sábado, 17 de setembro de 2011

Impressora 3D fabrica vasos sanguíneos artificiais

Esta nova tecnologia pode ter importantes aplicações ao nível dos transplantes, da criação de órgãos artificiais e na reparação dos sistemas vascular e respiratório.


Um tubo de polímero que pode ser transformado num vaso sanguíneo, a ser limpo com cellmedium.
© Fraunhofer IGB

A técnica, que foi desenvolvida por cientistas do Instituto Fraunhofer, Alemanha, recorre à impressão de moléculas biológicas artificiais através de uma impressora de jato de tinta 3D. Uma vez impressas, as moléculas são tratadas com um laser que lhes confere a forma dos vasos sanguíneos. À semelhança dos vasos sanguíneos naturais, os vasos sanguíneos artificiais são constituídos por duas camadas e podem formar estruturas complexas de ramificação.

Gunter Tovar, gestor do projeto no Instituto Fraunhofer, afirmou à Msnbc ter conseguido tesabelecer "as fundações para a aplicação da prototipagem rápida aos biomateriais orgânicos e elásticos". "Os sistemas vasculares ilustram de forma impressionantes as oportunidades que esta tecnologia oferece, mas é possível fazer muito mais", acrescentou o investigador do instituto alemão.

Esta impressora gera sólidos tridimensionais a partir de inúmeros materiais, de forma muito rápida. Os materiais são aplicados em camadas de forma definida cujas uniões são depois "coladas" com recurso a radiação ultravioleta. No entanto, os investigadores ainda necessitam do laser devido às imperfeições da impressora, que embora seja extremamente precisa não consegue imprimir diretamente os vasos capilares mais finos.

O laser é aplicado em impulsos breves, mas intensivos, que vão colidir com o material e estimular as moléculas num pequeno ponto para que elas se unam. É assim que se criam as estruturas altamente precisas e elásticas de acordo com uma planificação em 3D.

Sem elasticidade, os vasos artificiais não conseguiriam ligar-se e interagir com os tecidos naturais no corpo. Assim, as células sanguíneas conseguem agarrar-se às paredes destes "tubos sintéticos".

Esta tecnologia pode providenciar o sistema vascular para órgãos artificias ou servir como um bypass orgânico para pessoas com as artérias bloqueadas ou como substituto de capilares para os fumadores.

Os investigadores acreditam que, no futuro, esta técnica pode potenciar o desenvolvimento de órgãos artificiais.


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