segunda-feira, 11 de julho de 2011

Cavalo saiu ileso de queda numa mina de seis metros


"Castiço" foi salvo com a ajuda dos bombeiros da Trofa e sem feridas graves

Teve sorte o garrano do Gerês que, esta segunda-feira, aterrou no fundo dos seis metros de uma mina seca, enquanto pastava num terreno onde as freguesias do Muro e Alvarelhos, na Trofa, se dividem. O "Castiço" foi salvo com a ajuda dos bombeiros e sem feridas graves.

O porte pequeno e o peso diminuto - cerca de 150 quilos - para um cavalo evitaram o pior, é certo, mas "Castiço" portou-se com a valentia dos grandes e, sem saber, ajudou no próprio resgate.

É que apesar de se ter visto encurralado num buraco profundo e escuro, após uma queda em que poderia ter ficado gravemente ferido, manteve-se calmo durante as quase duas horas e meia de cativeiro, durante as quais, cá fora, se imaginavam soluções.

E foi o comportamento sereno do animal que permitiu ao guardião do equídeo, Manuel Santos, ir ter com ele e envolvê-lo em cintas, para que uma retroescavadora pudesse guindá-lo até à superfície.

Não foi preciso muito para concretizar a operação: como a corporação de bombeiros da Trofa não possui uma grua, o tratador do cavalo resolveu pedir auxílio a um amigo e, com a máquina, cordas, cintas e uma escada, o "Castiço" viu a luz do dia, ao cabo de meia hora após o início do resgate.

Se esperneou quando o braço da retroescavadora o susteve no ar, ao sentir o solo ergueu-se em dignidade nas quatro patas - as de trás feridas -, levantou a cabeça e, com olhar inesperadamente terno, mirou quem o aguardava no exterior.

"Ele estava calmo. Um pouco por estar cansado, também", contou Manuel Santos, a quem um amigo que recebeu o garrano de presente pediu que olhasse pelo animal, à falta de condições para tê-lo em casa.

E, no momento mais aflito do ano e oito meses que "Castiço" leva de vida, ele olhou: desceu os seis metros de profundidade para salvar o cavalo. "Conheço o animal e estou à vontade", explicou, após o salvamento, o qual se deu por concluído pelas 14.15 horas.

"Com um camião-grua iam fazer exactamente o mesmo", justificou Manuel Santos, que, mais de uma hora decorrida do incidente, se impacientava com a demora do resgate. "Por incrível que pareça, apesar de a queda ter sido grande, não aconteceu nada de especial. Só ficou ferido na parte da garupa, sem gravidade", esclareceu a veterinária municipal, Joana Matos.

fonte: JN

Sem comentários:

Enviar um comentário