quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Astronautas vão treinar no oceano Atlântico para visitarem asteróide


Escavar de baixo de água é um dos treinos

Os saltos que os astronautas da NASA deram na Lua durante as missões Apolo não se vão repetir quando se fizer a primeira viagem até a uma asteróide, algo que Barack Obama disse que iria acontecer em 2025. No asteróide a gravidade é muito menor, por isso uma visita a um destes objectos será mais parecido com nadar no espaço. Por isso, um mergulho no oceano foi a forma que a Agência Espacial Norte Americana encontrou para começar a preparar esta missão.

A partir de dia 17 de Outubro, uma equipa internacional de astronautas, dos Estados Unidos, Japão e Canadá, vai iniciar uma expedição prática de 13 dias debaixo de água num laboratório aquático na Florida, em pleno oceano Atlântico.

“A Gravidade de um asteróide é negligente, por isso andar em cima de um não é realmente uma opção”, disse a NASA, num comunicado. O projecto, a que a agência chama de NASA's Extreme Environment Mission Operations ou NEEMO (Missão Operacional em Ambientes Extremos da NASA), vai ajudar aos astronautas a praticarem técnicas num ambiente semelhante ao existente na superfície de um asteróide. Um submarino vai substituir o funcionamento de uma nave e um laboratório funcionará como asteróide.

Só a forma de um astronauta se agarrar a um asteróide é um desafio e isso irá ser testado nesta experiência. É necessário um cabo de ligação que fique preso à superfície do asteróide, que pode ser de rocha dura ou sedimentos mais finos parecidos com pó. Os astronautas vão ter que lançar uma rede de âncoras para se agarrarem e poderem movimentar-se pelo chão. Isso vai ser experimentado no laboratório aquático. “O NEEMO vai obrigar a um coreografia complexa entre os submarinos e os aquanautas que vão viver e trabalhar debaixo de água”, disse Bill Todd, o gestor do projecto. 

O posto fica a 4,5 quilómetros da costa da Florida, em Key Largo e pertence à Universidade da Carolina do Norte. A NASA envia astronautas para missões de baixo de água neste laboratório desde 2001.

fonte: Público

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