sábado, 3 de setembro de 2011

Nasa descobre buracos negros supermassivos próximos da Terra


A galáxia em espiral NGC 3393 está a 160 milhões de anos luz da Terra, algo muito próximo para padrões cósmicos

Par de buracos negros é o mais próximo da Terra descoberto até agora

Astrónomos descobriram o primeiro par de buracos negros supermassivos numa galáxia espiral similar a da Via Láctea a cerca de 160 milhões de anos luz, o mais próximo da Terra descoberto até agora, informou nesta quarta-feira (31) a agência espacial americana).

Os buracos negros encontram-se próximo do centro da galáxia espiral NGC 3393 e foram identificados graças às observações realizadas pelo observatório de raios-X Chandra.

Os cientistas calcularam que ambos estão separados por apenas 490 anos luz, por isso que acreditam que podem ser o remanescente da fusão de duas galáxias de massa desigual que aconteceu há mais de 1 bilião de anos.

"Se esta galáxia não estivesse tão perto, não teríamos tido nenhuma possibilidade de ver os dois buracos negros separados como os vimos", disse Pepi Fabbiano do Centro de Atrofísica Harvard-Smithsonian (CfA) em Cambridge (Massachusetts).

"Esta galáxia está bem diante de nossos narizes no que se refere aos padrões cósmicos, por isso que nos faz questionar quanto deles nós ainda precisamos encontrar", assinalou numa nota de imprensa divulgada pela Nasa.

As observações anteriores em frequência raios-X e em outras longitudes de onda faziam crer que havia apenas um buraco negro supermassivo no centro da galáxia NGC 3393.

No entanto, um olhar de longo alcance realizado com os potentes instrumentos de Chandra permitiu aos  investigadores detectar e separar os buracos negros.

Os buracos negros são objectos tão densos que a força da gravidade que geram não deixa escapar nada, nem sequer a luz, e engolem tanto matéria, visível ou escura, que cai em seu campo de acção.

Alguns podem ter um tamanho "estelar" e se supõe que procedem da explosão de uma estrela gigante, uma supernova, mas outros têm um tamanho equivalente ao de biliões de sóis e denominam-se "supermassivos".


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