O chefe da segurança do grupo Accor telefonou para o coordenador dos serviços secretos da Presidência francesa pouco depois de Dominique Strauss-Kahn (DSK) ter sido detido, por alegada agressão sexual a uma camareira. Telefonema que adensa as suspeitas levantadas pelos socialistas gauleses de que este escândalo pode ter sido uma armadilha política.
Antes deste caso, o então director do Fundo Momentário Internacional (FMI) era apontado pelas sondagens como o favorito dos franceses para se tornar no próximo Presidente da República, batendo nas próximas eleições o actual titular do cargo, Nicolas Sarkozy.
Desde que o político de 62 anos foi detido a 14 de Maio que se ouvem vozes no Partido Socialista francês de que houve conspiração política envolvendo os dirigentes do grupo Accor, de origem gaulesa e dono do Sofitel de Manhatan, Nova Iorque. "Nem tudo tem sido claro no comportamento do Sofitel e do grupo Accor e podem ter havido ligações entre o grupo Accor, antes e depois, e talvez certos grupos de serviços secretos", afirmou o deputado François Loncle.
De acordo com o Daily Telegraph, René-Georges Querry, chefe de segurança do Accor, rejeita as acusações, mas admite que recebeu um telefonema, quando ainda estava em Nova Iorque, uma hora depois de DSK ter sido detido, e que de imediato ligou para Ange Mancini, coordenador dos serviços de segurança da Presidência francesa. Mas Querry diz que apenas ligou para Mancini devido ao cargo deste e à amizade entre os dois. Antes do lugar que agora ocupa, Querry ocupou um alto cargo policial, mas desmente qualquer influência, exercida a partir de Paris, sobre a polícia de Nova Iorque.
Outra socialista, Michèle Sabban, lembrou que Sarkozy agraciou recentemente o chefe da polícia de Nova Iorque com a Legião de Honra.
fonte: DN
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