Penas de pinguim com 1,5 m são identificadas no fóssil encontrado no Peru
Esqueleto da ave está praticamente intacto, dizem os investigadores.
Animal teria 1,5 m de altura, mais alto que as espécies actuais.
As penas preservadas de um fóssil de pinguim gigante, descoberto na costa do Peru, fornecem uma pista sobre a época do Eoceno e sobre como as espécies evoluíram a partir de seu estado moderno primitivo, afirmaram paleontólogos.
"Sem dúvida este é o espécime mais completo de um pinguim antigo que existe", afirmou Rodolfo Salas-Gismondi, paleontólogo chefe e director do Museu de História Natural da Universidade de San Marcos, em Lima.
Os paleontólogos calculam a idade dos restos em 36 milhões de anos. Eles colocaram o nome de Inkayacu paracasensis no pinguim pré-histórico, que significa "imperador da água" na língua indígena "quéchua".
O fóssil do esqueleto praticamente intacto permite que os cientistas compreendam a anatomia dos primeiros pinguins, disse Salas-Gismondi. A coloração do fóssil sugere que os pinguins nem sempre foram pretos e brancos.
"As penas que descobrimos são castanho-avermelhadas. Ele era bem grande e viveu num período quando o planeta era muito quente, totalmente diferente dos pinguins de hoje. Esse espécime é muito importante para compreender a evolução dos pinguins modernos", disse Salas-Gismondi na segunda-feira (5).
As patas do animal, que viveu há 36 milhões de anos
Com uma altura estimada em 1,5 m, a versão antiga da ave marinha superava em tamanho o pinguim imperador, a maior espécie dos tempos modernos.
Um jovem investigador deparou-se pela primeira vez com os restos em 2006, quando estudava os hábitos das aves aquáticas na Reserva Nacional de Paracas, 280 quilómetros ao sul de Lima.
Salas-Gismondi, que liderou uma escavação em 2007, afirma que o esqueleto foi preservado sob uma camada protectora de sedimentos, num ambiente anaeróbico quando as temperaturas do mundo atingiram o seu pico mais alto.
Os dentes de uma baleia pré-histórica e cartilagem de tubarão de milhões de anos já foram descobertos perto de Paracas.
Os achados foram divulgados na edição de 30 de Setembro da revista Science.
fonte: G1
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