Um sotaque pode dizer de onde uma pessoa é, mas e se elas não podem mais falar? Cientistas estão descobrindo isso pelos dentes. Investigadores estão a analisar a composição química de dentes de humanos primitivos para identificar os locais em que esses indivíduos cresceram e como eles se moviam pelos arredores.
Uma análise de alta tecnologia conhecida como ablação a laser é usada para medir as taxas de isótopos de estrôncio encontrados no esmalte dentário. O estrôncio é um elemento naturalmente encontrado em rochas e no solo, e é absorvido por plantas e animais.
Como os únicos sinais de estrôncio estão vinculados a determinados substratos geológicos – como o granito, basalto, quartzito, arenito e outros – eles podem ajudar a identificar as condições específicas das paisagens onde os hominídeos antigos viveram.
A imagem acima mostra um dente provavelmente de um Australopitecos (Australopithecus). Uma série de minúsculos sulcos horizontais deixados pelo laser é visível no lado direito da coroa do dente. Tradicionalmente, os cientistas medem as relações de estrôncio em outra substância, como o esmalte do dente, perfurando um pequeno pedaço de dente e o dissolvendo em ácido, o que remove a maior parte do material dissolvido, excepto o estrôncio.
O laser é uma nova maneira de medir amostras, e nem sequer laboratórios de química são necessários para isso, o que está facilitando o processo. A partir de pesquisas como essa será possível ter um panorama mais claro do ambiente em que viveram os antigos hominídeos.
fonte: HypeScience
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