O Homem Neandertal e o Homem Moderno coexistiram nos Picos da Europa, em Espanha, até há 40 mil anos, conclui um estudo arqueológico de uma universidade espanhola em coautoria com Universidade de Oxford, publicado na terça-feira.
Os investigadores analisaram depósitos arqueológicos da zona mais alta do abrigo rochoso, na entrada de uma gruta em La Guelga (Astúrias), e encontraram materiais atribuídos ao homem anatomicamente moderno entre estratos com materiais produzidos por Neandertais.
"Seria uma espécie de sanduíche em que as fatias de pão corresponderiam a estratos de materiais utilizados pelos Neandertais e o recheio era formado por materiais deixados por Homens Modernos", explica em comunicado Jesús F. Jordá, um dos investigadores da Universidade Nacional de Educação à Distância (UNED).
A descoberta "confirma a coexistência de ambas as espécies na zona cantábrica, refere o investigador, segundo o qual "os humanos modernos ocuparam durante algum tempo a mesma gruta que, antes e depois, foi habitada por grupos de Neandertais".
A UNED lembra no comunicado que a região cantábrica é uma das escassas zonas da península ibérica em que os Neandertais (Homo neanderthalensis) e os homens modernos (Homo sapiens) chegaram a coexistir há 40 mil anos.
Estudos anteriores constataram que os últimos Neandertais do sul da península não coexistiram com os humanos modernos.
O estudo hoje divulgado foi publicado em livro editado pelo Museu Neandertal de Mettmann, na Alemanha.
fonte: Diário de Noticias
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