quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Assassínio de Kennedy há 48 anos mudou Serviços Secretos


O assassínio do presidente norte-americano John F. Kennedy, há precisamente 48 anos, contribuiu para mudar a estrutura dos Serviços Secretos, responsáveis pela protecção do presidente dos Estados Unidos e da sua família.

Quase cinquenta anos depois, o agente Clint Hill, que se encontrava na melhor posição para reagir aos tiros que mataram John F. Kennedy, assume o erro: "Não há dúvida de que falhámos na protecção do presidente", afirmou Hill à cadeia Voice of America (VOA), citada pela AFP.

A 22 de Novembro de 1963, Kennedy foi baleado na cidade de Dallas, no Texas, quando se deslocava na limusina presidencial descapotável, com a esposa, Jackie, saudando a multidão.

O relatório Warren (1964), que resultou da investigação oficial ao homicídio do presidente norte-americano, concluiu que o autor do atentado terá sido um único homem, Lee Harvey Oswald, um ex-fuzileiro de 24 anos, que porém negou ter morto Kennedy.

O agente Gerald Blaine, que naquele dia estava no Texas, explica que a falta de recursos humanos da época foi uma das causas da falta de protecção de Kennedy, uma vez que os Serviços Secretos tinham apenas 330 efectivos, 34 dos quais destacados para a Casa Branca.

Em 1901, depois do assassínio do presidente William McKinley, em Buffalo, Nova Iorque, foi atribuída aos Serviços Secretos a protecção do presidente, embora actualmente o seu leque de acções seja maior e diversificado.

O homicídio de Kennedy e os posteriores atentados contra os presidentes Gerald Ford e Ronald Reagan activaram os alarmes nos serviços secretos sobre a sua forma de actuação.

"Não tínhamos rádio. Operávamos com sinais de mãos. Tínhamos fotografias dos sujeitos suspeitos e tentávamos memorizá-las. Tínhamos de confiar uns nos outros para trabalharmos juntos, como uma equipa", explicou Blaine, referindo-se 'ao seu tempo'.

A escritora Lisa McCubbin, que colaborou com Blaine no livro "The Kennedy Detail", editado há exactamente um ano, explicou que as deficiências que se evidenciaram após a morte de Kennedy obrigaram a uma alteração no financiamento do corpo de segurança pessoal do presidente.

"Fê-los compreender ainda melhor a importância da sua missão e foram capazes de convencer o Congresso para conseguir mais dinheiro", afirmou McCubbin.

Hill permaneceu nos Serviços Secretos após o assassínio e assistiu às alterações na agência, entre as quais não viajar em automóveis descapotáveis, mais agentes (tem cerca de 3200 agentes especiais), mais dinheiro e melhores comunicações.

fonte: JN

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