Durante o orgasmo feminino são activadas praticamente todas as zonas cerebrais importantes. É o que mostram as imagens da actividade cerebral durante o clímax, registadas por um investigador norte-americano.
Barry Komisaruk, investigador da Universidade de Rutgers, nos EUA, gravou as imagens da ressonância magnética feita ao cérebro de uma mulher, enquanto esta se auto-estimulava, e mostrou-as à comunidade científica, reunida na Conferência Anual da Sociedade de Neurociência, a decorrer em Washington, nos EUA.
"Conseguimos reunir evidências de que a maioria das principais regiões cerebrais activam-se durante o orgasmo", explicou Barry Komisaruk.
As imagens mostram que a primeira área cerebral a ser activada, logo no início, é o córtex sensorial. A seguir, a actividade alarga-se ao sistema límbico, unidade cerebral responsável pelas emoções."
Quando a mulher está prestes a atingir o clímax, a acção concentra-se no cerebelo e no córtex frontal, associado ao movimento de mãos e da face.
No ponto alto, a actividade circunscreve-se ao hipotálamo, que liberta oxitocina, hormona responsável pelas sensações de prazer.
No vídeo, os níveis de oxigénio no sangue, que correspondem à actividade das diferente regiões cerebrais, estão representadas desde o vermelho intenso, que indica uma actividade baixa, até ao amarelo brilhante, que corresponde à maior actividade. As tonalidades mudam à medida que a mulher se estimula, mas quando atinge o orgasmo todo o cérebro fica a amarelo.
O objectivo da investigação é perceber o que se passa no cérebro durante o acto sexual, para assim poder descobrir o que funciona mal nas pessoas que não conseguem ter orgasmo.
Numa anterior pesquisa, a mesma equipa liderada por Barry Komisaruk revelou o mapa cerebral do prazer feminino.
Komisaruk considera, no entanto, que as conclusões do estudo podem ter aplicações além da sexualidade, já que se trata, antes de tudo, de perceber como é que o cérebro funciona durante uma sensação de prazer.
A equipa da Universidade de Rutgers encontra-se a analisar, também, a actividade cerebral das mulheres que conseguem estimular o orgasmo só com o pensamento, sem qualquer estimulação física.
"Estamos também a estudar a resposta sexual das mulheres após a realização de um histerectomia, a remoção do útero, e nos homens, depois de uma prostatectomia", disse Barry Komisaruk, citado pelo site do "El Mundo".
fonte: JN
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