sábado, 30 de julho de 2011

Cidade perdida? Paisagem como de Atlântida é descoberta no fundo do mar


Recentemente, geólogos descobriram uma paisagem de cerca de 56 milhões de anos de idade usando dados recolhidos por empresas de petróleo.

A paisagem antiga, perdida, encontra-se enterrada sob o Atlântico Norte, com sulcos cortados por rios e picos que já pertenceram a montanhas.

“Parece um mapa de um país terrestre”, disse o investigador Nicky White. “É como uma paisagem antiga, fóssil, preservada dois quilómetros abaixo do fundo do mar”.

Até agora, os dados revelaram uma paisagem 10000 quilómetros quadrados a oeste das Ilhas Orkney (ou Órcades, localizadas no Mar do Norte), que se estendia acima do nível do mar cerca de um quilómetro.

Os cientistas suspeitam que a paisagem faz parte de uma região maior que se fundiu com o que é agora a Escócia, e pode ter se estendido em direcção a Noruega, num mundo pré-humano.

A descoberta surgiu a partir de dados recolhidos por uma empresa que utiliza uma técnica avançada de eco-sondagem. Ar de alta pressão é libertado de cilindros de metal, produzindo ondas sonoras que viajam para o fundo do oceano através de camadas de sedimentos.

Toda vez que essas ondas sonoras encontram uma mudança no material através do qual estão a viajar, por exemplo, de lama para arenito, um eco volta. Microfones registam esses ecos, e as informações neles contidas podem ser usadas para construir imagens tridimensionais da rocha sedimentar abaixo do mar.

A equipa descobriu uma camada enrugada dois quilómetros sob o fundo do mar – uma evidência da paisagem enterrada, que lembra a mítica Atlântida perdida.

Assim, os investigadores traçaram oito rios principais, e amostras a partir de rochas abaixo do fundo do oceano revelaram pólen e carvão, provas de moradia e vida no local.

Mas, acima e abaixo destes depósitos, os investigadores encontraram evidências de um ambiente marinho, incluindo minúsculos fósseis, indicando que a terra subiu acima do mar e então retrocedeu, “como uma sanduíche terrestre de pão marinho”.

A grande questão científica é: o que fez esta paisagem subir, e então desaparecer dentro de 2,5 milhões de anos? Do ponto de vista geológico, é um período muito curto de tempo.

Os investigadores têm uma teoria que aponta para um ressurgimento de material através do manto da Terra sob o Atlântico Norte, fenómeno chamado de “pluma islandesa”.

A pluma está centrada na Islândia. Ela funciona como um tubo de transporte para magma quente das profundezas da Terra para a superfície, onde se espalha como um cogumelo gigante. Às vezes, o material é invulgarmente quente, e a pluma espalha-se como uma onda gigante quente.

Os investigadores acreditam que tal ondulação gigante quente empurrou a paisagem perdida acima do Atlântico Norte. Em seguida, conforme a onda passou, a terra caiu sob o oceano.

Essa teoria é apoiada por novas pesquisas que mostram que a composição química de rochas no fundo do oceano em redor da Islândia contém um registo de magma quente.

Como processos semelhantes a esse ocorreram em outros lugares do planeta, há provavelmente muitas outras paisagens perdidas iguais a essa.


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