sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Observe os “mares” da Lua nas próximas noites


Se você for um astrónomo amador, ou simplesmente um amante do céu, aproveite as próximas noites desta semana, que serão os melhores momentos para se olhar a superfície lunar com binóculos ou um pequeno telescópio.

A Lua estará em sua fase chamada quarto crescente. Nesta fase, o sol está “caindo” sobre o lado esquerdo da Lua (no Hemisfério Sul). Ao longo da linha que divide o dia e a noite na Lua, as sombras são longas, e as características da sua superfície vão destacar-se.

Desde os menores até os maiores traços da Lua vão poder ser observados. Por exemplo, planícies escuras de lava antiga, conhecidas pelo nome latino de “Maria”, são uma das atracções.

Os primeiros astrónomos não sabiam que a lua não tinha atmosfera. Eles pensavam que estas grandes planícies sem vida eram mares e oceanos. No quarto crescente, três marias (“mares”) dominam a superfície da lua. De norte a sul, elas são: o Mar da Serenidade, o Mar da Tranquilidade e o Mar de Néctar. Entre os dois primeiros, na borda da Lua, fica a menor delas, o Mar da Crise.

Durante o quarto crescente, é possível observar como as planícies maria tendem a concentrar-se na metade norte da Lua, enquanto na metade sul há mais planaltos, salpicados de crateras. Há muito tempo atrás, no norte, fluxos de lava de maria inundaram crateras antigas.

Todas as crateras na Lua foram nomeadas, principalmente com nomes de antigos astrónomos. No quarto crescente, uma das crateras mais espetaculares de se observar é Maurolycus. Ela tem 114,26 quilómetros de diâmetro e cerca de 4,83 quilómetros de profundidade, e seu nome é uma homenagem a um matemático italiano do século XVI que se opunha à teoria de Copérnico.

Também na ponta do extremo norte da Lua há um interessante par de crateras, que levam o nome de dois homens míticos, Hércules e Atlas. Hercules tem 69,2 quilómetros de diâmetro. Atlas tem 86,9 quilómetros de diâmetro, e uma superfície plana cortada por “riachos”, que são restos de lava.

Uma dica de observação é concentrar-se numa cratera em particular e assistir o sol nascer sobre ela. No início, a cratera será envolta por sombras. Em seguida, um feixe de luz solar vai iluminar seu pico central e a parede oposta. Gradualmente, à medida que o sol nascer, mais e mais da cratera será revelado.

É bom aproveitar essa época para observar todas essas características da Lua. Se na noite seguinte você tentar encontrar todos os detalhes que você foi capaz de ver no dia anterior, você vai se surpreender ao descobrir que quase nada será visível. Isso acontece porque a topografia da Lua é muito delicada, e tais características só se revelam quando estão iluminadas pelos raios do sol nascente ou poente. Então pegue seu binóculo, e corra para o quintal.

fonte: hypeScience

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