Três espécies parogéneses: C. inornatus, C. neomexicanus e C. tigris
Lagartos deste género são capazes de se clonar naturalmente.
“Uma mulher sem um homem é como um peixe sem bicicleta” – a famosa frase, lema das feministas, é atribuída à pensadora americana Gloria Steinem. O que ela não sabia é que algumas espécies de lagarto precisam ainda menos que isso.
Pelo menos 15 espécies do género Cnemidophorus, que geralmente habitam desertos de diversos continentes, são compostas unicamente de fêmeas.
Nestas espécies, as fêmeas são capazes de reproduzir integralmente seu material genético em ovos. Portanto, a geração seguinte é um clone biológico da primeira. É curioso que, mesmo nestas espécies somente femininas, o ritual de acasalamento continua. Isso acontece por causa dos ciclos de estrogerona que estes lagartos apresentam: logo após pôr seus ovos, a estrogerona do lagarto baixa, fazendo com que ela se comporte como um macho. Assim, uma das fêmeas monta na outra para estimulá-la a reproduzir-se sem fecundá-la propriamente.
Embora esta reprodução assexuda tenha centenas de desvantagens como não variar o material genético e, portanto, deixar a espécie mais vulnerável à doenças e mudanças no ambiente, também torna a colonização de um ambiente novo mais rápida, pois só necessita de uma única fêmea.
Reprodução assexuada ou partogénese não é completamente incomum entre os seres vivos. É assim que quase todos os seres unicelulares se reproduzem. Também acontece muito em plantas, moscas e diversas espécies de insectos. Mas ela é extremamente rara em vertebrados, e não há casos registados em mamíferos.
fonte: canal azul tv
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