sábado, 17 de setembro de 2011

Cientistas criam vulcão artificial contra aquecimento global


Investigadores teriam se inspirado no efeito de erupções de vulcões naturais, como a do Monte Pinatubo, nas Filipinas, em 1991, que teria arrefecido a terra em cerca de meio grau centígrado nos dois anos posteriores

Cientistas ingleses estão a desenvolver uma espécie de vulcão artificial para lançar partículas químicas na atmosfera. A ideia é que os elementos reflitam uma parte dos raios solares e ajudem a diminuir a temperatura na Terra, desacelerando, em alguma medida, o aquecimento global. O "vulcão" fica suspenso no ar graças a um balão de hélio, que na fase de testes será de 19 metros de comprimento, e em caso de utilização real seria de 200 metros. A hipótese é de que dez balões - dos grandes - seriam capazes de diminuir a temperatura do planeta em 2°C em dois anos. As informações são do Daily Mail.

Os testes iniciam no próximo mês numa pista de pouso abandonada, no nordeste inglês, com o bombeamento de partículas de água, para verificar o funcionamento do canhão, num primeiro momento, além de verificar sua resistência a diferentes condições climáticas. Nessa fase, o balão que sustenta o "vulcão" estará a um quilómetro do chão, mas na versão final do projecto a altura seria de 20 quilómetros.

Os vulcões foram a inspiração da experiência, uma vez que a ciência já teria sido capaz de provar que as nuvens de sulfato liberadas quando as montanhas explodem causam arrefecimento da terra. Na erupção do Monte Pinatubo, nas Filipinas, em 1991, o arrefecimento teria sido de meio grau nos dois anos seguintes.

O projecto SPICE (sigla do inglês Injeção de Partículas na Estratosfera para Engenharia de Clima), é uma parceira das universidades de Bristol, Cambridge, Oxford e Edimburgo, e a experiência de teste tem custo aproximado de 200 mil libras. O total do programa, se for implantado, será de 1,6 milhão de libras, num período de três anos.

Segundo o professor Matt Watson, da Universidade de Bristol, o projecto não é exatamente uma tentativa de geoengenharia - manipulação de factores naturais pelo homem -, mas um teste das possibilidades de saber se a geoengenharia funcionaria. "Acreditamos que a pesquisa lançará alguma luz sobre incertezas que circundam esse assunto tão controverso, e encorajará um debate mais amplo e maduro que possa auxiliar em futuras pesquisas e tomadas de decisão", afirma o investigador.

fonte: terra

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