinamento esotérico, sem dogmas, o objectivo declarado do grupo é contribuir para o progresso da humanidade, e seus membros são encorajados a praticar o bem ao próximo e a promover a melhoria espiritual e moral.

Os ramos da ordem que se ligam às corporações de pedreiros têm, de facto, lendas de origem que remontam ao Templo de Salomão, às pirâmides do Egipto ou aos construtores de catedrais da Idade Média. Todavia, em pouco tempo esses grupos deixaram de ter ligação com a profissão de pedreiro e passaram a agregar, principalmente, artesãos e pequenos comerciantes. Estruturados em Londres e organizados em “obediências” ou “grandes lojas” (agrupamentos de várias lojas), esses locais mais se pareciam com as sociedades fraternas de beneficência e ajuda mútua do período. Esse também foi o momento em que nasceu a maçonaria “especulativa” ou “filosófica”, que se espalhou pela Europa e por suas colónias. A Grande Loja Francesa, por exemplo, foi criada em 1738 e abrigou muitos burgueses, filósofos e escritores como Goethe ou Voltaire.

A reputação de “sociedade secreta” veio por causa dos inúmeros rituais que foram sendo criados com o tempo. Eles não estão escritos em lugar nenhum e consistem em senhas de reconhecimento mútuo e, sobretudo, numa série de provas de iniciação: depois de se tornar irmão ou irmã, o “aprendiz” não deve mais falar, para poder se impregnar do saber dos mais velhos; em seguida, ele pode se tornar um “companheiro” e, finalmente, ascender ao nível de “mestria”.


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