O tatu-canastra ( Priodontes maximus), também chamado de tatu gigante, é um animal de hábitos ainda poucos conhecidos por investigadores. Há cerca de dez dias, fotos feitas pela equipa do biólogo francês Arnaud Desbiez, do Royal Zoological Society of Scotland, que dirige o projecto Tatu-Canastra, revelam mais informações dos hábitos nocturnos do animal.
- São fotos raras de uma espécie totalmente desconhecida no Brasil, que faz parte da fauna nativa do país. Elas comprovam a presença do animal na fazenda Baía das Pedras, no Pantanal. Agora, estamos a tentar saber quantos indivíduos existem, além de informações sobre a ecologia - disse Arnaud.
O tatu gigante é uma espécie nocturna, solitária e que passa mais de dois terços do tempo sob a terra, nas tocas, disse o biólogo. Essa é uma das razões pelas quais é pouco conhecida, apesar do tamanho. O tatu-canastra pode chegar a 50Kg, enquanto o comum tem somente seis.
- Os indícios da presença do tatu-canastra são claros: buracos grandes, com cerca de 30 centímetros de diâmetro. As tocas geralmente ficam na borda da mata. Ele é o mais especializado de todos os tatus, come principalmente cupins e formigas - explicou o biólogo.
O projecto que pretende estudar o tatu deverá durar cinco anos. O trabalho começou em junho. O biólogo francês conta com a ajuda do veterinário brasileiro Danilo Kluyber, dos zoológicos de Endiburgo (Escócia), Chester (Inglaterra), com a ONG brasileira Ipê e com a fazenda Baía das Pedras.
fonte: O Globo
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