Doença mata um milhão de pessoas
Cientistas provam que o parasita que provoca a doença já existia antes dos primeiros hominídeos
A descoberta do parasita que provoca a malária num macaco africano milenar poderá revolucionar a actual abordagem à doença. Os investigadores do Centro Nacional de Investigação Científica francês dizem que esta nova visão do Plasmodium falciparum numa espécie anterior aos primeiros homens de África, há 200 mil anos, poderá pôr fim à dúvida sobre a origem do agente responsável pela morte de um milhão de pessoas todos os anos e ajudar a descobrir novas formas de derrotar o parasita.
O macaco em causa é da família dos cercopitecos, chamados macacos do Velho Mundo, o nome dado aos primatas antes da evolução da linha dos hominídeos, que inclui os seres humanos e os grandes primos, como gorilas, chimpanzés e orangotangos. A espécie em causa, Cercopithecus nictitans, foi identificada em 1766 e continuar a habitar sem grandes ameaças as florestas dos Camarões, do Congo e da Libéria. Em comunicado, os investigadores explicam que nos últimos anos houve várias hipóteses para a origem do parasita, entre aves e roedores. Acrescentam contudo que era relativamente consensual que o parasita seria específico dos hominídeos, dado haver provas da infecção por exemplo em gorilas. Com a ajuda das novas técnicas de análise do genoma, os investigadores esperam agora comparar a estirpe milenar do Plasmodium com os actuais agentes em circulação entre seres humanos. "Comparar a sequência vai permitir descobrir as assinaturas moleculares do parasita humano e perceber como este se adaptou ao homem", dizem.
fonte: Jornal i
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