Raro roedor é uma das descobertas
Em áreas remotas da Nova Guiné vive uma multidão de espécies estranhas que os cientistas estão apenas a começar a catalogar. Pesquisa recente, cujos resultados foram anunciados em 5 de Outubro, descreve cerca de 26 espécies de animais, 200 de insectos e 9 plantas nunca antes vistos.
Em dois meses de levantamento, os investigadores desceram as cordilheiras Muller e Nakanai com auxilio de um helicóptero, um barco e de os próprios pés, para encontrar novas espécies.
"As descobertas são extremamente importantes devido ao grande número de novas espécies registadas e aos novos géneros identificados”, disse Leeanne Alonso, directora do programa da Conservação Internacional. A pesquisa descobriu pelo menos quatro géneros potencialmente novos (de um roedor, de formigas e de novos grilos).
Um dos novos géneros é representado por um roedor encontrado na faixa de Nakanai, cerca de 1,5 mil metros acima do nível do mar em Abril de 2009. O roedor raro tem pés estreitos e parece um pouco como espécie de cauda preênsil conhecida na Nova Guiné.
Outros investigadores passaram algum tempo recolhendo 42 indivíduos da subfamília Phaneropterinae, das quais quase metade (cerca de 20) parecem ser espécies novas. Um deles tem olhos grandes e parece-se com as flores da árvore que foram recolhidas.
Nenhuma das plantas ou dos animais foi formalmente descrito ou recebeu um nome popular, mas muitas das espécies recolhidas estão sendo examinadas para publicação, segundo a porta-voz do projecto.
O esforço foi uma colaboração entre o curso do Programa de Avaliação Rápida executado pela Conservação Internacional, organização sem fins lucrativos com sede nos Estados Unidos, e com A Rocha Internacional, grupo conservacionista cristão britânico. As organizações uniram-se com o Instituto Papua Nova Guiné para investigar a biologia local juntamente com cientistas locais e membros da comunidade.
Além de destacar a biodiversidade nova, os investigadores envolvidos no projecto dizem que as descobertas são um apelo à acção. Os organismos recém-descobertos "devem servir como uma mensagem de advertência sobre o quanto ainda não sabemos", disse Alonso, acrescentando que "uma gestão coordenada e de longo prazo será necessária para proteger muitas dessas espécies raras para o futuro”.
fonte: Scientic American Brasil
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