Lua é mais rica do que se pensava, diz estudo
O solo lunar é mais rico do que se pensava até agora, com vestígios de prata em meio de uma mistura complexa de elementos e componentes encontrados dentro de uma das crateras da Lua, indicou um estudo publicado nesta quinta-feira.
Investigadores da Universidade Brown, que analisaram partículas de poeira lunar, obtidas por uma colisão organizada pela Nasa no ano passado, descobriram uma surpreendentemente rica mistura que, além de prata, incluiu água e compostos como hidroxil, monóxido de carbono, dióxido de carbono, amónia e sódio livre.
"Este lugar parece um baú de tesouros de elementos, de compostos que foram libertados por toda a lua, e pararam neste local, em permanente escuridão", afirmou o geólogo da Brown, Peter Schultz, chefe das pesquisas que serão publicadas em artigo na edição de 22 de Outubro da revista Science.
As partículas lunares foram recolhidas quando um foguete da Nasa atingiu a Lua cerca de um ano atrás, dando a cientistas a oportunidade de aprender sobre a composição do solo nos polos da Lua, algo que nunca havia sido examinado.
As descobertas foram feitas pelo Satélite Lunar CRater Observing and Sensing, da Nasa, ou missão LCROSS, um experimento de 79 milhões de dólares (apróx. 57 milhões de Eur) no âmbito do qual a agência espacial americana enviou um foguete para colidir com a cratera Cabeus, no polo sul lunar.
O foguete acertou a cratera a uma velocidade de 9 mil km/h, provocando a elevação de uma enorme pluma de material do fundo da cratera, que permaneceu intocado pela luz do sol durante milhares de milhões de anos. Ao envio do foguete seguiu-se, minutos depois, uma nave equipada com câmeras para registar os efeitos do impacto.
Em Novembro do ano passado, a Nasa divulgou as primeiras descobertas da experiência, ao anunciar a descoberta de uma "quantidade significativa" de água congelada na Lua.
fonte: terra
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