domingo, 4 de setembro de 2011

Se continuarmos neste ritmo, o Árctico vai ter um Verão sem gelo em 2030


Camada de gelo está a diminuir a grande velocidade e este ano vai ter o terceiro valor mais baixo

A diminuição na camada de gelo do mar árctico está a preocupar a comunidade científica, depois de este ano a sua diminuição ter alcançado níveis historicamente baixos. Este ano, o limite do gelo atingiu o terceiro menor valor desde que há registos por satélite. Os cientistas falam numa tendência irreversível que nos poderá levar a um Verão sem gelo no Árctico por volta de 2030.

De acordo com Mark Serreze, director do National Snow and Ice Data Center (NSIDC) dos Estados Unidos, a área de gelo no mar ainda vai diminuir mais nas próximas duas semanas, mas é provável que não venha a ultrapassar os níveis de degelo históricos atingidos em Setembro de 2007. 

Ainda que o gelo dos mares não leve à subida dos níveis do mar quando derrete, tal como quando gelo derrete num copo, segundo os cientistas, um Verão sem gelo poderá trazer consequências para a exploração de recursos naquela área. O fenómeno também poderá alterar os padrões climáticos ou fazer com que o gelo da Gronelândia derreta mais rapidamente.

"Hoje, os números estão a dizer que se o degelo parasse neste momento seria o terceiro maior desde que há registos por satélite", afirmou Serreze. "Acabamos de descer abaixo dos 4,6 milhões de quilómetros quadrados, e isso foi o que tivemos em 2010. Estamos a avançar em termos gerais no padrão geral de perda e ainda temos algumas semanas para passar na estação de degelo", explicou. "Vamos bater o recorde de 2007? Acho que não, mas vamos ficar lá perto", acrescentou.

O gelo atinge sempre valores mínimos por volta de meados de Setembro, antes de começar a aumentar com o regresso do Inverno. Mais cientistas concordam que o Árctico está a caminho dos verões sem gelo durante este século, mas não existem consensos no que toca a altura exacta. "Tudo o que vemos aponta para a mesma direcção. A cobertura de gelo do Árctico está a diminuir", frisou Mark Serreze. "Essa imagem a longo prazo é muito, muito clara. Não há volta a dar", acrescentou. O degelo do Árctico é na maioria provocado pelo efeito de estufa e pelo aquecimento global.

fonte: Jornal i

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