Uso de máquinas levanta dúvidas éticas sobre sua capacidade de extermínio
Aviões sem tripulação já estão armados para combate
Veículos aéreos não tripulados (UAVs, na sigla em inglês), amplamente utilizados para atacar os inimigos dos EUA no Afeganistão, são comparáveis às "carruagens sem cavalos" de um século atrás. Como nossos ancestrais não podiam prever como sua tecnologia impactaria o mundo em 100 anos, nós também não.
Mais preocupante que o desconhecido, no entanto, é a facilidade com que os robôs possam envolver-se em conflitos entre países. Os EUA, em particular, vêm encontrando maneiras de combater seus inimigos sem necessariamente o envio de homens e mulheres jovens para morrer em terras longínquas.
Os “Predadores” começaram apenas como aviões espiões comandados pela Agência Central de Inteligência (CIA), mas já estão equipados para entrar em combate. Isso significa que a CIA participa de uma parte significativa do combate no Afeganistão e no Paquistão. Além de destruir alvos, os aviões são também muito bons para registar imagens de seus ataques. Muitas vezes, os vídeos caem na web (YouTube, em particular).
Robôs devem lutar por nós? Não existe uma resposta simples para essa questão. Alguns foram bem-sucedidos na execução de ataques de aéreos em locais remotos. De forma mais eficaz do que as tropas por terra e sem pôr em perigo os pilotos, já salvaram um número incontável de vidas para os países que os usaram. Mas também têm sido responsabilizados por ataques a civis e deram aos EUA, em particular, a reputação de “esconder-se atrás de sua tecnologia”, pelo menos entre algumas nações do Médio Oriente.
Por essa e outras razões, robôs guerreiros evocam imagens de uma tecnologia de extermínio, como as popularizadas pelos filmes Exterminador do futuro. No entanto, é importante destacar que as pessoas são responsáveis pelo uso da tecnologia. "Estamos a criar uma espécie inteiramente nova", disse ele, "mas temos de evitar o risco de nos destruir uns aos outros".
fonte: Scientific American Brasil
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