Criatura bizarra, Ceratonotus Steiningeri, foi encontrada a 5400 metros no mar da Angola
Um recenseamento da vida marinha permitiu identificar 20.000 novas espécies, mas um quinto dos oceanos permanece por explorar, segundo um relatório hoje publicado em Londres e realizado após dez anos de estudos.
"O recenseamento pôs em evidência uma profusão inesperada de espécies", ou seja quase 250.000, contra as cerca de 230.000 conhecidas até agora, concluíram os cientistas envolvidos neste projecto.
Após este trabalho, que mobilizou 2.700 cientistas de mais de 80 países, ainda permanecem muitas espécies por descobrir, nas zonas que não foram exploradas mas também nas que já o foram.
De acordo com o relatório, os peritos "não têm qualquer dado" sobre um quinto dos oceanos.
Pode-se "logicamente extrapolar" que existem "pelo menos um milhão" de espécies marinhas, estimaram os cientistas.
Segundo o estudo, "existem espécies em todas as zonas" estudadas, "mesmo onde há muito pouco oxigénio e luz".
Este recenseamento cartografa também a vida nos oceanos e dá os trajectos migratórios das espécies, estabelecidos graças a satélites e a outros equipamentos electrónicos.
Estes dados devem servir "de base para avaliar as modificações da vida marinha ligadas à mudança natural e à actividade humana", como as marés negras.
Grande parte destas informações esta acessível no site de Internet www.iobis.org.
Esta publicação surge por ocasião do Ano internacional da biodiversidade, decretada pelas Nações Unidas, e a duas semanas da cimeira sobre a biodiversidade em Nagoya, no Japão (18 a 20 de Outubro).
fonte: Diário de Noticias
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