segunda-feira, 11 de julho de 2011

Português participa em expedição internacional


O paleontólogo Octávio Mateus viaja hoje para Angola, sendo o único português a integrar uma expedição de cientistas internacionais que até 4 de Agosto vai estar a explorar novos achados de dinossauros e outros animais naquele país.

Octávio Mateus disse à Lusa que a equipa, composta ainda por cientistas angolanos, americanos e holandeses, vai deslocar-se este ano até à província de Lunda Sul, nordeste de Angola e próxima de Catoca, localidade conhecida pelas suas minas de diamantes.

Das expedições anuais que ocorrem desde 2005, "até agora só descobrimos um dinossauro, o Angolatitan Adamastor", mas há novas áreas com potencial e quero encontrar mais dinossauros, porque na Lunda Sul já foi descoberto um fóssil e aparentemente há pegadas muito importantes", explicou o paleontólogo da Universidade Nova de Lisboa e do Museu da Lourinhã.


Além de dinossauros, a equipa vai também à procura de "mosassauros", "pleseossauros", crocodilos, baleias e tartarugas, depois de já terem descoberto "praticamente uma nova espécie para a ciência em cada expedição" anterior.

No âmbito destas expedições a Angola, Octávio Mateus foi o responsável pela descoberta nesse país dos primeiros fósseis de dinossauro, que foi considerado uma nova espécie para a ciência a que deu o nome de "Angolatitan Adamastor".

O anúncio do achado feito em 2005 foi revelado em março, após uma intensa investigação laboratorial.

Além do "braço quase completo" do primeiro dinossauro encontrado em território angolano, a descoberta veio a tornar-se ainda mais surpreendente.

O dinossauro saurópode, conhecido nos filmes da saga Jurassic Park do norte-americado Steven Spielberg pelo seu pesado porte (mede 13 metros de comprimento) e pelo pescoço comprido, "era já uma relíquia ao tempo em que viveu", há 90 milhões de anos.

Para o paleontólogo, o dinossauro existiu apenas em Angola "quando já se pensava extinto no resto do mundo" e, apesar de ter vivido no deserto e de ter de se alimentar com toneladas de comida, "conseguiu sobreviver naquele ambiente árido", à semelhança do que acontece com os elefantes.

A descoberta dos achados paleontológicos vêm enfatizar a riqueza de fósseis existentes em Angola, onde "está tudo por descobrir", porque a investigação científica ficou posta de lado durante décadas, mas também devido à vasta área de deserto.

Os achados paleontológicos foram encontrados no deserto de Namibe, a 70 quilómetros de Luanda, na primeira expedição da equipa de cientistas.

fonte: DN

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