Existem no mundo sítios arqueológicos - entre os quais locais considerados Património da Humanidade pela UNESCO - que estão em risco de desaparecer por causa de falta de protecção legal e por negligência governamental.
Num relatório agora publicado, a Global Heritage Fund (GHF) identifica cerca de 200 locais que classifica como estando em risco de desaparecer. Desses 200 locais, 12 estão no ponto em que, se não forem reparados, enfrentarão a destruição.
O Médio Oriente - considerado pelos arqueólogos como um tesouro por descobrir - é a região onde há mais locais arqueológicos em risco de desaparecer, de acordo com a edição online da BBC News.
Na fronteira da Turquia com a Arménia ficam as ruínas da cidade de Ani. Datada do século XI, e conhecida pela 'Cidade das Cem Igrejas', Ani que, tem hoje a maior parte dos seus edifícios em risco de colapso, foi classificada pelo director executivo da GHF como «provavelmente um dos 10 locais mais importantes do mundo, tal como Machu Pichu e Angkor Wat».
Devido à sua posição fronteiriça, o destino de Ani é incerto, já que os dois países não mantêm relações diplomáticas.
Nineveh é outro destes casos, localiza-se perto de Mosul, no Norte do Iraque e foi a capital do império assírio entre 705 e 612 antes de Cristo. Jeff Morgan, da GHF, acentua que o perigo mais grave que estas ruínas enfrentam não é o conflito do Iraque, mas sim o desenvolvimento humano não sustentável e a construção desenfreada.
O Palácio de Hisham, em território palestiniano, é o que sobra do palácio de Verão construído pela dinastia islâmica de Umayyad. Foi destruído por um terremoto por volta de 747 d.C. e encontra-se agora ameaçado pelo desenvolvimento urbano.
O problema dos países menos desenvolvidos é que a exploração e preservação arqueológica não são prioridades. Existem poucos especialistas e a regulação legal é pouca, o que faz com que monumentos e relíquias arqueológicas acabem destruídos para dar lugar a blocos de apartamentos e edifícios comerciais.
Fonte: Sol
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