sexta-feira, 17 de maio de 2013

Marte é atingido por mais de 200 pequenos asteroides

Imagens de algumas crateras em Marte

Imagens de algumas crateras em Marte

Imagens de algumas crateras em Marte Fotografia © NASA / HiRISE

Cientistas estimam que Marte é atingido, anualmente, por mais de 200 pequenos asteroides e fragmentos de cometas, que formam crateras com pelo menos quase quatro metros de diâmetro, informou hoje a NASA em comunicado.

Dada a sua pequena dimensão, estes asteroides (corpos rochosos e metálicos que orbitam o Sol) e fragmentos de cometas nunca poderiam criam crateras no solo terrestre, lembra a agência espacial norte-americana.

Segundo a NASA, os cálculos relativos a Marte baseiam-se em imagens recolhidas a partir da sonda MRO, que examina o "planeta vermelho" há sete anos.

Os investigadores identificaram, na última década, 248 novas crateras na superfície marciana, usando as imagens da sonda para determinar quando é que as crateras apareceram.

A média anual estimada de crateras baseia-se na frequência com que novas crateras, com pelo menos 3,9 metros de diâmetro, foram escavadas na superfície de Marte. A frequência foi estudada a partir da avaliação sistemática de uma parte do planeta.

Uma câmara da MRO captou imagens em alta resolução de crateras recentes em zonas onde outras imagens foram registadas por outras câmaras, antes e depois de os impactos ocorrerem.

A combinação da informação obtida irá de futuro, de acordo com a NASA, ajudar os cientistas a calcularem melhor a idade de recentes fenómenos em Marte, sendo que alguns deles poderão ter sido uma consequência das alterações climáticas.

Os asteroides e os fragmentos de cometas que atingem Marte não têm mais do que um ou dois metros de diâmetro e, por isso, são demasiado pequenos para criar crateras no solo terrestre, sublinha a NASA.

Contudo, o seu impacto no "planeta vermelho" acaba por ser maior, porque Marte tem uma atmosfera mais fina, quando comparada com a da Terra.

Estimativas anteriores, baseadas em estudos das crateras da Lua e das idades das rochas lunares recolhidas nas missões Apollo da NASA nas décadas de 60 e 70, elevaram três a dez vezes o número médio anual de crateras em Marte.


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