sábado, 19 de novembro de 2011

Neutrinos voltam a ultrapassar a velocidade da luz


As partículas elementares neutrinos voltaram a ultrapassar a velocidade da luz, algo proibido pela teoria de Einstein, na segunda experiência do género realizada por físicos do CERN.

Novos testes realizados sob 730 km entre Suíça e Itália resultaram em valores semelhantes aos obtidos há dois meses, que deixaram perplexa a comunidade científica.

Esta repetição teve como objectivo eliminar um possível erro na medição precedente. Desta vez, a equipa internacional por trás da experiência OPERA, do acelerador de partículas LHC, utilizou um novo feixe de protões para produzir os neutrinos enviados em direção ao laboratório subterrâneo de Gran Sasso, na Itália.

"Com o novo tipo de feixe produzido pelos aceleradores do CERN (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares), fomos capazes de medir com precisão o tempo de percurso dos neutrinos", explicou à AFP Darío Autiero, cientista do Instituto de Física Nuclear de Lyon (França) e responsável de análises de medidas da equipe Ópera.

Na nova experiência, iniciada no final de Outubro, 20 neutrinos puderam ser detectados no laboratório de Gran Sasso, e estas novas medidas "não mudam em nada a conclusão inicial de que os neutrinos parecem viajar mais rápido do que deveriam", destacou o Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica (CNRS).

A 22 de Setembro passado, a equipa do OPERA anunciou que alguns neutrinos tinham percorrido os 730 km superando ligeiramente (por 6 km/s) a velocidade da luz no espaço (cerca de 300.000 km/s), considerada até o momento um "limite insuperável".

"Os vinte neutrinos que avaliamos forneceram uma precisão comparável aos 15 mil que fundamentaram nossa medição inicial", assinalou Autiero.

Autiero alerta no entanto que "exames complementares" e "medições independentes" são necessários antes de "a anomalia de tempo de voo" dos neutrinos possa "ser confirmada ou rejeitada".

Se for confirmada, esta velocidade superior à da luz obrigará a uma revisão da física actual, incluindo a teoria de Einstein.

fonte: DN

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