domingo, 10 de outubro de 2010

Portugueses integraram rede global do censo da vida marinha


Cientistas do DOP participaram em três programas científicos para o estudo de diferentes tipos de ecossistemas

Os investigadores do Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos Açores (UA) estiveram entre os 2700 cientistas de 80 países que, ao longo da última década, correram os mares no âmbito do Census of Marine Life (CoML), o primeiro inventário global da vida marinha, que descobriu 20 mil novas espécies. Uma aventura que permitiu aos portugueses "integrar uma rede global de investigadores e aceder a novos equipamentos e tecnologias nesta área", como afirmou ao DN o biólogo Ricardo Serrão Santos, que dirige o DOP e que integrou o comité científico coordenador do Mar-Eco, um dos programas de investigação do CoML .

"Logo em 1998 estivemos presentes nas reuniões preparatórias do CoML", conta o director do DOP, explicando que os investigadores açorianos acabaram por participar "em três dos programas científicos do censo global".

Além do Mar-Eco, que se focou no estudo da biodiversidade na Dorsal Médio-Atlântica, entre os Açores e a Islândia, os portugueses do DOP integraram ainda o ChESS, que fez os mapas e a caracterização das espécies do fundo nos ambientes das fontes hidrotermais, e ainda no projecto CenSeam, que contou também com um investigador do DOP na sua comissão científica. Este projecto fez o inventário e estudo da biodiversidade nos montes submarinos.

Terminado o censo, ficam "uma base de informação e uma rede de trabalho" que permitirão monitorizar melhor "a saúde dos ecossistemas", diz Serrão Santos. "E nos projectos do mar profundo em que estivemos envolvidos vamos continuar a cooperar", conclui.

A nova espécie de lula foi descoberta na zona central do Atlântico. O nome homenageia o mentor do censo Peter Sloan.

fonte: DN

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